Senzafine escrita por Lílly


Capítulo 8
Everytime


Notas iniciais do capítulo

Oii gente :D
Cara hoje é aniversário do nosso amado Gustav PARABÉÉNS pra ele néé... Nosso urso ta ficando velhinho hihi'
Bom deu um tempinho e cá vim eu postar um capítulo novinho pra vocês... Ah eu esrevi o capítulo ouvindo Whatever It Takes do Lifehouse quem quiser ler ouvindo ela eu recomendo..
Espero que gostem ;*



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[Tom]

“Eram 3 da manhã

Quando você me acordou

Então entramos no carro

E dirigimos o mais longe possível

Só para fugir...

A música, embora quase nem fizesse ruído algum de tão baixo o volume que tocava, era a única coisa soando naquele enorme quarto.

Evee dormia tão profundamente, e ela ficava ainda mais linda dormindo daquele jeito. O relógio digital, em cima do criado mudo, marcava 2 horas da manhã.

Nós falamos sobre nossas vidas

Até o sol aparecer

Agora estou pensando

Como eu gostaria de poder voltar

Só para mais um dia...

Nós costumávamos ficar a noite toda acordados, falando assuntos completamente aleatórios, até minha mãe, ou, quando estávamos em sua casa, Kate vinha nos mandar ficarmos quietos e dormir. Nós adorávamos isso, então cada um ia para seu respectivo quarto e continuávamos a nos falar, por sms, indo dormir ao amanhecer e passando a aula toda com sono, dormindo durante a explicação de algo qualquer de ensino religioso, ou biologia.

Mais um dia com você...

Eu desejava tanto, só mais um dia assim. Ao invés de todas essas brigas, essas decepções, esse sofrimento todo. Um único dia assim, para que, talvez, pudéssemos consertar as coisas.

Toda vez que vejo seu rosto

Toda vez que você olha para mim

É como se tudo se encaixasse

Tudo parece certo

Desde quando você foi embora

Deixou minha vida bagunçada

Tudo que quero é mais um dia

Tudo que preciso é mais um dia com você...

Nós costumávamos ouvir que havíamos sidos feitos um para o outro, um era a metade da laranja, a tampa da panela, a alma gêmea do outro. E relembrar todos os momentos juntos, felizes, era tão torturante. Só em pensar que um dia nos completamos às vezes em que ficávamos observando o crepúsculo, doía tanto lembrar toda nossa alegria, nossos planos, sonhos, juntos. Tudo, absolutamente tudo se desmoronou quando ela foi embora. E agora, todas as lembranças daqueles dois anos, os melhores de minha vida, era o que restava.

Nós havíamos mudado tanto assim? Esses sete anos haviam transformado nossas vidas em pura solidão, angústia e dor. Mas uma coisa ainda martelava em minha cabeça: nós realmente não tínhamos mais solução? Como Evee dissera? Mas nunca é tarde, sempre haverá uma saída, uma luz o fim do túnel, esse não era o fim. E uma coisa que aprendi nesses longos sete anos era que jamais devia deixar minha felicidade ir embora, Evelyn era minha felicidade, e nunca mais a deixaria partir.

Nesse instante Evee se remexeu na cama, o que me fez acordar de meus pensamentos e levantar da poltrona, aconchegante, que me encontrava e, ir até ela. Coloquei a mão em sua testa, a febre não tinha baixado, pelo contrário, Evee parecia estar em chamas.

Sem fazer ruídos, desci até a sala, onde estava o telefone. Tentei ligar para Mel e para Bill, mas nenhum dos dois atendia. Subi novamente e, então tentei acordá-la, ela precisava ir para um hospital. Evee não acordava de maneira alguma, o que me deixou, ainda mais, preocupado. Carreguei-a no colo até a garagem, com um pouco de sofrimento, ajeitei-a no banco do passageiro e segui rumo ao hospital mais próximo.

***

Estava completamente impaciente, os minutos pareciam uma eternidade, já fazia quase uma hora que Evelyn estava sendo atendida e não haviam respostas. Pensei em ser algo grave, mas ela só estava com febre. Talvez fosse outra coisa, mas de qualquer forma estava me deixando louco.

Uma hora exata depois de tanta tortura o médico, finalmente, apareceu com um papo de que Evee ficaria internada para caso dos remédios não surgirem efeito e o tratamento se interrompido. Tratamento? Que tratamento? Aquela conversa toda me deixou ainda mais confuso, aí então o doutor Sebastiam me explicou tudo. Evelyn estava doente e aquele banho de chuva que parecia completamente inofensivo havia agravado ainda mais seu caso.

Andei feito uma tartaruga, até o quarto de número 27, ainda digerindo toda aquela história que o médico acabara de contar.

Entrei no quarto e ela dormia, parecia estar bem, mas era somente aparência.

Apoiei-me na beira de sua cama, acariciando seu rosto, dei um longo e tão alto suspiro que fez Evelyn acordar.

- Você me deu um tremendo susto. Disse lhe dando um sorriso.

- Eu estou bem. Ela pôs sua mão sob a minha, que ainda acariciava seu rosto e, sorriu.

Seu belo sorriso que mostrava seus dentes brancos perfeitos logo se desfez ao ver que eu a olhava sério.

- Você não está bem. – Disse contendo uma intrometida lágrima. – Por que não me disse que estava doente.

- Justamente por isso, eu não o queria ver desse jeito. Suspirou desviando o olhar para a porta.

- Ei. – Ela voltou a me olhar. – Tudo vai ficar bem. Segurei sua mão e ela apertou a mesma com força. Evee estava com medo.

- Eu não queria que ninguém soubesse disso, é muito doloroso pra mim. Não consigo digerir a ideia de que justamente por essa doença estou afastada de meu trabalho.

- Mas por outro lado se você não tivesse vindo para cá pra se tratar nunca teríamos nos encontrado novamente.

-  Como você Sabe... Ah Sebastiam.

- Ele me parece um ótimo médico.

- E é. Minha mãe quando soube que tinha vindo me tratar aqui praticamente me obrigou a procurá-lo. Ele sempre fora o médico da família. Sorriu.

Parecia que todas aquelas intermináveis brigas haviam ficado para trás, sido esquecidas. Evelyn me tratava de forma diferente, e eu estava gostando daquilo, talvez, uma trégua tivesse sido dada as nossas terríveis brigas.

- Vai ficar tudo bem. Disse.

- Será? Tenho medo Tom, eu sei que meu caso não é grave, mas mesmo assim tenho medo. Queria tanto voltar pra Antártida, meu trabalho era tudo pra mim. – Ela sorriu de maneira apagada. – Foi mergulhando no trabalho que eu aprendi a sobreviver sem você, a lidar com tua ausência, eu não devia ter feito isso, não sou nada sem minhas pesquisas, aquele frio maravilhoso da Antártida se não puder mais trabalhar eu morro.

- Eu sei o quanto teu trabalho é importante, mas não pode viver somente para isso. Agora eu estou aqui, e vou ficar ao seu lado pro que precisar, você vai seguir esse tratamento a risca e vai ficar bem.

- Obrigada Tom. Poder contar com você é muito importante pra mim.

- Você sempre vai poder contar comigo, eu nunca mais vou largar você. Nem que eu tenha que me mudar pra Antártida com você. Ri.

Evelyn abriu a boca para responder, mas uma enfermeira entrou no quarto interrompendo-a. A mulher que aparentava certa idade deu um breve sorriso para Evee e aplicou algum remédio em seu soro.

- Precisa descansar querida. Ela passou uma das mãos por seus cabelos e saiu.

- Acho que não vai acordar tão cedo. Falei.

- Devia ir para casa, descansar. Ela acariciou minha mão com o polegar.

- Prefiro ficar aqui, com você.

- Não vou acordar pelas próximas 12 horas, vá, descanse, vou ficar bem.

- Tudo bem, eu vou, mais tarde eu volto. Evee apenas sorriu.

Fiquei observando-a e logo ela adormeceu. Olhei o relógio em meu pulso, eram 04h15min da manhã, Como Evee mesmo disse não acordaria pelas próximas 12 horas, fui andando de maneira lenta até o onde tinha deixado o carro. Entrei e o liguei seguindo para casa, estava com muito sono, não tinha nem se quer dormido essa noite, precisava descansar e depois voltaria ao hospital para ficar ao lado de Evelyn.


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Notas finais do capítulo

Então reviews??
Os trechos de música que aparecem são de Everytime - Simple Plan..
Gente essa semana uma alma bondosa me emprestou um livro(Obrigado Sophia) que se chama Fallen(Lauren Kate), muitos já devem ter ouvido, ou até mesmo lido e tal mas se alguém não leu eu super recomendo, gente é uma história incrível eu me apaixonei e em três dias eu li o livro todo sabe não conseguia parar de ler, então fica aqui minha indicação... E até mais ;* Mas antes:
HAPPY BIRTHDAY GUSTAV SCHÄFER ♥