Capitulo 20 – Lilly’s POV

-Não Aline, isso é só um monte de bolinhas e na frente está escrito endereço. – disse Anne, olhando para o papel novamente e logo depois me entregando.

Eu voltei a encarar o papel em sua parte de trás havia entre aspas “endereço” e várias bolinhas, eu já havia aprendido algo do gênero, bolinhas  que se você passasse a mão sentiria ela na superfície do papel, elas eram em alto relevo elas seguiam uma ordem como se fosse possível lê-las, braile.

-Anne, isso não é braile? – perguntei e era como se seus olhos começassem a brilhar por uma esperança, pegou o papel em suas mãos.

-Alguém aqui sabe ler braile? – perguntou Ana, todos fizeram que não.

-Não tem no google como lê isso? – perguntou Mika, ela e suas brilhantes idéias.

Pegamos o celular de alguém que estava funcionando bem a internet e conectamos conseguimos achar uma imagem que explicava o sistema braile, seja bento o amado google, conseguimos “traduzir”, nos dirigimos até o endereço tínhamos 5 horas até nosso voo sair.

-Vamos logo gente preciso salvar a minha vida. – disse Niall, por pura coincidência do destino o lugar era extremamente próximo do hotel a onde estávamos.

Era uma casa nada arrumada poderia chamar aquele lugar de desarrumado e totalmente desconcentrado em energias positivas, sinceramente eu não acreditava em como Harry não havia reparado naquela casa quando fora comprar pizza, a casa tinha pouco ou quase inexistente iluminação o que dava certo clima de terror a ela, não se havia uma plante que circundasse a casa que estava praticamente caindo aos pedaços.

-Eu posso dizer que estou com medo? – disse Louis.

Olhei para Bianca na esperança que ela lhe desse um belo de um tapa, mas não foi isso o que aconteceu, o que esta acontecendo com a minha amiga? Normalmente ela teria dado um belo de um tapa em Louis para que ele não tentasse fazer graça em um momento tenso como aquele, mas nada aconteceu.

-Eu vou chamar a polícia. – disse Anne e nesse mesmo instante se ouviu um grito vindo da casa todos nos entreolhamos, precisávamos fazer coisa e rápido.

-Anne, você não pode chamar a polícia! – protestou Mika, deixando todos com cara de dúvida se nós não chamássemos a polícia não seria possível resgatar Pay.

-Por que não? – perguntou Niall ele era o que estava mais angustiado com a situação, além do, mas ele apenas conseguia pensar em possibilidades ruins no carro eu havia ido ao seu lado no carro no caminho até a casa do endereço.

FLASHBACK ON

Eu havia pegado meu celular e tentado me desligar do mundo, eu precisava tentar me distrair com qualquer coisa, ficar nervosa em uma hora crucial como aquela não ajudaria em nada, seria inútil se não mante-se a calma, e se perdesse apenas atrapalharia.

Liguei o meu celular tínhamos pouco tempo para conseguir trazer Pay de volta, olhei para o meu plano de fundo era uma foto com uma das minhas amigas que havia ficado no Brasil, Juliana, sempre fora uma menina super simpática e carismática, sentia falta dela eu conseguia imaginar ela falando um dia que eu não ligava mais para ela, mas Bianca se comunicava com ela e sua irmã, Mari, e falava sobre minha saudade.

Entrei no meu Itunes e coloquei qualquer para tocar no aleatório e a música que veio foi “Pet Sematary”do Ramones, eu lembro que eu primeiro havia escutado essa música por causa de Harry e havia detestado, mas com o tempo acabei gostando de Ramones e virou uma das minhas bandas favoritas.

-Ramones? Esta parecendo o Harry desse jeito. – comentou Niall que estava ao meu lado olhando a tela do meu celular, seu comentário havia me feito abrir um sorriso.

-Você quer ouvir? – perguntei e ele fez que sim entregasse um dos fones a ele que logo depois ficou cantando baixinho a melodia de Pet Sematary comigo, quando acabou a música Taylor Swift havia começado.

-Me lembra dela. – ele disse suspirando fundo olhei para ele uma grande tristeza estava contida em seus olhos era como se o brilho de seus lindos olhos azuis haviam desaparecido com toda sua felicidade, alegria e Paloma.

-Calma meu anjo ela deve estar bem. – disse encostando minha cabeça em seu peito enquanto eu escutava a voz de Taylor.

Fiquei encostada ali por um tempo permitindo que todo o meu cabelo caísse na frente de meu rosto e aonde por uso costume se encontrava meu cabelo se posicionou um peso, e logo depois algo gelado entrou em contato com a minha pele olhei para baixo, lágrimas, Niall estava chorando em meu pescoço, permiti que ele ficasse ali quanto tempo ele quisesse, além do mais eu não sei qual será a dor de perder alguém que se ama.

-E se ela morreu. – ele disse aos soluços, respirando com extrema dificuldade. – Eu não consigo viver sem ela, Aline.

Percebi que o peso havia sumido, limpei suas lágrimas com a barra de minha manga comprida e logo depois lhe dei um beijo em seu nariz.

-Por favor, não chore. – disse não havia coisa melhor a se dizer, além do mais ela poderia estar morta e o que eu poderia falar mais, além disso?

-Estou muito mal Aline, eu não consigo imaginar minha vida sem ela, porque ela se tornou a minha vida. – ele disse respirando fundo para evitar chorar.

-Então não imagine vamos chegar lá e salvar ela. – respondi ao seu argumento.

FLASHBACK OFF

-Porque se aqui não for realmente o lugar a gente pode tirar a segurança de um lugar a onde ele esteja permitindo que ele fuja. – Mika a garota que sempre esta um passo a frente de você, por mais que você tente estar a frente dela é impossível.

-Não podemos deixar ali por muito tempo, você ouviu os gritos? – perguntei Paloma poderia não ser minha namorada como é de Niall, mas ainda assim ela é uma das minhas melhores amigas, como todas as que estavam ali.

Eu não conseguia me imaginar sem uma delas, Mika era a cabeça e a cola do grupo era sempre ela que nos fazia cair na real quando nossa mente já estava lá nas nuvens e o mais importante ela sempre nos manteve unidas.

Ana sempre foi séria e divertida ela sabia equilibrar essas duas coisas nela e ela sempre fora como uma mãe a todos, porque sempre foi ela quem protegeu a nos quando precisávamos era por isso que muitas das vezes sabíamos que seu destino era ser policial para proteger todos aqueles que precisam.

Bianca sempre fora a garota divertida aquela que sempre nos conseguia fazer rir, sempre sabíamos que quando precisássemos de alguma nos sentir bem dando algumas boas risadas era com ela que deveríamos falar.

Paloma para mim era a doçura do grupo, ela conseguia entender todos nós sem que fosse necessário dizer uma palavra ela sempre conseguia entender o que queríamos e pensávamos, e muitas das vezes isso acontecia quando muitas das vezes nem nós nos entendíamos.

E esses novos cinco idiotas que haviam entrado na minha vida, eu não me imaginava sem nenhum deles, eu precisava de todos comigo.

-Eu vou checar. – disse, mas senti alguém segurar o meu braço imaginava que fosse Louis novamente além do mais era ele que tinha essa grande mania de me segurar pelo braço, m virei para ver quem era e para minha grande surpresa não era Louis.

-Eu não quero arriscar perder você. – aquela voz rouca dizendo a mim aquelas palavras e pela primeira vez impedindo que eu me perdesse dele.

Pela primeira vez ele queria que eu ficasse com ele, em todas outras vezes, se ele tivesse me pedido eu obviamente ficaria, mas dessa vez eu não atenderia.

-Me desculpe, eu preciso ir. – respondi.

-Por que tem que ir você? – perguntou Mika, se levantando e percebi que Liam suplicava ao seu lado para que ela ficasse.

-Infelizmente Mika a única que já viu John, mas ele não sabe quem ela é, é Aline, ela é a pessoa mais adequada a ir. – disse Ana mordendo seu lábio inferior mostrando o seu grande nervosismo.

-Se for assim eu também vou. – protestou Harry. – Além do mais ele disse que não sabia quem era, mas eu sei quem ele é.

Droga, eu não poderia permitir que Harry fosse, mas pelo visto nada que eu dissesse seria suficiente para impedi-lo de me acompanhar.

-Harry, eu não vou deixar você ir, você pode morrer lá dentro. – disse encarando seus olhos grandes e esverdeados como esmeraldas.

-Eu prometo que eu vou voltar. – ele disse com um grande sorriso.

-Não, Harry, você pode morrer, sabe o que é morrer? – perguntei eu lutava contra mim mesma para não derramar uma lágrima se quer, mas a cada palavra se tornava mais difícil.

-Você também pode morrer. – ele disse me olhando como se aquilo fosse normal.

-Mas eu não vou fazer tanta falta como você, Harry você influencia milhões, milhões de garotas de amam no mundo inteiro, eu não vou permitir que você morra sabendo que eu posso impedir. – falei, ele me abraçou forte assim como ele havia feito quando recebi a notícia sobre o Nathan,

-Você é importante para mim, eu nunca permitiria que você morresse, e apesar de milhões de garotas me amarem a única que quero que me ama é essa que agora está em meus braços. – ele sussurrou no meu ouvido.

-Vamos. – disse e então andamos até a janela tentamos ver alguma coisa, mas não era possível ver nada estava tudo muito escuro.

-Harry, acho que vamos ter que arrombar a porta. – falei, e ele fez uma cara de espanto. – Eu sei que é arriscado, mas a gente não tem outra saída.

-Aline, antes de irmos eu só queria dizer... – ele ia tentar dizer alguma coisa eu esperava poder ouvir o “eu te amo” apesar daquele momento não ser o mais adequado era o que ele aparentava que ia dizer. – Esquece.

Eu pensei em pegar algo para tentar abrir a porta, Harry pensou em usar a força para poder abri-la nossos amigos estavam a certa distância da qual conseguiam ver tudo, Ana com o telefone em mão, não haviam perigo, teoricamente.

A porta se abrira sozinha, o comodo estava todo escuro se havia alguém ali dentro ou se tinha algo ali dentro era impossível de se ver.

-Harry... – disse e então senti duas mãos me puxarem e me levarem para dentro do comodo, a pessoa me puxou e me jogou no chão tentou fazer com que Harry ficasse ao lado de fora, mas Harry era um pouco mais forte e conseguiu manter a porta aberta permitindo a sua passagem, mesmo sem saber quem é começara a bater na pessoa.

-PALOMA! – eu gritei em meio a escuridão a procura de um sinal dela.

-Estou aqui... – ouvi isso como praticamente um sussurro, fui em direção a onde eu ouvia a voz o mais rápido que consegui encontrei Paloma toda machucada.

-Aline, eu nunca fiquei tão feliz em te ver. – ela disse, lágrimas rolavam pelo seu rosto, lágrimas de felicidade.

Cheguei em sua cadeira desamarrei a corda e a ajudei a levantar, pois ela estava toda machucada na perna não conseguia fazer um movimento, segui a luz da porta aberta, quando cheguei no comodo vi Harry machucado.

-HARRY! – gritei em sua direção o fazendo se distrair um tempo e o fazendo levar um soco no rosto, mas logo depois se recuperou.

-Aline, fuja! – ele disse enquanto socava John tentando manter ele ocupado enquanto o próprio tentava pegar um controle.

-Eu não vou te deixar aqui! – disse enquanto minhas lágrimas rolavam loucamente pelo meu rosto eu esperava qualquer sinal da policia, mas nada.

-Aline Melo para fora! – ele gritou meu nome e por um instante um sorriso se abriu na boca de John.

-Você é garota que me substituiu! Te achei! – ele  berrou. – Agora eu só preciso pegar aquele controle e será o fim!

Eu pensei em pegar o controle, mas Harry me impediu de pegar.

-Aline, não! Pode ser uma armadilha, vai embora! – ele disse, eu não queria abandonar ele ali, eu não poderia, mas eu falei a Niall que levaria Paloma de volta.

-Lembra que você prometeu, Styles. – disse.

-Eu estarei de volta, Melo. – ele disse enquanto dava mais um soco em John.

Fui com Pay o mais rápido possível, para o lado de fora olhei para dentro da casa, vi Harry se levantando, mas não vindo em direção a porta, John pegou o controle.

“Adeus, pequena.” – ele disse imitando a maneira que Harry havia falado comigo alguns minutos atrás.

Boom. Foi tudo que consegui ouvir, além do mais o fogo estava tão intenso que não era possível ver algo, ficamos alguns minutos sem olhar para o fogo, quando retornei o meu olhar, nada de Harry, apenas uma explosão.

Harry havia morrido.