More Than Brothers escrita por Lady Mary


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oiie meus amores! Feliz 2013 para todos! Bem eu acabei de voltar de viagem e estou exausta, então nem revisei a fic. Qualquer erro, me desculpem. Boa leitura!



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Pov. Lucy

Eu estou aqui, trancada em um cubículo que eles chamam de quarto, esperando a polícia chegar. Eu não me conformo. Como ele pode? Eu fiz tudo por ele e ele me abandonou! Me largou aqui, sendo chamada de louca, considrada doente! O que eles vão fazer comigo? Eu não faço ideia e sinceramente, não importa. Não mais. Aliás, sem ele, nada importa.Por que me refiro ao meu irmão como ele? Porque eu não consigo sequer pensar no seu nome. Não sei mais se o amo ou se o odeio. Mas afinal, que diferença faz agora?

A porta se abre e vários homens entram. Todos eles são policias, presumo. Um deles puxa uma cadeira e se senta a minha frente. Ela faz sinal para um outro, que se aproxima com um gravador. O homem que está na cadeira me pergunta:

- Pois muito bem, Lucy Zimmer, você confessa que sequestrou Diego Maldonado, Roberta Messi, Pedro Costa, Tomás Penedo, Carla Ferrer, esta tendo conseguido fugir, e Alice Albuquerque, a qual você tentou enviar para fora do país?

-Sim, eu confesso.

O policial me olhou surpreso. Creio que não esteja muito acostumado em conseguir confissões tão facilmente... Ele pigarreou e continou:

- Bem, sendo assim, tudo fica mais simples, tanto para nós quanto para você. Então, nos diga Lucy, o que a motivou a fazer isso? O seu histórico médico disse que você acreditava seguir um roteiro e ordens de um diretor...

- É, eu seguia. Mas eu cansei! O diretor colocou ele no meu caminho, mas queria tirá-lo de mim. Eu não aceitei. Porque ele é meu! Só meu! - Lucy gritou a última parte.

- Ele? Lucy, de quem você está falando?

Lucy pareceu ignorar o policial e, de cabeiça baixa e um olhar quase doentio, ela continou:

- Eu fiz tudo por ele. Eu me arrisquei, tirei aqueles intrometidos do nosso caminho.  Mas quando eu estava tão perto de conseguir, ele me traiu. Quando eu mais precisei, ele me abandonou.

- Chamem a enfermeira, ela não está bem.

- Não preciso de enfermeira! Eu fiz tudo isso e não me arrependo. Foi preciso. Eu achei que se eu fizesse isso tudo desse certo. Mas não deu. Ele disse que cuidaria de mim, disse que me amava... E eu acreditei. Pensei que o que nos atrapalhava fosse esses Rebeldes, mas não... Ele mentiu pra mim. Durante todo esse tempo, tudo que nós vivemos, não passou de uma mentira!

Os policiais estavam confusos. Então a última pergunta foi feita, ou melhor, refeita:

- Por que você fez isso Lucy?

Lucy deu as costas a todos os presentes e, com os olhos marejados, falou:

- Foi por amor.

Pov. Narrador

Alice saiu da casa, se esquivando entre os familiares, amigos e policiais. Miguel a seguiu, encontrando-a encostada no carro do pai. Ela tinha uma expressão séria, mas ele pode notar em seus olhos um certo desconforto. Ao avistá-lo, ela desviou o olhar, fitando algo distante. Ainda sem olhá-lo, ela falou:

- O que pretende fazer agora?

Miguel se surpreendeu. Suspirou e disse:

- Eu não sei. Eu tô perdido. Não sei o que fazer, não sei pra onde ir... Eu sinto como se essa internação da Lucy tivesse tirado meu chão.

Alice o fitou, permanecendo em silêncio por alguns segundos. Depois, ela se aproximou, abraçou Miguel e falou:

- Vai atrás dela.

Assustado, o Zimmer se afastou. 

- Perdão, eu não...

- Você entendeu. Eu percebi o que vem acontecendo entre você e a Lucy. Dava pra perceber pela forma como você olhava pra ela. E bom, por mais doentio que tenha sido,  tudo o que ela fez foi para te proteger, ainda que não fosse necessário. Ela tinha medo de te perder. Eu entendo, de verdade. Se alguém ficasse entre mim e o Pedro eu nem sei o que eu faria. Tá bom, eu não sequestraria ninguém, mas você me entendeu.

- E você... não acha isso errado?

Alice pareceu pensar por um instante. Um tanto hesitante, ela falou:

- É mais complicado do que isso. Quer dizer, isso é errado, bizarro e doentio, pelo menos no caso dela. Eu sei que eu deveria achar isso um absurdo, tlavez te acusar de se aproveitar dela ou mandar te intranarem também. Mas tem entre vocês dois que eu não consigo entender. É algo muito maior do que um relacionamento fraternal, é quase... sobrenatural. Olha, eu sei que pode aparecer absurdo, mas vai atrás de lá. Foge pra bem longe. Daí pelo menos todo mundo fica feliz. Vocês, juntos e longe de nós, e nós sem termos que nos preocupar em sermos sequestrados.

Ao ouvir a última frase, Miguel pensou em returcar e defender a irmã, mas havia outras coisas mais importantes agora. Talvez se ele... Não, absolutamente não. É insano, é errado, é... necessário? Céus, como ele estava confuso! Travava uma batalha interna, onde até agora ambos os lados estavam empatados. Havia tanta coisa a se considerar, tanta coisa em jogo...

Os outros Rebeldes sairam da casa rindo, mas ao notarem Miguel o olharam com raiva.

- Posso saber o que você tá fazendo perto da minha namorada? - perguntou Pedro, ameaçando avançar para cima de Miguel.

Alice se clocou entre os dois, dizendo:

- Eu chamei ele aqui Pedro. E ele não teve culpa de nada.

- Como não, ele... - começou Tomás, mas foi impedido de continuar por um olhar irritado de Alice e um tapa de Carla. Se a amiga  dizia que ele era inocente, ela acreditava, ainda que a contragosto.

Pedro bufou, contrariado. Roberta e Tomás pareciam inconformados, enquanto Carla e Diego pareciam acreditam na inocência do Zimmer. Ele se sentou, encostado na parede da casa, com as mãos cobrindo o rosto. Para a surpresa de todos, Pedro se aproximou, colocou a mão no ombro e disse:

- Vai ficar tudo bem, cara.

Miguel ergeu a beça e murmurou um obrigado. Em seguida se levantou dizendo:

- Diga aos policias que depois passo na delegacia pra prestar meu depoimento.

- Aonde você vai? - perguntou Diego.

Miguel, a esta altura já próximo ao seu carro, se voltou aos Rebeldes e estes perceberam nos olhos do Zimmer um brilho dferente. Determinação. Esperança. Alegria. Para a maioria, isso não fazia sentido, mas para Alice, aquilo transmitiu a mensagem que ele ansiava ouvir, e que foi verbalizada em seguida:

- Eu vou buscar a minha irmã.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Que soem os coros de Aleluia! Finalmente Miguelito resolveu o que quer da vida! Chorei escrevendo a parte da Lucy... Bom, creio que esse seja o penúltimo capítulo e que o próximo seja o fim da fic. Desde já agradeço a todos que leram! Beijinhos!