Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 24
Capítulo 23 - O final




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Pov’s Tiago Potter

— Não acho que Angelique e Gary sejam um problema. – Falou Alvo.

Estávamos reunidos em volta da mesinha de centro na Sala Precisa. Eu, Almofadinhas, Escórpio, Alvo, Rose, Luna, Roxanne e Hugo. A Malfoy e o neto do Almofadinhas estavam mais afastados, eles se recusavam a irem embora sem respostas e tentavam ouvir a nossa conversa. Eu ainda não entendia por que eles estavam discutindo sobre esses dois bruxos que nem deveriam existir. Agora que já tínhamos o vira-tempo, era só o girarmos e estaríamos em casa.

— Mas se eles ficarem aqui pode ser que atrapalhem. – Falou Rose.

— Vocês não têm que simplesmente nos mandar embora e acabar logo com isso tudo? – Perguntou Almofadinhas. Sempre pensamos juntos, mas ele parecia meio bravo, meio chateado. E eu sabia bem o motivo disso.

— Não é tão simples assim, Sirius. – Respondeu Rose. – Teremos que mandar os dois de volta pela sala do diretor e temos que preparar algumas coisas...

— Por quê? – Questionei.

— Porque sim! – Disse Rose.

— Tenho uma sugestão: - falou Almofadinhas – eu e Pontas nos livramos do casal teimosia ali atrás e vocês resolvem o lance da sala do diretor.

— Pode ser... – Concordou Alvo. – Conseguem se livrar deles?

— Claro que sim! – Falei me levantando. – Vamos, Almofadinhas.

Ele se levantou desanimado, mas mesmo tentando não demonstrar. Eu conhecendo o Almofadinhas a cinco anos sabia que aquela não era a empolgação dele de “vamos marotar por aí”. Mesmo assim fomos até Gary e Angelique no fundo da sala enquanto os ruivos, o loiro e Alvo resolviam o que eles tinham que resolver e que não fazia muito sentido.

— Hey, Gary! Angelique! – Chamei quando já estávamos próximos deles. Os dois olharam para nós.

— Vamos falar pra vocês o que estamos planejando e tudo o que está acontecendo aqui. – Falou Almofadinhas.

— Melhor. – Falei. – Vamos lhes mostrar tudo.

— Como assim mostrar? – Perguntou Angelique.

— Vamos mostrar pra vocês o motivo de estarmos fazendo tudo isso. – Explicou Almofadinhas. – Vocês só têm que vir conosco.

Os dois se entreolharam desconfiados, mas concordaram em nos acompanhar. Saímos da sala precisa e fomos atrás de algum lugar para deixar aqueles dois seres insistentes. Estávamos, então, em frente à estátua da bruxa de um olho só. Olhei para o Almofadinhas e ele deu de ombros como quem dizia “que seja aqui mesmo”.

— Chegamos. – Falei.

— Mas isso é só uma estátua tosca. – Falou Angelique.

— Não. É uma passagem secreta. – Falei e então apontei a varina para a estátua e murmurai o feitiço. – Dissendium.

A passagem apareceu revelando o longo e escuro túnel que daria na Dedos de Mel. Almofadinhas indicou a passagem com a mão.

— Podem ir na frente. – Falou.

Os dois entraram na passagem e assim que o fizeram, eu a fechei, prendendo-os lá dentro.

— O que é isso?! – Gritava Angelique lá de dentro. – Abram esse negócio!

— Foi fácil – Falei rindo. – Acho que esse menino não deve ser seu neto mesmo, Almofadinhas, ele é muito lerdo.

— É... – Concordou Sirius desanimado e voltando-se para pegar o caminho para a sala precisa.

— Tá tudo bem, cara?

— Eu nunca conversei sobre esse assunto com você, Pontas, porque é a primeira vez que isso acontece comigo e... Isso é estranho.

— O que...

— Eu acho isso tudo tão injusto! A primeira vez que me apaixono, a primeira vez que gosto mesmo de uma pessoa, eu não posso ficar com ela! – Eu fiquei sem saber o que responder. Não sei dar conselhos sobre garotas... Principalmente porque o Almofadinhas nunca me pediu conselhos sobre garotas. – Podia haver uma maneira de ficarmos juntos, sabe? De pelo menos eu poder vê-la de vez em quando. Mas não... Se nós nos vermos... Ela morre. Foi essa a brincadeira que a vida fez comigo. A mais cruel brincadeira que a vida poderia fazer. Pode ser que seja um castigo por eu brincar e zoar com todo mundo... Ou é um sinal... Sou Sirius Black. Não devo me apaixonar. Porque se me apaixonar, não vou poder ficar com a pessoa.

Eu não disse nada. Apenas ouvi. E acho que era isso que o Almofadinhas precisava. Ser ouvido um pouco... Ele quase nunca fala sobre o que está sentindo. Queria poder fazer algo por ele... Mas não tinha nada a fazer.

— Enfim, quando terminarem o “planejamento” deles, me chame. Estarei na cada dos gritos. – Então ele se transformou em sua forma animago e saiu correndo.

— Almofadinhas! – Chamei, mas ele continuou indo. Pensei em ir atrás dele... Mas ele precisava desse tempo.

Pov’s Lilian Luna.

— Ótimo. – falou Rose assim que os quatro saíram da sala. – Agora que eles saíram temos alguns problemas para resolver.

Eu estava meio triste e desanimada. Tentava tirar isso tudo da minha cabeça... Mas não conseguia. Eu não podia... Eu estava apaixonada. E só queria poder ficar com ele. Mas já que não pode ser assim, eles podiam acabar logo com isso.

— Primeiro, como vamos tirar Dumbledore da sala dele? – Perguntou Hugo.

— Dumbledore não está passando muito tempo na sala dele ultimamente. – Falou Alvo. – Vi no mapa do maroto. Ele está passando muito tempo nos corredores.

— Mas como vamos apagar a memória deles sem eles saberem?

— Podemos usar uma poção do sono.

— Eu acho que deveríamos contar para eles. – Falei. Todo olharam para mim.

— E você acha que concordariam? – Questionou Rose. - Não concordaram quando minha mãe falou, não vão...

— Eu poderia falar com eles... – Interrompi. – Não acho justo apagarmos a memória deles sem eles saberem.

— Não acho que vá funcionar. – Falou Rose.

— Pois eu acho que vai. – Falei.

— Ótimo! Então tente. – Falou Alvo. – Mas ainda vamos precisar da poção do sono, pois eles terão que estar desacordados para não ficarem confusos.

— E vamos ter que mandar uma mensagem para o Dumbledore de lá. – Completou Rose.

— Então vocês arrumem a poção do sono e façam o bilhete e eu conto para eles. Problema resolvido. – Falei. – Agora vamos acabar logo com isso antes que o Escórpio suma também.

Alvo e Rose me olhavam indignados pelo modo como falei com eles. Era engraçado como o olhar de bravo dos dois era parecido. Mas eu já estava cansada deles ficarem enrolando tanto. Quanto mais rápido eles fossem embora mais rápido essa tristeza ia passar.

— Bem... – Falou Escórpio quebrando o clima tenso que havia ficado. – Eu e Hugo podemos ir buscar a poção na sala do professor Slu... É... Do professor.

— Pode ser. – Falou Rose. – Vou escrever o bilhete para o Dumbledore. – Ela pegou uma pena e se sentou para começar a escrever.

Eu fiquei sentada olhando para o longe, tentando pensar que teria meu irmão de volta, não que perderia Sirius. Foi só então que percebi o quanto Tiago fazia falta e como eu queria que ele voltasse. Pensar nele era o que fazia com que eu me animasse para continuar levando esse “plano” em frente. E agora tínhamos o vira-tempo, logo teríamos a poção e a carta para Dumbledore. Sirius iria embora. E Tiago estaria de volta.

— Onde está Sirius? – Disse a voz de Escórpio.

Olhei para a porta aonde ele, hugo e Tiago estavam parados. Mas Sirius não estava junto com eles...

— É... Ele... Ele foi pegar alguma coisa para comer na cozinha. – Respondeu Tiago meio gaguejando.

— E por que você não foi junto? – Perguntou Rose se levantando e cruzando os braços.

— Você acha que somos colados, é? – Falou Tiago. – Eu estava com preguiça... E não estou com tanta fome.

— Não me diga que ele decidiu desaparecer bem agora... – Falou Roxanne.

— Ele não sumiu. Apenas foi pegar alguma coisa para comer. Logo ele estará de volta aqui, gente, calma. –Falou Tiago indo se sentar em um dos sofás.

— Eu espero. – Falou Rose voltando para o seu bilhete.

Escórpio e Hugo saíram para ir buscar a poção do sono e eu fui me sentar ao lado de Tiago.

— Ele não foi até a cozinha, não é? – Sussurrei.

— Nunca vi o Almofadinhas assim, Luna... Ele realmente não está bem.

— Eu também não estou muito bem. Mas isso vai passar... – Eu fiz uma pausa. – Tiago... Vamos ter que apagar a memória de vocês.

— O que?

— Vocês vão ter que esquecer tudo o que aconteceu aqui, tudo o que vocês descobriram. É o único jeito disso dar certo. – Ele fez menção de contestar, mas então parou.

— Certo... Ele está na casa dos gritos... Suponho que você conheça o nó da árvore...

— Obrigada.

Me levantei e fui para a porta, saí a tempo de ouvir Alvo chamar meu nome, mas ninguém veio atrás de mim. Corri para a parte de fora de Hogwarts e, graças a Merlin, não encontrei ninguém no caminho que pudesse me atrapalhar.

O Sol já começava a se pôr no horizonte. Cheguei ao Salgueiro Lutador, apertei no nó que fazia com que ele parasse de se debater e entrei na passagem. Aquele lugar sempre me deu calafrios, era escuro e eu não sabia que tipo de bicho poderia surgir ali.

Cheguei na casa dos gritos, Sirius estava na sua forma de animago olhando na direção de uma janela, cuja as madeiras que a tampavam já estavam caindo e isso permitia que o resto de sol do dia pudesse entrar no quarto. Eu me sentei ao seu lado. Ele me olhou e então voltou para a sua forma humana.

— Como sabe chegar aqui?

— Meu irmão tem o mapa do maroto e eu pegava emprestado de vez em quando. – Respondi.

Eu encostei minha cabeça em seu ombro e ele me abraçou. Queria congelar aquele momento e ficar ali para sempre. Senti uma lágrima rolar pelo meu rosto.

— Queria poder ficar com você aqui para sempre. – Ele falou com a voz falha.

— Eu também. – Então respirei fundo e olhei para ele. – Sirius... Vamos ter que apagara memória de vocês.

— O quê?

— Já falei com Tiago... É o único jeito... Além do mais, na sua cabeça eu nunca vou ter existido. Então você não vai ficar mal e vai continuar seguindo em frente, sem se lembrar de nada... Vai ser bem mais fácil para você... Já não posso dizer o mesmo sobre mim.

— Eu não quero te esquecer, Lilian... Nunca.

Então ele me beijou. Talvez esse fosse nosso último beijo... Então foi o mais doce e demorado. Porem eu podia sentir o gosto salgado das lágrimas que escorriam pelo rosto de ambos.

— Esse é o único jeito. – Falei lhe abraçando.

— Nunca vou te esquecer, Lilian... Não importa quantos Obliviates lançarem em mim. – Ele falou. Eu queria acreditar que isso era verdade... Mas infelizmente não era. – Eu te amo, Lilian Potter.

— Eu também te amo, Sirius Black.

Pov’s Rose.

Já ia fazer pelo menos duas horas que Lilian havia saído de repente daqui, e nada dela voltar. Eu e Alvo queríamos ir atrás dela, mas logo Tiago deu um jeito de nos impedir de sair se sentando na frente da porta e colocando um protego para que não pudéssemos sair.

Eu queria matar ele, mas se fizesse isso poderia causar sérios danos, e foi essa a sorte dele. Olhei no mapa do maroto e vi que Lilian e Sirius estavam na casa dos gritos. Decidi, então, deixar o mapa longe de Alvo e o acalmei dizendo que Lili não iria desaparecer para sempre, e que provavelmente ela fora atrás de Sirius para trazê-lo para cá. O mínimo que eu podia fazer era deixá-la ter um último tempo com ele. Afinal... Ela se apaixonou, por mais que fosse uma relação impossível, não foi culpa dela isso ter acontecido. E não ia ser fácil para Lili esquecer Sirius. Porém os dois estavam começando a demorar demais e isso poderia virar um problema. Foi então que a porta da sala precisa se abriu e os dois estavam de volta, com os olhos vermelhos.

— Por Deus, Lilian, pensei que você tinha desapartado! – Falei indo até os dois.

— Desculpe... A gente... Eu... – Ela tentava se explicar. Então lhe dei uma piscadela.

— Tudo bem... Só não foi fácil contornar seu irmão. – Falei, e ela sorriu.

— Bom, vamos logo antes que Dumbledore decida ir para a sala dele. – Falou Alvo vindo até nós. – Já estamos bem atrasados com isso.

Pov’s Lilian

Saímos todos da sala precisa e fomos para a sala de Dumbledore, mas assim que chegamos lá, nos lembramos do pequeno detalhe que era de que precisávamos da senha para entrar. Tentei a senha que estava quando chegamos em Hogwarts esse ano e por sorte funcionou, a gárgula pulou para o lado revelando a escada. Subimos para a sala do diretor, que estava vazia, exceto por uma Fênix, que dormia empoleirada.

— Não me lembro dessa fênix... – Falou Rose.

— Dumbledore sempre teve essa fênix. – Falou Tiago. – Ela se chama Fawkes.

— Que linda... – Comentei.

— Não podemos perder o foco. – Falou Alvo. – Os dois, sentem-se encostados na mesa do diretor. – Continuou para Sirius e Tiago. – Para não caírem de cara no chão quando beberem a poção do sono.

— Poção do sono? – Questionou Sirius.

— É para que não fiquem confusos. – Explicou Rose.

— Certo. – Falou Tiago. – Adeus, pessoal. Foi muito bom conhecer vocês. E você, - Ele apontou para Alvo. – Se não fosse tão parecido comigo, eu diria que você é neto do Aluado. Vocês se parecem muito no jeito chato de ser. – Ele riu. – Brincadeira. Vocês não são tão chatos quanto o Ranhoso.

Ele e Sirius começaram a se despedir de todos. Tiago me deu um abraço primeiro, eu o abracei também.

— Boa sorte com a vovó. – Brinquei, com um pouco de lágrimas nos olhos.

— Está falando com o Pontas, Luna. – Ele respondeu sorrindo.

— Essa frase faria mais sentido se eu tivesse falado. – Falou Sirius sorrindo. – Afinal, até a algum tempo ela nem queria saber de você.

— Ela sempre me amou.

— Claro... Se você diz... – Eu ri. Tiago revirou os olhos e foi se despedir dos outros.

Sirius me abraçou apertado.

— Adeus, Lilindinha. – Ele falou.

— Tchau, Sirius. – Falei tentando segurar o choro.

— Você ainda não me respondeu uma coisa... – Ele falou, então nos soltamos.

— O que?

— Eu viro um coroa sexy?

— Lá vem você de novo! Não sei... Eu não cheguei a te conhecer...

— Ah... Mas é claro que eu viro um coroa sexy. Sou eu, né? – Ele deu uma piscadela. Eu sorri, mas ainda querendo chorar. E pude ver seus olhos cheios de lágrimas também.

Ele se sentou ao lado de Tiago.  Escórpio lhes deu a poção do sono. Sirius olhava para mim enquanto bebia a poção, então seus olhos foram lentamente se fechando até que ele adormeceu. Rose e Alvo foram até os dois e lançaram um obliviate. Eles não se lembrariam de nada.

— Tá tudo bem, Lili? – Perguntou Escórpio. Eu assenti.

Peguei o vira-tempo no meu bolso, coloquei no pescoço dos dois e então girei vinte vezes... Assim que soltei, os dois desapareceram dali. Senti uma leve brisa invadir a sala.

— O que fazem aqui a essa hora da noite? – Virei para trás. E lá estava a professora McGonagall com seus óclinhos quadrados na ponta do nariz. Eu sorri. Tudo estava de volta ao normal.

— É... Nós... – Começou Alvo.

— Sim, senhor Potter?

— Viemos falar com a senhora sobre um problema que tivemos, mas agora já está tudo resolvido. – Falou Rose, McGonagall nos olhava severamente.

— Bom, já que está tudo resolvido, acho que deveriam voltar para os seus dormitórios.

— Sim, diretora. – Falamos em coro.

Saímos da sala da diretora. Escórpio foi para a sala comunal da Sonserina. Eu iria mais tarde, pois tinha que ver alguém na sala da Grifinória. Chegamos ao retrato da Mulher Gorda e ela nem contestou em nos deixar entrar. Assim que a porta se abriu, lá estavam os dois, jogados no sofá, conversando como se nada tivesse acontecido.

— Tiago! – Gritei me jogando em cima dele e o abraçando apertado.

— Lilian! – Ele me abraçou. Nunca senti tanta saudade de Tiago, nem na vez que eu voltei do passado.

— Você voltou! Agora tudo está de volta ao normal.

— Está sim, Lilindinha.

Pov’s Sirius Black.

Minha cabeça estava dolorida, não me lembrava da última coisa que tinha feito e não sabia direito onde eu estava agora. Então abri os olhos e me vi deitado na minha cama no dormitório da Grifinória com roupa e tudo. Já sei... Devo ter bebido uísque de fogo com Tiago ontem. É claro. Pontas também estava jogado na cama dele ainda dormindo, aluado estava sentado na cama dele lendo alguma coisa e Rabicho estava dormindo e babando. Tudo estava aparentemente normal.

— Hey, Aluado? – Chamei tentando não falar muito alto. Ele ergueu os olhos do livro. – O que aconteceu ontem?

— Bom. Você sumiu o dia todo. A Luna Parker disse que seus pais decidiram voltar para a casa deles na França depois de cinco dias. Nós tentamos te achar, mas não fazíamos ideia de onde você estava. Então Pontas recebeu um aviãozinho seu e saiu correndo feito louco e disse que tinha que te impedir e que você estava louco. No máximo 5 minutos depois, Dumbledore entrou aqui com os dois desacordados e colocou-os em suas devidas camas.

— Não fizemos nenhuma festa nem nada? – Questionei.

— Não... Eu acho. – Qntão ele voltou para o livro.

Decidi não perguntar mais nada pra ele e me levantei para ir comer ou beber alguma coisa na cozinha. Quando me coloquei de pé alguma coisa caiu do meu bolso. Era um pedaço de papel dobrado. Peguei e o abri. Era uma foto, aparentemente ela tinha sido rasgada ao meio. E tinha uma menina ruiva que sorria para mim. Aquele sorriso mexeu comigo. Eu a conhecia de algum lugar.

— Conhece ela, Aluado? – Perguntei para ele.

Ele olhou para a foto então respondeu:

— Luna Parker. A garota de quem acabei de falar. Você ficou com ela... E ambos, por algum motivo e de alguma maneira, conseguiram fazer a Evans aceitar sair com o Pontas. Lembra-se?

— Acho que sim...

Sai do dormitório para ir para cozinha, mas ainda olhava para a foto intrigado porque não conseguia me lembrar dela... Algumas lembranças me vieram, o cheiro da grama do campo de quadribol, perfume de morango, um abraço apertado, sabor salgado de lágrimas... Eram lembranças que me faziam bem... Luna Parker. Esse nome me fazia sorrir. Não me lembrava exatamente quem ela era... Mas ia guardar esse nome, essa foto e essas lembranças. Por algum motivo eu queria fazer isso. Não me esquecer do pouco que lembrava sobre essa garota. Guardei a foto no meu bolso e continuei meu caminho para a cozinha.

Pov’s Lilian Luna.

Fiquei um tempo na sala da Grifinória, mas então lembrei que as aulas continuavam e provavelmente eu tinha perdido um pouco das matérias, então era bom eu descansar, pois o dia ia ser puxado. Rose já queria ir atrás de livros na biblioteca, mas a convenci a dormir um pouco também. Tyler disse que iria me levar para a sala da Sonserina com a capa e depois iria para a sala da Comunal.

— Ainda bem que tudo isso acabou. – Comentou quando descíamos as escadas para as masmorras.

— É, espero que fique assim. – Falei.

— Chegamos. – Falou parando na frente da parede de tijolos e tirando a capa de cima de nós. Falei a senha então a parede se afastou revelando a passagem para a sala.

— Até mais... – Falei.

— Espera... – Ele pediu, eu me virei para ele. – Sabe... O que acha de irmos tomar uma cerveja amanteigada juntos na próxima ida a Hogsmeade?

— O que? – Falei olhando para ele. – Meu irmão vai querer te matar.

— Eu sei... Mas vale o risco... – Ele deu aquele sorriso de canto de boca que Sirius costumava dar.

— Eu te respondo amanhã, tá? – Falei. Não estava muito bem para responder isso agora, tinha medo de acabar usando-o para esquecer Sirius e isso não seria bom.

— Tudo bem. – Ele falou meio desanimado. – Boa noite, Potter.

— Boa noite.

Entrei na sala da Sonserina e fui para o dormitório. Já ia começar a colocar meu pijama quando reparei em duas coisas em cima da minha cama. Uma pequena caixa e um aviãozinho de papel. Desdobrei o aviãozinho e nele estava escrito:

“Um pequeno presente

para você não se esquecer

de mim, Lilindinha

— Almofadinhas”

Eu revirei os olhos, peguei a caixa e abri. De dentro saíram vários passarinhos que me rodearam e saíram voando pela janela. Dentro também havia uma gravata da Grifinória enrolada. A peguei e logo senti o cheiro do perfume que Sirius usava. Me lembrei de tudo o que passamos e sorri. Coloquei meu pijama, a gravata no pescoço e adormeci com seu suave perfume.

O que eu sabia agora é que tudo estava bem.

FIM


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