SALA DE INTERROGATÓRIOS:

SS: Sabe Cath... Só queria que ele olhasse em meus olhos e me dissesse de uma vez, ou sim ou não. E não ficar deixando tudo em entrelinhas, mensagens codificadas.

CW: Eu sei Sara, mas você o conhece. Ele é assim, é o jeito dele.

SS: Eu sei, mas toda vez que ele fala comigo sempre deixa transparecer uma mensagem codificada, uma entrelinha, um duplo sentido que me enche de esperança. Mas sempre que vou pedir para sair com ele, ele me diz não.

CW: Talvez esteja indo com muita sede ao pote.

SS: Como? – ela se surpreende. – Talvez eu esteja mesmo. Já que estou há dez anos no deserto sem água. E quando aparece um oásis de água pura eu não posso correr para matar minha sede? Metaforicamente falando.

CW: Tudo bem Sara. Mas eu o conheço também. Ele é muito inseguro. Ele tem que ter 100% de certeza de que gosta dele antes de dar o próximo passa. Ele é perfeccionista e você sabe disso.

SS: Tudo bem... Mas que certeza maior eu poderia dar a ele?

CW: Não sei... – ela pensa e dá uma olhada rápida para o vidro espelhado. – O que de maior faria por ele?

SS: Eu daria minha vida! – ela exclamou.

Catherine olhou para o vidro espelhado.

CW: Isso basta Gil? – disse em direção ao vidro.

Sara ficou sem entender nada até que Gil apareceu na porta da sala com um sorriso lateralmente lindo.

GG: Pode nos dar licença, Catherine?

CW: Claro! – a loira sorri triunfante.

GG: Sara... – ele a cumprimentou com a cabeça.

SS: Gil! – ela respondeu confusa.

GG: Eu ouvi o que disse.

SS: Ouviu? – o queixo dela caiu.

GG: Ouvi. – ele confirmou.

SS: Ouviu que eu daria minha vida a ti?

GG: Ouvi. – ele repetiu.

SS: Agora a pergunta que não quer calar. Se eu der minha vida para e por você, você aceita ela?

GG: Como não aceitaria depois de uma confissão dessas?

Sara sorri e fica um pouco corada.

Gil se aproxima lentamente dela e encosta seus lábios nos dela.

Um beijo quente. Casto e cheio de amor.

FIM