Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo fofos!



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Eu, Escórpio e Gary estávamos escondidos próximos à estufa esperando a aula do sexto ano da Grifinória e da Sonserina terminar. Já tínhamos mandado uma mensagem para o pessoal dizendo que tínhamos encontrado a filha da tia Mione e íamos levá-la até a sala precisa. Gary nos disse que o nome dela era Angelique Malfoy e estava na Grifinória. E acrescentou desnecessariamente que já tinha ficado com ela umas duas semanas atrás.

Ele ficou fazendo várias perguntas como: “o que queríamos com Angelique”, “por que ele nunca nos vira na escola”, e coisas do tipo. Eu disse inúmeras vezes que não podia explicar, mas que precisávamos da ajuda dele. Ele continuou me enchendo, mas dessa vez também perguntando se eu e Escórpio namorávamos. Então lancei um Silencio nele. Esse sim era um feitiço bem útil, pena que Gary já conseguia fazer alguns feitiços sem falar, então ele logo desfez o meu. Mas não voltou a me encher.

Faltava apenas alguns minutos para o fim da aula de Angelique, e nós estávamos em silêncio apenas esperando.

— E aí pessoal? – Falou alguém atrás de nós, me assustando.

— O que vocês dois fazem aqui? – Perguntei meio irritada.

— Estava muito entediante na sala precisa, então dissemos que íamos pegar comida na cozinha e viemos pra cá. – Falou Sirius dando um sorriso maroto.

— E como nos acharam? – Perguntou Escórpio.

— Mapa do Maroto. – Falaram Tiago e Sirius em uníssono.

— Espere... Vocês se parecem com... – Começou Gary, que estava do meu lado.

— Viram?! Agora vamos ter que explicar tudo para ele! – Falei interrompendo-o.

— Quem é ele? – Perguntou Sirius.

— Ele se parece com você, Almofadinhas. – Falou Tiago.

— Não! É claro que não, Pontas! – Falou Sirius fazendo uma careta. – Eu sou mais bonito.

— Esse aí é o neto do Almofadinhas? – Perguntou Tiago.

— Calma, Gary... Podemos explicar. – Falou Escórpio, mais uma vez ignorando Tiago. – Só que antes precisamos de Angelique.

— Não! – Ele protestou. – Vocês vão me explicar isso aí agora!

— Olha, Gary. Esse é sim seu avô, Sirius Black, e o outro é o amigo dele, Tiago Potter. – Falei calmamente. – Eles vieram para o futuro sem querer e só vamos conseguir mandá-los de volta se você nos mostrar Angelique. – Gary me olhou meio desconfiado.

— Certo... – Falou com os olhos semicerrados.

O sinal tocou anunciando o fim da aula. Os alunos começaram a sair e nós só ficamos observando do nosso esconderijo, à procura de Angelique Malfoy.

— Ali está ela. – Falou Gary apontando para Angelique, uma garota loira como Escórpio, de cabelos bem longos e meio ondulados, deveria ter mais ou menos a minha altura, mesmo parecendo ser um pouco mais velha. Muito bonita. Uma típica Malfoy, a não ser pelos olhos que eram castanhos claros e pelo uniforme da Grifinória.

— Será que você conseguiria convencê-la a ir até a sala precisa? – Perguntei ao Gary. Ela tinha parado para arrumar algumas coisas na mochila.

— O que? O combinado era só eu mostrar quem ela era, já fiz a minha parte.

— Então vamos ter que usar o método difícil. – Falou Sirius dando de ombros.

— E qual é o método difícil? – perguntou Gary.

— Você quer mesmo saber? – Perguntou Tiago, Gary olhou os dois por um tempo.

— Não tem método difícil. Nem plano vocês têm. Só estão dizendo isso para me convencer a ir até lá.

— Esse garoto é mesmo meu neto. – Falou Sirius olhando para Tiago, que assentiu.

— Você já a conhece, podia nos ajudar e facilitar as coisas. – falou Escórpio.

— Agora vocês também a conhecem – Retrucou Gary.

— Tá, mas ela não nos conhece. – falei.

— Só que ela não vai querer falar comigo. Ela vem me ignorando dês de sem... – Ele parou por um momento. – Semana passada.

— Tá, então eu vou. – Falou Sirius.

— Vocês se parecem muito, é melhor não. – Falou Escórpio.

— É, ela vai te ignorar também. – Falou Gary meio desanimado.

— Quer deixar de frescura e ir logo lá! – Falei já irritada olhando para Gary e apontando para a estufa.

— Eu não vou! Ela nem olha na minha cara, tá legal? – Ele falou me olhando também. – Nunca vai vir comigo.

— Mas você não tinha ficado com ela? – Perguntou Escórpio.

— Acho melhor pararmos de discutir e resolver isso logo, porque ela está começando a ir embora. – Falou Tiago.

— Deixa comigo. – Falei pegando a varinha e apontando para a garota. – Petrificus Totalus! – Angelique endureceu e caiu de costas no chão, por sorte ela estava sozinha. – Mobilicorpus. – ela ergueu no ar e começou a vir na nossa direção. – Vamos voltar para a sala precisa.

— Viu? Esse era o jeito difícil. – Falou Tiago para Gary enquanto tomávamos o caminho para a sala precisa.

— Nós avisamos – Falou Sirius.

Eu revirei os olhos e continuei andando.

 

***

 

— Finalmente chegaram! – Falou Hugo assim que Tiago e Sirius entraram na sala. – Onde está a comida?

— É... Esquecemos. – Falou Sirius dando um sorriso torto.

— Mas vocês saíram pra isso! – Falou Roxanne.

— Na verdade eles foram atrás de nós. – Falei entrando com Angelique flutuando ao meu lado.

— Valeu, Luna – Falou Tiago, sarcástico.

— Oh, meu Merlin! Dois Sirius?! Um já era complicado... – Falou Roxanne.

— Não, esse é Gary, ele é o neto dele. – Falou Rose. – E o que ele faz aqui?

— Está nos ajudando. – Falei.

— E essa é a filha da tia Mione? – Perguntou Alvo apontando para a Angelique, ainda flutuando.

— Sim – Respondi colocando-a no sofá. – Agora só precisamos perguntar onde é que ela mora.

— E vocês acreditam que ela vai falar pra vocês onde ela mora? – perguntou Gary.

É, ele tinha razão. Ela não nos diria onde mora, nem faz ideia de quem somos. Não tínhamos pensado nessa parte. Alvo e Rose se sentaram tentando pensar em um jeito de resolver isso. Hugo foi buscar comida porque estava morrendo de fome. Sirius e Tiago foram atrás dele depois de um tempo, para ajudá-lo. Roxanne e eu nos sentamos no sofá para ajudar Alvo e Rose, e Gary foi se sentar do outro lado da sala precisa, próximo à lareira.

— Ele se parece muito mesmo com o Sirius – Comentou Roxanne. Eu concordei com a cabeça. De repente me peguei pensando com quem Sirius teria se casado, com quem ele teria um filho. Expulsei esse pensamento da cabeça.

— Não íamos contar a ele, mas aí Sirius e Tiago apareceram e não tivemos escolha. – Falei mudando um pouco de assunto. – Então achamos que ele poderia ajudar.

— Ele parece também ser menos... Brincalhão que o Sirius. – Ela olhava para Gary. 

— Na verdade, ele ficou assim depois que pedimos que ele falasse com Angelique. – Falei.

— Com quem? – Roxanne me olhou.

— Angelique, é o nome da filha da tia Mione. – Expliquei. Foi então que comecei a pensar por que ele ficara daquele jeito... – Já volto, Rox.

Me levantei e fui me sentar junto com Gary. Ele estava olhando fixamente para o fogo que crepitava na lareira. Quando me aproximei ele me olhou, mas então voltou a olhar o fogo.

— Por que Tiago e Sirius estão aqui? – Perguntou depois de algum tempo em silêncio. Suspirei, quantas vezes mesmo tinha contado essa história?

— É uma longa história. – Falei. – Mas resumindo, eu fui para o passado sem querer, e Sirius decidiu vir me visitar. Tiago veio atrás dele e agora não temos mais vira-tempos para mandarmos os dois de volta. Nossa única chance é pegar um suposto vira-tempo que está na casa da tia... quero dizer, na casa da mãe de Angelique.

— Faz um pouco de sentido, eu acho – Ele refletiu.

— Por que você não quis ir falar com Angelique aquela hora? – perguntei.

— Já disse, ela não ia querer falar comigo. – Falou meio triste. – Ela nunca quer...

De repente, entendi.

— Você realmente já ficou com ela? – Perguntei o encarando. Ele suspirou infeliz.

— Na verdade, não... – Ele fez uma pausa. – Eu gosto muito dela, mas ela me odeia e me ignora constantemente.

— Por que ela te odeia? – Perguntei.

— Porque ela nunca falou comigo. – Ele deu um sorriso triste, me olhando.

— Mas você já foi falar com ela?

— Não... – Ele disse. Eu dei um leve sorriso e levantei as sobrancelhas como quem dizia: viu? – É, eu sei... Não estou ajudando muito.

Eu olhava para Gary, e percebi que talvez ele não parecesse assim tanto com Sirius. Talvez na aparência e nas brincadeiras marotas, mas naquele momento ele me lembrou um pouco Severo quando veio falar comigo sobre Lilian alguns dias atrás... Nossa, parece até que foram semanas.

Eu queria aconselhá-lo, mas então comecei a pensar... Mesmo que o fizesse, se achássemos o vira-tempo, eles logo deixariam de existir. Isso era um pensamento triste, não tinha parado para analisar. Do mesmo modo que eu estava salvando a vida de muitas pessoas, estava tirando também a de muitas outras. Como a de Gary e de Angelique. Essa foi a pior coisa que eu poderia pensar, me senti uma pessoa duplamente horrível (e eu ando meio sensível ultimamente).

— Olha, Gary. Eu não posso te dizer muita coisa, na verdade, não posso te dizer quase nada, mas eu preciso que você vá falar com a Angelique, descubra onde ela mora, porque eu preciso mandar o Tiago e o Sirius de volta para o tempo deles. Angelique nunca vai nos dizer nada, nem nos conhece. Isso pode mudar o nosso presente. – falei tentando não demonstrar, ou dizer, que eles vão sumir quando os dois voltarem. – E... se nosso presente for mudado, podemos todos deixar de existir.

Tudo bem que ele iria sumir de qualquer jeito, mas ele não precisava saber disso. Ele ainda encarava a lareira, pensativo.

— Se você quiser, Escórpio pode ir com você. – Falei. Escórpio é um Malfoy, pode ser que ajude. Ele me olhou ainda em dúvida. – Além disso, você pode aproveitar o momento para tentar investir nela. – Ele tentou dar um leve sorriso.

— Certo, vou ajudar. – Falou. – Mas acho melhor seu amigo não ir comigo...

— Tudo bem – Falei rindo, mais aliviada.

Nos levantamos e fomos até Rose, Alvo e Roxanne. Hugo, Tiago e Sirius tinham acabado de voltar com a comida. Contei a eles que tinha falado com Gary para ele conversar com Angelique. Eles concordaram em sumirmos por um tempinho para os dois conversarem. Achamos que seria melhor se Angelique não nos visse.

Pegamos as duas capas da invisibilidade, Hugo pegou uma coxa de frango e fomos para o lado de fora da Sala Precisa. Aguardar.

 

Pov’s Gary Black.

 

Eu não tinha entendido direito por que meu suposto avô estava aqui, nem por que nunca tinha visto nenhuma daquelas pessoas em Hogwarts. Mas pelo que parece, eu concordei em ajudá-los. Só que essa ajuda incluía ir falar com Angelique. E isso não estava exatamente nos meus planos. Bom, agora eu já tinha dito que ia ajudar, então não podia voltar atrás.

Certo, agora eu só precisava desfazer o feitiço nela e começar a falar alguma coisa. Mas o que é que eu poderia falar? “Oi, Angelique! Onde você mora?”. Isso não ia dar muito certo. Por que eu estava tão nervoso? Não fazia sentido. Ela era só mais uma menina, já tinha falado com milhares delas, era a mesma coisa. Certo, vamos lá.

— Finite Incantatem – Falei apontando a varinha para Angelique.

Ela começou a despertar do feitiço, eu senti meu coração batendo mais rápido. Ela se sentou no sofá e olhou pra mim, um misto de raiva e confusão passava pelos seus olhos.

— Black? Onde estou? O que foi que você fez? – Perguntou, as sobrancelhas franzidas de raiva. Pelo uniforme de quadribol de Merlin, o que eu falo?

— É... Eu precisava... Falar com você... – Falei. Isso, ótima explicação.

— E só por isso você acha que pode me petrificar e me trazer para... Que lugar é esse? – Ela perguntou olhando em volta.

— A... A Sala Precisa. – Respondi. Eu sentia minhas mãos suarem. Eu tenho que me acalmar. O que está acontecendo comigo?

— E você me trouxe, petrificada, pra cá por que precisa falar comigo?

— É... – Falei, passando a mão nos cabelos. Isso está sendo mais difícil do que eu imaginei que seria. Ela me olhou por um momento, meio desconfiada.

— Não teria sido mais fácil você simplesmente dizer que queria conversar comigo?

Eu olhava para aqueles olhos castanhos claros desconfiados. Abaixei a cabeça olhando para o estofado do sofá. Não conseguia mais responder suas perguntas. Respirei fundo e olhei de volta para ela. Então lhe contei a verdade.

 

Pov’s Lilian Luna.

 

Estávamos sentados na frente da tapeçaria dos trasgos dançarinos esperando já algum tempo e nada de Gary dar notícias. Eu, Hugo, Escórpio e Roxanne estávamos sob uma capa, e os outros sob a outra. Hugo já tinha comido sua coxa de frango, mas continuava reclamando de fome. Confesso que também estava com fome, não entendi por que não comemos antes de sair, mas enfim.

— Vai ver eles estão se pegando lá dentro. – Comentou a voz de Sirius do nosso lado. Eu revirei os olhos.

— Cala a boca, Almofadinhas. – Falou Tiago ao mesmo tempo em que segurava o riso.

Já havíamos esperado por muito tempo quando Gary apareceu na porta da sala e pediu que entrássemos. Então, adentramos tirando a capa. Angelique nos olhou, mas seus olhos pararam em Sirius.

— Por Merlin! É verdade. Seu avô está aqui.

— Espera, você contou pra ela? – Perguntou Alvo.

— Nossa, ela é gata, hein? Tem bom gosto, Gary. – Falou Sirius. Por algum motivo isso me deixou meio irritada, mas ignorei. Gary olhou para ele rapidamente, meio vermelho, mas então se voltou para Alvo.

— Contei. Eu não sabia o que dizer, então achei que seria melhor se... – Começou.

— Ótimo. – Falou Alvo irritado.

— Mas qual é o problema? – Perguntou Gary com a voz um pouco mais alta.

— Não importa, você ao menos descobriu onde minha mãe mora? – Perguntou Hugo que pegava outra coxa de frango.

— Sua mãe? – Questionou Gary. – O que você quer dizer com isso?

— Nada – Falei rapidamente. – Só precisamos do endereço de Angelique.

— Meu endereço? – Perguntou Angelique. – Como assim meu endereço? Eu moro na mansão dos Malfoy, em Wiltshire.

Olhei para Alvo e Rose. Como não pudemos imaginar que ela morava na mansão dos Malfoy? Era óbvio. Escórpio bateu a mão na testa, provavelmente ele estava se achando um imbecil também por não ter pensado nisso. Assim que descobrimos que tia Mione é casada com Draco, devíamos ter pensado que os dois viviam lá.

Agora só temos dois problemas: Como vamos invadir a mansão dos Malfoy? E como vamos explicar gentilmente para Gary e Angelique que eles precisam ir embora?


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