Outro Conto Da Cinderela Moderna escrita por LuhJackson


Capítulo 17
Peter... Como você é lerdo!


Notas iniciais do capítulo

Me desculpe novamente pela demora, mas finalmente conseguimos ajeitar a internet aqui em casa!
Eu queria agradecer à todos vocês que me mandam reviews! Vocês são as únicas pessoas que fazem com que eu continue a escrever! Eu já pensei em abandonar a história, já que eu tenho 22 leitores (eu tinha 25, mas pelo visto 3 me abandonaram...) e só recebo uma média de cinco ou seis reviews por capítulo.
Enfim... Obrigada!
Então aproveitem o capítulo!



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- O-o q-que? - Katie gaguejou.

- Sabia! - Eu disse e comecei a rir descontroladamente!

- Do que você está falando? Sabia do que? Eu não gosto do Peter, ok! - Ela disparou tudo tão rápido que eu quase não consegui entender!

- Katie, Katie... - Falei em tom de seriedade fingida, me controlando para não rir. - Você não entende que só provou que gosta dele quando gaguejou?

- Eu... Eu... - Ela piscou, percebendo a besteira que tinha feito. - Não gosto dele! Não mesmo! - Ela parecia afirmar mais para si mesma do que para mim, mas resolvi não comentar!

- Ok, então... Se você diz... - Levantei as mãos em sinal de rendição.

De repente, alguém bate na porta e a Katie manda a pessoa entrar. Adivinha quem? Se você disse Peter, acertou.

- Olá, meninas! - Ele despenteou os cabelos da Katie, como se ela fosse uma criança, e beijou a minha mão, em um jesto como o dos homens de antigamente, mas quando ele fez, foi mais como se ele estivesse zoando com aqueles caras de antigamente.

- Oi, Peter... - Katie disse, um pouco desanimada e irritada. Aquilo era ciúmes?

Como o Peter não percebia que era ciúmes? Estava óbvio! Minha vontade era de falar para ele: "Cara, ela tá tãaaaao na sua!". Mas acho que nem assim ele ia entender! Que garoto lerdo! Me lembra até um personagem de um livro... O qual o nome, por incrível que pareça, se parece muito com o do Peter... Enfim... Eu só rolei os olhos e respondi:

- Oi. - E depois, em um tom mais brincalhão, continuei. - Cuidado, porque eu sou comprometida e ele é muito ciumento!

A Katie me olhou confusa. Eles eram perfeitos um para o outro! Dois lerdos! Rolei os olhos novamente e respondi:

- Meu príncipe!

Dessa vez ela me olhou boquiaberta e perguntou:

- Então vocês estão mesmo namorando?

Bati a mão na testa. Meu sarcasmo era assim tão difícil de entender?

- Katie... Era brincadeira! - Falei como se fosse óbvio. O que, na verdade, era!

- Aaaaaah, tá! - Ela me olhou envergonhada. - Desculpe.

- Esquece. - Eu falei e começamos a rir.

Peter (que já tinha sentado no sofá) nos olhava como se fôssemos loucas.

- Piadinha interna! - Expliquei. 

- Você não entenderia! - Katie completou.

- Coisa de garota! - Dissemos juntas e rimos ainda mais.

- Uau! Tem certeza que vocês só se conheceram hoje? - Ele nos perguntou e nós só assentimos. - Ou melhor... Será que vocês são irmãs separadas ao nascer e não sabem?

Eu e Katie nos entreolhamos e eu disse:

- Maninha! - Nós rimos e nos abraçamos.

- Vocês são loucas! - Peter riu conosco. - Quer dizer... Eu já sabia que a Kay...

- Não me chame de "Kay"! 

- ...Não era muito "normal". - Ele continuou, ignorando o comentário de Katie, e fez as aspas com os dedos. - Mas você também... - Ele se interrompeu. - Qual é o seu nome?

- Cindy. - Respondi. - E você se surpreenderia com o quanto eu também não sou "normal". - Repeti seu jesto e ele riu.

- Tenho que... Ah... Perguntar uma coisa para Alfred. Já volto. - Katie falou repentinamente, se levantou e em menos de dois segundos ela já tinha ido.

- O que... - Peter olhava confuso para a porta. Então ele se virou para mim. - O que ela tem?

- Acho que eu sei. - Suspirei e a segui.

Corri pelo corredor, mas não a encontrei. Como aquela garota podia ser tão rápida? Desci e fui em direção à cozinha, onde Alfred estava ainda sentado à mesa, mas agora parecia organizar alguns papéis. Ao fogão, uma moça que devia ter idade para ser minha avó preparava o jantar.

- Sr. Lawrance, o senhor viu a Katie passando por aqui? - Perguntei à ele.

Ele levantou os olhos dos papéis, suspirou e indicou com a cabeça uma porta nos fundos da cozinha:

- Ela chegou aqui como um furacão, pegou um pacote de batatinhas na dispensa e foi por alí. - Ele respondeu um pouco proucupado, mas com um olhar que dizia que ele não poderia sair dalí tão cedo.

Eu apenas assenti e me dirigi à porta. Quase não acreditei na cena seguinte. Era o jardim mais lindo que eu já havia visto em toda a minha vida! Acho que era até mais bonito do que o que fica em cima da escola. Mas, contrastando com o lindo cenário, estava Katie, sentada em um lugar na grama, com os olhos vermelhos, como se ela estivesse segurando o choro, e comendo batatinhas como se sua vida dependesse disso.

- Katie? - A chamei.

Ela ficou alguns segundos em silêncio, mas depois suspirou e disse:

- O que você quer?

- Conversar. - Respondi, me sentando ao seu lado.

- Por que você não conversa com o seu novo "amiguinho"? - Ela perguntu debochada.

- Eu já imaginava que esse era o motivo, mas ainda tinha esperanças de que você tivesse saído correndo de lá por causa do chulé de Peter! - Eu disse séria, mas depois começamos a rir.

- É... - Ela riu pelo nariz. - Acho que eu sou um pouquinho ciumenta...

- Não precisa ficar assim... - Respondi docemente, mas depois ironizei. - Tem um pouquinho de Cindy pra todo mundo!

Ela me lançou um olhar de : "Tá Cláudia, senta lá!"... Ou poderia ter sido o olhar de: "Vai sonhando!". Não importa!

- Obrigada por levantar a minha moral! - Eu disse fingindo estar ofendida.

Ela revirou os olhos e riu.

- Você não entende, não é? - Ela perguntou, parecendo cansada.

- Não entendo o que? - Perguntei franzindo as sobrancelhas.

- O motivo do meu ciúme do Peter.

- Mas eu entendo.

Ela me lançou um olhar muito parecido com os anteriores, mas esse era mais do tipo: "Ah, tá! E eu sou o bozo!"

- É claro que eu entendo! - Respondi, um pouco ofendida.

- Então qual é o motivo? - Ela perguntou, ainda descrente.

- Você ama ele! - Respondi triunfante, mas minha alegria durou pouco. Na verdade, durou até o momento em que a Katie começou a rir. - O que foi?

- Você acha mesmo que eu só estou com ciúme porque ele foi legal com você? - Ela perguntou um pouco incrédula e ofendida.

- Bem... - Dei um sorriso amarelo.

- Boba! - Ela me deu um soco.

- Ai! Doeu! - Reclamei, esfregando o braço.

- Você mereceu! - Ela respodeu, ficando séria logo depois. - Você acha mesmo que eu sou esse tipo de garota fraca e insegura que fica com ciúmes do garoto que ela gosta, só por ver ele conversando com outra garota?

- Por favor, não me faça responder mais uma pergunta, ok? Eu não quero levar outro soco!

- Ok... - Ela revirou os olhos. - Mas o que eu disse é sério: não sou esse tipo de garota. Eu só... Conheço ele. Eu convivo com o Peter desde... - Ela suspirou. - Acho que desde que eu me entendo por gente!

- Como assim? - Perguntei ainda mais confusa.

- Peter é filho do Julius, certo? - Ela disse pacientemente e eu assenti ainda sem entender. - Por ser filho de um dos funcionários do meu pai, no caso, nosso "faz-tudo", ele pode morar conosco até completar 18 anos, certo? - Assenti novamente, mesmo não sabendo onde ela estava querendo chegar, já que ela já tinha me dito aquelas coisas. - Justamente por isso, eu convivo com ele desde sempre. E, por causa desse tempo todo... Acho que eu...

- Katie. - Eu a interrompi. - Eu já sei que você gosta dele, mas ainda não entendi nada!

- E se eu te disser que, por conhecer ele tão bem, eu sei até quando ele está afim de alguma garota? - Ela perguntou, parecendo um pouco triste, e foi aí que eu entendi.

- Epa, epa, epa! Você acha que o Peter está afim de mim? - Perguntei incrédula.

Eu nunca fui a garota mais bonita da classe, ou a mais inteligente... Não que eu não fosse bonita (eu acho...), mas eu sempre fui uma das garotas ignoradas pelos caras populares. Sempre que eu estava com a Alison, aqueles caras davam em cima dela e fingiam que eu era invisível. Foi também por esse motivo que eu não acreditei que o Derek pudesse estar afim de mim. E agora tem o Peter... O que eu faço?!

- Sim. - Katie respondeu infeliz e eu me senti a pessoa mais culpada do mundo.


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Notas finais do capítulo

E entãaaaaao? O que acharam??
Por favor, leitores fantasmas, apareçam!
Cada reviewzinho conta! Cada um deles me dá uma alegria sem tamanho! E eu ainda respondo com todo o meu carinho!
Beijinhos e até o próximo capítulo!!
:D