Me Apaixonei sem Querer escrita por Daniele Avlis


Capítulo 8
Duelo de Prova - Parte 4 / A história por trás da história


Notas iniciais do capítulo

Houve algumas mudanças no site, que só vim perceber os erros da postagem agora, me desulpe. Agora já concertei tudo!

Desculpe por tudo^^



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Duelo de Prova - Parte 4 / A história por trás da história


1745, velha França. Antiga Lyon, fundada em 43 a.C. pelos romanos com a designação de Lugdunum, era a capital da província da Gália. Era impossível acreditar que habitava bruxos naquela cidade. Num vilarejo afastado da cidade, um homem caminha às pressas pelo campo vasto, com varias árvores que sujavam o campo com suas folhas secas e amareladas e o sol daquela tarde era frio e anunciava a chegada de um inverno tenebroso. O homem de cabelos negros e sujos, olhos dos mesmos, observava de quando em quando para trás, mexia as mãos nervosamente usava vestes esfarrapadas e mal vestidas, sujas de terra. Ele passava as mãos sujas nos cabelos de forma alucinada e olhava para trás como se estivesse sendo seguido.
- Soa. – disse uma voz fria e grave à frente no momento em que ele olhou mais uma vez para trás. O pobre o homem tomou um grande susto ao ver uma figura de um homem a sua frente de, caiu no chão e saiu se arrastando como se estivesse vendo um monstro. Era um homem alto de pele pálida quase cinza, de cabelos negros e lisos, tão lisos que balançavam a menor brisa leve entrava pela fresta da porta, longos que lhe chegavam até a cintura.
- Vai embora! – dizia o pobre homem desesperado. – Não apareça mais na minha frente!
- Ora, Soa! Que modos são esses de tratar um velho amigo?
- Amigo? – disse o homem transtornado, ainda se arrastando no chão, quanto mais ele se afastava, mas o homem a sua frente dava passos calmamente em sua direção. – Você é o demônio.
- Não gosto desse nome, mas infelizmente é assim mesmo. Mas por favor, você sabe meu nome, peço gentilmente que me chame por tal. Moinho Vermelho – disse ele numa imitação barata de irritação.
- Vá embora, Demônio! – gritou o homem se levantando e saiu correndo. A frente um homem montado a cavalo vinha calmamente na direção do pobre homem.
- Soa. O que faz aqui? – perguntou o homem do cavalo. Soa olhou para trás, o homem com quem estava conversando a pouco devolveu o olhar assustado de Soa com um sorriso cínico.
- Perdoe-me senhor, não quero causar constrangimentos ou aborrecimentos a vossa alteza. – disse Soa se ajoelhando diante do cavalo.
- Soa, a corte já decidiu sobre a sua vida. Vá para casa e cumpra com o mandato. Você não pode sair num raio de um quilometro de sua casa e nem conversar com os habitantes de toda a França. – disse o homem do cavalo rigoroso.
- Sim, senhor eu estou ciente. – disse se desculpando. O homem girou o cavalo e foi embora deixando a poeira para trás. Soa apenas observava a poeira deixava pelas patas do cavalo, vendo o homem partir. A brisa do vento balançava as árvores de forma simples e calma.
- Você é um homem que não tem mais para onde ir, Soa. Foi um homem condenado a morte, perseguido, acusado de bruxaria. Conseguiu ter a sua inocência por admitir ser louco. Por medo da morte decidiu por uma vida medíocre. – disse a voz fria de Moinho Vermelho. – Eu posso mudar isso, Soa. Apenas faça o que peço.
- E minha mulher?
- Atáris vai ficar bem. – respondeu maliciosamente. Soa olhou para o horizonte. – Toda a sua vida foi destruída quando descobriram o seu segredo, Soa. Você é um bruxo e não pode negar isso. Deixe-me provar uma existência digna.
Soa olhou para as mãos, como se nelas pudesse haver respostas. De fato toda a sua vida fora destruída, ele fora caçado como um animal, fora evitado como se tivesse uma doença. Sua esposa estava doente e nem ajuda do governo ele tinha para tratá-la e de forma desesperada.
Numa tarde de inverno, Soa passava segurando um pacote velho e rasgado de pão. Andando moribundo pelos becos imundos e sujos da velha Lyon, Soa era perseguido por ladrões que o abordavam nas esquinas, o jogavam no meio do lixo fedorento e batiam nele até que perdesse os sentidos. E sua esposa, Atáris, era quem andava pelas ruas a sua procura olhando de beco em beco, preocupada. Satesf Soa era um homem respeitado, rico e poderoso. Era um especialista em ervas e medicamentos medicinais, ele fazia várias viagens ao mundo para promover suas pesquisas, tinha uma grande empresa, mas tudo foi destruidor por descobrirem seu segredo, era um bruxo. Acusado de Bruxaria e blasfêmia, Satesf Soa agora vive como um mendigo vagando pelas ruas de Lyon, vagando e mendigando por uma vida pisada e desprezível e para completar sua esposa, a única que estava ao seu lado, estava doente e com poucos dias de vida.
Soa chegou à porta de sua humilde casa, velha e caindo aos pedaços, metade não tinha teto e a outra metade já estava preste a desabar com a próxima tempestade que previam os jornais. Uma moça parada a porta e olhava apreensiva, suas mãos mexendo nervosamente um lenço olhado, ela encarava Soa por poucos segundos e olhava para os pés.
- Senhor Soa, eu... eu sinto muito... – disse ela olhando para os pés. – Eu sinto muito, mesmo que o senhor tenha a fama que tem, eu tenha um enorme respeito por sua esposa que foi uma grande aminha minha... – antes que a moça terminasse de falar, Soa entrou rápido em casa e ao entrar no quarto de sua esposa, duas mulheres estavam uma de cada lado da cama, olhando para um corpo inerte.
- Senhor. – começou uma senhora com uma voz severa. Um guincho de choro atrás dele denunciava que a moça da porta já estava ali. – Sinto lhe dizer que sua mulher acaba de falecer.
Dita tais palavras pelas quais Soa já havia se preparado, mas por mais preparação que tivesse, era um grande baque. Soa não derrubou uma lágrima, porém a mulher que segurava um lenço molhado chorou muito. Soa já não tinha para onde ir. O governo pediu que demolissem a casa caso fosse anunciada a morte de sua esposa, ele não questionou, não mencionou nada, não proferiu uma única palavra, apenas saiu dali. Ele passava andando pelas ruas encarando as pessoas a sua frente, algumas cruzavam a rua para não passar pela mesma calçada que ele, outras faziam questão de esbarrar e reclamar se ele não olhava para onde anda. Andou por várias horas, parou no campo vasto vendo aquela tarde fria, uma onda de desespero tomou conta de si, caindo de joelhos ele gritou o mais alto que poria, gritou até não ter mais fôlego.

Voltou à cidade com uma expressão de frieza e indiferença. Por mais que andasse, suas pernas não se cansavam, foi num cruzamento de esquina que ele apanhou novamente. Foi num desses becos, depois de apanhar, quando os flocos de neve que servia para refrescar as ardências das pancas no meio do lixo, depois de voltar de casa e receber a noticia da morte de sua esposa, depois de perceber que sua vida já não tinha mais nenhum sentido e tudo por casa de um segredo, Satesf Soa tomou ódio pelos bruxos. Odiou ser bruxo, se não fosse por esse seu segredo sua vida não teria esse fim.
- Você me disse que Atáris ficaria bem? – disse Soa deitado no lixo, as dores físicas de seu corpo magro já não incomodavam mais.
- Ela está bem, bem melhor do que aqui. – respondeu Moinho Vermelho sentado num banquinho de madeira, quanto este vestia-se das melhores roupas, Soa vestia trapos velhos.
- Está sendo irônico comigo? – perguntou Soa.
- Não fale muito alto. As pessoas irão achar que é louco.
- Para escapar da sentença de morte, eu tive que provar que a minha sanidade não é perfeita. Uma pessoa passar agora na minha frente e me ver falando sozinho, já que não podem lhe ver, dá no mesmo.
- Sua indiferença é comovente! – Soa apenas encarou os olhos vermelhos de Moinho. – E vejo que os olhos do desesperado e aflito se tornaram um poço de escuridão e ódio. Veja Soa. – disse apontando para a rua ao se levantar. – Todas estas desprezíveis pessoas um dia sonharam beijar seus pés, sonharam está no mesmo ambiente que a sua presença, já este perto do rei! – Soa apenas olhava para o céu nublado das grandes nuvens carregadas deitado no lixo. – E por ser um bruxo, jogaram você no inferno.
- É um bom lugar? – perguntou Soa irônico.
- Não diria que pode ser bom, mas é um lugar agradável. Mas infelizmente no momento você não tem vocação para isso. – disse Moinho com um sorriso de desdém, agora revirando uma saca de lixo. – E nem mesmo a comunidade bruxa lhe deu apoio, simplesmente o tratou como um lixo.
- Eu não tenho mais para o que viver. – murmurou Soa. – Minha vida já deveria ser escoada há muito tempo...
- Você não morreu, por que deve sua alma a mim. – disse Moinho em tédio jogando para trás uma casca de banana.
- Eu a verei novamente? – perguntou num tom de desespero com uma voz tremula.
- Verá. – respondeu Moinho sério.
- Estou sujeito a fazer o que for mandado.
- E o seu único pedido?
- Vê-la sorrir mais uma vez. – lágrimas correram pelo rosto de Soa pela ultima vez. Houve uma caça as bruxas que durou vinte e longos anos dos quais gerarão grandes revoluções, movimento partidários, políticos entraram em guerra contra países visinhos. Países como a Inglaterra, Portugal e Espanha fecharam as portas para a França temendo a invasão dos bruxos. Alguns protestantes que eram a favor dos bruxos iam às ruas de Paris protestar a pedido da liberação a liberdade daquelas que se consideravam bruxos. Loucos corriam pelas ruas aos berros: “Me queime, eu sou um bruxo!”, outros juravam serem para ter um prazer da punição severa imposta pelo governo, ser queimados em praça pública. Por várias vezes o comunicado do Rei chegou à praça impondo condições mais relevantes para os bruxos e para aqueles que se intitulavam ser, chegou a ser montado um partido a favor e foi a bancada política defender.
Duzentos anos depois...
Um homem no cavalo esperar numa colina cinzenta. Ele usava longas vestes e um chapéu que escondia metade de seu rosto pálido, em sua mão direita que ele segurava firmemente, um arco e flecha. A neblina era densa e sombria, as grandes nuvens, tão brancas como neve, impediam a passagem dos raios de sol. A terra negra estava coberta pela neve e o corcel negro do cavaleiro permanecia imóvel, esperando a iniciativa do dono. Um homem de estatura baixa, cabelos grisalhos, olhos cinza e opacos miúdos por baixo de longas sobrancelhas espessas, suas vestes surradas e sujas de terra e neve cobriam o corpo magro e esquelético do homem que vinha mancando, subindo a colina ao encontro do homem e seu corcel. Ao chegar, arfando, ele parou para olhar o ambiente, o homem no cavalo permaneceu imóvel.
- Diga. – soou a voz fria do dono do cavalo.
- Tem gente correndo pela colinha, senhor. – ofegou o homem sentando-se na neve.
- Situação.
- Eles dizem serem bruxos, outros dizem que não tem nada haver com isso, senhor. – respondeu ainda ofegante.
- Ordens.
- Matem todos. Foi isso. – O homem se remexeu no seu cavalo. – Mas cuidado, há uma armadilha, vi um pequeno grupo de homens disposto a pegar o caçador. E os outros o esperam, senhor.
- Fique aqui e tome um pouco de água. – disse jogando uma garrafa para o homem sentado.
- É o fim, senhor? – perguntou o homem olhando para a garrafa.
- Presumo que sim. – respondeu. – guarde isso, é a minha linhagem. – disse ao jogar em cima do homem sentado um livro de capa negra sem titulo.
- Então... não verei mais o senhor, mas quero que saiba, foi um prazer trabalhar com o senhor. Todos agradecem pelo o que fez.
O cavalo girou e partiu em disparava como o vento negro ao encontro da pequena guerra de inverno. O inverno rigoroso em Lyon era o tempo que se lavavam as almas perdidas dos pecadores, dos perdidos, dos enfermos, dos condenados. A caça as bruxas estava chegando ao seu fim tórrido, ao seu fim sofrido, ao fim de um derramamento de sangue de mais de duzentos anos. Soa teve o seu pedido a tendido, o sorri mais uma vez de Atáris. Soa levou à guerra a caça aos bruxos por seu ódio por ser um deles, mas nunca encontrou uma centelha de esperança que lhe respondesse sobre a culpa. De quem era a culpa? Tinha culpa?
Soa viveu imortal, com um demônio habitando seu corpo, era guiado por ele, era seu conselheiro e jurou viver por longas décadas caçando os bruxos, sem dó e nem piedade.
Por seu desejo incontrolável por vingança contra os bruxos, ele impôs uma maldição. Durante a lua negra a cada trezentos anos Satesf Soa voltaria a vida no corpo de um bruxos amaldiçoando sua vida, gerações e aqueles que estivessem em seu caminho, e o modo de acabar com ele era apenas a sua morte, ou o demônio que habitará seu corpo o consumirá a cada ano que passará, então Satesf Soa acordaria de seu sono para punir aqueles que o acordaram. Mas diante dessa maldição imperdoável, ela foi trancada por anos pelos bruxos, escondendo. Os se esconderam, ficaram mais cautelosos em seu sigilo e passaram anos e anos, numa escuridão sem fim. Chegada do século XIX, Grindelwald um famoso bruxos das trevas aterrorizou a comunidade bruxa, temerosos com as histórias de seus ancestrais sobre um antigo demônio, a caça a bruxa era algo que eles não poderiam mais suportar. Depois de pequenos anos de paz, o mundo estava em guerra, trouxas na Segunda Guerra Mundial e bruxos em guerra contra as trevas. Mas Grindelwald não foi capaz de levar a diante a maldição imposta por Satesf Soa, por causa de uma coisa tão pequena e que ele achava insignificante. Soa era um homem que jurou se vingar dos bruxos pela perda de sua vida, mas a única coisa que ele queria era ver mais uma vez o sorriso de sua esposa, e era isso que o deixava mais forte, mas, no entanto, era Moinho Vermelho que o controlava, o desejo desse demônio era somente as almas.

"O desespero observa a lua negra brilhar sozinha na noite nua e escura. Como águas ralas, quietas, o som do vento bate em fios vermelhos e flamejantes como fogo, e olhos de vinho o observa durante o sono". Satesf Soa.





Dizer "eu te amo"
Não são as palavras que eu quero ouvir de você
Não é que eu não queira que você diga
Mas se você apenas soubesse
Como seria fácil me mostrar como você se sente...
Mais do que palavras é tudo que você tem que fazer
para tornar isso real
Então você não teria de dizer que me ama
Pois eu já saberia...

“Um caminho de pedra. Um ar leve que batia em seu rosto. Seu corpo deitado no chão sente a temperatura quente da terra lhe envolver num aconchegante abraço. Será que é capaz de sentir medo? Você já sentiu medo de você?
O caminho de pedras era desenhando por um campo vasto e esverdeado, com lírios balançando ao som do vento, ao som mais belo do vento. Seus olhos castanhos atordoados olhavam aquele imenso céu azul tingido ao leste de alaranjado, o céu com nuvens brancas, vagando para algum lugar do qual você nunca saberá. Eu queria ser o vento, sem medo de vagar sem rumo, sem medo das pessoas que se aproximam, sem medo de machucar ninguém. Será que se você pudesse segurar a minha mão, eu me tornaria mais forte? Você juraria que ficaria ao meu lado se soubesse que posso te machucar? Seria capaz de não sentir medo?
Minha vida se passa numa cadeira de balanço e quando uma tempestade bate fica balançado freneticamente sem rumo e direção. Meu coração não me pertence, meu corpo não é mais meu, meu rosto nunca foi a minha própria face. Será que sentiria medo se olhasse por trás da minha mascará? Juraria se pudesse que não poderia machucar você, mas me responda: Quem sou eu?”.

Palavras escritas no diário de Ann.

A plataforma era grande e extensa. Muito parecida com a que Harry e Draco duelaram no segundo ano. Está era maior em comprimento e largura, sua superfície era envolvida num carpete negro de superfície áspera, contra deslizes. Nas bordas, que envolviam a plataforma, tinha um fino e elevado cano de ferro prateado, proteção contra a queda do duelista. Em suas extremidades havia uma pequena escada também de carpete negro, de cada lado, por onde os duelistas iriam subir. Numa distancia de três a quatro metros, ficavam uma borda azulada enfeitiçada, onde ficava o restante dos duelistas que afastados da borda, ela servia como uma proteção os duelistas contra os feitiços dos que estivessem em ação no momento, funcionava como uma parede que brilhava a cada feitiço acertado nela. Atrás, com arquibancadas, ficavam os telespectadores como: professores, diretores, alunos que não estavam participando e equipes do corpo docente de cada escola. O teto extenso e alto era enfeitiçado com imagens de bruxos duelando, alguns bruxos paravam seus duelos para ver os visitantes que paravam para olhar e apontavam sorrindo de algumas cenas das quais estes bruxos eram pegos de surpresas em ataques.

Havia algumas pessoas que conversavam animadamente perto da plataforma. Os alunos foram entrando acanhados, inseguros e curiosos. Dentre esse grupo animado, tinha as pessoas representantes do Ministério da Magia, os professores McGonagall, com seu ar severo de imponência; Sibila Trelawney, com seus vários chalés perfumados, observava todo o lugar de forma mística e ficava fitando os alunos com seus olhos incrivelmente grandes aumentados por trás das lentes; Flitwick, quase que imperceptível no meio do grupo, olhava os lugares com grande atenção, e falava sozinho como se comentasse sobre o lugar; Alvo Dumbledore, conversava animadamente com uma senhora de chapéu cor de palha e cabelos da mesma cor que lhe caiam como uma grande trança nas costas. Um senhor de aspecto severo olhava atentamente os alunos, ele tinha cabelos cinzentos e olhos negros e grandes, usava roupas esfarrapadas e vinha mancando com uma bengala do lado, chegou perto dos alunos e ficou os olhando com um olhar astuto e sorrateiro.
- O que vocês, tão jovens, fazem num lugar como esse? – perguntou ele com uma voz severa. – Vão embora! Não é lugar para crianças. O Duelo de Prata é para bruxos de primeira linha, bruxos que não tem medo da morte!
- Rufus! – chamou a voz de um jovem que estava no grupo animado de professores. O jovem chamou o velho senhor.
- No Duelo de Prata morre gente, morre duelistas, não é lugar para crianças! – rosnou o velho.
- Me desculpem, me desculpem! – disse sem jeito o jovem ao pegar no braço do velho. – Rufus é velho nesse ramo de duelos e ele já está gaga, se é que me entendem – disse sorrindo.
- Quem está gagá?! Eu vejo duelos desde deus tempos antigos...
- Por isso que é velho demais... – soltou uma piada um os garotos da Sonserina.
-... e me orgulho de está presente em todos eles, estes alunos não deveriam entrar aqui, não poderiam assistir as técnicas dos duelistas!
- Rufus, eles são os duelistas! – disse o jovem como se explicasse a uma criança mal criada.
- Você está brincando comigo, Robert? Isso é lá coisa que se diga! – contrapôs Rufus.
- Mas é a mais pura verdade! – disse Robert sorrindo. Rufus olhou para os alunos mais uma vez como se os avaliassem em seguida olhou para Robert que deu os ombros voltou-se para os alunos.
- É melhor estarem preparados, duelistas também morrem nesse torneio – disse Rufus se retirando xingando baixinho.
- Me desculpem, ele é assim mesmo meio...
- Rabugento? – referiu um aluno.
- Sim, pode se dizer que sim, mas Rufus é um grande homem.
- Rufus Schuenemann, um dos maiores nomes em duelista do mundo bruxo, não sabia que teríamos está ilustre personalidade por aqui. O mestre dos duelos. – disse Roland Welling chamando atenção dos demais alunos.
- Exatamente, você deve ser um grande duelista para conhecer Rufus. – disse Robert.
- Ele é Roland Welling, ganhador mundial em duelos bruxos, uma verdadeira máquina em duelos. – disse um dos homens do Ministério da Magia olhando para Roland que devolveu com um olhar superior, se juntando ao grupo.
- Ele é famoso... – disse Rony com desdém e voz baixa para Harry, Hermione, Ann e Gina que soltaram algumas risadinhas abafadas.
- O Dragão Vermelho. – concluiu o homem do Ministério.
- Um Codinome engraçado. – disse Robert sorrindo.
- Mas digno, e muito bem utilizado. – disse ele ainda encarando Roland. – Ora, ora, ora, se não é o senhor Potter! – disse ao se voltar para Harry que corou ao ver que as cabeças se voltaram para ele. – Eu sei que o senhor conseguiu ótimos resultados em seus N.O.N.s em Defesa Contra as Artes das Trevas, senhor Potter. Visto os relatórios das equipes temos bastantes duelistas de grande porte por aqui, vamos fazer deste evento um dos melhores. – disse ele com um fio irônico no rosto.
- Nossa! Quantos rostos novos! – disse a senhora que conversava com Dumbledore ao chegar onde os alunos estavam. – Estes são os duelistas deste maravilhoso ano? – ela sorria animada, alguns garotos fecharam a cara por ela ter uma voz meio infantil e doce demais.
- Sim, senhora. – respondeu Robert.
- Vamos ver... – disse ela andando de um lado para o outro observando os alunos. – Vocês estão cientes dos feitiços que devem usar e de quem não podem em hipótese alguma usar as três maldições, não importa que se vocês estão aqui para finamente duelar com seu rival, não é mesmo! – disse encarando Harry como se o avaliasse. – Não se preocupe com as palavras de Rufus, ele é velho e acha que os duelistas que tem morrer para dar a vitória ao que permanecer de pé – concluiu com uma voz fininha e sorrateira.
- Robert, pegue a caixa dos números. – disse o homem do Ministério. Robert saiu minutos depois ele voltou com uma caixa branca, com quatro lados iguais lisa. – Está caixa mostrará o número correspondente a qual será mostrada uma tabela o nome e numero correspondente dos Anfitriões de cada equipe. É um método simples e prático. Os pergaminhos que vocês receberam diminuíram as equipes presentes. Anfitriões por favor façam uma filha e pegue um numero. – os alunos foram se acomodando como poderiam, alguns falavam em murmúrios até sussurros enquanto o restante fazia fila e pegava um número correspondente.
- Há muitas equipes aqui, vejo que será um grande problema. – murmurou à senhora de chapéu cor de palha para Robert.
- É por isso os pergaminhos, Miranda. – murmurou Robert em tom de tédio.
- A tabela será formada de acordo com os pergaminhos que receberam, os pergaminhos dos Anfitriões estarão anunciando se sua equipe deverá ou não entrar para o Duelo, os demais pergaminhos contará com informações de cada duelista no momento do duelo.
- E como eles sabem dos pergaminhos dos Anfitriões, se todos pegaram de uma cesta só? – perguntou uma garota da Lufa-lufa em voz baixa para outra.
- Bruxo é Bruxo filha. – respondeu à amiga numa ironia.
- Os anfitriões, por favor, abram seus pergaminhos. – disse o homem do Ministério. Harry apertou seu pergaminho e olhou para os amigos a sua frente que mantinham uma expressão de curiosidade e nervosismo. Ele desenrolou o pergaminho pardo e pesado e letras negra e brilhante apareceram na superfície áspera do papel.

Duelo de Prata - desde 203 a.C.

Considerado por bruxos antigos um dos duelos mais prestigiados entre os bruxos.

Tem o orgulho de anunciar que o Sr. Harry James Potter está classificado para participar do Duelo de Prata. Aguardamos vossas habilidades como um duelista de primeira linha e porte para a demonstração em nossos duelos.


Seja bem vindo

Equipe de n° 50
Grifinória:
Harry James Potter - Anfitrião
Ginevra Molly Weasley
Hermione Jane Grange
Ronald Bilius Weasley
Annabela Dior Theron


Averiguado pelo Ministério da Magia
Rufo Scrimgeour

Organizadores oficiais
Rufus Schuenemann
James Milan

Coordenadores
Robert Koehler
Miranda Caspar


Harry enrolou o pergaminho que com um sorriso de confiança olhou para a sua equipe. Poucas equipes passaram, o que deu algum trabalho para Robert e Miranda, que tiveram que conter a fúria de alguns alunos que não aceitam a decisão dos pergaminhos. Alguns alunos até acharam uma boa idéia, pois os duelos entre os preferidos ficariam cada vez mais perto. Tinha o número vinte e três, iria duelar com um garoto da equipe da Lufa-lufa de primeira e depois com uma equipe da Sonserina, mas teria um longo caminho pela frente até chegar em Roland Welling e Draco Malfoy.

Depois das despensas dos alunos para se prepararem para a manhã dos duelos que só faltavam dois dias, Draco observava a janela da biblioteca, enquanto a pena que estava em sua mão, esperava uma iniciativa do dono. Encarando o pergaminho em branco ele começou a pensar, se sentiu atormentado, precisava organizar seus pensamentos e idéias, se sentia carregado. Encarando o pergaminho ele começou a escrever o que lhe vinha à mente.

“Se algum dia eu receber algum crédito por isso eu realmente ficarei grato, por falar nisso, não sei nem por que estou fazendo isso por aquela idiota, ela nem se importa mesmo! Será curiosidade? Eu nem sei mais o que estou fazendo. Às vezes fico perdido em pensamentos dos quais me assombram de uma forma que eu nem sei como explicar pra mim mesmo. E toda noite me vem àquela lembrança horrível da morte, do desespero juntos num só momento, é torturante. Nunca vi nada igual. Ser protegido por meu pai e minha mãe a todo tempo me fez ficar cego, não vi nada a minha frente à não ser a minha própria ignorância e arrogância com todos (Eu não acredito que estou admitindo isso), mas sinto que realmente essa é a minha verdadeira face, talvez por ter sido moldada dessa forma, o engraçado é que realmente isso está mudando e de fato sinto um pouco de medo, talvez, não sei exatamente se é medo mesmo, é uma sensação estranha de alguém poder destruir o que meus pais construíram para mim e me vejo num vazio do qual serei eu quem deva reconstruir com minhas próprias mãos. Acho que isso está num futuro ainda não muito distante, pois essa destruição começou há alguns dias. Sinto que meus dias de tranqüilidades serão abalados em breve. É possível uma única pessoa mudar a vida de outra?”

Parou de escrever, e olhou mais uma vez para a janela, como se ela pudesse lhe dar respostas de alguma pergunta da qual ele mesmo, não sabia o que era.

Passou a mão sobre os cabelos como se tais gestos pudesse lhe afastar problemas em questão. Draco, observando alguns alunos passarem pela janela, encarou mais uma vez o pergaminho meio escrito, segurando a pena frouxamente, continuou.

“Eu estava (estou ainda), na biblioteca revirando alguns registros que encontrassem os respectivos nomes Dorcas Meadowes e Samantha Theron. Não achei quase nada, somente que Samantha estudou aqui na grifinória, nada que eu já não saiba. E sobre Dorcas ainda está um pouco difícil, se pelo menos eu tivesse uma fotografia dela, algo para verificar a sua aparência que comparem traços parecidos com aquela idiota. Theron é praticamente uma cópia de Samantha, sendo que muito mais madura, também com a personalidade daquela idiota até que Samantha é mais aceitável, quem me dera ter nascido antes, mas infelizmente me vejo nesta escola, estudando debaixo do mesmo teto que o Santo Potter, o pobre do Weasley e a Sangue ruim da Granger. Onde é que esse mundo vai parar?
Mas me lembro das palavras de Dumbledore, talvez aquele velho tenha algo a dizer sobre isso, já que não descobrir muita coisa com aquela lembrança, somente pedaços.
‘É uma história muito longa, Harry. Creio que no momento não seja apropriado para lhe falar’. História longa? Eu acho que nem vi dez minutos, como pode ser longa? Além do mais parece ter sido alterada. Talvez respirar aquele lugar fedorento não tenha valido de nada. E se não bastasse isso ainda tenho que resolver umas pendências com Welling e o Potter neste duelo, mas até que vai ser divertido, muito melhor que no segundo ano, Potter que me aguarde, vai ser engraçado tirar sangue dele”.

Draco parou de escrever e olhou a tarde pela janela suja da biblioteca. Debruçado em livros grossos de capas surradas, ele fitou o céu claro por alguns instantes. Ergueu o pergaminho que estava escrevendo na altura dos olhos e começa a ler o que escreverá, depois de um tempo olha mais uma vez para a janela, amassando o pergaminho e o enfiando dentro da mochila ao se levantar da mesa. Draco se senti cansado, como se algo o estivesse impedindo de fazer seu corpo andar, de alguma forma teria que reunir energias necessária para enfrentar os duelistas, e ainda tinha que pegar Harry e Roland nesse duelo, não deixaria passar essa chance. Porém, a imagem de Samantha caindo na neve era algo que não lhe saia da cabeça, martelava a cada instante e era quase impossível não lembrar quando se estava num mesmo ambiente que Ann. Draco começava a suar frio e ficou durante um tempo evitando-a.

Por mais que pensasse que não era ela, era impossível. A mesma face, os mesmos olhos, tudo, praticamente era Ann naquele momento e cada vez que ele pensava nisso era como se uma onda de choque o invadisse de forma alucinante. Ele precisava descobri esse passado a todo custou ou não se livraria desse pensamento torturante, e foi quando ele decidiu falar com Alvo Dumbledore. Draco estava na mesa do café da manha, na mesa da Sonserina e observava de longe Dumbledore conversando animadamente com Flitwick, de quando em quando, ele observava a mesa da Grifinória em encontrara uma Ann absorta em uma revista intitulada O Pasquim, Draco sentiu um solavanco no peito ao olhá-la e mais uma vez a lembrança de Samantha invadiu sua mente, pois a baixar a cabeça e encara a torrada mal comida no prato.

- Está tudo bem, Draco? – perguntou Tom ao seu lado tomando mingau.
- Deve ser nervosismo do Duelo. – chutou Goyle.
- Tudo bem. – respondeu ele saindo da mesa ao ver que Dumbledore havia se levantado.
- Aonde você vai? – perguntou Tom apressadamente.
- Vou sair! – respondeu secamente.
- Mas não esquece que temos que reunir a equipe para nos organizarmos... ele nem escuta! – Draco Já estava longe para escutar o que Tom tinha pra dizer. A passos firmes e decididos, Draco saiu do salão tomando conta de que ninguém o pudesse ficar observando ou notar que ele iria falar com Dumbledore.
- Professor! – chamou Draco meio vacilante com uma voz nervosa, tomando todo o cuidado para não tropeçar nas palavras, parecia que todo o seu preparo antes de vir a Hogwarts havia sido jogado no lixo por um alguém que ele tenta descobrir o passado.
- Sim. – disse Dumbledore ao passar e sorrir meigamente.
- Perdoe-me se o interrompo, senhor, mas é que eu preciso falar com o senhor. É algo importante.
- Não precisa fazer pose Draco, seu que você é um jovem bem educado, é o que eu diga da educação de seus pais. O que veio falar comigo é algo sobre a senhorita Theron, não é mesmo? – disse o professor ao recomeçar a andar.
- Sim... e... – começou Draco.
- Eu já sabia que um de vocês iria me perguntar. Bem, chame do senhor Potter e venha até o meu escritório, estarei esperando, senhor Malfoy... Ah! – disse ele parando e encarando Draco. – Chame a senhorita Granger, por favor, e traga a lembrança que o senhor tem, vai ser muito útil. – dizendo isso, ele saiu andando calmamente deixando Draco sozinho no corredor. Draco ficou pensando se deveria chamá-los, “Bendito Potter”, pensou irritado, mas não era hora pra fazer isso, se tinha que descobri de uma vez por todas teria que chama-los a todo custo. “Como é que ele sabe da lembrança?”

Ao descer as escadarias, Draco sentia seu coração pulsar de forma acelerada e descontrolada. Saiu apressando o passo pelos corredores até chegar à sala de Monitoria Chefe de Hogwarts, abriu a porta num só gesto, e pegou o vidro que estava dentro da gaveta o olhou por um momento, brilhante. Teria que descobrir algo naquela lembrança que ele deva ter deixado passar. Saiu correndo pelos corredores, e parou derrapando mais uma vez pela escadaria, os alunos ainda estavam no Salão Principal apreciando o café da manhã. Ficou esperando até que acabasse, não queria ser visto indo até a mesa da Grifinoria. Ficou esperando até que os alunos se encaminhassem para suas devidas atividades.

- Potter! – chamou com seu costumeiro ar de arrogância, se conteve a não olhar para Ann, que está também não fez muita questão, fico olhando para os lados como se não tivessem interrompido o seu grupo.
- O que é Malfoy? – perguntou Harry em tédio.
- Professor Dumbledore que falar com você e... – ele parou por um momento e olhou de cima a baixo Hermione e com um olhar de desprezo e nojo. – E com a Granger. – concluiu se voltando para Harry e saiu a passos de imponência e arrogância.
- A gente não vai. – disse Hermione em tom de desafio. Draco parou, se virou calmamente nos calcanhares.
- É um assunto importante. – disse num tom de desdém ao se virar novamente para seguir seu caminho. – Eu não vou chamar duas vezes.
- O que ele quer agora?! – exclamou Rony. – Eu vou também!
- Eu disse Potter e Granger! Não me referir aos vermes que estão de plantão. – disse ele em voz alta de uma certa distancia agora, com um olhar zombeteiro ao se virar com as mãos nos bolsos. Rony serrou os punhos, Harry colocou o braço na frente impedindo a passagem de Rony.
- Vamos Hermione. – disse Harry com firmeza. Hermione encontrou os olhos castanhos de Ann que deu os ombros e Rony com um olhar de suplica preocupação. – Para onde estamos indo? – perguntou Harry depois de um tempo ao cruzarem os portões de entrada do saguão.
- Ver Dumbledore, acha que estou mentindo Potter?! – perguntou num ar arrogante e irônico andando na frente. Chegaram à porta do escritório do diretor.
- O Professor Dumbledore espera por vocês. – disse McGonagall ao encontrá-los na porta. Hermione apertou a mão de Harry nervosa. Draco sorriu em desdém.
- Não é a morte não, minha filha. – disse ao passar na frente. Hermione lançou-lhe um olhar assassino.
- Bem vindos, bem vindos... – disse Dumbledore sorrindo. – Sentem-se, por favor. – cada um sentou-se numa cadeira a frente da mesa do diretor. – Bom vamos começar. – disse olhando de um para o outro. Harry encarou os olhos de Dumbledore, interrogativo em seguida olhou para Draco, que este devolveu com um olhar de pura inocência.
- Err... – começou Harry pigarreando. – Professor... bem... é que Malfoy nos disse que o senhor...
- Sim, Harry, sim, fui eu quem os chamei. – disse ele se levantando da cadeira. – Para tratar de assunto delicado.
- Assunto delicado? – quis saber Hermione seguindo Dumbledore com os olhos.
- É sobre o Duelo de Prata, professor? – perguntou Harry fazendo o mesmo que Hermione.
- É sobre Theron. – respondeu Draco fitando a cadeira vazia de Dumbledore. Harry e Hermione se viraram instantaneamente para Draco.
- O que tem ela? – perguntou Hermione em tom de preocupação. Harry permaneceu calado.
- É sobre o ataque que ela teve alguns dias atrás com vocês, pelo que percebi, somente o senhor Potter e o senhor Malfoy estavam no alcance...
- Não, eu estava também! Mas eu fui atacada e não vi mais nada. – disse Hermione.
- Eu tenho um encontro agora a pouco com o senhor Dolarios Kruspe-Bernstein, sobre algumas dúvidas que ele tem. O senhor Malfoy foi o primeiro a me chamar para esta conversa, em vista desse meu contratempo, eu os chamei aqui para que pudessem ajudá-lo. Senhor Malfoy, o senhor poderia pegar a lembrança? – Draco colocou a mão no bolso de má vontade, era de praxe, sentia uma certa irritação ao ter que dividir isso com aqueles dois, e tirou o frasco prateado.
- De quem é essa lembrança? – perguntou Hermione.
- Essa lembrança pode dizer muitas coisas do que está acontecendo com a senhorita Theron, ou não. – disse Dumbledore. – Senhor Malfoy, o senhor poderia verificar se há uma penseira naquela sala? – disse com um sorriso meigo. Draco não fez objeções, mas levantou-se mal humorado e saiu. – Ouça Harry! – chamou o professor lançando um feitiço na porta que Draco sairá. – O que está acontecendo com a senhorita Theron é algo grave...
- Grave? Como assim? – perguntou Hermione atônita. Dumbledore fez gestos com a mão para que se calasse.
- É isso que vocês irão descobrir. Senhorita Granger, com a sua inteligência pode ajudá-los. Potter essa é uma das lembranças que pode fazer parte do nosso trabalho.
- Então... – começou Harry. – quer dizer que posso ver Voldemort nessa lembrança?
- Possivelmente. E pelo mínimo detalhe que seja, por favor, venham me contar. – concluiu ele desfazendo o feitiço no momento que Draco passará pela porta.
- Tem uma sim. – disse em tom de tédio.
- Agora vocês podem ir. – disse Dumbledore. – deixarei o escritório e a biblioteca à disposição de vocês. – Harry se levantou e encaminhou-se para a porta passando por Draco e entrou na sala mal iluminada, era circular, havia livros por todos os lados, de diferentes tamanhos e cores, todos com aparência de velhos e usados demais. A luz vinha de algumas velas acesas, uma iluminação fraca e de uma janela torta de vidro sujo e opaco com rachaduras. A penseira estava em cima de um sustento de pedra branca, na parede, era toda de ferro estava vazia, era grande.
- Bom – começou Hermione. – acho que dá pra três pessoas.
- É – concordou Harry com uma voz longe. Draco apenas tirou a lembrança e a colocou na penseira.
- Onde você arrumou isso? – perguntou Harry.
- Não interessa. – respondeu direto. – agora vamos ou não? – os três baixaram a cabeça e logo em seguida estavam mergulhando em algo seco.

O tic tac ressonante de um relógio ecoava como num espaço vazio, eles abriram os olhos, que se ofenderam com a claridade do lugar. Viram-se numa sala de aula muito iluminada pelas grandes janelas em Hogwarts. Estava muito silencioso e aconchegante, estava calmo. Ao longe se poderiam ouvir as risadas dos alunos. Draco se levantou e andou dois passos em direção à garota de costas que estava praticando feitiços, quieta e silenciosa. Hermione se levantou e Harry continuou sentado.
- Estamos na sala de Flitwick? Estamos em Hogwarts? – perguntou Hermione atônita.
- É que o parece, não? – disse Draco mal humorado ainda mirando a garota de costas. A porta da sala foi aberta rapidamente e como um estalo setas pontiagudas dispararam contra a pessoa que estava parada na porta, está se defendeu rapidamente com um feitiço da varinha fazendo com que as setas pontiagudas virasse folhas de árvores caindo lentamente no chão da sala.
- Você está melhorando bastante, Samantha. – disse a voz arrastada da garota na porta.
- Não tanto quanto você, Miya – falou Samantha no mesmo tom ao se virar. Draco virou o rosto para o lugar onde estava sentado. Hermione levou a mão à boca e cambaleou para trás com os olhos arregalados. Harry se levantou de um salto.
- Meu Deus... – sussurrou Hermione.
- Ann? – disse Harry.
- Não, não pode ser! – falou Hermione aterrorizada.
- E não é. – respondeu Draco. – Ela se chama Samantha Theron, estudou aqui alguns anos, mas morreu. – ele disse as ultimas palavras em voz baixa.
- Como você sabe disso? – perguntou Harry.
- A lembrança Potter! – respondeu arrogante. – Mas essa lembrança troca de lugares, então não sei o que posso descobrir com ela.
- Está alterada. – respondeu Hermione.
-“... Você é como uma irmã pra mim Sam, eu lhe peço! Riddler não é boa pessoa!” – disse a voz da garota que entrará pela porta. Harry ficou surpreso ao escutar o nome de Riddler.
- De quanto tempo é essa lembrança? – perguntou Hermione.
- Bem velha... – respondeu Harry sombrio. – muito velha.
Eles ficaram em silêncio até que a lembrança foi alterada. Samantha descia as escadas circular sem parar, chegando perto de uma das janelas de vidro da escada ela parou de supetão, agarrou no parapeito e começou a chorar.
- Samantha? – soou uma voz atrás deles. Harry ao se virar ficou bem próximo de Tom Riddler.
- Harry...? – chamou Hermione. Harry tinha no rosto uma mistura incógnita de emoções, e sua respiração estava ofegante, serrava os punhos. Draco apenas ficou encostado na parede como se aquela cena lhe entediasse.
- Tom... – disse ela ao começar a descer as escadas novamente.
- Estava chorando? – perguntou Tom a seguindo.
- Não. – respondeu seca.
- Sam... – disse ele ao puxá-la pelo braço. – Eu me preocupo com você...
- Pare com esse joguinho... você não ama ninguém, você é só um garoto que... – ele segurou firme no queixo dela fazendo-a se calar.
- Mesmo que eu não ame ninguém, e nem saiba o que isso significa, você é minha e de mais ninguém. Você me entendeu? – ele disse em um tom ameaçador. A soltou de modo arrogante, Samantha ficou fitando o chão por alguns minutos.
- Vá para o dormitório da Grifinoria e fique linda para o Baile. Tenho uma surpresa para você. – disse passando por ela, descendo as escadas com extrema elegância.
- Eu odeio você. – disse ela num sussurro pra si mesmo, chorando, sentada na escada.
- Ele é nojento! – disse Hermione irritada. Harry e Draco permaneceram calados.
Como uma mudança de imagens, eles se viram num vazio em branco. O ar fresco lhe invadiu os pulmões, e o vazio em branco foi tomando forma do jardim de Hogwarts a noite. Eles estavam parados perto de lago, fazia frio e nevava. Ele viu de longe alguém correndo e chegando perto dele, cada vez mais perto, a pessoa foi entrando em foco.
- A lembrança foi alterada. – disse Hermione. Harry fitava o lago congelado. Draco se sentou na neve de cabeça baixa.
- ME DEIXE EM PAZ! – Harry e Hermione viraram os rostos rapidamente para ver quem gritava.
- Sam, Sam... – dizia Tom andando a passos devagar, enquanto Samantha parara para encará-lo. – Eu já lhe disse que você é muito bonita.
- E você é desprezível! – dizia ela com a voz tremula.
- E eu te amo!
- Você não ama! Você é obsessivo!
- E você é linda
- EU ODEIO VOCÊ
- MELHOR AINDA! – ele berrava mais alto que ela, ele vinha segurando a varinha, trajando veste negras e muito bem alinhado.
- O que ele vai fazer? – perguntou Hermione mirando a varinha. Harry apenas observava e Draco estava sentado de cabeça baixa. Tom agarrava Samantha, forçando-a a beijá-lo. Ele a colocou entre suas pernas tirando toda a defesa dela. Samantha conseguiu se desvencilhar uma mão pegando uma pedra e a batendo na cabeça de Tom que caiu para o lado. Ela se levantou as pressas, mas ele segurou seu pé direito fazendo-a cair novamente. Samantha batia com toda força que poderia, mas não fazia muito efeito em Tom. Hermione levou a mão à boca horrorizada.
– Você não vai escapar de mim!
Samantha cuspiu no rosto de Tom que este arregalou os olhos e ficou encarando Samantha por um momento.
- Eu tenho nojo de você. – disse ela em tom frio. Ele levantou a mão e deu um soco no rosto de Samantha que ficou agonizando de dor por alguns instantes.
- Você é melhor do que eu pensava. – sua voz saiu alucinada e fria.
- Você é louco. – dizia Samantha que levava a mão à testa agora ensangüentada.
- Ohh... – fez ele. – Você se machucou! – Tom fez menção de pegar a varinha, Samantha aproveitou esse momento para novamente fugir, e conseguiu. Tom se levantava devagar.
- SOCORRO! – gritava Samantha, mas parecia que ninguém conseguia escutar.
- Samantha Jardor Theron. – disse Tom.
- Theron? – repetiu Hermione. – É o mesmo sobrenome...
- É... – respondeu Draco ainda de cabeça baixa.
- Você já não vai mais existir amanha. – disse Tom, Samantha se virou e um raio de luz verde a atingiu em cheio no coração.
- NÃO! – gritou Hermione que caiu de joelhos na neve, Harry virou o rosto e Draco continuou de cabeça baixa. – Ele... ele... – gaguejava transtornada.
Tom se aproximou do corpo da garota, jogado no chão, os cabelos negros e longos jogados na neve. Ele se abaixou e ficou a olhando por um longo tempo, ele abaixou a cabeça e a beijou de leve os lábios.
- Desculpe, mas eu a amava demais para deixar você viver. É uma pena, mas realmente eu a queria para mim. – ele guardou a varinha no bolso e pegou o corpo da garota no colo. A imagem mais uma vez se tornou um branco no vazio e um ar denso e chão pedra os recebeu. Hermione enxugava as lágrimas que lhe caiam no rosto silenciosamente, Harry permaneceu calado e sombrio, sem emitir qualquer som e Draco estava debruçado sobre a penseira de cabeça baixa. Ficaram assim por um longo tempo, sem emitir som, parados em seus lugares.
- A...- começou Hermione com a voz tremula. – Temos que dar um jeito da lembrança para saber o que está acontecendo...
- Não – disse Draco interrompendo Hermione de falar. – Seja o que for isso não vai acontecer novamente, ela não é a Ann. Foi outra pessoa muito parecida...
- Malfoy, Professor Dumbledore me disse que eu iria encontrar Voldemort nesta lembrança e de fato eu o encontrei. Seja o que tive que esteja acontecendo, é preciso saber de uma vez por todas ou isso poderá se repetir. – disse Harry sombrio sem encarar Draco ou Hermione.
- O que você está dizendo? – perguntou Draco atônito. – Você-Sabe-Quem não está naquela lembrança...
- Estava. – disse Harry firme. – Ele é Tom Riddler, ou seja Lord Voldemort.
- Isso é impossível! – disse Draco exasperado.
- Se não quiser acreditar, não vai avançar nessa sua busca. Por que está fazendo isso? – perguntou Harry.
- Não lhe interessa! – respondeu arrogante. – E você? O que faz aqui.
- Também não lhe diz respeito! – respondeu no mesmo tom.
- CHEGA! – rosnou Hermione fazendo os dois olharem para ela.
- Malfoy, acredite, é Você-Sabe-Quem que estava lá, eu nunca o vi jovem, mas...
- Mas se o Santo Potter diz que é então é verdade, não é? – disse ele em tom de desdém e ironia.
- Só acredite. – disse Harry irritado.
- Só se tiver um jeito de prova! – rosnou Draco.
- Então vamos dar um jeito nesta lembrança, ela está alterada, tem mais coisas nela das quais estão escondidas. – disse Hermione.
- Pode dar um jeito nisso, ô sabe tudo? – perguntou Draco em tom sarcástico e irritado.
- Tem! – disse ela no mesmo tom. – Temos que procurar alguns livros, alguma coisa que fale sobre alterações de lembranças ou coisas do tipo.
- Bom, talvez depois, temos uma visita a Hogsmeade. – disse Harry verificando o relógio. – Depois disso, nos encontraremos aqui novamente ainda hoje.
- Vou avisar uma coisa: – começou Draco. – Aquela que vocês viram não era a Ann, e sim uma outra pessoa, tomem cuidado quando a virem e não mencionem uma única palavra. – concluiu ao colocar a lembrança no vidro e coloca-la cuidadosamente no bolso. Saindo em seguida.
- Ele está chamando muito a Ann pelo primeiro nome, não acha? – perguntou Hermione ao olhar para Harry.
- É. – disse Harry.

Ver aquela imagem novamente, além de lhe torturar nos sonhos era horrível, lhe dava uma sensação de medo e incapacidade de proteger alguém, era como se lhe tirasse o ar. Manteve-se febril o tempo todo. Tentou respirar e ter coragem para encarar mais uma vez aquela lembrança e colocar na mente de que não era ela. E pensou na possibilidade de lhe contar sobre o que está fazendo.
Draco desceu as escadarias apressado quando foi abordado por um golpe no rosto que o fez cair pra trás.
- Mas o quê...? – antes que pudesse falar, alguém lhe levantará pelo colarinho e lhe jogará contra a parede.
- ISSO É POR TER ME AFASTADO DE ANN! – berrou uma voz irritada. Draco levou a mão ao nariz, estava sangrando e olhou para quem estava bufando de raiva. Ele sorriu dom desdém.
- Então é isso. – disse Draco ao se levantar. – Você bate bem, Sato! – disse meio segundo antes de revidar. Algumas pessoas que começaram a passar no local, ficaram para observar a briga dos dois. Alguns alunos ficavam gritando: “Briga, briga, briga”, outros apenas davam gargalhadas. Draco sentiu um puxão forte nas costas, alguém o segurará e fizeram o mesmo com Keichi Sato.
- A culpa é toda sua! Você fez isso! – berrou Keichi com um filete de sangue escorrendo na boca. Draco olhou para os lados e viu que Rolando o observava com um olhar de deboche.
- Se metendo em brigas, senhor Malfoy? – disse ele ao olhar para Keichi.
- Isso não é da sua conta. – respondeu Draco.
- E por falar nisso você nem sabe do que se trata. – disse Roland num tom de tédio.
- Quer, por favor, me soltar? Não fui eu quem o ataquei! – disse Draco para o garoto que o segurava, este o soltou em seguida. – Olha, eu realmente não sei do que você está falando!- disse ao se dirigir a Keichi que ainda estava sendo segurado.
- Você armou pra mim! – berrou Keichi mais uma vez. Draco o olhou com uma expressão de pena.
- Isso já está ficando ridículo. – disse Roland com uma certa graça. – Vamos fazer o seguinte, você – disse ele apontando pra Keichi. – Quer quebrar a cara dele por terminado o seu namoro com aquela garota...
- Mas eu não fiz isso! – contrapôs Draco. – eu não tenho nada haver com isso.
- Tem sim! – afirmou Keichi.
- Não tenho! Ela pegou você com outra. Cara, agora tudo que acontece nesse inferno é culpa minha?!
- Você é o pior dos homens Malfoy, pagou para que aquela garota fizesse isso! – disse Keichi olhando para Draco com nojo.
- Como é que é? – perguntou Draco sem entender. – Eu não...
- É verdade sim. – disse uma garota loira ao abrir caminho no meio dos alunos.
- Que verdade? Eu não sei nem quem é você! – disse Draco irritado!
- Eu tenho provas, senhor Malfoy. – disse a garota loira.
- Levem-nos para a enfermaria. Resolvam isso no duelo é mais convincente. Se aconteceu alguma coisa, aqui é que vocês não vão poder resolver nada. – disse Roland.
- Uma aposta! – disse Tom sorrindo alegremente. Todos viraram para ele. – Ohh... é só uma aposta, e agora pode não ser ilegal, já que vai ser no duelo mesmo.
- 50 galões. – disse um garoto da equipe de Keichi. Tom esboçou um sorriso malicioso.
- Fechado.
- Eu vou acabar com você nesse duelo, Malfoy, pode esperar. – disse Keichi com fúria.
- O seu dia está chegando Keichi. – disse Draco irritado.
- É o que vamos ver. – Keichi saiu sendo arrastando, alguns alunos começaram a dispersar o restante que ainda ficava para assistir alguma coisa.
- Eu não sei quem é você, mas espero que tenha uma boa desculpa pra fazer isso. Você vai pagar por isso, garota. – falou Draco ameaçadoramente para a garota loira que o olhava com um olhar de pena.
- Você é um idiota! – disse ela ao se retirar e ir pelo mesmo caminho que Keichi fora.
- Aprontou feio, senhor Malfoy. – disse Roland ao sair pelo lado contrário. De quando em quando ele colocava a mão no nariz para estancar o sangue que ainda escorria e saiu pelos corredores xingando Keichi de tudo quanto era nome.
- Huhuhuh... Malfoy, o riquinho apanhou do Sato!! – gargalhava Pirraça ao ver Draco passando pelos corredores.
- Sai do pé Pirraça, não estou de bom humor hoje! – rosnou Draco.
- huhuhu.... – gargalhava Pirraça dando piruetas no ar.
- Se não sair de perto de mim, vai se arrepender, você ainda me deve um favor daquela vez!
- Que favor?! – perguntou Pirraça fingindo pensar. – Não faço acordos com Bruxos.
- Ah... é mesmo, estão um espelho que você tentou na tentativa de assassinato foi esquecido? – Pirraça fiou lívido de raiva, em seguida olhou para Draco com imenso desprezo.
- Ela me atacou! – berrou Pirraça gesticulando com os braços.
- É, mas você a jogou contra o espelho, não foi?! – tateou Draco. – Agora, saia da minha frente. – mas Pirraça continuava a vigiá-lo do alto, fazendo algumas performances de como se estivesse nadando no ar. Foi quando cruzou um corredor que esbarrou em alguém.
- Mas que droga, não sabe por onde anda! – rosnou Draco com os olhos lagrimejando de dor por causa do nariz.
- Tenha mais respeito senhor Malfoy!- disse uma voz severa. Foi quando McGonagall entrou em foco.
- Per...
- O que aconteceu com o senhor? – perguntou ela. – Andou brigando?
- Não... eu...
- Vá já para a enfermaria. E o que aconteceu com a minha detenção que lhe passei no começo deste ano?
- Detenção? Que detenção? – perguntou ele sem entender.
- Ora senhor Malfoy, pelo visto o cargo de Monitor Chefe não foi bem devido. – disse ela seca e severamente seguindo seu caminho. – E eu o encontrar mais uma vez sem a senhorita Theron, eu mesmo lhe retiro o cargo. – Draco xingou em voz baixa e virou o corredor, saiu apressando o passo quando mais uma vezes barrou em alguém.
- Mas que droga! Olha por onde anda! – rosnou ele mais uma vez.
- OHHH olha a boca! – disse uma voz irritada.
- Ann! – exclamou ele surpreso. Ann passou por ele, mas Draco segurou seu braço.
- Está me evitando? – perguntou ele.
- Você quem está me evitando. – respondeu ela seca.
- O que há com você?! – perguntou ele irritado.
- Eu é quem perguntou: o que há com você!
- Quer parar de falar assim comigo!
- Você é estranho.
- E você é esquisita!
- Ficou dizendo umas coisas sem pé e nem cabeça no baile, dizendo que era pra eu não fugir de você, e depois começou a me evitar! – esbravejou ela.
- Está com raiva?
- Não. Furiosa!
- Está preocupada?
- Não. Quero mais que você morra!
- Então não me pergunte! – Ann o olhou de modo incrédulo e interrogativo, desviando do braço dele novamente, mas Draco a segurou mais firme. – Seja a minha namorada.
- Como é que é? – perguntou ela com um sorriso irônico.
- É isso que você ouviu!
- Nunca!
- Ah, nem vem que você vai dizer que acabou um relacionamento agora e não pode mais sei lá o quê!
- E ainda diz que eu sou a esquisita. – disse ela com um olhar de pena.
- Sim, você é esquisita!
- E você é um idiota, nunca namoraria um galinha feito você!
- Não me compare ao Sato!
- Não fale o nome dele!
- E desde quando eu tenho essa fama?
- Pensa que eu sou cega? Que não o vejo pra cima e pra baixo com duas garotas, que não se quem são, graças a Deus. – disse ela com desprezo.
- Está com ciúmes?
- Ciúmes eu?!
- Namore comigo!
- Não.
- Então eu vou contar que você quebrou o espelho do nosso querido professor! – disse ele com um olhar malicioso.
- Espelho? Que espelho? – fez Ann sem entender.
- Ora, você não lembra, minha querida Ann.
- Não me chame de Ann.
- Annazinha... – debochou ele.
- Para com isso! – se irritou Ann.
- Não até você dizer eu sim
- Nunca!
- Então ta. Pirraça, uma demonstração pra ela. – chamou Draco, Pirraça olhou de cara amarrada para Draco por ter sido interrompido e olhou de modo assassino para Ann que devolveu no mesmo olhar. Pirraça fez o movimento que Ann fez ao cair em cima do espelho, com direito a expressões de dor e até mesmo os sons que o espelho fez ao se quebrar.
- Exagerado. – disse Draco em voz baixa.
- A vai me dizer que isso pode me fazer namorar você? Jamais. – disse Ann se retirando.
- Pode sim, aquele espelho pertencia a nosso querido professor Dumbledore, o qual tinha umas inscrições estranhas... sabe ele era importante e vi várias vezes professor Dumbledore a procura dele.
- Ta bom, Malfoy, você não faria isso. – disse Ann em tom de tédio.
- Ah faria sim – disse ele sorrateiro abraçando a garota por trás. – você mesmo disse que não teria medo de me enfrentar, lembra? – falou roçando os lábios na orelha da garota.
- Não faria não! – disse ela ao se soltar dele.
- Ah faria sim, não me desafie Ann. – disse com um olhar desafiador. – e é Draco pra você.
- O que foi isso no seu nariz?
- Seu ex fez isso comigo! – respondeu irritado.
- Bem feito! – falou ela com um sorriso zombeteiro.
- Ta bom... muito obrigado por apoiá-lo! – disse tedioso saindo pelo corredor em direção à enfermaria deixando Ann.
- Ele apanhou do Keichi? – se perguntou Ann surpresa com um tom de preocupada.
- Ah sim... – respondeu de intrometido Pirraça, flutuando. Ann encarou pirraça atônita.
- Sério? – perguntou surpresa.
- Foi um horror ele quase chorou! – Ann ainda encarava Pirraça sem acreditar nas palavras dele.
- Hei! – fez Ann, Pirraça encarou isso com um susto. – Você ainda está do lado dele não é?!
- Ele me pagou. – disse Pirraça alegando inocência. – E você é só uma sangue-ruim nojenta.
- Ahhh!!! Que deprimente estou dando ouvidos a um Poltergeist! – fez ela batendo o pé andando de lado contrário ao que Draco fora.

Naquela tarde. Um homem encurvado, cabelos grisalhos sujos de terra, observava a rua silenciosa com seus olhos alucinadamente grandes e muito azuis. Suas mãos frias de dedos longos que exibiam unhas sujas e longas tocavam a parede sólida e bruta do muro de uma casa. Escondido a espera de uma informação. Observava de um lado para o outro, quando um volto negro apareceu no fim da rua. O vulto negro vinha se aproximando a passos leves como se deslizasse no chão de terra da rua silenciosa.
O homem encurvado arregalava os olhos cada vez que o vulto se aproximava. O vulto, de modo que se aproximava, tomou a forma de um homem alto, que suava uma capa negra que balançava em seus calcanhares, ele usava um capuz negro de modo que cobria seu rosto. Ele parou de frente para o homem encurvado, que este tremeu ao olhar para o rosto oculto do homem por baixo do capuz.
- Al...Albert... Chanbers...? – perguntou o homem encurvado aos tropeços nas palavras.
- Você deve ter uma grande pena por sua vida. – disse o homem ao estender um envelope de pergaminho amassado. – Leve isso. – deu meia volta.
- Espere! – disse uma voz de mulher que o fez parar, inda de costas ele apenas inclinou de lado a cabeça para indicar está escutando.
- Sr. Chanbers, por favor, fique mais um pouco.
- Sr. Lestrange, tenho trabalho a fazer, não perco tempo de minha vida vigiando um reles garoto. – respondeu ao seguir seu caminho.
- Garoto esse que tem a melhor missão.
- Ele pode ter a melhor missão, seja o que for a “melhor” para vocês, não me interessa um velho que ensina crianças e um morto-vivo sentado numa cadeira. – Lestrange o olhou com desprezo e ódio. – Não precisa olhar assim para mim, Bella.
- Você deve ter muita coragem para fazer do Lorde das Trevas dessa maneira, “Morto-vivo”. – disse um homem que apareceu em frente a Albert fazendo-o parar.
- Sr. Edward, não... não podemos arrumar confusão aqui... estamos numa rua de trouxas... – soou a voz fina e amargurada do homem encurvado. – Lestrange bateu a mão no pobre homem encurvado que este, caiu no chão fazendo um gemido de dor.
- Bella, fique onde está! – rosnou Edward encarando o rosto oculto de Albert. – Você não tem chances contra ele.
- Avise ao “Lorde das Trevas” que um desejo velho de dezesseis anos está vivo. – disse Albert com um sorriso debochado, dando a volta em Edward e seguindo seu caminho. Edward apenas olhou pra as costas de Albert enquanto este seguia seu destino, de forma interrogativa, seguiu os olhos para Bella que se mostrou do mesmo modo. O homem encurvado olhava para o nada a sua frente de forma aterrorizante e perturbadora.
- Enrico, sabe alguma coisa sobre isso? – perguntou Edward. O homem encurvado arregalou os olhos para Edward em seguida saiu se arrastando como se quisesse fugir de algo horrível que estivesse vendo.
- Por que ele está agindo assim? – perguntou Bella. Edward sacou a varinha e fez Enrico levitar. Enrico começou a se debater furiosamente e guinchar.
- NÃOOO!!! NÃOOOO!!! ELE VAI ME MATAAAR!!
- Faça-o parar de gritar! – berrou Bella olhando para os lados da rua.
- Silencio! – berrou Edward Enrico parou instantaneamente. – Agora me diga, quem vai te matar?
- Ele. – respondeu com os olhos arregalados.
- Ele quem?! – rosnou Bella.
- Ele mandou que desfizesse o feitiço, que destrancasse. – ele agonizava, tremia de forma alucinada. Olhava para os lados como se temesse ser atacado.
- Ele quem?! – perguntou Edward sem paciência.
- Nãooo... – choramingou Enrico. – Não contem a ele, não contem!
- Como ele era? Qual é a aparência dele? – perguntou Edward sacudindo Enrico pelos braços.
- Ele... ele tinha cabelos vermelhos... e olhos muito frios... ele vai me matar! ELE VAI ME MATAR!!! – começou a se debater furiosamente. Edward o largou no chão fazendo um baque surdo.
- Volte e não conte nada ao Lorde das Trevas! – vociferou Edward, em seguida olhou para Bella que encarava no final da rua o castelo de Hogwarts. – Parece que não estamos sozinhos. – disse ao respirar fundo. Albert apenas observava de longe, em cima de uma árvore.
- Vamos, Draco deve está chegando a Hogsmeade. – disse Bella seca.

Os dais estavam ficando cada vez mais frios, as pessoas começavam a se agasalhar, a mudança climática no começo do ano assustou um pouco, alguns a riscam a dizer que é o famoso “Aquecimento Global”, do qual os trouxas exibem diariamente nos telejornais.
- Minha mão disse que isso é besteira! – começou Simas quando os alunos iriam fazer uma visita a Hogsmeade. – Os trouxas exageram demais nas noticias!
- Tem gente que diz que o fim do mundo está perto! – caçoou Rogério Durvan, um dos anfitriões de uma equipe da Grifinória.
- Eu acho que pode ser verdade. – disse Neville timidamente, em seguida calou-se quando viu as expressões dos alunos curiosos.
- Neville, você acredita demais nos trouxas! – riu Rogério Durvan.
- Mas pode ser verdade!
- Que o fim do mundo esta próximo? – perguntou Rony atônito.
- Bom... pode... – começou Neville.
- Isso é piada! É só mídia. Os trouxas vendem o que as pessoas querem ver, é a mesma coisa com o Profeta Diário. Não lembra do ano passado, o caso do Potter? Tacharam ele de louco o tempo todo e os exemplares venderam como água. – disse um da equipe de Rogério Durvan.
- Mas às vezes os trouxas acertam! – defendeu Aristella, uma anfitriã de uma das equipes da Grifinoria.
- Eles podem acertar às vezes, mas exageram feito loucos, principalmente quando se trata de fofocas de gente famosa! – argumentou Rogério Durvan.
- Ah! Durvan, quer dizer que você está dizendo que os bruxos são sempre os certos? – se irritou Hermione.
- Eu não estou dizendo isso, só estou argumentando que eles exageram!
- Mas está dando a entender que é isso! – disse Aristella ríspida.
- Ahh vocês gostam de defender os trouxas! – riu Miguel Landers da equipe da Corvinal.
- Vocês estão tratando isso como um preconceito! – falou Terêncio Boot politicamente.
- Pelo o que vejo essa conversa não vai dar em nada! O básico é que todos têm suas opiniões diferentes e se forem discutir por causa disso só vai dar em brigas! – falou Owen Cauldwell calmamente.
- Você é filosofo? – perguntou Rogério a Owen.
- Não. – respondeu.
- Então cale a boca
- Como...
- Chega! – rosnou Aristella antes que Owen revidasse. – isso vai parar por aqui. Trouxas e Bruxos são iguais! Igualmente inteligentes, são humanos e tem seus defeitos, Bruxos não são melhores que trouxas e nem eles melhores que nós!
- É isso aí! – apoiou Simas.
- Tem difença sim! – contrapôs Rogério.
- Ah Rogério você vai começar! – Aristella cansativa batendo a mão na testa. – Qual a diferença?
- A magia. Troxas não sabem fazer magia.
- É um argumento ridículo. – disse Anitha Summers da Lufa-lufa.
- Por que é ridículo? – quis saber Rogério irônico.
- Trouxas também sabem fazer magia. – respondeu Anitha triunfante.
- Isso não é verdade! – contrapôs Rogério.
- O outro lado também sabe fazer magia, Durvan. – disse Hermione pondo um fim naquela conversa.

A tarde estava fria e nublada, alguns pares de namorados saíram do grande grupo para seus lugares preferidos em Hogsmeade, o Café Madame Puddifoot, um dos lugares mais visitados pelos namorados, principalmente numa tarde fria como essa. Situada numa rua lateral da rua principal, Café Madame Puddifoot era um lugar aconchegante. Harry entrou com Gina, de mãos dadas e se sentaram numa mesa um pouco longe da janela, uns quatro metros de distancia, não muito próximo, acompanhado de uma garota de cabelos loiros cacheados e olhos muito azuis, estava sentado, Rolland Welling, tomando um café quente neste dia frio. Ele estava absorto escrevendo algo num pergaminho, a sua frente Kristin ficava o encarando segurando a xícara de café na altura dos lábios, sem que ele percebesse.
- O que foi Harry? – perguntou Gina ao perceber que Harry estava pensativo.
- Esse cara... – murmurou Harry. Gina olhou para onde Harry olhava.
- O que tem Welling.
- Não sei por que, mas... me sinto apreensivo quando estamos no mesmo ambiente. – falou Harry pensativo.
- Aqui estão os cafés. – disse sonoramente Madame Puddifoot, passando com grande dificuldade por entre as mesas apertadas.
- Obrigada. – agradeceu gentilmente Gina. Em seguida olhou para Harry que encarava a tarde da janela. – Harry, não sei no que você está pensando, mas não há com o que se preocupar, claro que ele já participou de vários eventos como esse, e nunca se machucou, mas você é bom e tem que focar nisso. Ficar se preocupando com besteiras só vai arranjar problemas. – Harry permaneceu calado. – Harry? – chamou. – Harry!
- O quê...? – fez ele.
- Você ouviu o que eu disse? – perguntou Gina chateada. – Eu não acredito!
- Gina, me desculpe estava pensando numas coisas, mas o que quer que tenha dito eu concordo! – disse ele tentando conserta.
- Ah! Eu não acredito! – irritou-se. – Se eu dissesse: “Acabou. Não vamos mais ficar juntos”, você concordaria? – Harry estava mais uma vez pensativo olhando para a janela. – Ah quer saber eu vou embora, deveria ter ido para o Três Vassouras com a Ann, Hermione e Rony.
- Disse alguma coisa? – perguntou Harry sem escutar o que ela estava dizendo, Gina o encarou, respirou fundo com a cara fechada.
- Harry! – explodiu ela, algumas pessoas da mesa ao lado, incluindo Roland olharam. Harry encontrou os olhos surpresos de Roland, que este sorriu amigo. – Parece que Roland Welling é mais interessante do que eu? – disse ela batendo o pé embaixo da mesa.
- O QUE? – fez Harry batendo na mesa, derrubando a café da xícara.
- Olha só o que você fez! – disse Gina irritada.
- Olha só, não é o que você está pensando! Estou com problemas, e no momento estou querendo refletir sobre eles. – respondeu Harry igualmente irritado. Gina se levantou de um salto olhou de forma irritada e chateada para Harry em seguida saiu sem dizer uma única palavra. – Mulheres! – esbravejou Harry num sussurro ainda mirando a janela, em seguida colocou o dinheiro embaixo da xícara e saiu.
- Parece que Potter e sua namorada estão tendo problemas. – comentou Kristin vendo Harry pela janela.
- Problemas conjugais não me interessam. – disse Roland friamente. Kristin engoliu seco, olhou para os lados e viu alguns casais em forma de ternuras.
- Você é muito frio comigo! – queixou-se.
- Você já sabia disso, além do mais foi você quem alto se proclamou minha namorada. – disse ainda escrevendo.
- Mas você não falou nada! – disse ela surpresa. – Você disse que poderia.
- Disse que poderia, mas não falei nada sobre eu ser. – encerrou o assunto. Kristin olhou de cara fechada para a janela, olhou para Roland mais uma vez e se levantou.
- Onde você vai? – perguntou Roland ainda escrevendo.
- Vou andar por aí! – respondeu seca.
- Então vá. – disse sem se importar. Kristin abriu a boca, mas não falou nada, saiu.
Gina entrou de ara emburrada nos Três Vassouras, olhou para os lados procurando por um rosto amigo.
- Gina! – chamou animadamente Hermione de uma das mesas. Gina foi até lado, arrastou a primeira cadeira que encontrou e se sentou de cara fechada.
- Minha nossa! – fez Rony.
- O que deu em você? – perguntou Ann olhando para Gina espantada.
- Harry. – respondeu entre dentes.
- Ah... – fez Ann tomando um gole de usa cerveja amanteigada fingindo como se não tivesse perguntado nada. Aristella Vanes entrou nos Três Vassouras ofegante e com o rosto vermelho com olhos extremamente arregalados e uma estranha expressão de euforia, ao seu lado duas garotas, respectivamente: Ana Carolina Pietro, da Corvinal e Amelita Castel da Lufa-lufa. Olhando para os lados como se procurasse por alguém, elas olharam para a mesa onde estava Hermione, Gina, Ann e Rony.
- Gente! – disse Aristella eufórica ao bater na mesa deles. – Parece que os problemas conjugais estão entrando em epidemia!
- Por que você diz isso? – perguntou Hermione sem entender, Ann olhava a caneca de cerveja amanteigada numa fingida expressão interessada no que tinha no fundo, mas franziu o cenho para escutar.
- Ô Vanes! Não queremos escutar sobre a vida dos outros não! – reclamou Rony de cara fechada.
- Fica quieto Weasley! Além disso isso é papo de mulher. – retrucou Aristella. Rony bateu a caneca na mesa, fechou a cara, mas não respondeu. – Kristin Lana, a princesinha de Beauxbatons acabou de dispensar o famoso...
-... lindo... – acrescentou Ana Carolina Pietro.
-... e perfeito. – finalizou Amelita.
- Roland Welling. – concluiu Aristella. As três estavam suspirando de mãos dadas. Hermione encarou Gina, Ann e Rony que fizeram caras de espanto para as três.
- Ta bom... – disse Hermione calmamente. – E o que isso tem haver...
- O QUE FOI QUE VOCÊ DISSE? – perguntou Parvati aos berros para Aristella que deu um pulo pra trás.
- Kristin Lana dispensou Roland Welling. – respondeu Aristella temendo mais um grito de Parvati.
- Ai... é hoje que eu pego aquele francês. – disse Parvati sonhadora.
- OH! Pera aí! – falou Amelita para Parvati.
- Os namoros de hoje em dia estão durando menos. Principalmente em Hogwarts. Primeiro foi a Theron. – disse Aristella pensativa. Ann engasgou.
- Ô! Não quero que fique falando assim do que aconteceu na minha vida particular! – disse Ann irritada. Mas Aristella nem escutou.
-... Depois foi a Gina Weasley, mas que coisa como ela pode deixar aquele gato lá plantado no Café da Madame Puddifoot?
- Hei! Eu estou aqui ainda! – disse Gina igualmente irritada.
- Theron! – chamou uma voz autoritária. Todos da mesa se calaram.
- O que quer Schneider? – perguntou Aristella no mesmo tom para a garota que acabou de chegar.
- Meu assunto não é com você, Vanes! – deu ênfase ao sobre nome da garota com desprezo. – Meu assunto é com a Theron. – Ann procurou os olhos de Hermione e Gina que deram os ombros com olhares de preocupação. – É um assunto em particular, preciso falar com você lá fora.
- Xi... – fez Amelita. – Parece que a atmosfera ficou pesada.
- Quem é ela? – perguntou Rony.
- É Vivian Schneider, não está no duelo. É uma das Sonserina e filha do diretor do Profeta Diário, o pai dela é um idiota que obedece todos os caprichos da filha. – respondeu Aristella em tom de desprezo.
- É Sonserina é Sonserina. – disse Ana Carolina. – Aristella onde você vai?
- Vou tomar um ar... – disse sorrindo. – e passar na Trapobelo Moda Mágica, esqueci de comprar uma lembrança para a minha irmã! – dizendo isso ela desapareceu ao passar pela porta.

Ann caminhou até uma certa área meio isolada, segurando firme a varinha nas vestes, não queria se afastar muito das ruas, achou mais seguro está na “vista”. Vivian Schneider parou a frente, e se virou segurando um frasco prateado brilhante.
- O que é isso? – perguntou diretamente Ann.
- Uma Otrads...
- Eu sei o que é uma Otrads. – disse Ann com arrogância. – Eu quero saber por que você tem isso.
-... minha lembrança. – continuou ela como se não tivesse sido interrompida. – Estou dando de presente para você.
- Não me interessa. – disse ao se virar para ir embora.
- É de respeito à Draco Malfoy. – Ann parou.
- Me desculpe, mas eu não tenho nada haver com ele...
- É mesmo? Que coisa, mas ele bem que fez questão para que você terminasse o namoro com Keichi Sato.
- O meu término com o Sato não tem nada haver com Malfoy.
- Isso é o que você se engana. – desafio Vivian. Ann se virou para encarar Vivian, esta jogou o pote pra cima de Ann que o pegou rapidamente. – Se não acredita, verifique. E mais uma coisa – disse indo para perto de Ann. – Se seguir para dentro da floresta, vai descobrir algo interessante sobre ele. – falou de modo malicioso e maldoso. Dizendo isso saiu em seguida.
Vivian saiu andando calmamente olhando para trás, vendo Ann de costas, parou instantaneamente ao ver um vulto passando por trás de uma árvore. Ela sacou a varinha e foi atrás.
- Ta de penetra, Vanes? – sussurrou Vivian ao pegar nos cabelos da garota ameaçando com a varinha.
- O que você disse a Ann? – disse Aristella sacando a sua varinha e se soltando de Vivian. – Não fez nada com ela, não foi?
- Vivian? – chamou uma voz atrás de Aristella.
- Eu sabia! – exclamou Aristella ao ver que Pansy chamava Vivian.
- O que foi, Vanes? Vai querer duelar antes do duelo chegar? – guinchou Pansy com uma imitação de meiguice na voz.
- Você é um monstro Pansy. – disse Aristella com desprezo.
- Vanes, eu acho que você precisa usar óculos, como o Potter, porque você está enxergando muito mal – falou Pansy dando uma gargalhada.
- Se contar algo para a tonta da Theron eu acabo com você! – desafiou Vivian.
- Eu não tenho medo de você, Schneider. Vou contar que vocês duas estão juntas nessa.
- Conte. E eu faço seu pai ser despedido do Porfeta Diário. – disse Vivian com sarcasmo. Aristella engoliu seco. Pansy guinchou de prazer e saiu andando com Vivian nos calcanhares. Aristella guardou a varinha e seguiu para os Três Vassouras.

Ann ficou quieta observando o pequeno pode de vidro com um liquido prateado que rodopiava dentro. Estava tão quieta em seus pensamentos nesses dias que mão conseguia falar com ninguém nem mesmo consigo mesmo, até sentir um pouco de conforto e vergonha quando se estava perto de Draco Malfoy.
- Onde você estava? – perguntou uma voz irritada às costas de Ann, esta rapidamente guardou a lembrança no bolso das vestes.
- O que é? – respondeu ela seca ao ver Draco.
- McGonagall está no meu pé por sua causa! Agora vamos! – disse ele ao pegar no braço da garota.
- Me solta! – disse soltando.
- O que há com você? –perguntou ele chateado.
- Comigo? Comigo? Acho que era melhor você fazer essa pergunta a você. – falou ela sarcástica. – Anda todo misterioso, calado...
- Você é que anda toda estranha! – disse já irritado apontando o dedo para ela que o olhou com a cara fechada.
- Eu estranha! Você é o estranho! Aqui...
- E queria... – dizia Draco, mas fora interrompido.
- Queria o quê? Será que é tão difícil assim pra você dizer? – perguntou Ann sem paciência.
- O que você quer que eu diga? – rosnou Draco exasperado.
- E eu sei lá! Eu nem sei o que você quer dizer! – falou gesticulando com os braços.
- Então por que se importa?
- Por que você fica me perguntando isso?
- Por que, às vezes, responde com uma pergunta?
- Você é um idiota!
- Certo, eu sou o idiota e VOCÊ é a complicada, aqui!
Um vulto passou rapidamente de uma árvore a outra. Draco Parou.
- O que foi agora? – perguntou Ann em tédio.
- Vá para os Três Vassouras, depois a gente se fala. – disse ele perturbado tentando distrair sua atenção. Um homem untuoso e encurvado estava parado perto de uma grade pedra, trajava vestes esfarrapadas, olhos grandes e castanhos, seus cabelos grisalhos escapavam por baixo de um chapéu torto e velho, ele acenava para Draco. Ann olhou para os lados desconfiada, fez o que Draco pediu, saiu andando pelas beiradas das plantas e olhando a para trás, verificando a distancia que Draco tomou no lado contrário. O vento frio cortava os lábios de forma assustadora, e o clima esfrio com o final de tarde, a sensação de está em território inimigo era visível. Ann sentiu como se suas pernas lhe comandasse, e voltou para o lugar onde estava, “Se seguir para dentro da floresta, vai descobrir algo interessante sobre ele” lembrou das palavras de Vivian.
- O que seria? – disse a si mesma. Com cuidado atravessando de árvores em árvores ela escutou vozes alteradas e elevadas. À medida que ia avançando, seu coração pulsava num compasso estranho e um pressentimento horrível se instalava, não era agradável escutar a conversa alheia, mas parecia que não tinha outra escolha se já estava ali. Atrás de uma árvore, o mais escondida o possível, segurando a varinha sobre as vestes, Ann observava o ambiente hostil.
- Comensais? – sussurrou ela para si mesmo. Ao confirmar isso com a primeira vista de um homem onde seus braços nus pudesse ver autenticamente a marca negra, ele estava de lado, era alto e muito forte fisicamente, suas vestes negras, com uma capa onde seus braços nus ficavam expostos, era longa e lhe caia nos calcanhares, seus cabelos negros eram curtos, ao seu lado uma figura menor estava coberta pelo homem, talvez uma mulher.
- Agora são quatro? – soou a voz fria de Draco, Ann se espreitou para escutar, o vento havia parado de uivar e trocado de direção. – Que patético.
- Bonitinha ela, não? – disse a voz de uma mulher com meiguice.
- O que quer? – perguntou Draco diretamente ignorando o comentário. Ann se posicionou com cuidado para observar melhor. Haviam duas mulher e dois homens.
- O que quer? – perguntou Draco diretamente.
- Que leve isso! – disse ela lhe entregando uma garrafa de Hidromel.
- Eu não sou do tipo que fica comemorando por aí. – disse ele com desdém.
- É uma ordem não um pedido moleque atrevido...
- Misa! – interrompeu um dos homens. A mulher parou com a garrafa estendia a Draco. Ele foi até Draco a passos cautelosos e o olhava com um olhar observador. – Seu plano do colar foi o desperdício. Se estiverem investigando seus pais sofrerão as conseqüências. – pegou com agressividade a garrafa da mão estendida da mulher e a deu a Draco com violência que o garoto cambaleou para trás massageando o peito.
- Tenha a calma Edward. – soou a voz de Lestrange. Ann escorregou alguns milímetros quebrando um galho de árvore, ao ver um dos rostos mais conhecidos pelo Profeta Diário. Os Comensais da Morte pararam de falar instantaneamente ao ouvir ruídos. Ann se espremeu atrás da árvore, sua tremedeira era tremenda, suas mãos suavam. As palavras de Harry e Hermione sobre Draco Malfoy ser um Comensal da Morte eram verdadeiras. Sacando a varinha, ela esperou pela movimentação, após um silêncio que durou cinco minutos, as vozes dos Comensais recomeçaram.
- Esse é o nosso último encontro aqui. Não podemos mais vir. – falou Edward olhando para as árvores fazendo gestos frenéticos a um homenzinho encurvado de cabelos grisalhos sujos de terra e olhos alucinadamente grandes e muito azuis. – Enrico! – chamou.
- Sim. – respondeu o homenzinho que olhava Draco dos pés à cabeça, este deu um paço considerável para o lado fazendo uma careta de desgosto para o pobre homem. – Dê uma olhada pelas redondezas antes de Malfoy sair. Firmo, vá com ele. – disse Edward se dirigindo ao homem dos braços grandes. Firmo e Erinco desapareceram na mata. Ann ficou por uns cinco segundos até que tomou coragem para sair do lugar onde estava, com cuidado para não ser vista, saiu andando abaixada beirando a floresta. Draco foi saindo com a garrafa na mão quando Edward o interrompeu. – Aonde vai?
- Não tenho mais tempo para ficar batendo papo – respondeu grosseiro.
- Fique esperando por noticias de Firmo e Erinco, podemos está sendo observados.
- Observados ou não, eu não me importo.
- Mas agora vai se importar. – soou uma voz grave atrás de Draco.
- Chanbers? – exclamou Edward.
- Deveria está fazendo seu trabalho! – rosnou Bella.
- Acho que temos uma “amizade” aqui. – comentou Draco zombeteiro, mas antes que Draco pudesse apreciar o seu comentário, Albert Chanbers ergueu seu braço esquerdo e arregaçou a manga das vestes. – O que está fazendo? – berrou Draco tentando de desvencilhar.
Ann corria o mais depressa que poderia para sair do campo de alcance de Firmo e Erinco. Tudo em sua mente estava confuso, queria sair dali o mais rápido que poderia, quanto mais corria nenhum pensamento sensato lhe passava pela cabeça, era como flechas de imagens, as palavras de Harry e Hermione ficavam mais nítidas a cada segundo, a suposta traição de Keichi, nem Ann sabia se era verdade ou não, não queria acreditar que Draco era um Comensal da Morte e poderia está ajudando-os em algo perigoso, não queria acreditar nessa hipótese que parecia ser a única verdade. Estava tão entorpecida em seus pensamentos que bateu em algo macio e caiu para trás no chão.
- Olá minha cara. – Ann arregalou os olhos e a visão de um homem extremamente grande a sua frente fez com que perdesse a sensibilidade das pernas.
- Parece que sua lealdade não está tão afiada. O que andou fazendo Draco Malfoy? – Chanbers ergueu a varinha e tocou a porta dela na marca negra do braço esquerdo de Draco. Gritando por ter algo que parecia queimar de forma alucinante, perdeu os sentidos por alguns segundos, todos a sua volta falavam algo e no qual ele não conseguia ouvir, parecia tudo em câmera lenta, foi quando uma visão lhe fez retornar tão rápido a realidade que uma forte dor de cabeça se instalou martelando seu cérebro: Firmo, segurava alguém pelos cabelos, se arrastando. Erinco batia as mãos de forma animada, revirando os olhos de forma alucinante.
- Olha só a carne fresca que acabei de achar! – disse Firmo arrevesando alguém a sua frente ainda segurando os cabelos fortemente, parecia que naquela hora, Draco tinha engolido algo bastante pesado para ter a sensação de que seu estomago tinha atravessado o chão. Chanbers jogou Draco para o lado, este estava ficou ofegante ficou deitado no chão sem forças para se levantar.
- Solte-a. – ordenou Lestrange. Firmo a olhou interrogativo, mas não obedeceu. – eu mandei soltar.
- Não! – disse Firmo com raiva. – Eu a achei!
- Ela merece punição por estar nos escutando! – dizia animado Erinco. – Ela deve morrer... – cantarolou encarnado Ann nos olhos, que está devolveu com um olhar de desprezo e raiva, Erinco pulou para trás e guinchou, arregalando os olhos como se estivesse vendo a garota agora. – Ela... ela...
- Ela quem? – perguntou Misa.
- Começou... – murmurou Edward se agachando para olhar Draco. – Me desculpe se ela era a sua amiga, mas ela tem que morrer, conhece as regras. – falou em voz baixa para Draco, que este arregalou os olhos. – Você vai retomar os sentidos em alguns instantes, até lá ela já deve está morta. Não se preocupe, cuidaremos do corpo em seguida. – se levantou, mas antes que desse um paço algo prendia a sua capa. Edward olhou para baixo, a mão de Draco o segurava.
- É ELA!!! – gritou desesperado Erinco correndo para as costas de Bella que sacou a varia e apontou ameaçadoramente para este que pulou para as costas de Misa.
- Deixem os dois. – se pronunciou Chanbers olhando para Ann. – Vamos embora.
- Não vou deixar ela aqui! – rosnou Firmo.
- Você vai ter que deixar. – falou Chanbers de modo intimidador para Firmo que este, largou Ann no chão. – Vamos.
- Por que vai deixá-la? Não pode deixá-la viva! – disse Bella irritada. – Ainda não sei de que lado você está. – disse num tom desafiador. Chanbers apenas a encarou ao falar:
- Está ficando tarde, eles precisão voltar. – contrariados pela decisão estranha de Chanbers, eles entraram na floresta deixando um silêncio denso para trás. Ann se encolhia perto de uma árvore, o que mais poderia fazer era apenas tremer, não tinha um único sentimentos que pudesse ter certeza de que estava sentindo naquele momento. Suas expressões de olhar nos olhos daquelas pessoas era estranha, normalmente teria caído no choro sem fim, implorando para viver, mas ficou calada. Era como se algo a controlasse. Se sentiu suja, uma inútil, um verme desprezível.

Draco começou a sentir os sentidos retomarem seu corpo, já sabia que poderia se mexer, mas parecia que ele estava debaixo de uma grande pedra da qual não pudesse se mexer. Virou para o lado, se sentando com dificuldade, Ann o olhou por um momento e viu o braço esquerdo de Draco descoberto, bem nítida, muito bem visível. Estava ali à caveira com uma cobra saindo da boca, a marca negra, tatuada no braço. Um reboliço tomou conta de seu estomago e ela desviou o olhar para a mata a frente. Draco se sentou e deixou as costas apoiada árvore, abaixando a manga da veste com violência e displicência, pelo canto do olho esquerdo poderia ver Ann, sentada com as costas apoiada na árvore, encolhida. Por um longo tempo, os dois ficaram assim, sem proferir uma palavra. Somente o ruído do vento era possível se ouvir, o céu estava escurecendo, e o lugar da floresta estava ganhando as sombras da noite, a única iluminação presente era dos grandes postes nas ruas de baixo de Hogsmeade. Draco se levantou, sacou a varinha e lançou um feitiço para a garrafa de modo que ela coubesse em seu bolso, caminhou até Ann.
- Vamos. – disse sério sem olhá-la estendendo a mão. Ann o olhou com um olhar desprezível ao se levantar recusando a mão estendida de Draco.
- Não preciso de sua ajuda.
- Agora vai começar! – brigou ele chateado.
- Eu não quero discutir com você. – disse ela num tom calmo numa voz tremula. Draco apenas deu um suspiro longo, enquanto Ann caminhava sem nem ao menos olhá-lo uma única vez. Ann não quis ficar e discutir, “O que tinha a falar?” Pensou ela andando a passos devagar, se pudesse fazer desses passos uma corrida contra o tempo, talvez se sentisse melhor mais pra frente. “O que posso pensar?” Se nem ao menos poderia parar para escutar o que ele tinha a dizer, o que poderia pensar ou falar? Sentia como se tivesse algo dentro de si preste a explodir e ao chegar a Hogwarts, ela desabou em lágrimas no primeiro corredor silencioso que encontrou, e ali ficou agachada, abraçada aos próprios joelhos, no escuro.

O que você faria se meu coração fosse rasgado em dois?
Mais do que palavras para mostrar que você sente
Que seu amor por mim é verdadeiro
O que você diria se eu afastasse para longe aquelas palavras?
Então você não poderia criar coisas novas
Simplesmente dizendo "eu amo você"

Mais do que palavras...

Outra pétala de flor cai
Porque eu não tenho poder de parar o vento
Ela flutua para o lado contrário de onde você se debulha em lágrimas
Como o meu único presente de despedida
Ficará tudo bem se você esquecer a promessa que fizemos aquele dia


Draco não sabia o que se passava na mente de Ann naquele momento, a situação em que se encontrava era grave, e ao menos pensar que ela poderá delatar seu envolvimento com Comensais da Morte a Dumbledore era algo que ele pensava a cada instante. A noite passou em claro para ele, e ver a luz do sol entrando de forma tímida pela janela do quarto o dividia em uma encruzilhada se nesse dia ele poderia se sentir bem ou se sentir mal, seja o que fosse, teria que cumprir o que tinha que fazer antes que a verdade fosse à boca de Dumbledore. Não agüentando mais ficar dentro daquele quarto, resolver sair, os corredores pareciam mais longos e vastos quando se não tinha a aglomeração andando atarefada para todos os lados, era mais calmo e mais fácil de pensar ou até mesmo, enlouquecer se estivesse numa dúvida que lhe custasse a vida. Nervoso, desceu as escadarias e encontrou alguns alunos presentes, estranhou um pouco por tão cedo já ter pessoas no Salão Principal e encontrou um Tom sentado na mesa da Sonserina com o Profeta Diário aberto, Draco respirou fundo e quanto mais chegava perto da mesa, mais ficava nítida a visão de uma grande fotografia em preto e branco de uma manchete em destaque: COMENSAIS DA MORTE VISTOS EM HOGSMEADE. Abaixo uma foto amadora e embaçada mostrava três comensais da morte entrando na floresta, Draco espremeu os olhos para a fotografia enquanto andava de modo normal e para o seu alivio, ele não estava nela, ou ao menos nenhuma menção de seu nome. Sentou-se como sempre fazia e tentou estar o mais normal possível.
- Draco? – exclamou o amigo ao fechar o Profeta Diário e o colocou de lado. – Caiu da cama?
- Mais ou menos. – respondeu de modo cansado.
- Eh... sua cara não é das boas. – suspirou Tom cansando retomando em mãos o Profeta Diário.
- O que tem aí? – perguntou de modo despreocupado.
- O mesmo de sempre, você sabe. Comensais da Morte por todo o lado. Já perdi as contas de quantas vezes eles foram vistos em Hogsmeade.
- É? – disse em tom sarcástico pegando umas torradas e dando uma mordida em uma.
- O estranho é que um senhor idoso disse que viu dois jovens na companhia de um grupo de Comensais e eram de Hogwarts. – Draco engasgou. Algumas pessoas olharam. – Você ta bem cara! – exclamou Tom.
- Sim. – respondeu olhando para o Profeta Diário. Pigarreou. – O que o velho disse? – tentou volta a conversa de forma normal.
- Ahh... sabe... disseram que ele era um velho caduco, ele brigou, claro, mas não acreditaram nele. Disseram que os Alunos de Hogwarts alguns poderiam ter contatos com Comensais – disse olhando para Draco. – Mas que não fariam tal coisa e muito menos naquele momento, enquanto tem alunos de outras escolas em Hogwarts. – Draco nem terminou de comer e se levantou. – Aonde vai? Temos que nos reunir, os Duelos começaram amanhã à tarde.
- Eu sei, tenho que resolver uma coisa. – Ao chegar num corredor colocou as mãos nos cabelos de forma desesperada, se deixou deslizar pela parede fria até o chão, era cedo então não tinha com o que se preocupar em ser encontrado ali, sentado. – To mais perdido do que cego em tiroteio. – disse a si mesmo num tom de graça e preocupação.
- Não precisa ficar desse jeito. – disse uma voz perto dele. – Ela não contou nada. – Draco levantou rapidamente a cabeça.
- Pansy? – exclamou.
- Por que toda vez que você me encontra agora é assim: “Pansy?!”, não tem um modo mais gentil de dizer meu nome? – falou ela irritada.
- Como você sabe que ela não contou? – perguntou direto.
- Por que ela é uma idiota. – respondeu com grosseria.
- Você armou pra mim não foi Pany?
- Eu? Draco é verdade que eu quero muito você – ela deu ênfase a muito. – Mas não chegaria ao ponto de fazer besteiras por você.
- Eu não acredito nisso. – disse sério encarando Pansy.
- Acredite no que você quiser. – disse dando as costas e seguindo para o fim do corredor, em seguida parou e olhou para Draco que ainda a observava. – Se continuar assim, vão desconfiar dos tais dois jovens que o velho disse que viu. Acho melhor você manter a calma, você não me parece o mesmo de sempre. – calou-se e saiu andando com extrema elegância. Draco fitou a parede a sua frente.
- Eu já nem sei mais quem eu sou. – disse a si mesmo ao se levantar. Respirou fundo e voltou para o Salão, era inacreditável como aquilo enchia em poucos minutos, tentou não pensar no assunto de Hogsmeade, e achou melhor pensar nos duelos que começaria à tarde, era o que mais estava se falando no momento. Ao chegar à mesa da Sonserina, sentou-se mais uma vez ao lado de Tom e com displicência e arrogância despachou os caprichos de uma sonseriana fanática que queria se sentar ao seu lado.



- Bom, vamos nós – disse Harry cansado fechando a porta atrás de si. – O que descobriram?
- Bom pelo o que sei a lembrança está em pedaços, mas eu andei procurando em livros e achei sobre algo chamado Linlipse. “É uma espécie de arquivo onde se guarda no máximo cinco lembranças seja ela de uma pessoa ou não. As Linlipses são raras, a maioria delas era usada em épocas antigas, para facilitar as lembranças dos Bruxos daquela época, eles usavam para liberar a mente, e guardá-las juntas. Para liberar uma Linlipse é preciso usar um feitiço básico e simples como: Liberium. Para que libere as lembranças que estão trancadas. Liberadas, é preciso que rapidamente divide-as e guarde-as separadamente num período de trinta minutos, liberadas e o processo de separação não for feito a Linlipse juntara as lembranças novamente e as trancará e um processo de destruição será ativado”. – Leu ela no livrou que trouxera, em seguida levantou a cabeça com ar de inteligência e superioridade, como se estivesse num falso seminário. Draco apenas fazia cara de tédio examinando o pergaminho do duelo e Harry folheava um livro que pegará da prateleira. – Vocês estão me ouvindo? – disse com raiva encarando os dois.
- Estamos. – responderam em uníssono. Hermione fechou a cara, pegou o livro da mão de Harry com ferocidade e fez o mesmo com Draco, este fez uma careta de quem engoliu algo com gosto ruim.
- Hei! – exclamou ele. – eu estava lendo sobre os duelos.
- Não me interessa os benditos duelos que estão a caminho, já estou bastante estressada só de pensar que eles começaram amanhã! – respondeu ela irritada batendo o pergaminho na mesa. – E você, senhor Potter? – rosnou batendo o livro perto do garoto que deu um pulo. – Você escutou o que eu disse sobre as Linlinpses?
- Sobre o quê? – fizeram os dois franzindo o cenho. Hermione bateu a mão na testa.
- Daí-me paciência, Merlin. – murmurou ela. Ela foi até a penseira, despegou o conteúdo da lembrança, sacou a varinha e em voz alta: – Liberium!
As lembranças subiram em espirais prateadas, e rodopiando em círculos graciosos, e em seguida mergulharam novamente dentro da penseira. Hermione rapidamente pegou a mochila e retirou pequenos fracos de vidro. Com a varinha, ela foi tirando uma por uma e colocando em seus fracos. Com ar de quem fez um bom trabalho e estava satisfeita, bateu com cuidado em três frascos iguais na frente de Draco e Harry.
- O que você fez? – perguntou Harry atônito olhando os frascos.
- Se escutasse, saberia. – respondeu ela com grosseria. – E uma delas é uma Otrads. – falou em voz baixa para si mesma. Vamos. Está tarde e precisamos nos preparar para esses benditos duelos e descobri o resto dessa lembrança. – Hermione guardou tudo com cuidado. Harry a esperava e Draco saiu da sala do diretor a caminho da sala de Monitoria Chefe.

O vento frio e violento batia nas vidraças da sala comunal da Grifinória de forma assustadora uivava como um cão ferino para a lua. Ann mantinha os olhos abertos, deitada em sua cama, enquanto o restando estavam num sono profundo. Ela se levantou com cuidado, pegou uma vela e saiu do quarto, descendo as escadas se deparou com a sala comunal a meia luz da lareira que ainda estava acesa, vazia. Depositou a vela em cima de uma mesa próxima, retirou do bolso das vestes o frasco que Vivian havia lhe dado, olhou para as línguas de fogo na lareira por uns instantes de uma forma indiferente, e jogou o frasco lá. Um zunido baixo de uma chaleira apitando saiu da lareira, Ann ficou de frente para ela a observar as línguas de fogos tomarem formas estranhas de pessoas numa certa distancia. O zumbido cessou, em seguida o fogo ficou alto mostrando imagens silenciosas de pessoas apressadas e expressões desconfiadas e cautelosas.
- Mostre-me a lembrança do dono. – disse Ann numa voz grave e fria. O fogo foi tomando as formas das pessoas que queria mostrar como se estas estivessem presentes, foi quando uma língua de fogo se transformou num Draco Malfoy, com expressões arrogantes e intimidadoras, estava diante de uma garota de cabelos cacheados longos que Ann reconheceu no mesmo instante como Vivian Schneider, na imagem silenciosa o fogo projetou as palavras escritas no chão do que eles disseram, queimando o chão bruto. “Você sabe o que fazer, vá e terá sua recompensa”. “Faz muito tempo que você não vem até mim, o que houve?” “Não tenho tempo para lhe dar explicações”. “Está bem, eu faço o que você pedir, mas eu quero algo em troca”. “Não tenho nada que lhe dar em troca”. “Ah não me faça esse jogo! Você sabe o que é e você brinca com todas e já faz um bom tempo que nós não brincamos”. “Depois eu lhe pago, agora vá! E não deixe aquele idiota do Sato descobrir”. “Não acredito que você trocou um monte de garotas pela idiota da Theron”. “É só uma sangue-ruim, se faz de vitima como o Potter por que não tem mãe”.
Ann bateu a mão num copo com água em cima da mesa fazendo que este caísse sobre as palavras que estavam sendo escritas no chão com línguas de fogo.
- Isso é nojento demais. – murmurou ela olhando para a imagem que se movia a sua frente – Já basta. – disse ao desviar os olhos da imagem, o fogo foi recuando como se fosse o mar que recuar quando avança na areia, queimando fraco. Ann se mostrava indiferente naquele momento, e distante de qualquer sentimento sereno que pudesse passar nela. Um ruído na escada a fez despertar de seus pensamentos, ela sacou a varinha. – Aguamenti. – para apagar o fogo, a sala ficou somente iluminada pela luz que entrava pelas grandes janelas.
- Ann, o que esta fazendo? – perguntou uma Hermione segurando uma vela a sua frente e exibia uma face de curiosidade e preocupação.
- Nada. – respondeu seca. – Não estava com sono, mas eu já estou indo. – pegou a vela e passou por Hermione sem olhá-la. – Boa Noite, Hermione. – Hermione ficou parada olhando Ann subir as escadas lentamente, em seguida virou-se para a lareira e olhou o frasco quebrado e queimado.
- Quem lhe deu esta Otrads? – perguntou fazendo Ann parar no meio da escada.
- É uma lembrança de Vivian Schneider. – respondeu ainda de costas.
- Sabe que são perigosas e proibidas. – disse em tom de autoridade.
- Mas é o meio mais confiável de usar sem que seja alterada. – disse no mesmo tom ao subir as escadas. Hermione ficou encarando a lareira se agachou e pegou com cuidado o frasco.
- Seja o que for, não fez bem pra Ann. – disse ao jogar o frasco novamente. Ficou para ainda agachada. Levantou-se de um salto com um rosto de euforia, correu para o quarto, entrou com cuidado e viu que Ann já estava deitada, pegou a mochila e saiu em seguida. - Lacarnum Inflamare. – disse ao sacar a varinha para a lareira. – Vamos ver o que está Otrads pode me mostrar. – falou com um ar de sabedoria jogando o frasco no fogo alto. Hermione deu uma distancia para as línguas de fogo tomasse as formas de pessoas. – Mostre-me as lembranças do dono. – falou em alto e bom som. As línguas de fogo se tornaram na forma de uma senhora, ela segurava um livro de capa negra esfarrapada e colocava com todo o cuidado numa grande estante de livros numa grade sala com estantes a perder de livros. Hermione se aproximou da imagem para olhar bem o que ela guardava.
- Um livro negro? – se perguntou. A mulher o guardava com cuidado e tinha no rosto uma expressão triste, por uma fração de segundos Hermione ficou a fitar o livro, em seguida levou a mão à boca. – É Hogwarts! – exclamou ao olhar bem a sala com grandes estantes de livros. – É a biblioteca de Hogwarts! – ofegante ao olhar bem a imagem, ela se desfez sem o mandado daquele que a presenciava. – Pelo visto é só isso mesmo. – disse para si mesma. – Aguamenti. – apagou o fogo, em seguida subiu as escadas do dormitório dos garotos.
O quarto não tão silencioso, Hermione conseguiu achar Harry por causa dos roncos de Rony.
- Harry... – sussurrou Hermione, este continuava a dormir. – Harry – chamou mais uma vez. – Harry! – chamou mais alto. Rony deu um ronco assustador e se virou para o outro lado.
- O quê!? O que foi? – disse assustado Harry ao se levantar e tatear pelos óculos no criado mudo ao lado. – Hermione?! – exclamou ele. Ela fez menção para ele falar baixo.
- Eu acabei de ver uma das lembranças que retiramos hoje a biblioteca de Hogwarts, precisamos contar ao professor Dumbledore sobre isso.
- Mas numa hora dessas?
- Anda Harry, é muito grave! Ele disse “O mínimo detalhe que seja, por favor, venham me contar” – disse ela arrancando o garoto da cama. Eles desceram as escadarias do dormitório para a sala comunal, Hermione passou pelo buraco do Retrato. – Vem Harry. – disse ela o apressando.
- Calma! – reclamou ele. – Filch pode acha que estamos fazendo algo ruim.
- Ele não pode fazer nada com a gente, estamos indo a Dumbledore, mesmo. Vamos, ainda temos que passar na sala de Monitoria Chefe.
- Pra que? – perguntou Harry surpreso e ligeiramente irritado.
- Eu notei, que ele quer descobrir sobre isso muito mais que nós, não é justo ele ficar de fora do assunto se foi ele quem nos forneceu as lembranças. – Harry apenas entortou a boca e não falou nada. – E tenho uma ligeira impressão de que já vi esse livro em algum lugar. – disse pensativa.
- Livro? – perguntou. Hermione apenas fez com que ele ficasse calado ao bater na porta da sala de Monitoria Chefe. Draco abriu a porta, ainda estava com as vestes do uniforme.
- O que querem? – perguntou num tom arrogante.
- Descobrir que a biblioteca de Hogwarts...
- Não me interessa a biblioteca de Hogwarts. – disse ao interromper Hermione e quase fechando a porta.
- Dá pra esperar! – brigou ela empurrando a porta.
- Malfoy, apenas escute. Você tem um motivo para descobrir o que está acontecendo com a Ann, Hermione descobriu que uma senhora guardava um livro na biblioteca de Hogwarts nas lembranças, talvez este segredo esteja bem debaixo dos nossos, narizes. – Draco ficou encarando Harry, Hermione olhou de um para o outro.
- Temos que ver Dumbledore agora mesmo. – disse ao fazer com que os dois parassem de se fuzilar com os olhos. Os três caminharam a passos apreensivos e desleixados até o escritório de Dumbledore. A porta se abriu antes mesmo que eles anunciassem a sua chegada, vozes da sala vizinha entravam alteradas. Dumbledore estava em pé, diante da janela onde o vento uivava.
- Já está muito tarde para vocês ficarem acordados, não acham? – perguntou com um tom de voz sorrateiro.
- Bem... professor... – começou Hermione olhando para Harry pedindo apoio com os olhos. – Eu estava na sala comunal da Grifinória e vi uma Otrads, que foi uma das lembranças retiradas da lembrança principal.
- Então havia mais lembranças? O que tinha nela. – perguntou Dumbledore se sentando na cadeira de frente para os garotos, fazendo com eles se sentasse nas cadeiras à frente da mesa.
- Havia uma senhora que guardava um livro com muito cuidado numa estante. E reparei que fica aqui em Hogwarts. – Dumbledore apenas tamborilou os dedos sobre a mesa e encarou Hermione por um momento.
- Você pode me mostrar como esta senhora era? – perguntou.
- Claro. – respondeu com um sorriso satisfeito como se esperasse que o professor lhe perguntasse isso. – Otrads só podem ser vista uma vez, mas você pode fazer com que as imagens que você viu se tornem as suas lembranças fazendo com que elas sejam reproduzidas novamente da maneira como você a viu. – disse ao sacar a varinha e encarnado Harry e Draco com um ar de superioridade, se levantou e andou até o meio da sala. – Refaça – disse ao apontar a varinha para o nada a sua frente. A mesma imagem feita de línguas de fogo que saiu da ponta da varinha de Hermione se reproduziu novamente, uma senhora guardava um livro numa estava com cuidado, e a mesma sala que era a biblioteca de Hogwarts. Draco olhou bem para a senhora.
- Milanet. – murmurou ele, Dumbledore olhou para Draco que este observava a imagem. Em seguida cessou. Hermione guardou a varinha se sentou com um sorriso nos lábios de forma discreta.
- Muito bem, senhorita Granger! – disse Dumbledore com um sorriso. – Você disse Milanet, não? Senhor Malfoy. – disse ao se dirigir a Draco que arqueou as sobrancelhas e encarou Dumbledore surpreso. Dumbledore deu um sorriso acolhedor, em seguida olhou para os outros dois que estava com expressões interrogativas. – Milanet Dorant, da mesma família antiga que os Theron. Mudou de nome depois que se casou, ela se chamava Milanet Theron, uma prima distante de...
- Samantha Theron... – concluiu Draco.
- Exato. – disse Dumbledore. – Ela trabalhou alguns anos aqui em Hogwarts ajudando na biblioteca de Hogwarts, mas ela se dispensou. Ela era uma prima muito distante de Samantha Jardor Theron. Galatéia Merrythought sempre disse que ela era uma boa aluna em Defesa contra as Artes das Trevas. – disse ele saudoso.
- Professor! – chamou Hermione dos pensamentos de Dumbledore. – Eu acho que posso achar o livro que a senhora Milanet estava guardando. – Dumbledore a encarou por um momento.
- Mas Hermione, não sabemos se o livro ainda está lá, além disso, teríamos que procurar em todas as estantes.
- Não... – disse ela pensativa. – Professor, peço permissão para que o senhor deixe-me ir agora até a biblioteca.
- Tem certeza de que pode encontrar esse livro lá? – perguntou Dumbledore.
- Vou fazer o possível, professor.
- Está bem. – disse ele ao se levantar. – Senhora Marseillaise. – disse ao se dirigir a uma senhora que roncava sonoramente em sua bela poltrona de couro branco, ela tinha cabelos cacheados muito brancos enrolados num coquei apertado, suas bochechas rosadas e seus olhos miúdos se escondiam no rosto flácido, suas vestes tinham cores berrantes como vermelho e laranja e vários lenços cheios de graça e babados bordados em volta do pescoço. – Senhora Marseillaise! – chamou mais uma vez o professor em voz alta. A mulher acordou com uma cara mal humorada abrindo os olhos revelando olhos azuis claros tentando manter em foco quem lhe chamava.
- Ora... – disse ela com um tom de arrogância. – Professor Dumbledore, não vê que estava no meio do ciclo do sono?
- Eu sei, eu sei, mas é para uma coisa importante. E espero que me perdoe. – se desculpou Dumbledore. – Quero que acompanhe a senhorita Granger até a biblioteca, por favor, a senhora tem vários quadros espalhados até dentro da biblioteca.
- Está bem. – disse ela olhando de cima a baixo Hermione com um olhar rancoroso. – Vamos. – Hermione olhou para Harry como se disse: “Acho que não foi uma boa idéia”. Harry apenas deu os ombros.
- Senhorita Granger, aqui está à chave. – disse professor Dumbledore lhe entregando uma chave pequena e enferrujada.
Hermione saiu pelos corredores com sua varinha enfeitiçada no Lumus, sendo seguida pela mulher no quadro que fazia um estardalhaço quando passava. Hermione, porém rolava os olhos todas as vezes que uma pessoa no quadro brigara com ela para abaixar a luz. Abriu a porta da Biblioteca, ao chegar, foi recebida por um ar frio e cheiro de mofo, ela levantou a varinha sem esperar pela mulher saiu à procura do livro.
- Deve está por aqui. – murmurou para si mesma.
- Quanto tempo isso vai demorar? Estou cansada! – reclamava a mulher do quadro. – Você sabe onde ele está? Ou qual o titulo?
- Não sei o titulo e também não sei onde está! – respondeu Hermione seca. A mulher abriu a boca horrorizada.
- Vamos demorar um século aqui! – Hermione se virou para a mulher do quadro.
- Dá pra senhora calar essa boca? Estou tentando me concentrar. Já vi esse livro por estás prateleiras. – respondeu irritada se voltando para as prateleiras. Hermione foi até a mesa onde estava no dia em que foi ajudar Gina nos estudos dos N.O.N.s – Deve está por aqui. Não pode ser outro! – murmurou mais uma vez. Ao pisar para o lado esquerdo, Hermione escorregou e se segurou na prateleira, um livro caiu em cima de seu pé. Ao se abaixar com a varinha acesa, um liquido musgo verde estava ao pé da prateleira em pequena quantidade. Hermione levou as pontas dos dedos até o liquido verde musgo, esfregou os dedos um no outro e o levou até o nariz.
- O que está fazendo? – perguntou a mulher do quadro curiosa.
- Polissuco? – sussurrou ela estreitando as sobrancelhas. Pegou o livro do chão e o folheou, pensou talvez estivesse errada, mas não custava tentar. – Aqui está. – disse ao achar a página. – Feitiço de Satesf Soa. Vamos embora, já achei o livro.
Dumbledore havia saído da sala, Harry estava folheando um livro em cima de uma mesa de vidro de pernas bambas e Drado revirando uns livros numa estante.
Hermione entra na sala, segurando um livro apertado entre si, olhava para Harry com olhar de esgoelar e o chamava a um canto com a cabeça. Harry olhou para Draco, que este estava de costas, revirando livros da biblioteca da sala do diretor.
- O que foi? – perguntou Harry num sussurro impaciente. Hermione olhou para Draco mais uma vez verificando se ele não estava ouvindo. Draco, porém tomou todo o cuidado para escutar os sussurros dos dois, fingindo esta folheando alguns livros interessantes.
- Quando estava na biblioteca achei um liquido estranho no chão, perto das prateleiras. – disse ela em tom de detetive.
- E que liquido era? – quis saber Harry.
- Poção Polissuco. – disse diretamente. Harry a olhou com um olhar preocupado e assustado. Draco derrubou um livro sem querer. Harry e Hermione o olharam rapidamente, em seguida se olharam. – Harry! Tem alguém se fazendo passar por outra pessoa. Não conhecemos esses homens do Ministério.
- Estou começando a detestar essa poção. – disse por fim Harry. Hermione colocou o livro que havia achado na biblioteca central de Hogwarts em cima da mesa Harry se encaminhou e Draco se juntou a eles.
- É esse o livro? – perguntou Draco displicente.
- É. – respondeu Hermione seca. Draco pegou o livro com arrogância e ao fizer isso algo caiu do livro fazendo um baque surdo no chão. Os garotos se afastaram para ver.
- Mas o quê...? – fez Harry.
- Outro livro? – fez Hermione. Draco se abaixou e o tomou em mãos, era pesado, e suas folhas estavam amareladas e sujas, como um livro caseiro, encadernado a laços de couros costurando as folhas. Todas as folhas estavam preenchidas numa língua diferente e no final do livro tinha o nome de Satesf Soa.
- É como um diário. Só que está numa linguagem diferente?
- Diferente? – fez Harry.
- É como se fosse um diário. – disse Hermione folheou as páginas finas. – Temos que ter cuidado ao manuseá-lo, está muito velho e suas páginas estão desgastadas.
- Deve ter anos de história isso. – comentou Draco. Harry pegou o livro negro onde estava embutido o diário.
- Hermione. – chamou ele ao pegar o livro. – Mas este não é o livro que vimos na biblioteca outro dia?
- Sim, acho que foi só uma intuição minha, mas... se prestar atenção esse livro era o mesmo que a senhora da imagem estava guardando, mas.. – parou ela pensativa. – Acho que ela não estava escondendo o livro e sim o diário.
- Como vamos desvendar essa língua? Nem sabemos se existe!
- A língua de Moinho Vermelho. – disse Dumbledore ao entrar na sala.
- A linguagem dele? Mas quem é esse? – perguntou Harry.
- Moinho Vermelho? – fez Draco. Hermione tomou em mãos o livro que Harry segurava, passou as folhas rapidamente.
- Feitiço Satesf Soa: feitiço proibido. Só pode ser feito por um bruxo muito poderoso e com extrema energia para convocar a alma da pessoa morta desejada. É feito durante a lua negra que acontece a cada trezentos anos, esse feitiço também invoca um poderoso demônio das trevas, conhecido como... – Leu Hermione. – Mas não diz o resto.
-... Moinho Vermelho, demônio da lua negra que assombra a Era bruxa há muitos anos, não se sabe nem quando começou, mas de acordou com esse diário, Satesf Soa o escreveu quando estava possuído pelo demônio.
- Isso existe? – perguntou Draco com um tom de assombro na voz.
- Nada nesse mundo é impossível, senhor Malfoy. – comentou Dumbledore com um fio irônico nos lábios. O diretor se em caminhou até a sua mesa de escritório, sentou-se e encarou os olhares curiosos dos três a sua frente. – No ano de 1945, mais ou menos isso, eu derrotei o bruxo das trevas Grindelwald. Muitos bruxos tentaram, mas ninguém sabia explicar que força maligna ele tinha. E foi quando duelamos que ele me contou sobre esse demônio, antes disso muitos duvidavam de sua tal existência, mas ele confirmou e vi com meus próprios olhos. – Dumbledore olhou para a janela como se estivesse em transe de lembranças e um fio de horror passou por seus olhos. Me espantei ao ver a senhorita Theron pela primeira vez há uns três anos atrás. Fique estupefato com sua aparência.
- Por que ela se parece muito com uma moça chamada Samantha Theron. – disse Harry.
- Exatamente. – confirmou Dumbledore. – Pessoas iguais é até comum hoje em dias, o que me dizem dos gêmeos não é mesmo, temos o irmãos Weasley. – disse sorrindo. – Existem casos de pessoas bastante parecidas, mesmo que não sejam da mesma família, mas... – ele parou. – a senhorita Theron é algo muito raro. – ele ficou em silêncio. Hermione segurou o livro em suas mãos e o releu novamente.
- O senhor... – começou ela. – Não quer dizer que alguém fez esse feitiço, fez? – Hermione perguntou temendo uma resposta. Dumbledore apenas ficou calado olhando para a expressão aflita desta.
- Sim, senhoria Granger, sim. – respondeu sombrio.
- Então... quando ela nos atacou na flores, é possível que ela... – disse Draco enfraquecendo a voz. Dumbledore descansou as mãos na testa por alguns momentos, os três garotos nunca o viram neste estado anos.
- Quando eu soube que Annabela Theron viria a Hogwarts eu precisava de alguém que ficasse o tempo todo com ela a fim de que nada acontecesse, para que protegesse não somente a ela como os outros alunos. – Draco ficou pensativo e lembrou de algo no começo do ano, “Como detenção, Sra Theron está sob responsabilidade absoluta do senhor Malfoy”.
- Mas... o senhor quer dizer que Ann não sabe? – espantou-se Hermione levando a mão à boca.
- Há três anos houve um incidente no qual... – disse meio segundo antes de uma professora Minerva McGonagall, invadir a sala com uma expressão irritada de impaciência e vozes alteradas e altas vindas do escritório do diretor.
- Professor Dumbledore. – chamou ela com sua voz arrastada. – Olímpia Máxime está fazendo um escândalo com a decisão de Rufus Schuenemann teve sobre o duelo de Prata...
- Eu me recuso! – gritava Olímpia do escritório com seu costumeiro sotaque francês. Dumbledore apenas deu um suspiro. – Isso é um absurdo.
- Ela está dando um escândalo. Deseja vê-lo imediatamente! – disse McGonagall irritada.
- Mas mesmo que eu entre naquela sala não poderei fazer nada, a decisão não cabe a mim e sim a Rufus Schuenemann e Rufo Scrimgeour. – disse Dumbledore, ficou pensativo por um momento e se virou para os garotos com uma expressão engraçada no rosto. – Curioso. Os dois têm quase o mesmo nome. – sorriu.
- Professor Dumbledore! – chamou McGonagall.
- Bom, eu tenho que ir resolver algumas pendências. – disse ao sair da sala com McGonagall nos calcanhares. Ficou um silencio modorrento dentro da sala na qual, os garotos ficaram encarando o diário por uns instantes.
- Err... – começou Hermione. – Acho que...
- Preciso fazer algumas coisas, depois continuamos. – sugeriu Draco rápido.
- Sim. – concordou Harry ainda encarando o diário. – Vamos deixar pra depois. – Mas os gritos de Olímpia entravam pela sala. – Eu acho que ela esqueceu de que horas são. –comentou em tédio. Hermione sorriu.
- Eu me recuso! O senhor é louco? – esbravejava Olímpia contra Rufus Schuenemann que a olhava com um olhar de reprovação.
- Louco? – rosnou ele batendo no chão a bengala. Robert Koehler e Miranda Caspar tentavam acalma-lo. Um homem alto de vestes negras estava presente entre eles, mas este permanecia calado.
- Louco sim, em que século acha que vivemos? Não vou expor meus alunos a está barbaridade! – brigará ela.
- Barbaridade? Quero que retire a sua escola imediatamente do Duelo de Prata! – berrou o velho sendo segurado.
- Não posso fazer?! – gritou Olímpia aos berros.
- Senhores, senhores, por favor, acalmem-se! – disse Dumbledore indo para a sala que ficavam ao lado de seu escritório. – Me digam qual o motivo dessa discórdia? – olhando para os presentes. – Senhora Olímpia. – Olímpia olhou para o velho Rufus com um olhar severo e arrogante depois se dirigiu a Dumbledore:
- Rufus Schuenemann, elegeu uma etapa de duelos dentro da floresta proibida e eu me recurso à aceita-la.
- Professora McGonagall, chama a Professora Trelawney e a Professora Sprout. – disse Dumbledore folheando um livro que estava em cima da escrivaninha.
- Sim senhor. – disse ao se retirar.
- Professora Olímpia. – chamou Dumbledore. – Creio que eu não tenha nenhum poder para recusar qualquer decisão do senhor Schuenemann.
- Mas... mas isso não pode! Não posso aceitar. Estamos vivendo numa época difícil fazer com que nossos alunos passem por...
- Você tocou na ferida, Olímpia. – disse Rufus sorrateiro. – Estamos vivendo numa época difícil! Precisamos ensinar a estes meninos o que os pais deles irão enfrentar daqui pra frente o que eles irão. Você-sabe-quem não vai pular numa arena ou esperar quem vai ser o próximo a ser decepado!
- Acha que eles podem enfrentar Você-Sabe-Quem? Acha que ele pode poupar a vida dessas pobres crianças? – perguntou Olímpia com uma voz tremula e nervosa.
- É exatamente isso que quero dizer! Será que a senhora não entende! Você-Sabe-Quem não irá poupá-los de uma morte terrível. Esse duelo irá testar as habilidades que eles têm em enfrentar as situações arriscadas fora de uma arena normal!
- Professor. – disse McGonagall ao chegar com Trelawney e Sprout.
- Certo. – suspirou Dumbledore. – Professora Trelawney e Professora Sprout, vocês já estão cientes de que são responsáveis, cada uma, por metade das equipes de Hogwarts. As chamei aqui para colocar a par das decisões de Rufus Schuenemann.
- Sim, Professor, McGonagall já nos informou da etapa na floresta. – disse Trelawney em seu ar místico.
- Creio, mais uma vez avisar, de que não tenho o poder para negar as decisões de Rufus Schuenemann, e é por isso que o senhor James Milan está conosco. – disse ao olhar para o homem alto e calado entre eles. – Ele é um dos Aurores mais bem respeitados do Ministério e organizador oficial do Duelo de Prata. Por isso Professora Máxime, não há o que temer, há outros Aurores presentes neste duelo sob as ordens de James Milan. Além do mais, um dos melhores alunos em duelos e o mais famoso dentre eles está na sua escola. – todos olharam para Olímpia esperando por mais um ataque, ela olhou desconcertada para Dumbledore e mexendo nervosamente as mãos, pigarreou:
- Bom... – olhou para James Milan.
- Então não tem mais o que discutir. – disse Trelawney em tédio arrumando os vários lenços em volta o pescoço. Olímpia a olhou com um olhar de reprovação, suas palavras a haviam destratado como se o escândalo de Olímpia não desse em nada. Olímpia abriu e fechou a boca várias vezes para revidar, mas não proferiu uma única palavra, o assunto morreu ali mesmo.
- Parece que teremos uma disputa na floresta. – comentou Harry olhando pela brecha da porta.
- Com medo, Potter? – perguntou Draco sorrateiro. Harry e encarou.
- Esperem! Esperem! – disse Hermione nervosamente se pondo entre eles. – Vamos embora e depois voltamos ao nosso assunto sobre as lembranças, está bem? Por tanto, fiquem vivos até lá, depois vocês podem se matar nos duelos que juro que não irei impedir! – Draco deu uma última olhada no diário e saiu da sala. Passou por olhares acusadores dos professores a passos largos e rápidos. Desceu os corredores passando por um corredor silencioso e hostil, passou por mais alguns corredores e chegou à sala comunal da Sonserina.
- Draco? – perguntou um garoto que se assustou ao vê-lo ali. Um grupo pequeno de cinco pessoas, estavam conversando animadas na frente da lareira.
- Draco, mas que surpresa você por aqui! Achei que já tinha esquecido da gente! – disse Zabinir ao ir de encontrou a Draco.
- Já está tarde não acham? Onde está Crabbe e Goyle? – perguntou ele tirando Zabinir da frente com um gesto.
- Estão lá em cima. Ô cara! O que foi? – perguntou Zabinir. Draco subiu as escadas sem escutar o que ele tinha a dizer. Abriu a porta do seu antigo quarto e encontrou Crabbe e Goyle sentados numa mesa ao lado de Tom com os pergaminhos dos duelos abertos.
- Tom, sai. – disse Draco.
- Draco, você por aqui! – disse Tom animado.
- Sai. – repetiu Draco mais uma vez.
- O que foi? Não posso ficar na conversa animada? – disse ele com sarcasmo.
- Não. – disse Draco sonoramente.
- Ta, ta bom! – disse Tom com raiva em seguida saiu. Draco sacou a varinha
- Draco o que vocês está fazendo aqui? – perguntou Pansy ao entrar no quarto. Draco se virou para ela com a varinha a pontada. – O que foi Draco?!
- Pansy, saia! – disse ele apontando a varinha ameaçadoramente. – Não estou de bom humor hoje, logo no começo do ano me vem uma missão arriscada, em seguida me meto em vários problemas com uma novata, depois um idiota acha que eu fui o motivo pelo término do namoro dele com uma outra idiota, o que não é do meu feitio. Minhas tentativas de concluir o que quero são quase zero. Meu segredo foi descoberto por uma Grifinoria e a culpa é toda sua. Estou estressado e motivos para matar alguém, tenho de monte e se você não sair da minha frente, você será a primeira. – Pansy olhou para Crabbe e Goyle, que estes deram os ombros, em seguida saiu dando mais uma olhada em Draco. Draco trancou a porta do quarto a fim de evitar que outros entrassem, em seguida, pegou no pescoço de Goyle e o atirou na parede.
- Draco, o que está fazendo? – gritou Crabbe.
- A sangue ruim da Granger encontrou uma garrafinha quebrada no corredor perto da biblioteca. – disse ele encarando Goyle com a mão em seu pescoço. – Me responda! – rosnou.
- Você... Você... sufocando... – dizia Goyle com os olhos arregalados tentando respirar pela boca aberta.
- É mesmo? – disse Draco com sarcasmo. – Sabe o que tinha dentro da garrafinha quebrada?
- Não... – respondeu Crabbe temendo um ataque furioso de Draco que ainda não soltará Goyle, este já estava ficando roxo.
- Suco de abóbora. – respondeu Draco.
- Heim? – fez Crabbe.
- Não faça “Heim?” Seu idiota. É claro que era Poção Polissuco! – rosnou ele jogando Goyle para o lado que esbarrou na mesa derrubando os pergaminhos.
- Mas Draco, nós não... – dizia Crabbe.
- “Mas Draco, nós não...” – imitou Draco, irritado, a voz de Crabbe. Goyle segurava o pescoço como se ele fosse se separar do corpo.
- Nós não passamos pela biblioteca Draco, só usamos as poções no sétimo andar numa sala vazia como você mandou! – se defendeu Crabbe. Draco o olhou por um momento em seguida olhou para o moribundo Goyle que ainda respirava com dificuldade. Pegou os pergaminhos no chão lembrou da conversa de Harry e Hermione, mais cedo.
- Parece que tem alguém interessante no castelo. – murmurou ele para si próximo com um tom de curiosidade.

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