Down Theater (Terminado) escrita por LuísM


Capítulo 17
Capítulo 17 - O último de todos os atos




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O ÚLTIMO DE TODOS OS ATOS

A Noite desceu ao simples velório.  Triste, morno e melancólico, como todos deveriam ser. Porém, este não havia religioso algum lendo versículos de algum livro pseudo-divino, não havia banda tocando músicas com melodias suaves e tristes. Não havia pessoas vestidas de preto.
Só estavam ali, o garoto, e a filha.
O Senhor das Correntes, era seu apelido. Mas ali na pedra que marcava sua cova, a filha escreveu “Wells”. O nome esquecido há muitos anos prevaleceu no final, pena que foi levado junto com sua vida.
A antiga máscara do guardião foi pendurada junto com a pedra grifada. A máscara branca, sem nenhuma expressão evidente, choraria pela perda de seu senhor? Assim como sua filha chorou por horas a fio, até a caída da noite.
O homem que conhecera, havia caído junto com seu templo. Mors havia tantas perguntas a fazer, e tanta coisa sabia que iria descobrir. O guardião era quem mais poderia lhe ajudar a lutar contra a peça, ele já havia lhe mostrado muito do passado. Mas tudo isso seria o bastante para Mors? O garoto mal conheceu seu aliado e já o viu morrer pela mão de seus próprios amigos.
Antes de todos esses pensamentos egoístas do qual o menino se envergonhou, o homem era pai de sua amada. E era basicamente sua culpa de ele ter falecido. O que Alice jogou em sua cara em vários momentos, em meio a gritos e choros.
Ele havia trazido a morte para os seres daquele mundo, a morte para pessoas tão humanas quanto ele. A fim de realizar um desejo que nunca teve.
Tudo estava perdido agora. Os guardiões já haviam morrido, todos eles. Mors havia sido traído por seus companheiros. E sua amada odiava-o por matar o seu pai.
Que jogo demoníaco Mors havia entrado? Ele jogou com excelência até momentos passados, liderou o jogo, tinha as águas viradas ao seu lado, as cartas em sua mão e a sorte a suas costas. Mas preso no próprio erro, ele caiu, fundo demais, perdeu o jogo, assim fácil como parecia ganhar.
Os olhos novos que este mundo lhe proporcionou lembrou-lhe da cena que havia visto. O último guardião perecer a sua frente, com a lança em seu peito, a única parte que o tornava humano, matou-o. As correntes se quebraram todas, e o senhor e sua máscara caíram. Assim como sua casa, o templo jazia em ruínas.
Após isso Mors se lembra de Caius satisfeito, com o brilho vermelho no olhar, tirar sua lança ensangüentada do corpo sem vida do senhor das correntes. O menino havia virado na direção de Mors enquanto o mesmo dizia “Caius, por quê?! Por que fez isso?”. O seu melhor amigo de expressão nenhuma e olhos vermelhos apenas perguntou “Vem conosco ou permanecerá como traidor?”. O Coro de Alice, chorando ao seu lado não o permitiu pensar por um minuto. E em meio aos gritos de sua amada, Mors respondeu “Eu ficarei na bagunça que fiz”.
Dáhlia insistiu, ao longe que Mors voltasse com eles. Porém Caius a ignorou, e virou a costas para Mors e o templo.
O Portal surgiu, levou todos embora. Caius apenas disse umas últimas palavras antes de deixá-lo “É uma pena. Você era o ator perfeito. Agora você não passa de um erro no roteiro” o loiro disse com toda frieza que existia em seus olhos, deixando Mors ao mundo atrás da cortina.Assim o portal sumiu. Aquelas palavras frias e duras não pareciam com uma despedida, e sim como uma ameaça.
Mors podia desistir de tudo, depois que tanto sangue havia sido derramado em vão. Porém as últimas palavras do senhor das correntes surgia como uma maldição em seu ouvido, uma a qual ele deveria obedecer “Impeça-o, destrua a peça e esse jogo de marionetes”.

As estrelas brilhavam intensamente no céu do mundo atrás da cortina. Mors já havia pedido pra uma das crianças contarem e descrevê-las, em algumas vezes no orfanato à noite. Mas neste mundo, nem se atreveria. Elas enchiam o negro, como feixes brilhantes.
A lua iluminava os destroços da ilha flutuante, aonde uma vez havia um templo. Seus pilares quebrados, correntes, cinzas, e pedras, ficavam ali, refletindo a luz da lua. O vento permanecia suave, passando por cima dos entulhos.
Sentada a um pilar destruído de sua própria casa, uma sentimental e destruída emocionalmente Alice permanecia a olhar pela lua.
Seus cabelos albinos seguiam a movimentação do vento. Seu rosto pálido e suave, manchado de um pouco de sangue de seu pai, quando a mesma tinha corrido para abraçá-lo e pedir para que o mesmo abrisse os olhos.
Mors poderia imaginar a dor que a garota sentia imaginar apenas. Já que nunca sentiu e talvez nunca sentisse, a tudo aquilo que se devia referir se a uma família.
Pouco falou Alice, depois que a mesma chorou e acusou Mors ao túmulo do pai. Isso já fazia horas.
O menino se aproximou, andando dificilmente entre o entulho, correntes quebradas, e até algumas pontas de flechas deixadas por Rune.
Ele fitou a menina, que parecia não ligar mais de ser observada por ele.
- Está com dó de mim Mors? – perguntou ela, a fitar as estrelas. – Meu pai tinha um teto parecido com essa noite – ela disse fria. – Nós brincávamos com os planetas e estrelas às vezes. Perdi muitas noites de sono deste modo. Mas eu gostava muito mais de quando ficávamos aqui fora, observando o verdadeiro espaço escuro, sem brincar ou poder mudar nada, aceitando como ele é.
- Nunca tive esse sentimento. – disse Mors. – Nunca enxerguei nada do céu.
- E não contente, tirou este sentimento de mim também? – disse ela com amargura. – Sem meu pai, nunca mais terei um momento desses novamente, seja uma noite fria ou quente, sejam muitas estrelas no céu ou nenhuma.
Mors se sentiu mal pela acusação. Mas era o mínimo por tudo que fez. Ele deveria ter morrido, não o pobre pai de Alice.
- Desculpe. – ela disse, se fechando. – Não é culpa sua Mors, acho que na verdade é toda minha, ou...
Mors pegou a mão da garota antes que a mesma continuasse a falar.
- Seu pai gostaria que você aproveitasse essa noite. – o menino disse do jeito mais reconfortante que conseguira. – Eu não posso renascer o sentimento, que você sentira. Mas isso é o mínimo que eu posso fazer.
A garota se levantou, estranha à aquela atitude. O menino a puxou-a um pouco perto, enquanto colocava a mão suave da garota em seu ombro. Segurava a cintura da menina som sua mão, e com a outra, segurava a mão restante de Alice.
- O que... O que você está fazendo? – perguntou a garota envergonhada, confusa e nervosa, numa única mistura.
- Desculpe se eu não fizer certo.  – ele disse. – Sou horrível dançando qualquer coisa, mas vou tentar o meu melhor...
- Dançar... Você quer dançar? – ela perguntou vermelha.
- Melhor dançarmos assim, do que com as lâminas... – ele respondeu. – Assim eu posso pelo menos sobreviver...
- Isso se você não pisar nos meus pés. – ela disse rindo. Mors respondeu com um sorriso. A menina continuou. – Você é louco garoto cego, já lhe disse? Dançarmos nas cinzas de minha casa, próximo ao túmulo de meu pai. Eu deveria matá-lo por isso.
- Espere a dança. – ele disse. – Vamos aproveitar a noite ao máximo, você merecesse isso... mesmo que eu não seja um galã bom o sulficiente.
ela riu.
- Talvez não seja o galã perfeito Mors, mas é com quem eu gostaria de dançar.
Com essas palavras de impulso Mors começou. O garoto tremia vermelho de vergonha. Mas algo no fundo de seus frios sentimentos o impulsionaram a começar os primeiros passos. Estes passos amadores, que os fizeram rodear as cinzas com uma valsa desordenada.
Porém, Alice não ligou, acompanhando o pobre dançarino. Os movimentos eram estranhos e simples, porém reconfortantes. Música nenhuma tocava ao não ser o vento.
A lua se refletiu nos rostos dos dois jovens, como um holofote na noite estrelada. Com doçura tamanha, os movimentos desajeitados continuaram a passar ao chão, os dois olhavam vez ou outra seus pés, certificando-se de que nenhuma corrente estava prestes a derrubá-los.
O silencio se instalava suave e observador, enquanto os olhos negros do menino cruzavam os azuis gelos da garota.
- Com certeza não sou bom nisso. – Mors se pois a dizer.
- Ah, concordo totalmente – respondeu Alice – Pisou no meu pé uma dúzias de vezes.
Mors corou.
Alice aproximou-se do corpo do garoto. Os dois colados dançaram devagar, enquanto a cabeça da menina apoiava-se no ombro do menino. E ali ficaram um bom tempo.
- O que você vai fazer Mors? – perguntou ela. – Quero dizer, depois de tudo isso...
O menino ficou pensativo um pouco, agora que se acostumava a ter a garota tão próximo de si.
- Vou realizar o desejo de seu pai. Vou desmascarar Scurra, e acabar com essa peça.
- Meu pai... – ela lembrou com tristeza. – Você não teve culpa... Quero dizer, não precisa arriscar sua vida de novo, depois de tudo, para executar um desejo de meu pai.
- Não só dele. – respondeu Mors. – Meu também, por isso tenho que fazer isso.
- E como fará isso? O portal se foi, estamos presos aqui para sempre, nunca encontraremos aquelas crianças ou o Scurra.
- Vou dar um jeito. – afirmou. – Preciso dar um jeito, meus amigos estão em perigo, eles estavam diferentes... – Caius, pensou Mors no seu amigo.
- Isso só prova o tipo do homem que você quer enfrentar – ela disse. – Ele está controlando seus amigos como marionetes...
- E é por isso que tenho que fazer isso. – Mors determinou. – Tenho que salvá-los, entenda Alice. Tenho que fazer a morte de seu pai não ter sido em vão.
O Silencio então se instaurou. A dança parou por alguns segundos, porém a menina continuava ali, encostada no garoto, com a cabeça apoiada em seu ombro.
- E quanto a mim? Deixará-me sozinha nesse mundo? Logo agora que encontrei alguém... Como você...
-Claro que não. – respondeu. – Voltarei para buscá-la, eu prometo.
- Me buscar? Como assim, você vai tirar-me daqui? – perguntou Alice.
- Sim, gostaria disso?
- Não sei... vivi quase a vida toda aqui dentro Mors, e o que não vivi, não me lembro...
- Por essa razão mesmo. – ele respondeu. A garota parecia não entender aonde ele queria chegar. – Lembra que eu disse que não tinha desejo algum?
A menina assentiu com a cabeça.
- Pois agora tenho. – ele continuou. – Eu quero devolvê-la o tempo que perdeu, quero levá-la para meu mundo. Quero mostrá-la o mundo de verdade. Eu quero ficar com você.
A menina ficou vermelha, envergonhada e surpresa. Ela pois então suas duas mãos no ombro do garoto erguendo a cabeça. O corpo de Mors entrou em delírio instantaneamente, a barriga do garoto cego se encheu de estranhas borboletas, seu bater de asas fazia seu corpo tremer. Tremer igual o corpo da menina agarrada a ele. O peito de Mors acelerou tão rápido e fortemente. Seu corpo ficava quente, uma febre estranha que Mors jamais sentiu. Alice fechava os olhos, Mors observou seus lábios suaves se aproximarem a cada segundo. As forças de todos seus sentimentos consumiram-no, o peso daquela sensação parecia fazer o garoto ficar paralisado, então Mors fechou seus olhos.
 Ali então junto a o luar, seus lábios se encontraram. O beijo tirou dos dois o amor que teimaram a esquecer até então. Enquanto seus corpos se encontravam e consumiam um do outro o amor que sentiam. Mors declarou-se completamente apaixonado. E em Alice era única coisa que conseguia pensar. E assim, com seus olhos fechados, desejou ser cego por toda a eternidade.
Após o primeiro encontro. Os dois se entreolharam, vermelhos e envergonhados. E disseram quase juntos baixinho “Eu te amo”. Tão baixinho, em suas mentes, que Mors não pode ouvir, mas sabia lá no fundo, que as palavras tinham sido ditas.
E então o segundo encontro, os dois voltaram a se beijar, lentamente, aproveitando tudo que o outro tinha a oferecer. Em quanto às mãos de Alice apertavam as costas do garoto. E suas mãos seguram a cintura de sua amada.
Ficaram ali por algum tempo, repetindo o ato quantas vezes quisessem. As distrações dos dois mal os fizeram notar que o amanhã já aparecia no horizonte. O amanhecer e o sol migraram das campinas, iluminando os dois juntos.
Lá embaixo, no campo embaixo das escadas uma porta feito de pedras emergia, com um fundo desconhecido. O Portal esperava Mors.
Os dois cessaram a dança.
Mors procurou por sua espada, enquanto Alice insistia
- Deixe-me ir contigo! – ela falava
- É perigoso de mais, não sei o que faria se alguma coisa acontecesse com você – ele respondia.
Então a cabeça dura de Mors ganhou, com a promessa:
- Eu vou voltar Alice, até lá, me espere em segurança. Eu prometo que voltarei pra te buscar.
Então um último beijo de despedida.
Mors parou, tinha que ir, mais um beijo da menina de cabelos pálidos e o garoto poderia desistir de seu objetivo.
Deste modo, segurando a espada o menino disse por último:
- Eu te amo, e voltarei com toda certeza. – dando-lhe um beijo na testa.
A menina então observou o menino entrar pelo portal e desaparecer num infinito negro. E disse a si mesma “Eu também te amo”.
Observando a visão do portal, já ansiosa pela chegada de Mors novamente. Mal notou a sombra que se arrastou atrás dela.
Sininhos brandiram no ar. E antes que percebeu uma risada doentia e maliciosa envolveu-a. Alguém segurou sua boca, e seu corpo. A menina tentou gritar por Mors, sem sucesso. E então desmaiou no braço do estranho.

                                                                     ***

O Down Theater parecia assombrado a àquela hora da manhã. Um vento gelado enchia o ambiente empoeirado do velho lugar. Caius avistou o portal aparecer a sua frente, feito das próprias pedras do teatro.
Entrar por ele desta vez era completamente diferente, todos os guardiões estavam mortos. Seu melhor amigo não o acompanharia. E teria de fazer uma última coisa por seu desejo. Clair pensou, logo... Logo nos veremos, e você estará sorrindo como nunca, eu sei disso... Mesmo que não se orgulhe de mim, pelo que fiz, o seu sorriso recompensará tudo.
E assim liderou as outras quatro crianças e Dáhlia, para entrar pela última vez no portal. Olhando o Down Theater, talvez pela última de todas as vezes.
Scurra havia instruído a ele e Dáhlia, para completar o último ato. A menina parecia estar magoada e triste, que podia ter desistido de fazer o ato sujo que os dois fariam. Mas não importava, Caius tinha que fazer, já estava longe demais pra desistir.
As crianças sumiram no véu negro, deixando o teatro vazio.
Assim, apareceram no lugar mais inóspito que encontraram desde o começo da peça de Scurra.
Um terreno feito de pedra, como um grande palco. Flutuava em meio ao espaço totalmente negro, sem estrela nenhuma. O palco de pedra devia ter quilômetros quadrados, era gigantesco, e assim flutuava no infinito.
Água estava até parte de seus sapatos, um lago cristalino que cobria todo palco, que pouco impedia o deslocamento das crianças. Caius olhou para baixo um instante, vendo sua imagem refletida na água do palco, água essa, que caia nas bordas do lugar, formando cachoeiras com direção a lugar algum.
- Puxa, que lugar fantástico! – exclamou Vincent
Caius virou-se para olhar seus companheiros, Amy a garota doce e brincalhona, Tommy o menino frágil e mimado, Vincent o garoto humilde e simples, Rune a menina dócil por quem Caius sentiu sensações quase amorosas. E ao seu lado, Dáhlia, sua comparsa.
- Caius... Seus olhos, estão vermelhos! – disse Rune assustada, pegando-o pelo braço. – eles estão esfumaçando... Fumaça vermelha...
E assim eles estavam os olhos vermelhos e cruéis de Caius. O menino loiro deu uma pequena olhada para Dáhlia. A menina hesitou. Porém Caius não.
Segurou fortemente sua lança , e deu uma última olhada para Rune ao seu lado.
Desculpe-me Clair, ele disse a si mesmo pensando em sua irmã, desculpe pelo que farei. E com um golpe certeiro, fez um grande corte nas pernas da garota, que caiu de joelhos.
- Caius... – ela tentou dizer, assustada pela atitude. – minhas pernas... Caius... por quê...
 O menino então chutou-a fortemente no tórax, a garota caiu chorando para trás. As lágrimas da menina se juntaram com a água no chão. A menina não reagiu, apenas levantou a cabeça, para vê o menino que amava.
- Caius... Por quê?
Então, com a parte contrária de sua lança, Caius acertou a cabeça de Rune, fazendo-a cuspir um jorro de sangue, e desmaiar no chão úmido, enquanto suas palavras ainda circulavam o ar “Caius por quê?”.
-
Caius você está louco?! – gritou Tommy. – O que diabos está fazendo?!
Dáhlia então, aproximou-se de Vincent, e socou a barriga do garoto. Fazendo com que seus olhos se esbugalhassem, e não conseguisse dizer nenhuma palavra. Então com a outra mão invocou uma espingarda, e com essa usou como bastão, acertando a cabeça do menino pardo. Que caiu no chão, gritando de dor. A menina pisoteou o garoto, até que seus olhos fechassem.
-Dáhlia!
Gritou Amy, voando pra cima de Dáhlia com uma de suas facas. A garota fez uma evasiva para o lado, e ainda com sua arma, deu uma forte coronhada em Amy, que urrou de dor, após isso, chutou-a no ar, fazendo-a cair metros atrás.
- Vocês estão loucos! – Protestou Tommy. – Traíram seus próprios companheiros! Nunca perdoarei vocês!
O menino correu valente na primeira vez em sua vida, com seu machado balançando com dificuldade, mas assim que chegou perto o suficiente de Caius, o menino loiro, fez um movimento com sua lança, tirando o machado de Tommy a  força. E depois deu vários socos no menino.
- Seu... Traidor... – tentou dizer Tommy.
Porém num último movimento, o cabo da lança encontrou o peito de Tommy, e o impacto, o fez voar a alguns metros longe, batendo com forte a cabeça no chão de pedra e água.
Os quatro então, permaneciam no chão, derrotados. Não dava para saber, se mortos ou apenas desacordados.
 - Fizemos o que Scurra disse, o último ato... E onde está ele?! – disse ela horrorizada e arrependida com o que os dois tinham acabado de fazer.
- Sim Dáhlia, você fez sua parte, obrigado. – Disse Caius, enquanto a menina olhava os corpos de seus antigos companheiros ao chão. – Porém eu ainda não, desculpe.
 E assim, Caius de surpresa fincou sua lança na perna de Dáhlia. Fazendo o sangue da menina se encontrar contra a lâmina. 
- O que... O que você está fazendo?!
O menino então, pegou-a com o outro braço, no pescoço. Forçando-o lentamente, apertando-o com toda sua força. A menina tentou dizer algo, mais suas palavras sumiam enquanto a mesma se debatia no ar. Caius apertou mais, e mais, até que os olhos da garota fecharam-se, e seu corpo mole, caiu num estrondo no chão molhado.
- Desculpe Dáhlia, mas só há um desejo para nós.


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