Fuckin Perfect escrita por Priy Taisho


Capítulo 24
Capitulo 24




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"Oeeeeeeeeeeee, olha quem surgiu o/ Gente, eu to escrevendo esse capitulo desde Abril, então pensem nos bloqueios que eu tive, na falta de tempo
MAS, vai ter o epilogo, então relaxem, não me matem ainda! USHSAUHS
Boa leitura e nos vemos nas reviews ♥"

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Observou a mulher andar de um lado para o outro, suas feições eram pacificas, aterrorizantemente, pacificas.

– É tão interessante pensar no quão extrema uma mentirinha chegou. – começou pensativa. – Se vocês nascido gêmeas exatas isso nunca teria acontecido. – sentou-se numa poltrona. – Eu tive todo um trabalho para esconder as pistas, para poder moldar uma realidade quase que impossível de ser descoberta e... Ela foi a baixo por causa da minha irmãzinha. – disse a ultima palavra com raiva.

– Você é louca. – Kagome falou fazendo com que Amaya lhe encarasse. – Tem noção do que fez? Do que você ME FEZ PASSAR? – gritou a pergunta, recebendo em resposta um olhar ríspido.

– NÃO GRITE COMIGO GAROTA INSOLENTE! – Amaya gritou ameaçadoramente, fazendo menção de se levantar. – VOCÊ MERECEU TUDO O QUE TEVE, eu assisti sua vida se transformar num inferno e juro, que me senti feliz a cada momento em que sua autoestima e toda sua confiança eram transformados em migalhas, POR MIM! – começou a rir.

– Você não fez DROGA nenhuma! – Kikyou gritou com ela se levantando. – Eu é quem tive que fazer tudo, EU!

– Por que você sou eu. – Amaya respondeu como se fosse obvio. – Você me representa tão bem, Kikyou. – levantou-se e aproximou-se da moça – Você, por toda essa semelhança que tem comigo, pelos seus olhos... – tentou tocar-lhe o rosto, mas Kikyou bateu em sua mão. – Principalmente por esses olhos frios. – e então bateu na cara da garota, que caiu no sofá. – Eu já volto... Não se preocupe Kagomezinha, temos uma longa história pra contar. – sem se descuidar com Kikyou, passou as unhas lentamente pelo rosto da outra deixando marcas na pele branca e em seguida lhe desferiu um tapa. – Eu nunca entendi porque vocês, sendo filhas de Isabelle se parecem tanto conosco quando mais novas.

– Nós somos nós mesmas – Kagome falou com raiva, sentindo seus olhos lacrimejarem. – Pare de nos comparar com você e sua irmã. NÃO TEMOS NADA HAVER COM ISSO!

– Vocês, no começo eram o que eu achava que iria segurar o meu marido – Amaya falou segurando ambas pelo cabelo e começando a puxa-las com brutalidade. – Ele sempre teve um amor maior por Kikyou, pois achou que ela era nossa. – sorriu tristemente. – Ao contrário de você sua bastarda, que ele tinha certeza que era filha da minha irmã. – cuspiu as palavras.

– Por que não me entregaram para a minha mãe? – ela e Kikyou empurraram Amaya ao mesmo tempo, da forma que conseguiam tendo a sorte de que ela havia se desequilibrado. Ambas após derrubar a mulher, correram em direção a porta tentando abri-la o mais rápido que puderam.

– Você vem comigo. – Amaya puxou a primeira que viu e começou a enforca-la com uma chave de pescoço. – Quieta, QUIETA – Kikyou tentava tirar o braço da outra de seu pescoço, mas quanto mais o fazia, mais Amaya lhe sufocava.

Kagome havia conseguido abrir a porta, porém parou ao ver Kikyou naquela situação. Ela estava respirando com a boca aberta, puxando a maior quantidade de ar que conseguia.

– Kikyou...

– Vai Kagome, VAI! – Kikyou falou. – Tá esperando o que? – chorava que mal percebia, só queria que a outra fosse embora, que procurasse por ajuda... Queria que pelo menos uma das duas se salvasse.

Ter um irmão é ter, pra sempre, uma infância lembrada com segurança em outro coração.- Tati Bernardi

– Eu não vou te deixar. – Kagome disse convicta. – Não agora. – Nunca havia tido coragem para confrontar Kikyou, não antes, mas depois de descobrir tudo... Ela tinha princípios. Kikyou era forçada a tudo, Kikyou tentara defende-la, por que deveria ser covarde numa hora dessas?

– Não é hora pra atos de coragem Kagome. – Kikyou falou com dificuldade. – Vai embora!

Amaya observava tudo entediada. Quando Kikyou iria entender que Kagome não iria embora nem que ela implorasse de joelhos? A garota podia ser idiota na maior parte do tempo, mas sabia que seu maior ponto fraco era a família.

– Agora eu tenho que pensar... – Amaya falou interrompendo qualquer outra tentativa de protesto de Kikyou. – Você vem comigo filhinha, já você Kagome, tranque a porta e pense no que vai perder por ter escolhido a família. – sorriu cinicamente e saiu arrastando a outra para a cozinha.

Claro, que Kagome não era idiota a ponto de deixar fugir sua única oportunidade de fuga. Ainda observando os barulhos vindos da cozinha, pegou o celular que deixava escondido dentro de um bolso da blusa e discou o primeiro numero que lhe veio a mente.

– Alô?

– Inuyasha, eu e... – começou a murmurar.

– Aqui é o Inuyasha e por algum motivo eu não posso atender, deixe sua mensagem e eu prometo que vou tentar retornar a sua ligação.

– Eu não acredito – murmurou com a voz falha. – Inuyasha, pelo amor de Deus, sou eu a Kagome. Eu e Kikyou estamos presas, em casa, com a Amaya, por favor... Você disse que estaria a caminho sempre que eu precisasse, então – não estava conseguindo falar. – Por favor, me ajuda. – ouviu o barulho de pratos quebrando e não escondeu um grito pelo susto. – Ela quer nos matar, eu tenho certeza. Kikyou está com ela agora, eu não sei o que vai acontecer... Oh, ela esta vindo, não me ligue, chame por ajuda! E-Eu... Eu te amo. – e então desligou o telefone recolocando-o no bolso da blusa e passando as mãos pelo rosto. - O que aconteceu? – perguntou vendo Kikyou voltar amarrada em uma corda, a bochecha estava cortada.

– Eu disse a ela para não se mexer. – fez um gesto para que Kagome se aproximasse e esta o fez, relutante. Inuyasha a iria salvar, ela tinha que crer nisso.

Foi amarrada de costas para Kikyou, logo Amaya amarrou seus pés e as duas foram colocadas em um canto da sala.

– Você devia ter fugido quando teve chance. – Kikyou murmurou. – Devia ter se salvado.

– E te deixar sozinha aqui? Não mesmo. – Kagome discordou. – Seria muito pior, olha o que ela fez com você! – mexeu-se tentando afrouxar as cordas.

– Já não sofreu o bastante? – Kikyou disse rispidamente.

– E você já não sofreu sozinha o suficiente?

– Quanto sentimentalismo. – Amaya disse de forma debochada. – Se eu fosse você, Kagomezinha, teria fugido. – segurou-lhe o queixo com força. – Eu odeio esse brilho convencido que você tem nos olhos, me lembra sua mãe, sua bastarda. – e então desferiu um tapa no rosto da garota que gritou e em seguida teve os lábios segurados com força. – Cala a boca. – tudo o que a garota conseguiu emitir foram ruídos.

– SOLTA ELA! – Kikyou se contorceu. – NÃO FIZEMOS NADA PRA VOCÊ!

– VOCÊS NASCERAM, PERFEITAS! – rebateu de forma insana. – A gravidez da mãe de vocês foi cheia de complicações – falava em tom enojado. –Ela quase abortou, perdi a conta de quantas vezes ela foi parar no hospital sentindo fortes dores... Ela quase morreu... Na mesa de parto. – acrescentou a ultima frase num tom sonhador, enquanto piscava encarando o nada. – Eu tentei destruí-la lentamente durante nove meses, os nove meses que eram para serem os mais felizes DE TODA A MINHA VIDA! – o tom calmo se tornou agressivo. – ENTÃO POR QUE MALDIÇÃO ELA TEVE QUE ENGRAVIDAR JUNTO COMIGO? –sacudiu Kagome, fincando suas unhas em seus braços e a empurrando, levando Kikyou consigo. – Já não bastava toda a atenção que ela recebia da minha Mamma, quando éramos pequenas? – respirava com dificuldade e agora estava chorando. – Me diga, Kikyou... Por que a minha Lucy morreu? – Kikyou arregalou os olhos e gritou quando Amaya investiu contra seu pescoço.

– Se sua filha morreu, eu... Eu sinto muito. – Kagome falou e Amaya a olhou curiosa. – Lucy, era nossa prima e apesar de não termos a conhecido, sentimos muito. – não conseguia ver o que a outra estava fazendo.

– Vocês... Sentem? – soltou o pescoço de Kikyou, que começou a arfar aliviada.

– Sen... Sentimos. – Kikyou falou a encarando.

– So che ho perso mia figlia, Clara. (Eu sei que perdi minha filha, Clara.) – Amaya encenou um olhar triste. - Ho bisogno di sostituire i bambini.(Preciso que você troque as crianças.) – segurou as mãos da enfermeira. - - È necessario bisogno di soldi per coprire le spese, conoscere lo stipendio di un infermiere non è molto grande ... Io pago la quantità che ti serve! (Você deve precisar de dinheiro pra cobrir gastos, sei que o salário de enfermeira não é muito grande... Eu lhe pago a quantia que precisar!).

– Non posso farlo, signora!(Não posso fazer isso, Senhora!) – Clara falou alarmada. -- Si metterebbe a rischio il mio lavoro ... Pensate alla vostra sorella, il dolore che avrebbe provato se uno dei ...(Colocaria em risco o meu emprego... Pense na sua irmã, na dor que ela iria sentir caso uma das..)

– Pensate del mio dolore.(Pense em minha dor) – quase gritou. – Ha due ragazze e io no ... Sai quanto fa male? (Ela terá duas meninas e eu nenhuma... Sabe como dói?) – os olhos acinzentados tinham lagrimas. - Pensa a tua madre ... Può aiutare con la quantità necessaria.( Pense em tua mãe... Pode ajuda-la com a quantia que precisar.).

– Mia madre? – Clara murmurou desviando o olhar da mulher. Sua mãe estava passando por problemas seríssimos de saúde e seus remédios eram caros, assim como o seu tratamento. O salário de enfermeira não cobria todas as despesas da casa, já que era a única que trabalhava.

A proposta havia começado a ser tentadora. A irmã da mulher em sua frente ainda teria uma das filhas, certo? E de acordo com o que via, a que ficasse com a Amaya seria bem tratada... Como a filha da própria seria caso ainda estivesse viva. - I Do, mia madre.(Eu aceito, por minha mãe). - - Promettimi di prendersi cura di quel bambino, o mi sentirò in colpa per il resto della mia vita. (Prometa cuidar dessa criança, ou me sentirei culpada pelo resto da minha vida).

– Te lo prometto. – Amaya sorriu para ela, e esse sorriso lhe pareceu sincero. - - Un bambino sarà trattato bene, non ti mancherà nulla. Essere una principessa ...( A criança será bem tratada, não lhe faltará nada. Será uma princesa...). – suspirou enquanto era guiada para repousar em sua cama novamente. – La mia principessa.

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Olhando as adolescentes em sua frente, lembrou-se de quando havia pego Kikyou. Sua sorte era que a garota era muito semelhante a si, tinha se sentido tão feliz.

– Eu... Prometi cuidar de você, La mia principessa. – agora chorava novamente. – Eu cuidaria tão bem de você, do seu pai... Seriamos felizes pra sempre. – começou a gesticular de forma confusa. – Mas... Você não é a minha Lucy. – foi como se tivesse escutado um estalo em sua mente.

– Você precisa de ajuda. – Kagome falou tentando encara-la por cima dos ombros. – Eu conheço pessoas que podem te ajudar, você e o pai podem ter outros filhos, podem superar isso.

– Pai? – Amaya começou a rir e Kikyou fechou os olhos sentindo as lagrimas quentes escorrerem por seu rosto. As alterações de humor da mulher estavam ficando piores, elas iriam morrer... Por Deus, ela tinha tantos sonhos... Tudo acabaria ali? – VOCÊ É UMA BASTARDA PROBLEMÁTICA, NINGUÉM – abaixou-se e puxou os cabelos da Higurashi de olhos azuis fazendo-a lhe encarar. – NINGUÉM TE AMA E NINGUÉM NUNCA VAI TE AMAR! – aproximou seu rosto do dela. – Porque você é feia, por mais que você pense que as pessoas gostam de você, elas te odeiam por ser fraca.

– Eu não preciso que todos me amem. – Kagome falou com uma coragem que ela mesma não sabia de onde havia tirado. – Os poucos que me amam, são muito mais do que os que te amam. – e num ato impensado cuspiu na face da mulher, que em surpresa se afastou.

– VADIA BASTARDA! – gritou antes de começar a desferir tapas em Kagome, que havia começado a gritar por socorro.

– PARA, PARA! – Kikyou gritava desesperadamente. – SOLTA ELA SUA MALUCA DESGRAÇADA! ME SOLTA E NÓS VAMOS RESOLVER ISSO, SUA CRETINA! – tentava afrouxar a maldita corda.

– EU ODEIO VOCÊS, ODEIO! – Amaya gritava e sua violência contra a outra não parava. – Vocês deviam ter morrido quando EU FIZ A MÃE DE VOCÊS ROLAR ESCADA A BAIXO! – o ultimo soco que deu, fez com que Kagome batesse a cabeça na parede. – Eu queria que ela morresse. – acrescentou vendo a garota cuspir sangue.

Observava a outra andar de cabeça baixa, tentando não cambalear. Isabelle, estava usando uma boina vermelha e murmurava palavras desconexas, havia alguma coisa em seu suco... Por que tudo de repente havia começado a girar?

– I. .. Mamma! (Eu... Mamãe!) – gritou apoiando-se no corrimão. – MAMMA! – era algum delírio ou havia sentido seu corpo ser levemente empurrado, fazendo com que ela rolasse escada a baixo?

A única reação que tivera fora colocar as mãos sobre a barriga de dois meses, tentando protege-la.

– Isabelle! – Amaya, usando um vestido florido, desceu as escadas o mais rápido que pode. - Mamma, aiuto! Isabelle rotolato giù per le scale.(Mamãe, socorro! Isabelle rolou as escadas). – falava em tom aflito.

Felizmente Isabelle havia sido socorrida a tempo, a pancada não havia sido forte, e talvez por uma força Divina, tinha ficado somente em observação por alguns dias.

– E a minha filha quem morre? – a frustração tomou conta da sua voz. – A minha querida e tão almejada Lucy...

– Você colhe o que planta! – Kikyou se remexeu bruscamente. – Sua filha morta foi um castigo e vai continuar recebendo um a cada maldade que fizer! – gritou a ultima frase.

– Então eu espero – abaixou-se e encarou Kikyou por alguns segundos. – Que Deus mande seu castigo depois que eu acabar com vocês.

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Colégio:

O sinal para a ultima aula havia acabado de soar. A onde estava Kagome?

Não confiava na Higurashi de olhos cinzentos, ela sempre fora um imã para problemas, principalmente para Kagome. Aquela súbita onda de arrependimento, bancando uma de que desde o começo “precisava ser salva” não lhe convencia.

– A onde será que aquelazinha levou a Ká? – perguntou Sango. Ela lia mentes?

– Também quero saber. – o Taisho deixou com que seu olhar vagasse até o assento vazio. – E pra completar, essa droga tá descarregada. – jogou o celular em cima da mesa revoltado, tinha que comprar uma bateria descente logo.

– Eu vou tentar ligar pra ela. – Sango pegou o próprio celular. – Só me dá o fone. – pegou o mesmo da mão de Miroku e o plugou em seu aparelho.

– Delicada como uma mula... – o Houshi resmungou deitando a cabeça sobre a mesa.- Será que elas não foram pra casa?

– Sem me avisar? – Sango e Inuyasha falaram ao mesmo tempo e depois se entreolharam.

– Ela tem que bater ponto pra sair daqui? – Miroku perguntou e sua voz saiu abafada. – Vai ver, ela foi pra casa e se esqueceu de avisar vocês.

– Quando sairmos daqui vou para o consultório do Sesshoumaru. – Inuyasha falou pensativo. – Kagome disse que teria uma consulta hoje. – esclareceu ao ver a expressão de Sango.

– Vamos juntos. – a Taiji disse. – O telefone dela só chama... – murmurou estreitando os olhos.

– E se ela tiver ido direto pro consultório e ter desligado o telefone? – Miroku perguntou e os outros dois se encararam entediados. – Ou o telefone dela pode... QUAL É? – levantou a cabeça ao sentir algo se chocando contra a mesma.

Era o caderno de Inuyasha.

– Quer parar de ser tão otimista? – Sango perguntou jogando um estojo nele que se defendeu com as mãos.

– Ela está com a Kikyou, acha isso bom?

– Só não esqueçam as capas de super-herói. – o garoto passou a mão na cabeça. – Cacete Inuyasha, por que logo um caderno?

Inuyasha o encarou e suspirou. Se fosse jogar mais alguma coisa no melhor amigo seria sua mesa e isso lhe renderia problemas... Grandes problemas.

– Era isso ou algo mais pesado. – respondeu e o outro fez uma expressão de medo.

Miroku resmungou algo que eles não conseguiram compreender e voltou a afundar a cabeça entre os braços, numa tentativa falha de dormir.

Internamente o Houshi, que não era extremamente religioso, implorava para que estivesse certo. Tinha que se manter otimista... Por todos.

A moça de olhos vermelhos havia saído da sala quando surgiu a primeira oportunidade. Se enfiou no banheiro, constatou se estava sozinha e fechou a porta, se escorando na mesma e puxando o celular de dentro da blusa.

– Kikyou e Kagome sumiram. – falou baixo ao ouvir um “alô”. – Elas...

– Estão comigo. – Amaya respondeu brevemente. –Vou dispensar os seus serviços, Kagura. – acrescentou. – Sua mãe está com o seu dinheiro.

– E-Eu... Tudo bem – a morena suspirou – Vou desligar eu... Só queria te avisar. – concluiu sem ter tanta certeza.

– Kagura? – A mulher chamou quando a adolescente ficou em silencio, prosseguindo somente quando essa murmurou um “sim”. – Você não vai abrir a boca pra ninguém sobre Kagome e Kikyou estarem comigo. Não sabe de nada, não viu nada. – seu tom era ameaçador e isso fez com que a um arrepio percorresse sua espinha. – Entendido?

– Entendido. – foi tudo o que conseguiu pronunciar.

– Agora se livre desse chip. – a mulher mandou – De qualquer coisa que me ligue à você.

Não respondeu, estava tendo uma sensação ruim.

– O que você vai fazer? – perguntou encarando o piso que antes era branco e que agora estava ligeiramente amarelado. – Amaya?

– Vou ser mal educada o suficiente para lhe dizer que isso não é da sua conta. – respondeu após um breve silencio. – Você não precisa saber absolutamente de nada, Kagura.

– Eu nunca entendi o porque de você me querer vigiando suas filhas. – a garota confessou. – Por quê?

– Não te interessa. – rebateu rispidamente. – Você era paga para vigia-las, para atormenta-las, para me manter informada de tudo! Somente isso, Kagura.

– Por que queria manter todo esse inferno?

– O que te leva a ter tantas duvidas agora?

– Porque eu já as tinha antes. – Estava perguntando tanto... Por quê? Aquilo não era da sua conta... Nunca fora.

– A única coisa que devia lhe interessar era o dinheiro extra, fora isso, nada. – Amaya falou – E mais uma vez, ISSO NÃO É DA SUA CONTA! – e então desligou o telefone.

– Maluca. – resmungou colocando o celular novamente dentro do bolso.

Aquilo não era problema seu. Kikyou nunca a considerou como uma amiga e ela nunca considerara a garota também... Só estava acostumada com o “império escolar” que ambas haviam construído juntas, com a popularidade, em ser o centro de todas as atenções.

Gostava de ser temida, de manipular todos, de controlar tudo... Mas não gostava de ter que ser esconder atrás da Higurashi, que com seus cabelos negros e pele alva chamava muito mais atenção do que ela, mesmo possuindo olhos em um carmesim. Os olhos mortos e cinzentos, supérfluos, tristes, enganadores e hipócritas, chamavam mais atenção do que sua dona gostaria.

Tinha inveja.

Era uma verdadeira vaca oportunista e egoísta. – esse pensamento a fez sorrir de canto, enquanto se dirigia para o espelho e pegava um batom dentro da bolsa – E gostava de ser assim.

Viveria dessa forma, casaria com algum milionário e esbanjaria poder por todas os lugares onde passasse.

Seria melhor do que Kikyou fora em anos de convivência, era ela quem começaria a ditar todas as regras.

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– Dá pra parar de mexer nessa droga de anel? – Ellen praticamente gritou quando viu o irmão rodar o anel em seu dedo anular com o auxilio do dedão. – O que você tem, Naraku? – perguntou quando ele tirou o olhar dos papéis que estava analisando e se focou nos olhos da irmã.

– Nada. – respondeu brevemente voltando a atenção para as folhas.

A loira respirou fundo, fechou as mãos em punho e estava se preparando para soca-lo –talvez um murro na cabeça o fizesse voltar a funcionar – quando notou que ele não estava lendo. Naraku estava girando o anel inconscientemente, girando, girando, girando...

– NARAKU! – Ellen gritou e ele ergueu a cabeça assustado.

– O que você tá fazendo? – ele perguntou estreitando os olhos. – Pare de ficar gritando feito uma maluca! – ralhou e a garota revirou os olhos, pegando a prancheta – sua querida e estimada prancheta – batendo-a contra a cabeça do irmão. – HEY!

– Presta atenção EM MIM – bateu mais uma vez. – Quando eu estiver falando com você! – a loira havia se irritado. – E PARA DE RODAR ESSA PORCARIA!

– O que você quer? – perguntou frustrado.

– Preciso perguntar de novo? – Ellen arqueou as sobrancelhas e Naraku revirou os olhos.

– Irritante. – resmungou soltando um “tsc”, em seguida. – Só estou preocupado.

– Precisa que eu pergunte DE NOVO, o por quê? – ironizou a garota voltando a se sentar.

– Kikyou. – Naraku respondera tão rápido que Ellen ficou alguns segundos processando o que ele havia dito antes de responder.

– Não está se envolvendo demais? – estreitou os olhos. – Sim, você está se envolvendo demais com aquela garota. – a Kageyama não deu tempo para que ele lhe respondesse. - Ela é aluna daqui, Naraku! Não pode se envolver mais que profissionalmente!

– Cuida da sua vida. – o homem se levantou, colocando toda papelada sobre a mesa e se dirigindo até a porta. – Vou dar uma volta.

– Mas...

– Vou dar uma volta. – bateu a porta com força e tudo o que a outra pode fazer foi suspirar.

– Idiota.

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Como haviam combinado, assim que o período de aulas acabou, Inuyasha, Sango e um otimista Miroku, se dirigiam para o consultório de Sesshoumaru. Estavam no carro de Inuyasha e esse, por sua vez, soltava um palavrão baixo toda vez que paravam em algum semáforo.

Estava agoniado.

– Se não se acalmar, vai acabar batendo o carro Inuyasha! – Miroku advertiu ao vê-lo apertar o volante. – O seu mal é a ansiedade!

– Eu tenho que concordar. – Sango disse, a garota estava no banco de trás. – Vai tudo ficar bem. – voltou a olhar pela janela. – Eu espero. – acrescentou em pensamentos.

Well I know the feeling
Of finding yourself stuck out on the ledge
And there aint no healing

From cutting yourself with a jagged edge

Bem, eu conheço a sensação

De se encontrar na beira do abismo

E não há cura

De se cortar com uma navalha afiada

– Nós temos que sair daqui... – Kikyou murmurou somente para que ela ouvisse, quando Amaya foi atender o celular em outro cômodo. – Ou ela vai nos matar... Porra Kagome, você devia ter ido quando teve chance!

– Não vamos discutir sobre isso. – Kagome fechou os olhos sentindo o corpo dolorido. – E se nós gritássemos?

– A casa da direita está vazia e os Hermans foram viajar. – Kikyou alertou, lembrando-se da ausência dos vizinhos. – Isso só faria com que ela nos amordaçasse, não podemos nos precipitar... – Seu rosto estava um tanto inchado e o labio sangrava, fazendo com que sua boca tivesse um gosto metálico. – Se tivéssemos como usar o telefone...

– Eu liguei para o Inuyasha. – Kagome sussurrou tão baixo que nem ela mesmo havia escutado direito, por cima do ombro encarava o lugar por onde Amaya entrara. – Só temos que sobreviver até que ele apareça com ajuda. – os ombros de Kikyou ficaram tensos e de repente a garota começou a chorar, fungando baixinho. – Hey, não-não chora – tentou consolar a outra, quando ela mesma estava prestes a se desmancha em lagrimas.

– Eu quero viver – sua voz falhara no fim. – Eu não quero acabar aqui... Nós não merecemos isso, não, não, não. Eu não quero que tudo acabe aqui – ela estava desesperada. – Alguém me tira daqui...

– Nós vamos sair dessa – Kagome tentava soar otimista, mas sem perceber já estava chorando, não tanto quanto a irmã. – Nós vamos...

– Que coisa linda – Amaya tinha retornado. A expressão em seu rosto era de satisfação, estava gostando de ver todo aquele desespero. – Kikyou, eu não te treinei tanto tempo pra demonstrar tantas emoções, querida. – balançou a cabeça negativamente, escorando-se no batente da porta, girava algo nos dedos...Um estilete. – Kagome que é a expressiva da família, afinal é uma pequena cutter. Ou será que eu devo transformar a palavra “cortadora”, para o italiano e te chamar de fresa?

– Eu não vou me cortar nunca mais. – Kagome disse em voz alta, com convicção – Foi uma primeira experiência desgastante, que eu vou garantir que não se repita. – os olhos da outra se estreitaram com o desafio implícito na voz da adolescente. – Não por um monstro como você.

– Kagome, Kagome, não me provoque.

– Sua mente deturpada já faz o trabalho. – ironizou a garota. – Vamos lá, Amaya, o que ganha com isso?

– Vingança? Auto satisfação? – Kikyou perguntou com a voz firme.

– Exatamente! – a mulher respondeu se aproximando, dessa vez sem brincar com o estilete. – É quase como um orgasmo, tão prazeroso. – sorriu e se abaixou encostando a lamina no braço de Kagome e a descendo sobre a pele lentamente, enquanto a garota gritava e se debatia, com a ajuda de Kikyou. – Cutter, por que foge? – perguntou de forma inocente, afastando a lamina da moça. – Estou te fazendo um favor, você não quer fugir dessa realidade?

– Meu nome é Kagome. – falou entredentes, sentindo as lagrimas escorrerem pelo rosto.

– Seu nome é aquele que eu escolher, bastarda. –encostou a lamina mais uma vez e a puxou com força, dessa vez, Kagome reprimiu o grito.

– As coisas não vão ser sempre do jeito que você quer, mamãe.

– Kagome! – Kikyou a repreendeu. A gêmea estava ficando louca? Provocar Amaya daquela forma?

– Deixe-a falar. – A mulher respondeu interessada. – Continue, Kagome...

Em vez disso, a garota fechou os olhos e permaneceu em silencio.

Precisava ser como Kikyou havia sido por todos esses anos. Precisava fingir, por mais que estivesse tão assustada como a outra, que quisesse chorar. Os cortes que Amaya havia feito estavam ardendo, seu sangue escorria através da pele branca, agora com alguns hematomas e respingava no chão. Não podia ver o estado de Kikyou, que era muito parecido com o seu, mas agradecia por ter sido ela a ser ferida pela lamina.

– Por que ficou quieta?

– Não lhe devo respostas. – Ao abrir os olhos e encara-la, Amaya ficou em choque. – Se as quer tanto, porque não as procura?

– Esse olhar... – murmurou lembrando-se de quando sua irmã, Isabelle, havia lhe dito as mesmas palavras.

– Grávida? – a loira debochou enquanto se sentava na cama. – Nós somos irmãs, mas você continua insistindo em seguir os meus passos, não é mesmo? – riu encarando a morena através do espelho.

– Se insiste tanto em falar o maldito português, farei como quer. – Isabelle respondeu-lhe irritada. Não que detestasse o idioma, mas Amaya possuía a mania de usa-lo para irrita-la.

– Não respondeu minha pergunta. – Amaya revirou os olhos. Isabelle continuava penteando os cabelos negros, olhando para o espelho fixamente. – Não vai me dizer que aquele seu noivo inconsequente é o pai? – O tempo em que eles haviam se separado batia certinho com o tempo de gravidez da irmã.

– Não lhe devo respostas, Amaya. – os olhos azuis de Isabelle, que geralmente eram calorosos, ficaram sérios. – Se as quer tanto, por que não as procura? – ela estava irritada. – Ou melhor, CUIDE DE TUA PRÓRIA VIDA! – gritou a ultima frase, fazendo com que a outra trincasse o maxilar.

– NÃO PEÇA A MINHA AJUDA, QUANDO ESTIVER CUIDANDO DE UMA CRIANÇA SOZINHA! – retrucou aos gritos. – Será uma mulher solitária, que homem vai querer uma esposa com filhos de outro casamento? Tenho dó do meu sobrinho, terá uma vida tão triste, sem um pai para acompanha-la.

– Eu te prometo, que não serei solitária de espirito, como você. – Isabelle se virou para encara-la, seus olhos haviam adquirido um brilho estranho. – Não vou ser pobre de espirito, pobre de compaixão e muito menos pobre de amor. – fez uma pausa, sustentando o olhar enraivecido que recebia. – Porque esse papel é seu! Essa é você!

– Você conversou com a sua mãe... VOCÊ CONVERSOU COM ELA! – a mulher gritou assustada, desferindo um tapa na garota. – Usou as mesmas palavras que ela! VOCÊ A CONHECE!

– KAGOME NUNCA A VIU! – Kikyou gritou puxando as cordas, em mais uma tentativa falha de se soltar. – Eu é quem tive contato com ela e mesmo assim, não sabia de tudo isso. – continuou tendo certeza da atenção da mulher. – Foi você quem confirmou tudo, Amaya. – mordeu o lábio inferior quando a face ardeu e antes que pudesse se recuperar, recebeu outro tapa. – Você destruiu seu próprio planinho perfeito!

– Cala a boca – grunhiu Amaya entredentes. – Eu odeio vocês duas, SUAS INGRATAS! INGRATAS IMBECIS! – segurou nos ombros de ambas e as empurrou contra a parede diversas vezes. – Vocês acabaram com o meu casamento... John me deixou por culpa de vocês!

– Ele não pode competir com seus remédios. – deu um sorrisinho cínico. – Muita competição pra uma pessoa só.

Amaya deixou o estilete cair no chão e as encarou como se lembrasse de algo. Os lábios estavam entreabertos, o cenho franzido, a cabeça lentamente foi inclinada para a direita e ela começou a fitar um ponto no chão, até que correu escadas acima de forma barulhenta.

– Kikyou, o estilete. – não estava muito longe, conseguiriam pegar se colaborassem. – Se nós nos virarmos um pouco e você esticar seus pés, puxando-o talvez eu consiga pega-lo.

– Vou tentar. – Como ambas estavam presas juntas, Kagome teve de se virar para a parede e empurrar o corpo de Kikyou até que ela conseguisse pisar sobre o estilete, para em seguida puxa-lo até o mais próximo delas. Quando voltaram a posição anterior, Kagome esticou os dedos até que esses encostassem no objeto, quando conseguiu pega-lo, ouviu passos no andar de cima e isso fez com que ela soltasse o estilete entre ela e Kikyou. – Quando ela se distrair... Nós cortamos as cordas e damos o fora. – Kikyou murmurou somente para que a irmã ouvisse.

– O que vocês estão cochichando ai? – Amaya perguntou curiosa. Sua expressão era séria, porém sua voz estava normal. – Não me façam repetir novamente. – Acrescentou começando a descer as escadas.

*

– Kagome? – Rin perguntou deixando de mexer no computador por alguns segundos, para encarar Inuyasha. - Sim, ela tem uma consulta hoje, às uma e meia. – acrescentou voltando o olhar para a tela. – E ela está atrasada...

– Tem certeza de que ela não está na sala com o Sesshoumaru? – Sango perguntou apoiando-se na mesa da secretária. – Ela pode ter chegado sem que você visse.

– Eu não saí daqui por nada. – Rin comentou enquanto pegava o telefone. – Mas mesmo assim vou conferir. – sorriu brevemente e Miroku agradeceu.

Sango andava de um lado para o outro e era acompanhada por Inuyasha.

– Vocês estão me deixando louco! – O Houshi reclamou bufando irritado. – Isso não vai resolver droga nenhuma, então parem! – os dois o encararam e depois se entreolharam, jogando-se nas cadeiras.

– O Sesshoumaru mandou vocês entrarem. – Rin avisou após desligar o telefone, a secretária mantinha o cenho franzido quase que inconscientemente. – Mas a Kagome realmente não está aqui. – acrescentou e um silencio mórbido se instalou entre eles.

Miroku não olhou para os amigos, não queria perder a ponta de otimismo que ainda lhe restara. Se ele se desesperasse os três ficariam sem direção.

Se dirigiram até a sala de Sesshoumaru e lá encontraram uma mulher muito parecida com Kagome e Kikyou sentada em uma das cadeiras. Suas expressões eram vazias, não havia seriedade, raiva, nada.

– O que faz aqui, Amaya? – Sango perguntou franzindo o cenho, estava estranhando o visual “novo” da mulher. Os cabelos maiores e escuros... – O que é isso, Sesshoumaru?

– Ela não é a Amaya. – ele, que estava em pé para recebe-los, sentou-se enquanto suspirava pesadamente.

– Sou Isabelle. – a mulher falou dando um breve sorriso. – Irmã gêmea de Amaya e mãe das Higurashi. – Os adolescentes encararam Sesshoumaru em busca de respostas e este apenas ergueu os ombros.

– Longa história. – revirou os olhos e ignorou as caretas que seu irmão fazia. – Kagome não está com vocês e também não veio para a consulta... O que aconteceu? – perguntou enquanto Miroku e Sango se sentavam nas cadeiras, Inuyasha se manteve em pé por alguns segundos antes de se sentar também. O Taisho mais novo se prontificou e contou tudo com pressa, repetiu algumas partes para que seu irmão entendesse, falava tão rápido que às vezes nem conseguia entender o que estava dizendo.

– Foram a casa delas? – Isabelle perguntou preocupada.

– Viemos direto pra cá.

– Elas podem ter ido direto pra casa. – Sesshoumaru falou. – Vão até lá, provavelmente a empregada ou até Amaya podem recepciona-los. – avisou trocando um olhar com a mulher.

– Se não encontra-las liguem pra cá. – Isabelle disse. – Eu queria ir com vocês, mas não posso... Amaya... Quer saber? Eu vou! – levantou-se colocando a bolsa no ombro. – Se eu não me aproximar, ela não me verá. – concluiu confiante.

– Gostei de você. – Sango falou dando um sorriso rápido. – A AMAYA ME ODEIA! – acrescentou ao lembrar-se desse fato. – Uma vez ela me disse que Kagome não estava em casa, não me deixou entrar. – estreitou os olhos. – Aquela...

– Se eu procurar pela Kikyou vai dar no mesmo. – Inuyasha disse suspirando. – Ela sabe do término e...

– O Jeito é eu ir também. – Sesshoumaru se levantou tirando o jaleco branco e o colocando sobre a cadeira. – E você, Isabelle, faça o máximo para que ela não te veja. – ralhou revirando os olhos.

Non essere insopportabile, Sesshoumaru. – A mulher balançou a cabeça negativamente.

Sesshoumaru avisou Rin, para que a moça cancelasse as consultas do restante do dia e ela lhe disse que só havia mais duas, que prontamente cancelaria.

– Me mantenha informada. – falou segurando em seu braço.

– Vou tentar. – ele respondeu a encarando fixamente.

– Estou falando sério, Sesshoumaru. – advertiu. – Eu não invadi um sistema para ficar agoniada depois. – estreitou os olhos.

– Não se preocupe, Rin – Sesshoumaru disse calmamente. – Fique com o celular ligado. – avisou quando ela soltou seu braço.

– Pode deixar. – a morena assentiu e arregalou os olhos quando os lábios dele encostaram-se nos seus. – O que?

– Senti vontade. – o Taisho ergueu os ombros demonstrando que não se importava. – E ninguém viu. – deu um sorriso de canto dirigindo-se para o elevador. Os outros já tinham descido para o térreo na frente. – Te devo um jantar.

– Deve mesmo. – Rin murmurou quando as portas do elevador se fecharam. – Idiota. – sorriu colocando os dedos sobre os lábios.

.

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Sesshoumaru tocou a campainha três vezes e esperou. Miroku e Inuyasha lhe faziam companhia, Sango e Isabelle tinham ficado em seu carro para não serem vistas.

– HEY! – Inuyasha bateu na porta diversas vezes. – Kagome! Kikyou! Kaede! – gritou continuando a socar a porta. – Tem alguém em casa?

– Vai derrubar a porta desse jeito. – Sesshoumaru ralhou puxando-o para longe da porta e tocando a campainha novamente.

– Continua insistindo – Miroku disse vendo-o tentar novamente. – KAGOME! – gritou tentando ver se tinha algum movimento nas janelas do andar superior.

– Vou derrubar essa porta... – Inuyasha praticamente rosnou, enquanto preparava-se para chutar a porta, porém fora impedido mais uma vez por Sesshoumaru.

– Quer ser preso por invasão? – o mais velho perguntou visivelmente alterado, seu irmão já estava a ponto de trancar Inuyasha no carro junto com Sango e Isabelle. – Se controle imbecil!

Durante a pequena confusão dos irmãos, a porta foi aberta, mas eles não viam nada além de Amaya que os encarava inexpressivamente.

– O que desejam?

– Queremos falar com Kagome ou Kikyou! – Miroku respondeu, notando em seguida, a expressão de Sesshoumaru. – Pode chama-las?

– Elas não estão em casa. – respondeu a mulher simplesmente. – Achei que você fosse namorado de minha filha, Inuyasha, ou que pelo menos soubesse onde ela estava. – comentou sem alterar seu tom de voz.

– Nós terminamos há muito tempo – Inuyasha respondeu estranhando o comportamento da Higurashi.

– Sinto por isso. – Amaya deu um pequeno sorriso.

– Senhora Higurashi, meu nome é Sesshoumaru Taisho e eu gostaria de sabe de sua relação com sua filha.

– Minha relação com Kikyou é ótima, por quê? – Ela fez uma expressão confusa e abriu um sorriso leve. – Eu e minha filha nos damos muito bem, obrigada.

– Sinto muito, mas estou me referindo a sua outra filha. – Sesshoumaru esclareceu sério. – Você sabe que tem outra filha, não é? – pressionou e viu os olhos cinzentos da mulher se estreitarem levemente, antes de voltarem ao normal.

– Está se referindo à Kagome?

– A quem mais seria?

– Não vejo como isso pode te importar, Sesshoumaru.

– Pode não parecer, mas tenho um grande interesse em sua filha. – ele rebateu em um tom calmo. – Realmente não sabe onde ela está? Ela pode ter ido ao shopping...

– Pode estar na casa daquela amiguinha insuportável dela. – Amaya respondeu sem se dar conta do tom de voz agressivo que usava. – Ou pode ter ido ao shopping. – Tinha desviado o olhar para Inuyasha. – Bem, eu tenho que entrar estou fazendo um bolo. – avisou dando um sorriso cortês. – Até breve. – e então fechou a porta sem cerimonias.

Sesshoumaru, ao contrário dos outros dois deu um sorriso satisfeito e começou a seguir em direção ao carro sem dizer nada. Inuyasha e Miroku ficaram um tempo parados, absorvendo tudo o que estava acontecendo.

– Vão ficar ai até quando? – o Taisho mais velho perguntou levemente irritado. – Otários. – balançou a cabeça negativamente quando eles começaram a segui-lo.

– O que foi aquilo? – perguntaram quando todos estavam no carro.

– Foi a minha comprovação de que Amaya estava mentindo. – Sesshoumaru respondeu colocando a chave na ignição do carro. – Voltaremos mais tarde.

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Já deviam ser quase seis horas, o céu estava alaranjado e o sol continuaria brilhando apenas por poucos minutos.

Desviou o olhar da janela, ao ver a loira ir quase que correndo de um lado para o outro no quarto.

– Posso saber a onde vai? – Naraku perguntou curioso. – Está normal demais. – acrescentou jogando-se contra a cama da irmã.

– Vou jantar fora. – respondeu ela simplesmente. – Um jantar de negócios.

Ellen estava trajando um vestido preto, que ia até um palmo acima dos joelhos. A saia do vestido era um pouco volumosa, as mangas longas e rendadas, com um decote simples que valorizava seu busto e um que deixava suas costas expostas.

– Satoru? – ergueu uma das sobrancelhas.

– Exato.

– E por que não fui convidado?

– Não é como se você fosse necessário. – esquivou-se das insinuações do irmão. – Sozinha posso resolver tudo. – esclareceu indo até a cômoda e pegando um par de brincos.

– O que você quer dizer, é que se por acaso vocês forem se pegar, não quer um empecilho. – Naraku disse calmamente, mas a ouviu suspirar irritada.

– Cuide de sua vida! – ela repetiu as palavras dele mais cedo.

– Pode ter certeza de que vou fazer isso, já já. – Naraku pegou o celular e discou o numero do telefone de Kikyou, que continuava desligado. – Droga.- suspirou passando a mão nervosamente pelos cabelos. – Por que você não atende? – murmurou para si mesmo.

– Talvez você deva ligar pra algum amigo dela, senhor stalker.

– Cuida da tua vida. – Ellen o encarou perplexa e em seguida balançou a cabeça negativamente, desistindo de dizer qualquer coisa.

Saiu do quarto da irmã, indo para o seu que era no final do corredor. Trocou a bermuda por uma calça, pegou um casaco e colocou os tênis, gritando um “até logo” e saiu de casa em passos rápidos.

Aparentemente ele não tinha motivos para estar preocupado com a Higurashi, podia ser só coisa de sua cabeça. Ellen estava certa, não devia estar se envolvendo tanto com uma estudante – muito menos se envolvendo na vida pessoal dela – mas isso era uma coisa que ele não conseguia evitar.

Kikyou era uma fachada. Por dentro ela sentia tudo que sua irmã, Kagome, sentia. As duas sofriam igualmente, porém Kikyou escondia tudo majestosamente.

Isso o intrigava.

Era algo que talvez não precisasse de explicação alguma, pois toda que existia já estava em seu poder...Mas ele ainda cobiçava mais. Mais explicações sobre suas atitudes em relação à Kikyou.

– Desculpe. – murmurou quando esbarrou em uma mulher.

Devia ter pegado seu carro, teria sido tão rápido se o fizesse.

Andou por alguns minutos, o sol já havia desaparecido. Quando finalmente havia chegado à esquina da casa de Kikyou, notou uma multidão estranha e em seguida, algo que fez com que seu coração parasse de bater por milésimos de segundos, antes de começar a bombear seu sangue em ritmo frenético.

Passou por entre as pessoas apressado, empurrando algumas e não se preocupando com a delicadeza.

Bem a sua frente, a casa dos Higurashi era tomada pelo fogo.

– KIKYOU! – gritou tentando investir contra a casa, mas fora segurado por um dos moradores. – ME SOLTA! - O homem aparentava ter ser trinta e nove anos o segurava firmemente.

– Os bombeiros já estão chegando, você não pode ir até lá! – dizia ele segurando-o firmemente, alguns dos moradores haviam pegado mangueiras na tentativa de ajudar a amenizar o fogo, porém não parecia surtir efeito algum. – Nem sabemos se tem alguém na casa! – disse na tentativa de acalma-lo.

– ELA ESTÁ LA DENTRO!

– Como sabe?

– Eu... – Naraku não conseguia tirar os olhos da casa. – Eu só sei.

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– Eu não acredito – murmurou com a voz falha. – Inuyasha, pelo amor de Deus, sou eu a Kagome. Eu e Kikyou estamos presas, em casa, com a Amaya, por favor... Você disse que estaria a caminho sempre que eu precisasse, então – A voz de Kagome falhara - Por favor, me ajuda. – ouviu o barulho de pratos quebrando e a garota não escondeu o grito de pavor. – Ela quer nos matar, eu tenho certeza. Kikyou está com ela agora, eu não sei o que vai acontecer... Oh, ela esta vindo, não me ligue, chame por ajuda! E-Eu... Eu te amo.

Inuyasha deixou com o que o celular caísse no chão, enquanto encarava um ponto fixo na parede. Tinha acabado de coloca-lo para carregar e recebera a notificação de uma mensagem na caixa postal.

– Kagome. – murmurou arregalando os olhos. – MERDA! – saiu do quarto correndo e desceu as escadas da mesma forma, começando a procurar as chaves do carro pela sala. – SESSHOUMARU!

I'm reaching out
To let you know that you're not alone
And if you can't tell
I'm scared as hell
'Cause I can't get you on the telephone

Eu estou chegando
Para que você saiba que você não está sozinha
E se você não sabe disso
Eu estou muito assustado
Porque eu não estou conseguindo falar com você pelo telefone

– Inuyasha, o que foi? – Izayoi veio correndo da cozinha, tendo em mãos uma vasilha e um pano de prato. – INUYASHA!

– O que está acontecendo? – Sesshoumaru perguntou vindo do escritório, ele estava com um óculos de descanso e já não estava mais vestido formalmente. – Vai sair? Não combinamos de ir até a casa de Kagome as oito?

– Ela me ligou! – Inuyasha disse enquanto procurava as chaves. – Amaya está com elas, desde quando sumiram da escola. – explicou sentindo o peito apertar. – Ela quer mata-las.

– Vamos no meu carro. – Sesshoumaru tirou os óculos e entregou-os a Izayoi que não compreendia o que estava acontecendo.

– O que está acontecendo? – a mulher perguntou seguindo os dois até a porta. – O que está acontecendo? – repetiu a pergunta, agora ia atrás dos filhos que seguiam até o carro de Sesshoumaru.

– Vá até o escritório, pegue minha agenda preta e ligue pra policia. – Sesshoumaru falou enquanto destravava o alarme. – Pegue o endereço da casa de Kagome e peça que eles sigam pra lá imediatamente. - completou entrando e batendo a porta.

– O que? – Izayoi bradou assustada. – Vocês... SESSHOUMARU, INUYASHA! – esbravejou quando o filho mais velho acelerou, deixando-a sozinha.

Correu para dentro de casa e seguiu para o escritório começando a procurar a agenda de Sesshoumaru, a única opção que tinha era fazer o que o filho havia pedido e depois ir até onde ele estava.

Inuyasha colocou na mensagem que Kagome havia lhe mandado e reprimiu a vontade de chorar. Se seu celular não tivesse descarregado... Sua Kagome já estaria com ele.

Sesshoumaru dirigia rapidamente e após ultrapassar um semáforo, teve de parar na esquina da casa das Higurashi.

– A casa... – Inuyasha podia ver a residência e ela podia ser facilmente assemelhada a uma tocha gigantesca. – Fogo... – saiu do carro, batendo a porta ao faze-lo e foi acompanhado por Sesshoumaru.

Ambos corriam por entre as pessoas, não se importando em serem educados. O olhar era focado no incêndio em sua frente, o Taisho mais novo podia sentir as mãos tremerem e os olhos lacrimejarem e antes que percebesse já estava chorando.

– ME DEIXEM PASSAR! – gritou quando um dos bombeiros o segurou. – ME DEIXEM PASSAR! ME DEIXEM ENTRAR! – se retorcia em vão, estava quase conseguindo se livrar do bombeiro quando Sesshoumaru o segurou e o puxou para trás.

– Você só vai atrapalhar o trabalho deles! – Sesshoumaru dizia firmemente. – Eles vão tirar Kagome e Kikyou de lá, tudo vai ficar bem! – observava os bombeiros começarem a invadir a casa, lançando jatos de água com a ajuda dos moradores.

Inuyasha deixou o corpo ceder e caiu de joelhos, observando toda aquela cena. Se algo tirasse sua Kagome e si, agora que as coisas pareciam estar se resolvendo... Agora que... Finalmente a tinha.

De relance, viu Naraku parar ao seu lado, porém voltou a prestar atenção na casa. Uma parte sua podia estar sendo queimada naquele momento.

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Kagome Pov’s:

Estava sentindo tanta dor, que até o ato de respirar fazia com que todos os meus músculos doessem. Kikyou, que continuava amarrada contra mim, estava da mesma forma, supus isso pelos gemidos de dor que ela soltava de vez em quando.

O estilete continuava escondido entre nós duas, não havia uma brecha para que pudéssemos cortar as cordas e fugir. Amaya, após um tempo, havia pego uma garrafa de bebida alcoólica e junto com essa, a arma que tinha usado para nos trazer até aqui.

Ela resmungava e gritava de raiva, enquanto contava suas relações de ódio com sua irmã, a mãe que eu nunca havia chegado a conhecer. A cada palavra, a cada recordação ruim, ela desferia um golpe sem dó em mim ou em Kikyou.

Por não ter encontrado o estilete, ela tinha pegado uma faca e as vezes a passava vagarosamente sobre nossas peles. Por conta disso, eu tinha um corte dolorido na bochecha esquerda e nos meus braços.

– John, querido... – agora ela falava ao telefone, sentada sobre a mesinha de centro. – Querido, você vai voltar? – perguntou baixo e pude sentir Kikyou ficar tensa, aquilo não era bom sinal.

– John foi embora? – ela sussurrou virando o rosto para o lado oposto.

– Não fazia ideia disso. – respondi da mesma forma que ela.

– Você acha que eles vão voltar? – perguntou em um fio de voz, referindo-se a aparição de Inuyasha horas mais cedo. – Ele não parecia ter ouvido sua mensagem... – Amaya havia voltado a prestar atenção em nós.

– O que tanto cochicham ai? – grunhiu tapando o telefone. – DIGAM! – esbravejou e nós nos mantemos em silencio. – MALDITAS! – gritou pegando um dos livros que tinham em no suporte da mesinha e jogando em nossa direção. Virei o rosto na tentativa de protege-lo. O livro atingiu meu braço e parte da costela de Kikyou.

– Droga – ela praguejou baixo.

Após isso, Amaya recomeçou a gritar e por fim, jogou o telefone na direção delas.

– Imbecil, IMBECIL! – jogou a garrafa em uma das paredes. – Não quis voltar pra mim. – acrescentou como se não acreditasse. – Vocês acreditam? Acreditam nisso? – questionou se aproximando.

– Quem iria querer uma louca como você? – um tapa foi ouvido, seguido de mais gritos de Kikyou. – UMA LOUCA DESVAIRADA! - ela tossiu quando foi chutada na costela.

– CHEGA KIKYOU, PARA! – eu gritava na esperança de que Kikyou parasse de irrita-la. – ELA VAI MATAR VOCÊ DESSE JEITO, PARA!

– CALA A BOCA, BASTARDA! – Amaya puxou os meus cabelos e bateu minha cabeça na parede. – EU VOU ACABAR COM AS DUAS! – gritou transtornada. – Eu vou... queimar tudo. – com um pouco de dificuldade pude vê-la dar um sorriso vago, que se transformou em maldoso. – Vamos redimir os nossos pecados através do fogo... – disse de forma sonhadora.

Tudo havia acontecido tão rápido. Amaya tinha do até a dispensa e de lá tirou um galão de gasolina, que eu sabia que estava lá pois meu pai... Ou melhor, John deixava reservado para abastecer o carro por conta própria.

Com a arma em nossas costas, ela espalhou gasolina pela sala e em seguida colocou fogo no sofá, fazendo com que o mesmo começasse a se espalhar pelos móveis rapidamente.

– AMAYA, NÓS TEMOS QUE SAIR DAQUI! – gritei desesperada e o estilete caiu no chão, enquanto ela nos empurrava para o piso superior.

– NÓS VAMOS MORRER! – Kikyou gritou tentando se debater.

– ESTAREMOS JUNTAS! - Amaya esbravejou enquanto ria. – Queimaremos juntas, acabaremos com tudo isso. – me segurou pelos cabelos e fez o mesmo com a minha irmã, jogando-nos no quarto de Kikyou. – Mas vocês vão ter um tempo só pra vocês... – riu pegando a chave e nos trancando dentro do quarto.

– Kagome, o estilete, o estilete! – Kikyou se debateu desesperada tentando soltar as cordas.

– Ele caiu! – confessei como se não acreditasse. – Kikyou, nós estamos no seu quarto... Tem alguma tesoura por aqui? – perguntei fazendo força para me levantar, por sorte, Amaya havia nos desamarrado uma da outra.

O rosto de Kikyou estava inchado e vermelho, o medo estava estampado em seus olhos e eu tinha certeza de que nos meus também. Ela tinha alguns cortes nos braços, a blusa estava rasgada, os cabelos desgrenhados...

– KIKYOU!

– Eu... Eu não sei, eu não sei. – murmurava ela no chão, com os olhos fixos em algo que eu não podia ver. – Nós vamos morrer Kagome, você devia ter ido... – começou a chorar, seu corpo estava tendo espasmos e ela tremia.

– A TESOURA, KIKYOU! – esbravejei tentando fazer com que ela acordasse daquele transe. – Nós vamos sair dessa! – tentei me manter otimista.

Ignorei as lágrimas que escorriam pelo meu rosto e com dificuldade comecei a jogar as gavetas de Kikyou no chão e encontrei uma tesoura. Coloquei a tesoura sobre a escrivaninha de Kikyou, entre as cordas e os meus pulsos, começando a esfregar as cordas até que elas cedessem. Após fazer isso, livrei os pulsos de Kikyou.

– Nós vamos sair dessa. – falei estendendo a mão para que ela se levantasse. – Não podemos fraquejar agora. – a fumaça já começava a invadir o quarto.

– Nós vamos? – A expressão dela era de puro. – Você não tem medo? – tossiu enquanto se levantava.

– Acontece que eu tenho que manter você otimista. – admiti indo em direção a uma cadeira.

– Kagome, cubra o rosto. – Kikyou havia dito pegando uma das fronhas do travesseiro e jogando pra mim. – Se inalarmos a fumaça, não vamos conseguir. – lançou-me um sorriso fraco e eu assenti.

Here comes the darkness
It's eating all my soul
Now all of the sparkles
Are out of control
The fire is raging
I can't find the door
I just wanna die here

Aí vem a escuridão
Está comendo toda a minha alma
Agora, todos os brilhos
Estão fora de controle
O fogo está raivoso
Eu não consigo encontrar a porta
Eu só quero morrer aqui

Bati a cadeira com força na tranca diversas vezes até que essa quebrasse e a porta fosse aberta. Tossi por conta da fumaça e vi que o fogo já tomava conta de quase toda a casa.

Era um verdadeiro inferno.

Kikyou e eu corremos de mãos dadas, não víamos sinal de Amaya, parecia que ela tinha desaparecido. Minha mente estava bagunçada, eu não sabia para onde seguir. Uma das portas caiu e eu só não fui atingida porque Kikyou me puxou.

– Kagome, não respire essa fumaça! – minha irmã bradou me segurando pelos ombros.

A todo o momento nós estávamos invertendo os valores.

– Nós estamos cercadas! – gritei aterrorizada não conseguindo pensar em nada que pudesse nos tirar do meio das chamas. – Kikyou... – minha visão havia começado a ficar turva, quando escutei o barulho de sirenes.

– Kagome, Kagome, Kagome! – Kikyou soltou o pano que cobria seu nariz para me segurar. – Hey, você está ouvindo? Eles vão nos tirar daqui, fica acordada! – me sacudia, mas eu já não conseguia mais enxergar seu rosto com clareza... Era só mais uma mancha alaranjada, com borrões pretos e vermelhos.

O barulho foi ficando distante, eu me sentia mais leve e meus olhos contra a minha vontade foram se fechando e eu caí no chão. Tudo estava se movendo em câmera lenta, primeiro a sensação de vazio, o grito de Kikyou e por fim... A lembrança de Inuyasha me embalou para um lugar sem luz.


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Notas finais do capítulo

Continua... Mereço reviews? Recomendações? Xingamentos?
Espero não ter "cagado" o final da fic T^T bem, esse é um final-não final, né? UAUHUSH Ainda tem o epilogo! Não se esqueçam, já to escrevendo e acho que no sábado posto aqui *-*



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