Outro Conto Da Cinderela Moderna escrita por LuhJackson


Capítulo 22
Trabalho de biologia...


Notas iniciais do capítulo

Muuuuuuuuito obrigada às quatro pessoas que me mandaram reviews! Carol di Angelo, LuucyPeer, Uzumaki May e Lovely Ghost Writer! Muito obrigada à todos vocês!
Gente... Eu fiquei curiosa em relação à uma coisa... Vou perguntar nas notas finais, para não atrapalhar a leitura de vocês, ok?
Espero que gostem do capítulo! Boa leitura! :D



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Fiquei paralisada, sem saber o que fazer. Meus pais iriam se separar. Segurei as lágrimas, suspirei e tentei manter o tom de voz o mais normal possível:

– Quando?

– Seu pai já começou a arrumar as malas. Ele vai sair dessa casa e ir para um hotel temporário ainda hoje. - Minha mãe respondeu.

Eu só assenti e subi para o meu quarto. Me joguei na cama novamente, mas logo minha mãe veio bater na porta do meu quarto.

– Cindy, seu pai e eu vamos sair. Eu vou dar uma passada no escritório do advogado da família para dar a entrada no divórcio e seu pai vai procurar um hotel para ele ficar. Tudo bem? - Minha mãe disse, do outro lado da porta.

– Aham... - Repondi com certa dificuldade.

– E não se esqueça que você tem que ir para a casa daquele menino simpático fazer um trabalho... - Essa frase dela me despertou.

Derek! Eu havia me esqueido completamente dele! Olhei no relógio em cima do criado mudo: 09:55! Eu estava super mega atrasada!

– Claro, mãe, não vou esquecer! - Gritei para minha mãe enquanto disparava pelo quarto catando as coisas que eu precisaria para o trabalho e logo em seguida voando para tomar um banho e me trocar.




Parei ofegante em frente à uma linda casa branca, com detalhes em madeira.

Chequei pela terceira vez o nome da rua. Correto. Olhei mais uma vez para o papel que eu tinha pego em cima da mesinha de centro antes de sair de casa e olhei para o número da casa à minha frente. Correto. Sim, era mesmo aquela casa.

Olhei no relógio. 10:30. Eu estava meia-hora atrasada. Mas o que eu podia fazer? Eu estava atrasada, minha bicicleta estava no mecânico e a casa do Derek não era não era tão longe da minha, ou seja, eu tive que correr três quarteirões.

"Vamos lá, Cindy, você consegue!" pensei, tentando me encentivar a tocar logo aquela droga de campainha e acabar com aquilo de uma vez.

Meus dedos se aproximaram da porta, mas me detive. Pensamentos sobre o baile e a niote passada me invadiram.

Em duas das três vezes que eu fiquei sozinha com um menino (que não fosse da minha família, é claro), aconteceram coisas que eu me arrependo e muito.

Mas e na vez que fiquei sozinha com o Derek? Ele me levou para um jardim lindo e ficamos conversando. Ele não tentou dar em cima de mim, muito menos me beijar a força. Então porque eu estava com tanto medo?

Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da porta de abrindo.

– Cindy! Chegou cedo, hein? - Ele riu irônico. - Vem, vamos entrar. Ainda temos que fazer muita coisa! - Derek disse, com um sorriso que me derreteu toda por dentro.

Ele segurou a minha mão e me guiou até o sofá da sala.

– Então... Por onde começamos? - Perguntei, ainda um pouco nervosa por aparentemente estar sozinha com Derek.

– Ah, claro! - Ele parecia um pouco... Nervoso? Não, era só impressão minha... Será? - Que tal começarmos por aqui? - Ele apontou uns livros e cadernos em cima da mesinha de centro.

– Qual é mesmo o assunto do trabalho? - Eu perguntei quase rindo. Nessa correria toda, eu tinha até me esquecido sobre o que era o trabalho de biologia.

Derek riu um pouco e fez uma cara de "eu já esperava...", mas logo começou a me explicar:

– Você lembra que o professor nos disse que esse bimestre revisaríamos tudo o que aprendemos até hoje? - Ele perguntou e eu assenti. - Então... Ele sorteou logo em seguida os assuntos e nós ficamos com "corpo humano". - Ele completou.

– Ah! Agora eu lembro! - Falei já mais animada e menos nervosa. - Foi essa a aula que, quando ele disse que nós ficaríamos com "corpo humano"...

– Você começou a fazer a sua dança da vitória. - Ele completou rindo. - Porque você disse que essa era a parte que você mais gostava em biologia. Sim, foi essa a aula.

– Ah... - Eu disse corando. Eu tinha mesmo feito uma "dança da vitória" no meio da aula de biologia? Sim... Eu tinha.

– Não se preoucupe, ninguém gravou e colocou na internet. - Ele tentou me tranquilizar. - Eu espero...

– Nossa, isso me deixou muito mais tranquila! - Ironizei e ele sorriu. Um sorriso lindo, sincero... Ai meu Deus! Meu coração começou a disparar.

"Por que ele tem que me deixar assim toda vez que fala alguma coisa ou que simplesmente sorri? Isso é irritante!" pensei.

Ele continuava me olhando nos olhos e eu comecei a ficar desconfortável com aquilo. Desviei os olhos e me virei para a mesinha de centro.

– Que tal se começarmos por... - Peguei o primeiro livro que vi pela frente, mas me arrependi logo em seguida.

– "O Início da Vida"? - Ele perguntou, levantando uma sobrancelha.

"Por que você não podia simplesmente ler o título do livro antes de indicá-lo?" - "Quieta, consciência! Não é hora para lição de moral!"

– Nós temos mesmo que falar sobre tudo do corpo humano? - Perguntei, dando ênfase no "tudo". Eu já imaginava onde aquela parte da matéria levaria...

– Sim... - Ele respondeu distraidamente, pegando o livro de minhas mãos e olhando no índice. Seus olhos se focaram em alguma parte da página e ele riu. Ele fechou o livro. - Bem... Pelo visto vamos ter que falar sobre tudo mesmo... Até mesmo reprodução humana. - Ele respondeu e parecia se divertir com a ideia.

– Qual é a graça? - Perguntei curzando os braços.

– Nada... - Ele respondeu sorrindo. Por que ele não pode parar de sorrir só por um minuto sequer? - Acho que é melhor nós começarmos mesmo por reprodução humana, porque aí nós poderíamos seguir por ordem cronológica, vindo logo em seguida a infância, adolescência, fase adulta e por último "terceira idade". - Ele disse fazendo aspas com os dedos, o que me fez rir um pouco.

– Tudo bem. - Respondi e eu já me sentia mais relaxada. Por que mesmo eu estava tão nervosa?

Derek me devolveu o livro e pegou um outro em cima da mesa.

– Por que nós não anot... - Eu comecei a dizer, mas fui interrompida.

– Essa é a sua namorada, Derek? - Um garotinho que parecia ter uns doze anos, com os cabelos encaracolados e olhos verdes apareceu do nada atrás do sofá em que estávamos, nos fazendo quase pular de susto.

– Nossa, Kevin! Você veio de onde, garoto?! Saiu das sombras? - Derek perguntou se virando para o garoto e não pareceu se tocar do que o garotinho o tinha perguntado.

– Ahn... N-não! - Eu respondi com um pouco de dificuldade, ainda me recuperando do susto. - Nós não somos namorados!

– Não mesmo? - O menino, Kevin, como o Derek o havia chamado, levantou uma sobrancelha para mim e olhou para o Derek, pedindo, talvez, uma confirmação. - Não, nós não somos namorados! - Ele respondeu e já parecia estar cansado de ter que responder isso a todo mundo, assim como eu.

– Nesse caso... - Kevin pulou o sofá e se sentou entre Derek e eu. Na verdade, eu e Derek estávamos muito próximos o que fez com que Kevin tivesse que práticamente empurrar o Derek para o lado. O garotinho se virou para mim e estendeu a mão. - Kevin Thompson, prazer em conhecê-la... - Ele esperou que eu completasse.

– Cindy Parks. - Respondi tentando não rir e apertando sua mão.

Derek a essa altura não parecia estar se divertindo nem um pouco com aquela situação. Ele já estava até começando a ficar vermelho de raiva. Aquilo era ciúme?

– Nome lindo, para uma garota linda como você. - Kevin disse, enquanto beijava a minha mão, tentando parecer um pouco mais... Gentil? Sexy? Velho? Talvez...

– Ahn... Obrigada... Eu acho... - Respondi, afastando minha mão lentamente.

– Que nada, gatinha. - Ele sorriu e parecia estar tentando se aproximar para... Me beijar? Ah, mas aquele baixinho não se atreveria! Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa...

– Kevin, é melhor você subir para o seu quarto! - Derek disse se levantando e sentando entre Kevin e eu, o que eu o agradeci mentalmente.

– Por que? - Kevin perguntou, com raiva, para Derek e ainda tentou passar por cima dele para poder chegar em mim, mas Derek o barrou novamente.

– Por que eu sou seu irmão mais velho e, quando o papai ou a mamãe não estão em casa, quem manda sou eu! Então: vá já para o seu quarto! - Derek elevou um pouco a voz e indicou as escadas com o dedo.

Kevin bufou e, percebendo que não ganharia aquela discussão, mandou um último beijo para mim e disse mexendo a boca, sem fazer som: "me liga". "Sem chance..." pensei, mas resolvi não dizer nada e deixar o garoto sonhar um pouco.

Quando Kevin terminou de subir as escadas e virou o corredor, Derek se virou para mim e disse:

– Me desculpe pelo meu irmão, ele é um pouco...

– Doido? Atirado? - Dei algumas opções e Derek riu.

– Talvez... - Ele ficou um pouco sério de repente. - Eu só não gosto que ele faça isso com você...

– Como assim? - Perguntei levantando uma sobrancelha. - Por que ele só não pode fazer isso comigo?

– Porque... - Ele hesitou e pareceu mudar de ideia na última hora, porque su resposta parecia um pouco forçada. - Porque, bem... Todos na escola pensam que nós estamos mesmo namorando e se o meu irmãozinho aparecer ele pode estragar a minha fama, entende? - Ele deu um riso nervoso.

– Sei... - Respondi desconfiada. - Mas você acha mesmo que eu ficaria com aquele pirralho? - Perguntei rindo.

– Na verdade não... Mas nunca é bom dar uma brecha para aquele garoto... - Ele disse olhando de relance para as escadas. - O Kevin consegue ser bem persistente quando quer. Ele vai te encher até você dar um beijo nele e, como um vampiro, quando você o deixa entrar, não tem como se livar dele! Acredite em mim, falo por experiência própria! - Ele parecia estar falando sério, mas eu não aguentei e comecei a rir. - Qual a graça?

Eu olhei para ele e só aí me toquei de que estávamos muito perto. E quando digo "muito perto", eu quero dizer "muito perto" mesmo!

Eu parei de rir e olhei nos olhos dele, que me hipnotizaram na mesma hora, como sempre acontece. Eu nem percebi, mas ele chegou mais perto, o que nos deixou a alguns centímetros do rosto um do outro. Eu já podia sentir seu hálito quente batendo contra o meu rosto e percebi que ele encarava descaradamente os meus lábios.

"A peça, Cindy! Lembre-se da peça!" - Por que a minha consciência tinha que aparecer logo agora? - "Ah, quer saber? Dane-se a peça!" - Pensei e eu já estava descidida de que beijaria o Derek, quando ouvimos o barulho da porta da frente sendo aberta e uma voz doce:

– Derek, querido, não vai me apresentar a sua namorada?



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Notas finais do capítulo

Sobre o assunto que eu queria perguntar lá em cima...
Uma vez, uma leitora minha perguntou qual ator ou atriz eu imaginava para os personagens, mas eu não sei dizer, já que imagino eles de uma forma diferente, como pessoas normais e não atores... Enfim!
Qual ator ou atriz vocês imaginam para cada personagem da história?
Eu fiquei muito curiosa, porque cada um imagina o personagem de um jeito, né...
Então... O que acharam?? Por favor, me digam! Eu já não aguento mais escrever para 32 pessoas e só 4 ou 5 responderem! Isso às vezes é deprimente, mas vou tentar não abandonar a fic por isso!
Beijinhos e até o próximo capítulo! :D