Tarde Demais? escrita por Carol S G


Capítulo 1
Seria mesmo tarde demais?




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Grissom dormia em sua sala. 

De repente o telefone o desperta.

GG: Grissom? – ele atendeu.

JB: Grissom aqui é o Brass! – ele estava falando rápido, estava visivelmente desesperado.

GG: O que houve Brass? – ele perguntou o mais rápido que pode.

JB: Grissom, nós temos um homicídio na Boulevard oeste. Número 23... Apartamento 14. – ele informou.

Nessa mesma hora o sangue de Grissom gelou na veia. Ele conhecia o local.

GG: Já estou a caminho Brass! – ele disse rapidamente e desligou.

Grissom saiu da sala correndo e no caminho ligou para Catherine.

CW: Willows? – Catherine atendeu.

GG: Cath! Aqui é o Grissom… Eu quero… Quero que você ligue para todos os CSI’s e me encontrem no seguinte endereço: Boulevard oeste, número 23, apartamento 14. Quero todos lá. É um caso de extrema urgência.

CW: Ok! – e desligou.

Grissom correu para o endereço e Catherine informou aos demais o endereço e as exigências de Grissom.

Grissom chegou antes dos demais... E o que viu não foi nada agradável, principalmente para ele e os demais que logo chegariam.

Catherine, Nick, Greg e Warrick chegaram em seguida e encontraram Grissom sentado no chão ao lado da porta do apartamento 14. E pela primeira vez o viram chorar. Ele chorava descontroladamente.

CW: Grissom? – ela chamou-o.

GG: Sim Catherine... – ele respondeu.

CW: Nós já chegamos... Eu só não consegui entrar em contato com a Sara.

GG: Não há necessidade disso. – ele disse se levantando e enxugando suas lágrimas que teimavam em rolar face abaixo.

NS: Por que não Grissom? – ele perguntou assustado.

Grissom não respondeu de imediato. Ele fez sinal para os demais o seguirem e então ele entrou no apartamento.

A sala estava arrumada... A não ser por objetos quebrados e jogados pelo chão, o que indicava luta.

GS: Com certeza houve luta aqui...

Eles andaram um pouco mais e encontraram Brass na frente de uma porta entreaberta.

Ele chorava até mais que Grissom...

WB: Mas o que é que está acontecendo aqui? – disse Warrick assustado.

NS: É Grissom! O que está acontecendo...?

De repente a ficha de Greg caiu. Antes da dos demais.

GS: Grissom? – ele já estava chorando. – Cadê ela? CADÊ ELA GRISSOM? – ele gritou ao repetir a pergunta. Ainda chorava muito e Catherine perguntou sem entender nada.

CW: Grissom? – ela olhava de Grissom para Brass e de Brass para Greg. – Do que é que vocês estão falando? Por que estão chorando? – ela estava angustiada.

GS: CADÊ ELA GRISSOM? CADÊ? – ele perguntava insistentemente. – EU QUERO VER ELA GRISSOM... – ele gritava.

JB: Aqui Greg... – Brass o chamou com a voz embargada pelo choro.

Greg correu até a porta e pôs a cabeça para dentro e logo voltou correndo para fora do apartamento chorando ainda mais que antes.

Fora do apartamento, Greg botou tudo para fora, vomitou até não agüentar mais.

Os CSI’s ouviam tudo sem entender nada, com exceção de Grissom e Brass.

Greg voltou para dentro do apartamento.

GS: Eu não sei se eu agüento Grissom... – ele disse com a voz embargada. – Não vou agüentar periciar o local.

NS: A gente pode saber o que está acontecendo aqui? – perguntou com um misto de confusão e curiosidade estampado no rosto.

GG: Temos de esperar que Super David faça seu trabalho para podermos fazer o nosso.

Grissom não falou mais nada e continuou chorando baixinho até David Phillips, o legista, sair do quarto.

David também chorava. As suas mãos tremiam e ele gaguejava muito.

DP: Pronto Grissom... – ele gaguejou o nome do supervisor. – Vocês já podem entrar.

GG: Obrigado David! – ele exclamou.

DP: O Doutor Robbins vai sofrer mais até do que nós... Eu aposto. – ele comentou e foi embora.

GG: Vamos? – ele chamou os CSI’s.

CW: Vamos... – ela concordou e o seguiu até a porta do quarto.

GG: Só peço que se forem vomitar... Corram lá para fora, para não contaminar a cena.

WB: Tudo bem.

Grissom entrou primeiro, seguido de Catherine, Nick e Warrick. Greg ficou na sala, não queria mais ver.

CW: Ai meu Deus! – ela exclamou.

Warrick nada falou. As palavras simplesmente fugiram de sua boca.

NS: Sara! – Nick exclamou e saiu correndo assim como Greg.

Sara encontrava-se morta em cima da cama. Ambas as mãos amarradas à cabeceira da cama. Uma perna semi flexionada e a outra esticada e amarrada na parte de baixo da cama. Havia uma quantidade considerável de sangue abaixo dela e dois grandes ferimentos situados do lado esquerdo do peito e outro no abdômen. Ela estava seminua. Usava uma lingerie branca manchada de sangue. Os olhos ainda estavam abertos. Não dizem que os olhos são os espelhos da alma? Pois é verdade. Os de Sara mostravam terror, medo, ódio e morte. O olhos lindos e castanhos que Grissom tanto amava agora estavam vidrados, sem luz, sem brilho... Sem vida.

GG: Nick... Recolha as provas do quarto. Catherine... Você fica com a sala. Greg você pega as câmeras de vigilância do prédio. Warrick você vai ver o carro de Sara lá no estacionamento. E eu vou ver o corpo...

Nick recolheu digitais na cabeceira da cama. Recolheu as cordas que a amarravam. Recolheu marcas de sapato do tapete e sêmen dos lençóis.

Catherine encontrou sangue nos objetos quebrados na sala e recolheu várias amostras. Encontrou, também, digitais na porta e nos cacos de vidro.

Greg pegou as câmeras de vigilância do prédio e foi direto para o laboratório analisá-las.

Warrick rebocou o carro até o laboratório para analisar melhor.

Grissom tirou fotos dos ferimentos causados pela corda nas mãos e no pé. Tirou fotos dos ferimentos no peito e abdômen.

Nick chegou ao laboratório e foi direto analisar as evidências. Entregou a corda e as amostras de sêmen para Wendy ver se conseguia algum DNA. E foi analisar as pegadas de sapato.

Catherine entregou para Wendy as amostras de sangue coletadas do cacos de vidro na sala de Sara. E foi averiguar as digitais encontradas na maçaneta da porta e nos cacos de vidro.

Greg já estava analisando as câmeras de vigilância.

Warrick estava periciando o carro à procura de evidências.

Grissom estava na sala de necropsia com o Doutor Robbins. Ele já ia começar a autópsia.

AR: Vai ser a autópsia mais difícil que eu já fiz na vida. – ele disse a Grissom.

GG: Eu tenho certeza de que vai.

Duas horas depois ele já havia acabado a autópsia. Grissom havia saído quando o doutor começou a cortá-la. Não suportou ver aquele filme de terror e então saiu. Só voltou mais tarde para saber a causa da morte.

GG: Então doutor. – ele disse.

AR: Foi com certeza a autópsia mais difícil que eu já fiz.

GG: O que descobriu Albert? – Grissom perguntou.

AR: Ela morreu devido a esse ferimento no peito. Acertou em cheio o coração. As marcas de corda foram peri-mortem.

GG: O que quer dizer que antes de matar ela, o assassino a amarrou? – ele perguntou.

AR: Sim Grissom. Mas voltando aos ferimentos... Este corte no abdômen foi feito antes do corte no coração. – ele disse.

Grissom fechou os olhos de Sara.

GG: É só isso Al? – Grissom já estava saindo, mas parou com a resposta do legista.

AR: Não Grissom! – ele disse.

GG: O que mais aconteceu? – ele perguntou temeroso.

AR: Ela foi violentamente estuprada. – ele disse pesaroso.

GG: Conseguiu sêmen? – Grissom perguntou.

AR: Consegui um pouco... – ele apontou para a amostra em cima da mesa.

GG: Obrigado Al! – Grissom já ia saindo novamente, mas outra vez ele teve que parar.

AR: Não é só isso Grissom... – ele interrompeu a saída de Grissom.

GG: Tem mais o que Al? – perguntou.

AR: Ela estava grávida... – disse.

GG: Grávida? – ele perguntou.

AR: Dez semanas... Ela provavelmente nem sabia... – o doutor disse.

A culpa caiu sobre Grissom. Ele não devia tê-la deixado aquela noite. Ele “abusou” dela e depois foi embora.

GG: Dois meses e meio... – ele disse.

AR: Sim! – o doutor falou. – Eu já mandei uma amostra de DNA para a Wendy analisar para descobrirmos quem é o pai.

Grissom se virou e começou a correr para a porta. Queria pegar a amostra e ver se o filho era mesmo dele, se ele era o pai. Mas novamente foi impedido.

AR: Ainda não terminei Grissom. Tem mais uma coisa que quero que dê uma olhada.

GG: O que Al? – voltou.

AR: Dê uma olhada na tatuagem que ela tem no pé... – ele disse.

GG: Eu já a vi. É uma flor. – ele disse.

AR: Olhe mais de perto.

Grissom olhou desentendido para Robbins e depois pegou uma lupa e olhou a tatuagem mais de perto.

O que viu foi à coisa mais linda. Ninguém nunca na vida lhe dera maior prova de amor que essa, mesmo que pequena valia um monte.

Em uma das pétalas da flor havia seu nome: Gilbert Arthur Grissom, em letras garrafais. Quase imperceptível a olho nu, mas la estava seu nome contornando uma das pétalas.

Ele saiu correndo até o laboratório de DNA.

GG: Wendy! – ele chegou esbaforido.

WS: Se for por causa das amostras da corda, eu ainda não analisei. Eu já disse para o Nick que eu entregaria para ele assim que terminasse. – ela disse de uma vez só.

GG: Não é isso. O doutor Robbins te entregou uma amostra de DNA do bebê?

WS: Sim! – ela disse. – Estão ali. – ela apontou para a mesa.

GG: Você já analisou? – ele perguntou.

WS: Ainda não... – ela disse. – Tenho muita cosia...

GG: Pode deixar que eu faço a analise. – ele disse.

Grissom pegou a amostra e começou a trabalhar.

Quando terminou teve uma grande surpresa.

13 alelos em comum com ele, e 13 alelos em comum com Sara. Era filho dele. Um filho que ele nunca teria. Um filho assassinado. Assassinado assim como a mãe.

Nick chegou onde Grissom estava.

NS: Grissom... – ele chamou o supervisor. – Eu acabei de pegar os resultados com a Wendy.

GG: O que deu? – ele perguntou afoito.

NS: A corda continha epitélios somente de Sara.

GG: Mais alguma coisa? – Grissom perguntou.

NS: O sêmen nos lençóis estava no banco de dados... – Nick disse.

Grissom arregalou os olhos.

GG: Qual o nome dele? – Grissom perguntou.

NS: Hank Pettigrew. – Nick disse. – Ele não é fichado. Só está no banco de dados porque é paramédico.

GG: Ligue para Brass encontrá-lo. Precisamos interrogá-lo.

Nick saiu da sala.

Grissom foi até onde Warrick trabalhava.

GG: Conseguiu alguma coisa Warrick? – perguntou.

WB: Nada! Eu acho que o assassino a abordou quando ela saiu. Não há qualquer sinal de luta, sangue ou qualquer outro vestígio.

GG: Já que não há nada aí. Vá ajudar a Catherine com as digitais.

WB: Ok! – Warrick saiu da sala atrás de Catherine.

Grissom saiu junto com Warrick atrás de Greg.

GS: Grissom! – exclamou quando o viu. A imagem dele era péssima. Ele não descansara um só minuto. – Que bom que veio. Eu já estava saindo para procurá-lo.

GG: Estou aqui! – disse serio.

GS: Encontrei duas coisas suspeitas.

GG: O que foi? – ele perguntou.

GS: Bom. A Sara chegou junto com um homem. – ele disse mostrando o vídeo. O homem, Grissom reconheceu, era Hank, o paramédico. – Eles entram no prédio, felizes... Depois – Greg adiantou o vídeo em duas horas. – eles saem um pouco mais felizes que o normal... Se é que me entende. – Entram no carro e saem... – adiantou mais meia hora. – Ela chega sozinha... – Greg disse. – E é aí que fica estranho. – Sara sai do carro. Um homem a aborda por trás e a puxa para dentro do prédio. – Depois este mesmo homem – ele acelera em mais uma hora o vídeo. – saí do prédio sozinho com um sorriso sinistro na cara. E, ah... Com as roupas sujas de sangue.

GG: Temos dois suspeitos... – ele saiu da sala.

Grissom recebeu o bip de Nick que já estava com Hank e Brass na sala de interrogatório.

GG: Bom dia senhor Pettigrew. – Grissom cumprimentou o paramédico.

HP: Bom dia. – respondeu a contragosto.

JB: Você poderia começar nos contando o que fez nas ultimas horas. – Brass perguntou assim que Grissom se sentou.

HP: Eu? – ele perguntou.

NS: Não... – sacudiu a cabeça. – Minha avó... – disse ironicamente.

HP: Eu saí do trabalho. Saí com uma garota... Ela me levou para casa e eu estava dormindo quando vocês arrombaram minha porta.

GG: Qual era o nome da garota.

HP: Sara Sidle... Por quê? – perguntou.

JB: Ela esta morta! E encontramos seu sêmen nos lençóis dela na cena do crime.

HP: Se estão pensando que eu a matei... Podem esquecer. Eu não a matei.

JB: Não sabemos... Mas enquanto procuramos saber, você fica detido aqui, só para precaução. – Brass olhou para o policial. – Pode levá-lo.

O Policial algemou Hank e saiu da sala com ele.

GG: Eu não acho que tenha sido ele. – Grissom disse por fim.

JB: Como não? – Brass perguntou.

GG: Greg viu as câmeras de vigilâncias. Sara levou Hank para algum lugar e voltou sozinha, logo após foi abordada por um homem que não conseguimos identificar.

NS: Temos que falar com a Catherine para ver se ela já conseguiu alguma coisa.

Grissom e Nick foram até Catherine.

GG: Catherine... – Grissom chamou-a.

CW: Grissom? Eu já estava saindo para te procurar.

NS: Então diga o que descobriram.

WB: Vocês não fazem idéia de quem é a digital... – Warrick fez suspense à Grissom e Nick.

GG: Quem?

CW: Pool Millander! – Catherine disse.

NS: Aquele Serial Killer que matava as pessoas que nasceram em 17 de agosto?

GG: Ele mesmo. Ele fazia isso, porque viu o pai ser morto e ninguém acreditava nele.

WB: Precisamos encontrá-lo.

Grissom ligou para Brass que emitiu um alerta.

Encontraram o homem cerca de dois dias depois. Ele estava saindo de Vegas logo após ver seu retrato de foragido na televisão.

Finalmente Grissom estava frente ao homem que queria pegá-lo.

JB: Senhor Millander, eu sou James Brass, detetive.

PM: Prazer. – disse sinicamente. – Sou Pool Millander, mas é claro que já sabem disso. – sorriu amarelamente.

GG: Por que – Gil começou sem dar atenção as gracinhas dele. – você estava fugindo de Las Vegas?

PM: Ah... Gil. Eu estava indo ver um amigo meu numa cidade vizinha. – e sorriu sarcasticamente.

GG: Onde esteve três noites atrás? – Grissom perguntou impaciente.

PM: Deixa eu ver se eu me lembro... – fingiu que pensava. – Ah! Eu saí de casa e “comi” uma vadia aí... – sorriu maliciosamente. Sabia que afetava Grissom falar daquele jeito de Sara.

Ele acabara descobrindo que ele amava Sara há um mês. Desde então começara a ver as rotinas e horários da mulher e quando teve chance...

GG: Qual o nome da mulher? – Grissom perguntou.

PM: Ah... – ele se mostrou fingidamente frustrado. – Ela era daquelas mulheres fáceis. E nem ao menos perguntou meu nome. Quem dirá que ela disse o dela? – viu nos olhos de Grissom a raiva crescendo e tratou de por lenha na fogueira. – Ela era muito linda. Usava uma lingerie branca... Muito gostosa.

GG: Por que matou ela? – Grissom perguntou. Surpreendendo Brass e Millander.

PM: Ah... Já descobriu, não é? – ele perguntou.

GG: Sim! – disse a contragosto.

PM: Matei-a porque sei de um segredinho seu. – disse olhando para Grissom com ar de mistério. – Um segredinho que mais ninguém sabe, a não ser a moça loira... Catherine... A loira esperta. Ela sabe de tudo, mas não fala nada. Ela é observadora.

JB: Qual o segredo? – Brass perguntou para Millander, mas olhava para Grissom.

PM: Ele am... – começou, mas Grissom foi salvo por Catherine que acabara de entrar na sala.

CW: Grissom. – disse entregando-lhe a pasta que trazia nas mãos.

Grissom abriu a pasta e leu os dados.

GG: Eu já volto. – se levantou e saiu da sala com Catherine.

CW: O sêmen no lençol bate com a amostra que DNA que retiramos logo que Brass o trouxe. E as roupas que ele usava tinham sangue... O sangue de Sara.

GG: Filho da mãe! – Grissom exclamou.

CW: Grissom! Calma... Não adianta ficar chorando pelo leite derramado.

GG: Catherine... Ele me disse que você sabe... – ele disse.

Catherine não entendeu nada.

CW: Disse que eu sei do quê? – perguntou com cara de confusão e desentendimento.

GG: Que você sabe que eu amo a Sara... – ele disse com as mãos no bolso e olhando para baixo em sinal de timidez e vergonha.

CW: Ah... Isso? É evidente para quem quiser ver. E não tem que ter vergonha disso Grissom. É um sentimento lindo e puro que não deve ser escondido. E às vezes é tarde demais para se dizer isso.

GG: Sim Catherine.

CW: Grissom. Eu fiquei sabendo que ela esperava um filho... Quem era o pai? – perguntou.

GG: Era meu filho Catherine, minha criança. Meu primeiro filho. Minha amada... Meus dois amores... Mortos. – as lágrimas tornaram a queimar sua face.

CW: Eu sinto muito Grissom. – ela disse.

GG: Sou eu quem deve sentir muito. Sentir muito por não estar ao lado dela quando ela mais precisou de mim.

Grissom deu as costas para Catherine e entrou na sala de interrogatório.

GG: Você abusou dela... Seu filho da mãe... – ele disse.

PM: Uoou! – ele exclamou. – Vai com calma, bonitão.

GG: Aqui está a prova de que você esteve lá. – e mostrou a pasta a ele. –Seu sêmen foi encontrado na vitima. Há sangue seu nos vidros quebrados na sala.

PM: Ela tentou me fazer recuar... – riu-se ao lembrar. – Ela é forte! – riu mais ainda.

GG: COVARDE É O QUE VOCÊ É! – Grissom gritou. – NÃO TEM CORAGEM DE PEGAR ALGUÉM DO SEU TAMANHO E VAI ATRÁS DE MULHERES. VOCÊ É UM COVARDE! – Grissom gritava.

JB: GRISSOM! CALMA... – Brass gritava para Grissom ouvir.

GG: Como vou ter calma, Jim? – perguntou.

JB: Ele é o assassino e vai ser preso! As manchas de sangue na roupa dele... As digitais no apartamento dela... O sêmen... – Brass o acalmou. – John... Pode levá-lo. – Brass ordenou ao policial. – Hey... Aonde vai Grissom? – Brass perguntou assim que Grissom se levantou e saiu da sala.

GG: Vou me lamentar um pouco na minha sala. Se precisarem de mim... Estarei lá! – respondeu.

Grissom chegou a sua sala. Sentou-se em sua cadeira e abriu a primeira gaveta da escrivaninha. Pegou uma foto dos tempos de San Francisco.

Ela estava sorridente ao lado dele. Eles eram mais jovens e mais felizes.

De repente um barulho. Barulho de batidas na porta.

Batidas que o fizeram despertar. Ele dormira.

Ele acordou assustado. Foi um dia terrível. Rezava para que tivesse sido um sonho.

Ele se levantou e foi até a porta.

Abriu ela e a viu... Sara!

GG: Sara! – ele a puxou para dentro e trancou a porta. – Você está bem? – ele perguntou.

SS: Estou sim Grissom! – ela exclamou confusa.

Grissom virou-se para ela e a abraçou apertado. Como se fosse a ultima vez que fosse vê-la.

SS: O que foi Grissom? – ela perguntou confusa.

GG: Tive um pesadelo monstruoso. – ele disse.

SS: Quer me contar? – ela disse sorrindo.

GG: Se você quiser ouvir... – ele disse.

SS: Claro que quero.

GG: Ele é um pouco longo... – disse.

SS: Eu tenho tempo... – sorriu maliciosamente se sentam no sofá ao lado de Grissom.

Ele contou tudo a ela. Desde o telefonema de Brass até Millander ser levado pelo policial.

SS: Você... – ela não conseguia falar direito. – Você me... Me ama? – ela enfim conseguiu.

GG: Amo Sara! Muito... Foi idiotice a minha te dizer não esse tempo todo. E esse sonho serviu para me mostrar que a vida é curta. Que você é perfeita para mim e que eu não devo ser tão idiota a ponto de desprezar o que sentes por mim! – ele disse.

SS: Que bom que me disse isso... – ela sorriu. – Acho que você vai gostar da noticia que eu vim te dar então.

GG: Que noticia? – ele perguntou.

SS: Acho que teu sonho foi uma espécie de sinal para te avisar... – ela disse sorrindo.

Grissom fez sinal para que ela continuasse falando, mas o gesto que ela fez foi mais lindo do que todas as palavras reunidas em harmonia.

Ela pegou a mão de Grissom e pousou sobre seu ventre.

GG: É sério Sara? – ele perguntou surpreso e feliz.

SS: Nunca falei tão sério em toda minha vida!

E com um beijo eles selaram o amor que tinham um pelo outro.

Dois anos depois...

Grissom estava terminando de dar uma palestra sobre ciência forense:

E não se esqueçam: A vida é curta... Aproveitem o momento para dizer as pessoas que ama o quanto elas são importantes e especiais. Pois o amanhã pode nunca existir... Ele nunca existe para algumas pessoas.” – e terminou a palestra olhando e sorrindo para Sara que estava ao seu lado com o pequeno William Sidle Grissom no colo. Suas duas inspirações, seus dois tesouros, suas vidas, seus amores... Eles eram tudo para ele, e sempre seriam...

PS: A tatuagem tinha mesmo o nome dele... Foi o que o deixou, se é que é possível, ainda mais feliz!

FIM


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