Cantarella escrita por Dandolion


Capítulo 4
Cap 4 - Under the Rain


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora pessoal!
Estava em semana de prova!
Agora está postadooo!
Boa leitura!



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- Como é que é Cake? O que você quis dizer com isso?

- Isso mesmo Fionna, no dia em que nós íamos chamar o príncipe Gumball para vir aqui em casa, eu queria que ele finalmente te beijasse, mas eu não escutei que ele não poderia, então deixei o Lorde pegar a poção. Eu acabei cochilando na casa do Marshall, então não escutei a conversa de vocês e quando ele chegou lá em casa, ele entrou pela janela e eu já tinha preparado o suco, mas não vi que o BMO usou uma colher de mexer panela ao invés da de chá... Sinto muito Fionna... Sinto muito Marshall...

               Os dois permaneceram em silencio, o Lorde desceu as escadas e deu um coice fraco na cabeça de Cake, como se dissesse: “Você fez merda...”.

                Fionna olhou para Marshall e sentiu-se estranha, como se tudo que eles tinham feito, tivesse sido em vão. Suspirou e pediu para que Marshall subisse para o terraço, queria conversar sério com ela, pois com seu coração não se brinca.

- Cake, de todas as coisas idiotas que você já fez... Essa foi a pior... Essa me machucou de verdade...

                Cake ficou de cabeça baixa e começou a chorar.

- Eu só queria te ajudar... Não sabia que poderia doer tanto... O BMO não me contou que ele serviu o suco ao Marshall, por mim só estava você lá em cima.

- Olha... Cake... Eu sei que você só quer meu bem e... Eu vou te perdoar pelo o que você fez... Mas agora, cabe a você convencer o Marshall lá em cima.

                Cake concordou e foi subir as escadas, olhou de relance e viu Gumball brigando com o Lorde, avisando do perigo que poderia acontecer se eu não tivesse contado. Mas havia algo estranho, Marshall não estava lá, nem Dusk. Lorde empurrou um papel com um de suas patas de trás e Cake pega. Nele estava escrito:

Fionna:

                Agora que Cake nos contou o que aconteceu, posso perceber o que estava errado. Nós éramos só amigos desde então, até aquele dia. Foi bom o que aconteceu, realmente estava precisando disso. Eu sei que foi pouco, mas a merda que a Cake fez, despertou um sentimento que eu não queria cultivar, pois sabia que não daria certo. Gostaria de pedir um favor a você, para que nossas cabeças possam ficar no lugar:

Fique um tempo sem me ver, talvez assim, o efeito da poção passe e nós poderemos voltar a ser amigos de novo. Fique o tempo que quiser, só vamos deixar esses sentimentos pra lá.

Ass.: Marshall.

                Ela ficou sem chão, agora, Fionna iria ter um troço realmente. Cake desceu as escadas, e entregou o bilhete a ela. Seus olhos ficaram fundos, vazios. Cake estava preparada para tomar um soco na cara, ou coisa parecida, mas Fionna não fez nada. Ficou em silêncio, e começou a chorar.

                Gumball desceu do terraço e viu-a chorando, sentiu pena, e estendeu os braços para abraçá-la. Fionna respondeu seu pedido, e chorou mais alto abraçando-o com força. Cake deprimiu-se, e voltou ao terraço para falar com Lorde.

- (Eu te avisei... Olha só no que deu!).

- Desculpa Lorde... Estou com uma culpa tão grande... Não sei como retirá-la agora...

- (Pelo menos, não ocorreu nada de mais... E já está amanhecendo, pelo menos Marshall levou aquele chapéu gigante).

- Eu estou com medo do que aconteceu com o Dusk...

- (O que houve com ele?).

                Cake explicou tudo ao Lorde (menos a parte da Fionna), deixando-o preocupado. Ele tinha que avisar ao Gumball para falar a todos sobre o que ocorreu. Cake o segurou pelas costas.

- Pare... Assim será pior, Fionna não está em condições de lutar, quero levá-la ao Tree Trunks para comer algum doce. E vejo se ela esquece.

- (Você realmente vai querer enterrar isso?).

- Sinto que isso vai ser o melhor para ela.

                Lorde abanou a cabeça concordando. Gumball subiu avisando que a Fionna dormiu na cama e que ele tinha que voltar para o castelo. Eram 7h30min, e ele teria que terminar uma coisa. Ele montou no Lorde e pediu para Cake avisar a Fionna que ele já foi e para ela nunca mais pegar uma poção dele.

- Eu nunca mais farei isso Gumball, pode deixar.

///

                Logo, Fionna e Marshall ficaram sem se ver por 1 mês, ela evitava passar próximo de sua caverna sempre que saía e ele só saía a noite, e não botava o pé perto da casa da árvore. Às vezes, nem saía de casa. Sentiam-se distantes, mas estavam próximos.

///

- Fionna parece que vai chover... Tá a fim de tentar derrotar algum monstro malvado na chuva?- Dizia Cake rindo.

-Ué vamos! Quem vai ficar com o pelo molhado é você!

- Você tem sorte por não ter tanto pelo. Pelo menos no braço e pernas.

- Cala a sua boca que eu raspo tá? Vamos mudar de assunto!

                Cake riu disso. E continuou a olhar a chuva, pegando seu xilofone e começando a tocar.

                “SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE! FIONNA! CAKE!”

                Fionna levantou-se rapidamente e foi para porta de sua casa junto com cake. Olhou ao redor, mas o vento estava forte e começou a relampejar. Cake gritou quem estava gritando, e um balde de ferro vinha em sua direção, quase sendo levado pelo vento. Fionna correu pela chuva, mesmo com o vento forte, conseguiu segurar o balde e rapidamente viu quem estava em baixo.

- Flamy? O que houve? O que você está fazendo na chuva?

- O Flame Prince está em perigo! Por favor! Ajuda-me!

                Fionna teve um choque, não demonstrou reação em seu rosto, somente perguntou onde ele estava e correu em direção ao local. O bom era que não era longe dali, ele estava tentando proteger-se em sua casa, mas parece que não deu tempo.

                Ela correu pelos campos e chegou a uma árvore grande, onde pode sentir um aroma de fuligem entre a terra molhada.

- FLAME PRINCE! – Fionna gritou

                Olhou atentamente e viu um braço levantando, como se dissesse “Estou aqui...”. Foi até lá e o viu apagado, fraco parecia que estava quase morrendo. Mesmo em baixo da árvore, o vento trazia a água por baixo molhando-o de qualquer jeito.

                Cake veio correndo, reclamando com Fionna por ela ter agido daquele jeito, mas Fionna não ligou, só colocou o Flame Prince em cima de Cake. Por estar apagado e molhado, não iria queimá-la.

Ao chegar em casa, Flamy fez uma estranha magia no sofá, fazendo tornar-se azul. Pediu para colocá-lo lá, que se ele acender, o sofá e um pedaço do chão que também ficou azul, não iria queimar.

Cake ajudou a colocá-lo, e foi pegar uma toalha, Fionna ficou ao seu lado tentando deixá-lo consciente.

- Onde estou... Está muito mol...Molhado... – Flame Prince murmurou

- Acalme-se... Você vai ficar melhor!

Flamy aproximou-se do Príncipe, e pôs a mão em sua testa.

- Ele está com febre!

- Mas ele está frio! Febre não esquenta?

- Quando se é um ser de fogo, algumas coisas meio que invertem.

Cake chegou com umas duas toalhas, Fionna pegou uma e secou o cabelo dele, pelo menos sua pele estava mais quente agora. Ele continuava apagado, e Fionna perguntou a Flamy se daria para “acendê-lo que nem vela”.

- Você está pensando em usar um isqueiro? É isso mesmo que eu estou ouvindo? É a primeira vez que eu estou ouvindo isso, mas pode dar certo...

Fionna levantou-se e Flamy deitou em cima do Príncipe, tentando ver se ajudava em alguma coisa. Ela voltou com o isqueiro e aproximou do cabelo dele, acendendo-o. Imediatamente o corpo todo dele estava em chamas novamente.

- MY GLOB O QUE ACONTECEU?- Flame gritou.

- Você pegou chuva e apagou FP... Trouxemos você pra cá para tentar te secar.

- Obrigado, nem sei como lhe agradecer...

- VOCÊ NOS DEU UM SUSTO SUA VELA AMBULANTE! O QUE DEU EM VOCÊ? SAIR NA CHUVA? – Cake gritou.

- A chuva me pegou de surpresa, o tempo estava bem seco até eu me aproximar daqui.

- Eu até poderia te dar um abraço, mas...

- Eu sei, vou te machucar. É fogo não é? – Flame disse rindo.

                Fionna riu, Cake fez uma cara de feliz e preocupada, e logo se lembrou do Marshall. Talvez se ela começasse a sair com o Flame Prince, ela se esquecesse dele para sempre!

- Não cometerei o mesmo erro que eu fiz com o Marshall... Lembre-se! Os 15 degraus! Poções do amor fazem com que você pule do 2º para o 15º! E isso é errado! MUITO ERRADO... Dessa vez deixarei ocorrer naturalmente... Talvez, um empurrãosinho não faça mal...

                Cake deu um sorriso bem suspeito para Fionna, fazendo-a entender o que está passando por sua cabeça. Ela não hesitou, simplesmente tacou a almofada na cara dela.

- Não inventa Cake... Não inventa...

                Flame Prince pareceu confuso, mas ficou com medo de perguntar. Parece que ocorreu algo sério enquanto ele não estava presente. Cake subiu as escadas com Flamy deixando os dois sozinhos.

- Espere, vou encantar a Fionna!

                Fionna assustou-se ao ver que sua pele tornou-se azul. Olhou para escada e viu Flamy rindo, como se dissesse: “Vá em frente!”. Flame Prince segurou a mão dela e viu que não queimou, eles podiam se tocar.

- My Glob eu não estou sentindo nada, é como se eu fosse imune ao fogo! Eu adorei!

                Os dois ficaram conversando a madrugada inteira, sempre o abraçando rindo. Cake a esperava do andar de cima, esperando algo de interessante acontecer.

- O Marshall era mais interessante não é? – Perguntou BMO

-Cala a boca, as coisas devem ocorrer naturalmente! Nada de poções do amor!

- Ok, Ok... Nada de poções do amor! Mas... Se for esperar, vai demorar!

- Se você colocar essa maldita poção do amor em alguma coisa pra eles, você vai se ver comigo!

- Mas não tem mais...

- Melhor assim, Vou ver os dois lá em baixo e depois vou dormir.

                Cake desceu, e viu uma cena fofa. Flame Prince estava deitado no sofá com Fionna ao seu lado, dormindo abraçados.

-Huhuhu! Dormindo de conchinha Fionna?- Pensou Cake.

                Ela apagou as velas, e viu que a chuva havia parado. Olhou atentamente ao longe e viu algo familiar, uma pessoa que olhava para a casa na árvore, com um semblante triste. Era Marshall, tinha certeza disso.  Ele não ficou olhando por muito tempo, logo foi em outra direção.

                Cake sentiu pena dele. Passou-se um mês e ele ainda sente falta dela. Nem sabia qual seria a reação dele ao ver os dois assim.

                Ela saiu da sala e subiu as escadas.Deitou-se na cama e dormiu, para ver se esquecia dele.

                Marshall caminhava sobre os campos, um pouco desorientado. Ainda sentia saudade dela, e queria tê-la por perto. Mas como ainda sentia essa dor, não poderia falar com ela. Resolveu tentar zoar com alguém para relaxar.

- Hum... Vou tentar aprontar com o Gumball... ADORO QUANDO ELE FICA PUTO! Afinal ele me ameaça de tudo quanto é jeito e não faz nada! HAHA!

                Marshall seguiu ao reino doce e foi ao castelo, havia se esquecido de qual andar o Gumball dormia, então resolveu flutuar de um em um. Chegou a um andar e viu uma cama, tinha certeza de que ali era seu quarto.

- Um quarto mais rosa do que um chiclete de goma... É muito viado mesmo...

                Não havia ninguém ali, e ficar esperando não tem graça, e tentar assustá-lo escondendo-se embaixo da cama, pega muito mal.

                Foi até uma torre mais baixa, em uma pequena janela começou a olhar e viu algo um tanto bizarro.

- Falta pouco... Não quero cometer o mesmo erro que cometi com a Goliad... Será uma Goliad II! Mas terá um nome diferente... E uma forma diferente também... Mas o mais importante... Preciso de DNA feminino... Pois não adianta ter só o masculino...

- Está criando o Frankenstein?

                Gumball gritou e olhou para trás gritando para Marshall deixá-lo em paz, ameaçando-o de tudo quanto é jeito. Marshall saiu dali rindo, mas não conseguiu ir embora. O que era aquilo que ele estava fazendo? Aquela girafa mascada ainda está lutando com aquele bicho cabeçudo no telhado do castelo! O que ele está tentando fazer agora?

- Acho melhor eu continuar aqui... E ver o que ele vai fazer... – Murmurou Marshall


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Notas finais do capítulo

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