A Dama De Negro escrita por Giulia Mikaelson Salvatore


Capítulo 27
“Os efeitos das duas garrafas e meia”


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! E ouçam a música, por favor!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/239475/chapter/27

Capítulo 27: “Os efeitos das duas garrafas e meia”

- Vamos descobrir mais sobre o passado deles? – eu perguntei a ela, que fez que “Sim” com a cabeça.

Damon estava jogando dardos, enquanto Stefan antagonizava na mesa. Ouvimos a conversa:

- Então vamos supor que Sage estava matando todos em 1912. Quem está o fazendo agora? – disse Damon. – Não é a psicopata da Dra. Fell, ela é uma mulher. Ela não esfaquearia três homens. – ele jogou o dardo, mas Rebekah o pegou antes de acertar o alvo.

- Isso é um pouco machista. – disse Bekah.

- Isso me faz lembrar o tempo em que viajávamos pelo Tennessee, não é, Stefan? – eu disse, sentando-me e pegando a garrafa em cima da mesa. Ele não me respondeu.

- Uma mulher mataria um homem com facilidade, se motivada. – disse Rebekah.

- Vocês não desistem, não é mesmo? – perguntou Stefan, mal-humorado.

- Por que está tão chato? Eu preferia você insolente, pelo menos é mais divertido as ameaças que eu fazia de te matar.

- Ele está em desintoxicação. – disse Damon – Tentando ser um homem bom.

- Sabe, você era mais divertido nos anos 20. – disse Rebekah

- Não mexa com ele. Ele fica assim quando está sendo hipócrita. – disse Damon, pegando a garrafa de minha mão. Olhei indignada para ele.

- Não estou sendo hipócrita, Damon. – disse Stefan. – Só não estou mais interessado em matar humanos inocentes.

- Me devolve a garrafa! – eu disse para Damon, que revirou os olhos para mim. Cruzei os braços e fiz um beicinho, como uma criancinha.

- Certo, é justo. Engano meu. E Bella, não faça beicinho, não é atraente em uma mulher da sua idade. – ele disse. Descruzei os braços e desfiz o beicinho, me levantando.

- Ouch. – eu disse, pegando a garrafa de sua mão e tomando um gole.

- Você costumava ser hipócrita. – disse Damon, pegando um livro em sua bolsa, que reconheci sendo como um diário. – “Querido diário, Damon esta desequilibrado. Embora eu tenha consertado a minha vida, ele continua jogando a dele fora.” – recitou em deboche.

- Hugh. Julgador. – eu disse e Rebekah pegou o diário das mãos de Damon.

- “A amargura dele o consome. Ele não é nada senão escuridão e mau humor” – recitou Rebekah, fechando o diário. – Que descritivo.

- Isso é divertido. – disse Damon.

- Para ser sincera... Você também não era muito divertido, Damon. – eu disse, bebendo mais um gole.

- Claro que não era. A mulher que eu amava estava em uma tumba. Não sairia por mais 100 anos. – disse Damon e não sei por que senti uma dor no peito quando ele falou aquilo, e logo me veio a imagem de Klaus em minha mente. Mas eu decidi ignorar. – Eu não me divertia nem um pouco.

Ele nos contou a história de quando Sage o ensinou como aproveitar o fato de ser um vampiro.

- Parece mesmo a Sage – eu e Rebekah dissemos.

- Como vocês a conheciam? – perguntou Damon.

- Ela era obcecada por Finn, há 900 anos. – disse Rebekah.

- O que? O doido suicida? – perguntou Damon. Ouvi Stefan começar a bater o anel na mesa irritantemente. – Está fazendo de novo. – disse Damon ao irmão.

- Certo, querem saber? – disse Stefan, se levantando. – Preciso... Preciso sair daqui.

- Claro. Antes admita que está sedento. – disse Damon.

- Damon, eu não vou... – começou Stefan, mas Damon o pegou pela camisa.

- Admita. – disse Damon

- Certo! Estou surtando, prestes a beber o sangue das garçonetes. Por que quer saber?

- Por que também estou sendo hipócrita. – disse Damon e o largou. Então Stefan foi embora.Damon olhou para nós. Eu estava agora sentada de novo, bebendo até a última gota da garrafa.

- Venham, me ajudem com uma coisa. – disse Damon, seguindo Stefan. Olhei para Rebekah, que deu de ombros, e o seguimos.

- Então ele não quer tomar sangue humano? – perguntou Rebekah.

- A consciência dele é eternamente pesada. – disse Damon. Eu não falava nada, e ia um pouco atrás, os efeitos das duas garrafas e meia que eu tomei começando.

- Engraçado. Nos anos 20 ele não tinha consciência. Era uma das coisas que eu mais gostava nele. – disse Rebekah.

Parei, sentindo a sonolência me dominar.

- Bekah, vou para casa. Para mim já deu hoje. Vejo-te lá. – eu disse, chamando a sua atenção.

- Nik estará lá. Tem certeza que quer encara-lo depois de sua “grande revelação”? – ela perguntou. Ela já sabia que eu havia “contado” para Niklaus a minha noite com Damon.

- Eu encaro a fera. Pode deixar. Beijos. – eu disse, indo para casa.

Entrei em casa e tive uma imensa surpresa.

Havia um piano, no meio da sala.

Mas não era apenas um piano.

Era um lindo piano branco de cauda, “bordado” em ouro.

E eu simplesmente amo tocar piano.

- O que..? – eu me perguntei, não entendendo nada. Rodeei o piano, morrendo de vontade de toca-lo.

Sentei-me no banco, e dedilhei os dedos nas teclas de marfim. Estava afinado.

Comecei a tocar, sem ter consciência de nada ao meu redor. Eu apenas fechei os olhos e deixei a música me levar.

Reconheci a música que eu compus há muitos anos, em um período mais melancólico de minha eternidade. Ela se chamava Love Death Birth. Amor, Morte, Nascimento.

Basicamente contava a minha história. Amor = Eu me apaixonei por Niklaus, quando humana. Morte = Eu morri, naquele jantar que era apenas um plano de Esther para nos transformar em vampiros. Nascimento = Meu nascimento para uma nova vida, uma eternidade

Eu dedilhava meus dedos pelas teclas majestosamente. Eu havia me esquecido do quanto eu amo tocar

Terminei a canção, me sentindo revigorada. Até que eu ouvi uma salva de palmas, acima de mim.

Olhei para cima e vi Klaus descendo as escadas, batendo palmas. Quando ele chegou ao final, ele disse:

- Sabia que gostaria do presente.

- Niklaus – eu disse fria, me levantando do banco e o encarando.

- Isabella, eu sinto... Eu sinto muito. – ele disse

- Agora já é tarde, Niklaus. – eu disse dura, tentando passar por ele, mas ele não deixou, pegando em meu braço. Eu rosnei.

- Me solte. – eu disse rosnando e ele soltou.

Eu comecei a subir as escadas, mas uma pergunta dele me fez parar no meio do caminho.

- Se já é tarde, por que continua aqui? O que te prende? – ele disse alto. Virei-me e o olhei.

- Preciso resolver a questão da árvore de carvalho branco junto com Rebekah. Para que eu não morra – eu respondi

- Mas não há nenhuma pessoa que queira você morta, nem aos seus irmãos. Então por quê? Por que ainda está aqui? – ele perguntou, subindo alguns degraus da escada.

- Por que eu não quero que ninguém morra. – eu disse, o olhando aproximar cada vez mais.

- Não quer que quem morra? – ele perguntou, ficando frente a frente comigo. Eu hesitei em responder – Diga, Bella. Por que está tão preocupada? Com quem? – ele insistiu. Eu não poderia dizer com quem eu estava preocupada. De jeito nenhum.

- Ora, Niklaus. Com quem mais? Rebekah, Kol, Elijah... – eu disse, mas ele se aproximou de meu rosto.

- E de quem mais, Isabella? – ele disse, seu hálito fresco batendo em minha pele.

Será que eu conseguiria resistir a ele?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aconteceu uma confusão, e eu tive que excluir e postar de novo.
Beijos, deixem reviews!!