Mari saiu da casa e enxergou Sieg andando sozinho no jardim. Ela andou rapidamente até se juntar a ele. Ao chegar até ele, a garota caminhou ao seu lado com se não estivesse lá.

– Oi. – Sieghart sorriu, acompanhado por Mari.

– Oi... Sabe, eu estava lá na cozinha falando com as meninas, e elas me disseram que você...pediu para ir lá em cima me chamar.

– É, de certa forma.

– E por quê? – Mari prestava toda a atenção possível em Sieg.

– Eu queria ver se você continuava linda assim enquanto dormia. – Ele tinha um sorriso brincalhão nos lábios enquanto dizia isso.

– Fala sério – Ela sorria.

– Mas eu estou.

Sieg já havia realizado de que gostava muito de Mari, mas ainda não sabia se devia jogar tudo em cima dela. Ele ainda nem sabia se Mari gostava dele. É claro que ele pode perceber as vezes que ela ficou envergonhada ao estar perto dele. Mas talvez isso não demonstrasse nada. Sieg se sentia confuso, não tinha ideia do que fazer, se falava tudo de uma vez ou se deixava as águas rolarem mais um pouco.

Mas que tipo de coisa era aquela? Logo Sieghart, que sempre fora tão seguro de si, agora confuso, atordoado e sem ação, e tudo por causa de uma garota.

Os dois continuaram andando, devagar. Ao começarem a se aproximar de uma parte da casa, mais precisamente, dos fundos, onde havia sempre uma rede, Sieg começou a se tocar de que talvez se não falasse agora, não poderia falar mais.

Repentinamente, ele segurou um dos pulsos de Mari com uma das mãos e a puxou para a rede.

– Vem aqui quatro-olhos.

A garota fez uma careta e se deixou levar. Ao se sentarem repentinamente demais a rede balançou e os empurrou para cima, fazendo com que caíssem estranhamente nela. Sieg começou.

– Erm...Sabe Mari, eu percebi há alguns dias que...

– Eei, vocês dois, a Lire me mandou chamar vocês para almoçar. – chegou Ryan correndo e praticamente sem ar.

A expressão de Sieg mudou ao perceber que não iria conseguir terminar e fez com que ele levasse a mão esquerda ao rosto.

– Ah, tá, tá, já vamos. – disse Sieg depressa, fazendo um sinal com a mão para Ryan ir embora.

– Cara, eu não vou chegar lá sem vocês. A Lire a cada dia me assusta mais, deve ser a convivência exagerada com a Elesis, sei lá.

– Vem, vamos Sieg, realmente é perigoso demais para o Ryan ter que encarar isso. – disse Mari, de um jeito irônico, agora rindo – Depois você termina de me falar aquilo que começou antes.

– É, tá, tudo bem. – Sieg falou, com uma má vontade aparente.

Ryan percorreu o caminho todo tagarelando sobre como estava sendo horrível conviver com Lire nesses últimos dias.

Enquanto ouvia Ryan ao fundo dizendo coisas como: ‘’Ela está agressiva e assustadora!’’, e Mari murmurando: ‘’É’.’’, ‘’Aham.’’, ‘’Poisé, né.’’ Tentando parecer interessada. Sieg pensava e repensava se deveria tentar falar novamente. Talvez isso tenha sido um aviso tentando me dizer para não falar nada. É, foi isso. Eu posso apenas...adiar. Até depois das férias, perfeito.

O que o moreno não se lembrava era que as férias não demorariam muito para acabar, na verdade, não demorariam quase nada.

– Os dois juntos de novo? Olha, sinceramente, t... – começou Amy enquanto se levantava do sofá e ia em direção à mesa.

É claro, ela não podia deixar essa passar.

– Ei, amor, você por acaso não se lembra do que nós conversamos ontem mesmo? – Interrompeu-a Jin.

– Eu só ia... Ai, tudo bem então, prometo que vou tentar me controlar e não fazer comentários assim e blá, blá, blá. – disse a rosada com desdém.

– Isso, isso. – Jin bagunçou o cabelo da amada, fazendo com que ela lhe devolvesse com um tapa.

– Acho que precisamos conversar sobre isso também... NUNCA bagunce meu cabelo.

Mari e Sieg nem se preocuparam em reagir a isso, simplesmente escolheram deixar pra lá. Discutir com Amy só trazia dor de cabeça, nada mais. Assim como discutir com qualquer um, mas algumas discussões as vezes precisam ser encaradas. Já bater boca com a rosada, bom, isto era perfeitamente dispensável.

O almoço se passava normalmente.

– Acreditam que faltam só mais alguns dias para acabar a nossa folga? – lembrou Ronan.

– Peraí, isso é sério? – espantou-se Ryan – Eu não acredito! – ele procurou seu celular e checou o calendário atentamente – Ah nããão.

– É, não dá para acreditar mesmo, nem parece que ficamos tanto tempo aqui. – disse Sieg.

– Mas nós não ficamos, não pode seeeer. – choramingou o garoto de cabelos alaranjados enquanto sua namorada o consolava com um beijinho na bochecha.

– Tudo isso é por que vai ter que cair na real e estudar? Nossa. Tenho pena de você Lire, nessas horas. Não pode ficar mimando ele assim, sabe? – comentou Elesis.

Ryan desmanchou a cara de choro e virou-se para Mari rapidamente. Esta estava sentada ao seu lado.

– Viu, eu disse, é tudo por causa da convivência com essa daí. – cochichou ele.

A garota revirou os olhos com uma risada.