No Meu Pégaso Branco escrita por Victoria CB


Capítulo 3
Esgrima, Caça a Bandeira e Surpresas...


Notas iniciais do capítulo

Genteee, olha, não era pra eu postar hoje, mas eu decidi postar sim, por que deu vontade, mas também vou explicar lá em baixo para vocês como vai ser a partir de agora, ok? Aproveitem aí o capítulo e lembrem de não querer me matar no final, bjinhos e vejo vocês lá em baixo!



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Fomos caminhando até o pavilhão, tomamos café e conversamos sobre coisas banais, contei a ele e a Connor, que já havia chegado, cada uma das minhas falsas lembranças. Hoje ofereci parte de um misto quente e um pedaço da minha maçã aos deuses e pedi para minha mãe ou meu pai, qualquer que fosse, me reclamasse logo.

Depois fui buscar uma arma pra mim, foi difícil.

– Pegue essa! – Travis falou jogando uma espada pra mim. Deixei cair direto no chão, muito pesada. – Tente um arco e flecha. – Achei um bonitinho, tentei lançar uma flecha mas acabei isolando. – Hmm... Tente essa outra espada – Não. – Ou essa. – Não. – Ok, você não leva jeito com espadas. Vamos tentar uma adaga. – Tentamos algumas, nenhuma deu certo. – Será que você já tem uma arma? – Ele perguntou com um olhar diferente.

– O que quer dizer com isso? – Perguntei, ele respondeu apontando para o meu cabelo.

– O prendedor, tem o símbolo de cada deus grego. – Ele falou desprendendo meu cabelo e me entregando o prendedor que Kay/Nico me deu. Quando o segurei e pensei em uma arma, apareceu uma espada, incrivelmente leve que se encaixava perfeitamente na minha mão, preta com detalhes em rosa. – Parece que Nico já tinha cuidado disso, tente pensar em um arco e flecha. – Pensei, a espada mudou de forma, se transformou num arco e flecha, também preto com rosa. – Você está bem hein gatinha, espada com metal do Estige, muda de forma, só falta a habilidade. Vamos que a primeira aula hoje é de esgrima.

Seguimos direto para a arena, um cachorro preto gigante mastigando a cabeça de um boneco, vários filhos de Hermes treinando junto com Percy, fui falar com ele enquanto Travis treinava com uma das irmãs.

– Oi... É Percy não é? – Perguntei me aproximando.

– Eu mesmo, você é Victoria, pronta pra treinar? - Ele perguntou
sacando sua espada.

– Pronta mesmo não estou, mas parece que não tenho opção... – Falei pegando o prendedor do cabelo e pensando numa espada.

Começamos devagar, ele ia fazendo ataques de leve, me ensinando a desviar e bloquear, depois a contra-atacar, depois alguns ataques que ele criou e táticas diferentes, inclusive como perceber qual o próximo passo do seu oponente.

– Ótimo, agora vamos testar tudo isso, vamos lutar pra valer! – Ele falou animado.

– Isso, nada de pegar leve hein! – Falei isso e começou, no começo ficamos mais parados, estudando um ao outro, até que ele tentou o primeiro ataque, curvando a espada pelo lado, defendi agilmente.

O brilho nos seus olhos refletindo o encontro das espadas, tentei girar e contra-atacar, mas ele me impediu. Então começou uma disputa acirrada com as duas espadas se chocando incessantemente, eu dava pulos pra me defender, ele acompanhava os pulos e atacava, ele se distraía, eu atacava, até que ele me acertou um golpe no ombro, começou a sangar.

Obviamente não foi nada demais, mas eu não pensei duas vezes, me joguei no chão e comecei a chorar.

– Ei, não chore, calma que isso é um ferimento bem pequeno! – Ele falou se agachando preocupado, abaixando completamente a guarda.

Em um movimento ágil, joguei a espada dele longe, o joguei no chão e apoiei a lâmina da minha espada no pescoço dele.

– Devia fazer teatro garotinha, ia se dar muito bem. – Ele falou enquanto eu tirava a lâmina do pescoço dele e me levantava.

Então acabou o horário na esgrima, minha próxima aula era canoagem com as ninfas.

– Te vejo mais tarde Percy! – Gritei me afastando.

Fui caminhando para o lago, no caminho cruzei com uma garota que ficou um tanto... Emburrada.

– Olha pra onde anda! – Ela devia ter minha idade, mesma altura, cabelos preto um pouco abaixo do ombro, mechas vinho cobrindo os cachos –//Meu sonho sempre foi fazer mechas, mas no orfanato não dava//.

– Prazer em te conhecer também, a propósito eu estava muito atenta, você que veio correndo! – Falei estendendo a mão pra ela, a garota hesitou, mas apertou minha mão.

– Eduarda, filha de Poseidon.

– Victoria, ainda não fui reclamada.

– Você é a garota que o Nico trouxe?

– Eu mesma! Agora tenho que ir, te vejo mais tarde Eduarda de Poseidon! – Falei gritando já longe da garota e segui meu caminho.

O resto do dia passou bem rápido, nada de ser reclamada. Minha última aula foi Artes e Ofícios, até que eu me diverti.

Então fomos tomar banho e nos arrumar pro jantar, mas eu não tinha roupas, tudo foi destruído pelo desabamento, então fui até o chalé de Afrodite ver se arrumava alguma coisa... Péssima ideia.

– Oooooi, tem alguém aí? – Perguntei entrando no chalé.

– Tem eu, serve? – Uma garota ruiva de olhos azuis perguntou. – O que queres de mim novata?

– Só algumas roupas, não tenho nada pra vestir. Algo simples por favor, não quero chamar atenção.

– Olha, chamar atenção é meu lema.

É, surgiram mais três garotas e começaram a mecher no meu cabelo, na minha cara, experimentei dezenas de roupas diferentes, e elas ainda fizeram as mechas rosas que eu sempre quis.

Quando acabaram eu estava com o cabelo mais volumoso, as pontas cor-de-rosa, uma maquiagem que deixava meus olhos muito marcados, um batom clarinho, uma camiseta de meia manga, cor-de-rosa transpassada, um short branco e o meu par de tênis cor-de-rosa que elas consertaram. De quebra ainda levei uma pilha de roupas.

– Está linda novata, pode ir. – Ela falou se despedindo e abrindo a porta.

Fui caminhando e por onde passava todos olhavam pra mim, isso era bem desconfortável...

– Victoria! Oi! –Zack disse vindo correndo de longe. – Você está linda!

– Obrigada Zack, o Chalé de Afrodite fez um bom trabalho. – Os olhos dele brilhavam, refletindo minha imagem, eu estava mesmo bonita. – Agora tenho que ir, devem estar me esperando pro jantar.

Quando entrei no chalé, mais olhares curiosos.

– Realmente espero que você não seja minha irmã gatinha. – Connor disse quando eu apareci na porta.

– Viu gatinha, disse que era só se arrumar que iam cair aos seus pés! – Travis falou surgindo de uma das portas, secando o cabelo loiro bem escuro, que agora eu suspeito ser castanho.

Em alguns minutos estávamos caminhando para o refeitório, eu havia mudado de roupa, pegado uma mais discreta, com um decote menor e um pouco mais larga, uma camiseta com um ombro caído, com um top por baixo e o mesmo short. Mais uma vez pedi que minha mãe ou meu pai me reclamasse, jantei, conversando mais uma vez sobre coisas banais e depois fomos nos arrumar para o Caça a Bandeira.

– Aí gatinha, nós somos aliados de Perséfone, Poseidon, Deméter, Dionísio, Atena, Apolo e Íris. Contra Hades, Afrodite, Hipnos, Ares, Hefesto, Nemesis e Nike. – Ele falou enquanto me estendia uma armadura. – Vai ficar desconfortável, mas é só provisória, depois você pede pro chalé de Hefesto fazer uma pra você.

Ficou certa nas pernas, um pouco larga em cima, dava pra aturar. Peguei meu prendedor e segui Travis até onde todos estavam para organizar a estratégia, claro que os filhos de Atena já tinham tudo pronto.

– Perséfone e Deméter ficam com a bandeira, Dionísio no rio, Apolo nos arredores da bandeira, Íris logo depois do rio, Atena e Hermes pro ataque. Todos entenderam? – Annabeth falou apontando cada local no mapa. – Você nova, você irmã do percy – é, só tem uma, os três grandes não tem muitos filhos. – E Tony, vocês chamam pouca atenção de todos, vão se aproximar, Travis e Percy deem cobertura pra eles.

– O primeiro que pegar a bandeira sai correndo! – Percy falou para nós, então fomos nos posicionar para começar o jogo.

– Travis... Eu, estou com medo... – Falei pra ele, observando todas aquelas armas pontiagudas e lâminas afiadas.

– Não tenha gatinha, estou aqui pra te proteger! – Ele falou erguendo o punho.

Fomos todos pras nossas posições, eu fiquei bem na fronteira, atrás de uma árvore, esperando o sinal. Ele tocou. Gritos, gente correndo, Percy e Travis guiaram eu Eduarda e Tony pelas árvores, o caminho foi rápido até a bandeira, afinal o time de Ares não gostava de estratégias, só partia pro ataque.

Ei, se agachem, tem alguém chegando. – Travis falou, em alguns segundos surgiu um brutamontes de Ares, ele e Travis começaram uma disputa acirrada. Travis estava perdendo, não pensei duas vezes, peguei uma pedra que estava ao meu alcance, saí do esconderijo e acertei a pedra em uma brecha da armadura do cara, foi o suficiente para ele se distrair e Travis o derrubar.

– Agora vamos embora daqui, temos uma bandeira pra roubar! – Percy falou e continuamos, alguns minutos de caminhada e pude ver a bandeira, vermelha com um javali. – Maninha vai por ali, Tony por ali, Victoria fica aqui, eu e Travis vamos chamar atenção da defesa. – Ele falou isso, os dois entraram no campo de vista e foram atraindo a defesa que resitiu, mas acabou se afastando da bandeira, Tony entrou correndo e pegou a bandeira, mas foi acertado por uma flecha que se instalou nas suas costas, então Eduarda lançou sua adaga no arqueiro, que desmaiou, depois pegou a bandeira das mãos de Tony e veio correndo na minha direção.

– Vamos embora daqui, antes de percebam que levaram a bandeira. – Ela falou e fomos sorrateiramente pela mata, até que percebemos que havia alguém por perto.

– Tive uma ideia. – Sussurrei para ela. – Duda! Pega a bandeira e leva por ali, não estou em condições de lutar, uma novata que nem eu não deveria nem participar, vou me arrastar assim mesmo até o rio, no caminho eu devo encontrar ajuda! – Gritei, mas em vez de entregar a bandeira para ela, a escondi numa fresta da minha armadura.

– Tudo bem, mas toma cuidado! Vou dar um jeito nesses otários, não vão nem imaginar que escondi a bandeira comigo! – Ela entendeu o plano rápido e respondeu, então saí me arrastando dali e em alguns segundos dois garotos de Nemesis apareceram e eles começaram a lutar, ela se dava bem com a adaga, que havia tirado do arqueiro antes de ir embora.

Ainda estava longe e foi difícil me arrastar, mas não podia sair do “personagem”, pelo caminho passei por três garotos de Afrodite, duas de Hipnos e um de Hefesto, nenhum deles desconfiou, eu mostrei meu pé sangrando, que eu mesma cortei e continuei me arrastando.

– Boa tentativa pequena. – Aquela voz conhecida soou atrás de mim, Nico.

– Nico! – Gritei feliz por que ele estava aqui, mas então lembrei que ele era do time adversário.

– Já derrotaram a sua amiguinha e ela não está com a bandeira. – Ele falou erguendo a espada. – Não quero lutar com você, então é melhor você só entregar a bandeira, e nós dois... – Ele foi interrompido por uma pedrada na cabeça.

– Me derrotaram... Afe, essa gente acha que sou fraca! – Eduarda resmungou com a pedra na mão. Então ela viu minha cara preocupada. – ele vai acordar logo, vamos acabar com esse jogo.

Me apoiei no ombro dela e fui mancando, logo a frente encontramos uma filha de Afrodite.

– Eieiei, onde pensam que vão? – Ela perguntou erguendo sua adaga.

– E-eu me ma-machuqu-machuquei, estamos indo pro rio, pra que eu possa limpar o ferimento... – Falei soluçando e apontando para meu pé.

– Tá bom, se é só isso podem ir! – Ela falou voltando a lixar a unha.

– Otária... – Eduarda falou baixinho para si mesma.

Em alguns minutos chegamos no rio, claro que lá estava cheio de garotos de Ares, e esses não iam acreditar que eu só estava com o pé machucado. Chegamos silenciosamente por trás de dois deles, a tempo de ouvir sua conversa.

– Já pegaram a nossa bandeira, aqueles otários não conseguem fazer nada direito! – O maior deles resmungou.

– Mas temos uma barreira inteira por lá, ninguém passou com a bandeira, quem quer que seja foi derrotado pelo caminho.

– Ou não. – Nico disse passando a mão pela cabeça, assim que surgiu de trás de uma árvore. – Duas garotinhas, 13 anos, tentei lutar com uma levei uma pedrada da outra, uma delas está com o pé sangrando.

– Vamos pegar essas desgraçadas! – Um deles falou, mas quando se levando Eduarda cravou sua adaga na perna dele.

– Vai... – Ela sussurrou pra mim, enquanto pegava sua adaga de novo e lutava com Nico, o outro garoto estava vindo atrás de mim, peguei meu prendedor e imaginei um escudo.

O garoto tinha uma lança, ele jogava, eu defendia, eu me arrastava, ele atacava de novo, eu me defendia, eu me arrastava, estava chegando perto do rio, até que um ataque dele me acertou em cheio, atravessou a lateral da minha barriga, o sangue começou a jorrar, me fingi de desmaiada, ele voltou para comemorar, com as forças que me restavam me lancei para o rio e passei a bandeira para um garoto de Dionísio, que me ajudou a chegar do outro lado, a tempo de ouvir todos comemorando e o filho de Ares esbravejando.

Vi Nico correndo na minha direção, no momento que ele encostou em mim, senti algo diferente, olhei pra cima, estava envolta numa camada de brilho colorido, com símbolos sobre a minha cabeça. Demorou para entender, tinha acabado de ser reclamada.


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Notas finais do capítulo

Sou má não sou? Brincadeira, sou muito boazinha, três capítulos em dois dias! Então, a partir de agora eu posto toda quarta, se eu tiver 7 reviews (é impossível, fazer o que) eu posto antes, mas se eu não tiver não se preocupem, eu ainda vou postar na quarta. É, esse capítulo saiu bem maior que o esperado, exatamente para eu pode parar nessa parte, muahahaha, mas não se preocupem, são só mais 4 dias, devo postar quarta à noite.
Então, reviews? gostaram? odiaram? Mais palpites sobre de quem ela gosta? Ou de quem ela é filha? Também tem um detalhezinho aí que a primeira que descobrir ganha um... parabénsss, se ninguém perceber eu falo o que era no próximo capítuloo
Gente, vou morrer de saudades até quarta, então antes de ir, quero reviewssssssss ps. se alguém quiser recomendar, também estou aceitando!
Bjinhos,
Vicky
ps. já disse que vou sentir saudades?
GENTE GENTE GENTE, devido à Tia Duda, chamem ela de tia duda por que ela vai amar, em vez de 7 reviews, são cinco, ou seja, você aí que está lendo, mais um review e eu posto! Ah, o que eu não faço por vocês?
Bjinhos,
Vicky