Amor Doce: Nova Vida (Em Revisão) escrita por Lyes


Capítulo 5
Capítulo 5 - Boas e Más Impressões


Notas iniciais do capítulo

Yoo, se certas pessoas não tivessem me ameaçado esse capítulo nunca tinha saído.
He he Oooi!
Passei por aqui também ^^



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Estava tentando entender, haviam vários motivos para Leigh me beijar, mas... o que eu queria saber e estava me incomodando é a pergunta do milhão. Simples, mas que talvez mude completamente o rumo dessa história, tanto para o bem, quanto para o mal...

E a Rosalya? 

Certo, não é uma questão tããão dramática assim. Eles viviam brigando, se separando, voltando... e foi numa dessas que eu e ele ficamos amigos. Eu o consolei depois que ela deu um ataque e brigou com ele pelo motivo mais bobo do mundo. Dizem que os melhores relacionamentos começam desse jeito.

Resolvi deixar para depois, era o melhor a se fazer. Voltei para onde estava inicialmente, tanto no meu progresso, quanto na localização. Estava disfarçando com uma máscara de "nunca aconteceu nada" a minha cara de "não acredito, deveria estar ali soltando fogos de artifício".

Encontrei com a mesma garota de antes, que aparentemente estava me esperando pra saber se estava tudo bem, então resolvi perguntar seu nome, já que ela conhecia o Leigh e havia comprado briga com a Ambrega. Vai que é o destino?

— Oi! Meu nome é Karina, pode me chamar de Kah. E aquela criatura desagradável é bem... Ambre. A pessoa que um dia quero me encarregar de matar.

— Oi, meu nome é Catherin, pode me chamar de Cat ou de qualquer outro apelido relacionado, tanto faz. E se precisar de ajuda, saiba que estou disposta. — Ela sorriu, inclinando a cabeça para o lado. Nunca alguém pareceu tão doce ao oferecer ajuda para matar alguém. Hm, gostei disso.

Catherin

E nós ficamos conversando por um tempinho, vimos que temos muito a ver uma com a outra, principalmente o fato de sabermos maravilhosas histórias constrangedoras sobre Leigh e Lysandre, é claro. Até que fomos interrompidas na melhor parte. Por quem? Justamente.

— Meninas, Leigh me contou tudo, está tudo bem? — Lysandre brotou do chão, acompanhado do Ruivo Fake.

É aquele ditado, só falar no diabo...

— Tudo bem, Kah? — O ruivo falso me ignorou completamente, olhando minha nova amiga de cima a baixo para ver se tudo estava no lugar.

— Ótima, Castiel. Por um instante achei que você estava preocupado.

Bufei. Aquele garoto era um pé no saco. O que uma pessoa legal como a Kah via nele? Mistérios do mundo, Cat. Mistérios...

— Então, Lys... está tudo bem. Foi só aquela tal de Ambre. O que o cabelo de menstruação faz aqui? — Senti-me obrigada a continuar (e a provocar, óbvio).

Lysandre demorou um pouco para responder, estava processando o que iria dizer. As vezes a lerdeza é tão fofa que me irrita.

— Nada, ele realmente só veio comigo.

— Qual é o problema da tensão entre vocês dois? - Kah olhava para as botas, sem parecer realmente muito interessada. Então por que ela está perguntando?

— É só que eu acharia mais produtivo ele não ter vindo... e não tem problema, nem tensão aqui.

Era normal eu sentir ânsia só de ver aquele garoto? Acho que realmente tem alguma tensão ali, sim. Acontece nas melhores famílias!

— Você é insuportável garota. — O ruivo-período-menstrual cruzou os braços, irritado.

— Acho que vindo de você, logo de você, devo considerar isso um elogio.

— Você já foi terminar de ver as coisas na sala do representante, Cat? — Lys tentou evitar a briga, me lembrando do que eu supostamente deveria fazer. Algo que era muito engraçado, já que era O LYSANDRE lembrando alguém de fazer algo. Tenho que fazer esse milagre valer.

— Acho que nem cheguei a ir lá. Onde é, afinal?

Lys somente apontou para uma porta que ficava no final do corredor (que no caso, visto por outro lado, era o começo. Super bem orientada!). Despedi-me e fui sem relutar, já que não aguentava mais olhar pra cara daquele ruivo fake.

Poucos segundos depois, estava em uma sala que tinha uma enorme mesa de centro, algumas cadeiras envolta dela, uns arquivos aqui e acolá e um loiro afogado em papéis. Tudo natural, em um dia normal. Nada novo sob o sol.

Totó, eu tenho a impressão de que não estamos mais no Kansas.

— Onde estou?

— Está na sala dos representantes, atrapalhando meu trabalho.

— Desculpe — resmunguei, na defensiva. Carinha educado, escola nota dez.

— Você é a novata, não é? — E resolveu finalmente me olhar, saindo do meio da papelada. Confesso que fiquei muito feliz de realmente merecer tamanha honra.

Babaca.

— Sim.

— Nossa, me desculpe, não sabia que era você — E sorriu. Essa escola é contaminada com o vírus da bipolaridade, só pode. Se eu já estudasse aqui, será que ele iria continuar me dando respostas mal educadas e desnecessárias? Mais um mistério, Cat...

— Tenho que entregar minha ficha — disse, vasculhando a minha zona, ou melhor, uma coisa que eu gosto de chamar de mochila.

— Tem que entregar para a diretora, na verdade. Mas no momento ela não está na escola. Não esqueça a taxa de inscrição, o valor está na ficha.

— Aqui está. — Entreguei-lhe o dinheiro e a ficha. — Pode ficar com isso para mim, por favor? — pedi educadamente, esperando não receber uma resposta atravessada.

Mas é bem fácil saber que eu falhei, não é mesmo?

— Sim, mas não por muito tempo, não sou seu empregado.

— Obrigada. — Sorri cinicamente e saí. Esse cara perdeu o amor a vida? Sorte dele que eu sei me controlar, ou metade daquele papel já estaria no lugar onde o sol no bate. Não precisa ser mal educado, que playboyzinho metido a besta.

Quando me toquei, ele tinha me entregado meu horário e era aula de geografia, agora. O sinal tocou e olha só, eu estava atrasada. Uhul!

— Está atrasada, se eu não me engano você é a novata, porque parece que não vi seu rosto. Apresente-se e sente-se, nada de conversar e lembre-se: quem manda nessa sala sou eu. Atrasada no primeiro dia? Uma vergonha.

Que mulher mais simpática. Principalmente aquela verruga maravilhosa e super convidativa bem no meio do nariz, digna de uma bruxa moderna. Preciso mesmo dizer que achei super fashion? Eu definitivamente amo esse lugar, sério mesmo. Mal entrei na sala e sou recebida por um monólogo mal educado. Eu não mereço isso! Ok, talvez eu mereça mas não é pra taaaanto.

— Não, eu já estudava aqui, eu estava invisível até agora sabe? É claro que eu sou a novata, se já me viu aqui... é, você deveria ser internada.

Ela pediu guerra? Tudo bem. Ela vai ter.

— Se apresente. — Ignorou-me, meio que de má vontade. Ponto pra mim, galera!

— Meu nome é Catherin. O resto não interessa.

Eu adoro fazer pirraça, só pra deixar claro.

 — Mas a mim interessa — respondeu a professora.

— Mas eu não quero falar. Se quiser saber, leia no meu histórico. — Sorri.

A professora abriu uma gaveta debaixo da mesa e tirou uma pasta, era o meu histórico. O quê? Foi tão fácil assim? Fala sério. Eu esperava um efeito mais dramático!

— Você é filha da...

O que a minha mãe tem a ver com isso? Sério.

— Da... minha mãe, que novidade, eu não sabia que era filha da minha mãe, achava que era do coelhinho da Páscoa, ele deve ser um ótimo progenitor.

Sabe quando você fala baixo, mas toda a sala se cala repentinamente e Deus, o inferno e o mundo escutam? É, foi isso que aconteceu.

— Você... você é aquela peste... Cat...

Não. Brinca. Ok, o país é pequeno. As cidades vizinhas também e tal. Mas é muita sacanagem encontrar a minha velha amiga logo aqui. Acontece que eu e ela temos uma linda história de amor, que se resume a um rato e uma pequena colina. É algo que realmente deve ser contado mais tarde, confiem em mim.

— Lembrou? Muito divertido aquele dia. — Eu sinceramente queria morrer, mas não poderia demonstrar fraqueza. Essa era a regra básica de sobrevivência na selva, não é mesmo?

— Agora é que eu acabo com você... fica esperta, garota. — ameaçou-me baixinho, sorrindo, agindo como se estivesse dizendo algo simpático.

— Tenta, bruxa. Só tenta — murmurei, sorrindo de volta. 

— Sente-se, ou te mando para a diretoria.

— Mande, acha que eu me importo? Nem queria estar aqui, não me faz difença. — Assim, apesar da cara feia, ela ficou em silêncio e prosseguiu com a aula. Se eu tivesse implorado para ficar na sala ela me mandaria para a diretoria. Psicologia reversa, olá.

E a aula foi seguindo, notei a presença de alguém que eu não queria, vulgo Castiel. Ele é da mesma sala que eu? Animais estudam? Certo, parei de perseguir aquele babaca. Ok, agora parei de verdade.

Ok, não parei. Talvez eu pare na próxima aula. Que inclusive, parece ser legal,

— Bom dia alunos, hoje teremos uma introdução sobre a música. Já que teremos um professor novo, resolvi conversar um pouco sobre isso com vocês. Assim como um professor novo, também temos uma aluna nova! Qual é seu nome, querida? — Disse a professora SIMPÁTICA. Ainda acredito em milagres.

— Meu nome é Catherin, mas podem me chamar de Cat.

— Toca algum instrumento? 

— Sei um pouco de tudo, mas só o básico... ficava sem o que fazer e as vezes resolvia aprender umas coisas novas.

— Isso é bom, já que sempre tenho algumas coisas interessantes para ensinar. Espero que se divirta.

E aula até que foi legal, gostei da professora. Tudo correu bem, deu tudo certo, menos o fato do Castiel ter me olhado a aula toda, tem alguma coisa interessante em mim (ou muito errada) que eu não saiba? Estava querendo que o recreio chegasse logo, aula, aula, aula, isso um dia me mata. Por que a gente não pode nascer sabendo? Seria tão mais fácil, mas infelizmente existe uma regra da vida que impede esse tipo de coisa: "se puder dificultar, nunca hesite". Triste? Bastante.

Infeliz, ou felizmente, eu ainda tinha muito o que aguentar naquela escola.

Boa sorte para mim.


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Notas finais do capítulo

Hey hey hey. Espero que tenham gostado ^^