Um Dia Tudo Muda escrita por Niina Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Decidi postar o Capítulo 9 hoje mesmo...
Gostaria de dizer, que... Sinceramente estou chateada, pois acho que perdi algumas leitoras )': Meninas, POR FAVOR, eu conto com a opinião de todas vocês. Sinto que estou começando a entrar em um capo 'minado', no qual eu tenho medo de errar - no casso do decorrer da história - e tudo ir para os ares - não ter mais vocês acompanhando a minha FIC.
Pode está começando a ficar chata, o fato de só termos DRAMA, e mais DRAMA, mas eu nunca enganei vocês do Rumo que a História teria. É claro que chegaremos ao 'Felizes Para Sempre', mas não agora... Esses capítulos são essenciais antes da separação do nosso casal do mistério por trás do acidente ser resolvido, e tudo mais. A história é centrada em como uma mãe reaje a perda de um filho, mas não só isso, em como também ela pode se ver sem chão, mesmo ainda tendo o amor da sua vida ali, do seu lado... Tantas coisas! São Capítulos que tem a presença da pequena Elisa, pois ela morreu prematuramente, sem que vocês a 'conhecessem de verdade'. Quando eu embarco em uma história, quero me sentir dentro dela, e é isso que quero transmitir para vocês. Lembranças serão essenciais, pois tem a Elisa... Se vocês acham que eu devo, sei lá, mudar um pouco o Rumo, me digam como... Pois não quero errar com vocês. Escrever Fics é uma forma de me abstrair de tantas coisas, é muito prazeroso escrever e saber que estou encantando, então... Não deixem de me dizer quando estiver sendo CHATA em ser tão repetitiva. Okey? ... Desculpem pelo Texto aqui nas Notas Iniciais, mas eu precisava desabafar. Sintam-se assim, quando precisar...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/239409/chapter/9

  Um Dia Tudo Muda

Capítulo 9

            Já passava das 19hs, e Edward esperava que Bella saísse do quarto da filha deles, por vontade própria. Mas parecia que essa vontade não se manifestaria.

             - Bella? Amor? – Edward deu duas leves, batidas na porta, esperando que ela a abrisse, ou respondesse, mas isso não aconteceu. Talvez ele devesse fazer o que Carmen disse hoje, como tinha feito até agora, mas Bella não tinha comido nada desde que saiu do hospital, aquilo estava preocupando Edward.

             Ele foi até o escritório, onde tinha chaves reserva de todos os cômodos, inclusive a do quarto da filha... As pegou, e quando ia saindo, deu de cara com Carmem.

            - Ops! Desculpe senhor Cullen, mas devo servir o jantar? – Carmen perguntou.

            - Prepare algo para Bella, e leve para o nosso quarto. – Edward respondeu, indo até as escadas, e se lembrando de algo. – Alguém ligou? – Ele se referia à família, todos estavam muito preocupados, mas Edward não queria isso, por isso, antes de ir ao quarto de Bella no hospital, pegar as coisas dela, ele havia tranquilizado principalmente a mãe, Esme, e a irmã, Alice, afirmando que tudo ficaria bem, que ele cuidaria de Bella. É, isso saiu de controle totalmente desde que saíram do hospital, na verdade, desde que tudo aconteceu...

             - Só alguns jornalistas, tentando marcar uma entrevista com a senhora Cullen. – Carmen foi direta, se lembrando de todos os telefones direcionados a Edward, e principalmente a Bella, vindo dos jornalistas.

             Edward confirmou com a cabeça.

              - Obrigada Carmen. Se voltarem a ligar...

              O telefone os atrapalhou, era um jornalista do canal de tevê CNN.

               - Pode deixar. – Carmen disse, tanto para que Edward não se preocupasse que ela continuaria dispensando os jornalistas, e também para o telefonema de agora, que só quando ela atendeu se deu conta que era da emissora.

               Carmen falou o que vinha falado desde o acidente, e Edward ouviu, bufando por saber que os jornalistas não os deixariam em paz, e que logo o quarteirão da casa estaria abarrotado de jornalistas... Ele só esperava que Bella não ficasse pior com isso tudo.

               Abriu a porta facilmente, notando que tudo estava escuro, só conseguiu ver que Bella estava deitada na cama de Elisa, por causa da luz da lua que adentrava pela parede janela, que não estava coberta – uma parte – com a cortina. Ele se aproximou, notando que ela ficava ainda mais linda com a luz cinzenta da lua. Tudo em Bella o fazia ver beleza, mas logo notou que de baixo dos olhos de Bella, tinham olheiras enormes, e a vermelhidão em seus olhos, parecia ter aumentado. Ela devia estar chorando... Edward pensou com sigo mesmo.

               Ajoelhou-se, ficando na mesma altura do rosto de Bella, e o acariciou. Viu que ela segurava uma roupinha de Elisa perto do peito, e inspirava com pesar.

               - Se eu pudesse fazer esse sofrimento todo ir embora Bella... Eu faria! – Ele sussurrou, a centímetros do rosto dela. Tudo o que ele mais queria era que a felicidade voltasse à vida deles, mas Elisa não voltaria, ela era a felicidade, mas ambos tinham que amenizar a dor, pois ambos tinham um ao outro. – Eu amo você. – Ele sussurrou, encurtado o espaço que separava os lábios dela dos dele. Ele ansiava por aquela aproximação, ansiava pelos doces lábios da mulher amada, ansiava que ela também o quisesse assim como ele a queria. Mas ela dormia profundamente, o que não impediu Edward de depositar um selinho demorado nos lábios de Bella.

               Bella começou a se mexer na cama, ela estava acordando. Edward foi rápido, e se levantou, e se ela não quisesse aquele beijo?

               Bella abriu um pouco os olhos, sentindo um gosto doce em sua boca, que lhe lembrava de algo, mas ela não se esforçou em lembrar, e se assustou ao ver Edward parado, fingindo que não a olhava. Ela se levantou rapidamente, fazendo sua cabeça doer, e cambalear para o lado da estante de livrinhos infantis de Elisa, Edward atravessou o quarto rapidamente, e impediu isso...

                - Você está bem? – Ele perguntou preocupado.

                Bella responderia com palavras que não seriam bem recebidas por Edward, mas ela resolveu não falar nada, se soltou dos braços fortes e quentes de Edward que estavam a sua volta, e foi até a porta, se dirigindo até o quarto deles. Ela queria tomar um banho...

                 Edward observou os passos dela, e se sentiu aliviado quando ela seguiu para o quarto deles. Trancou a porta do quarto da filha atrás dele, e foi para a mesma direção de Bella, notando que ela foi para o banheiro, e ele foi se sentar na cama. Também queria tomar um banho... Mas como as coisas haviam mudado – o que ele esperava que não durasse por muito tempo – ele resolveu não ir até Bella. Não vamos julgá-lo, ele só acreditava que o sentimento de amor, era capaz de curar qualquer ferida, até a mais dolorosa e com menos probabilidade de cicatrizar.

                  Bella não tomou um banho rápido, ela esperava que a força da água que saia do chuveiro, fosse capaz de tirar a dor, de tirar o coração dela. Ela não queria mais tê-lo, não queria mais sentir aquela dor que a destroçava, que a fazia ser fria com o homem que ela ama. Ela não queria mais isso. Mas como fugir de algo que fará parte de sua vida?

                 Carmen já havia levado a bandeja com o jantar de Bella, e perguntou para Edward se ele queria algo, este simplesmente respondeu com um leve movimento negativo de cabeça. Ele só queria que sua vida voltasse ao normal.

                  Bella saiu do banheiro enrolada em uma toalha branca, xingando-se mentalmente por não ter pegado uma roupa para vestir antes de entrar no banheiro. Ela tinha visto Edward, sentando na cama deles, ela torcia para que ele continuasse de costas, e seguiu para o closet.

                   Edward notou isso, e não viu o porquê do que Bella fez, mas o fez perceber que de alguma forma ela ainda ligava para ele, mesmo que a vergonha dela era sem cabimento, ele gostava de ver como o lindo rosto dela ficava vermelho.

                   Depois da rapidez que Bella pegou seu pijama – uma blusinha fininha, regata, e um short de moletom cinza –, se vestindo no imenso closet, e depois seguiu para o quarto, e se surpreendeu ao ver que Edward continuava na mesma posição, sentado na cama, só que agora ele passava as mãos nos cabelos acobreados. Aquilo desconcertava Bella de uma maneira... Ela balançou a cabeça e voltou ao banheiro para escovar os dentes. Enquanto isso... Edward sentia o aroma delicioso de Bella, a fragrância do shampoo de morangos, que impregnava o quarto, de uma maneira acolhedora. Ele queria sentir a maciez dos cabelos dela, dizer que a amava, mas agora, era como se existisse um muro entre eles. Muro este, que Bella ergueu.

                    Bella seguiu para a cama, quando acabou de escovar os dentes, e pentear o cabelo, já penteado. Sem duvida alguma, Edward a desconcertava, a ponto de fazê-la esquecer de que já havia penteado o cabelo.

                     Assim que Edward percebeu que Bella dormiria ali, com ele, seu mundo se encheu de esperanças; esperanças estas que traria seu amor de volta, que juntos, eles superariam a saudade da filha. Ele queria se deitar agora, ali do lado dela, abraçá-la, ter a certeza de que ela estava ali, mas esse não era o momento. Ele iria tomar banho.

                     No meio da madrugada, Bella começa a ter pesadelos, pesadelos estes que a impossibilitava de dormir. Ela se levanta, e sai do quarto, tomando cuidado para Edward não perceber.

                      - Ai. – Ela tinha batido justo o pé que estava com a bota ortopédica. Olhou para o lado, e nada de Edward acordar. Ela não tinha gritado mesmo...

                      Seguiu para o quarto de Elisa. Onde ela julgava poder ter uma boa noite de sono, pois lá ela sentia a presença de sua filha, sentiria o cheirinho dela, e as lembranças viriam numa intensidade sem igual. Lembranças essas, que viriam em forma de sonho...

                      - Filha... Por que não quer tomar banho no banheiro do seu quarto? – Bella perguntou, se agachando, ficando de frente para a filha, que estava sentada na beirada da cama dela.

                      - Mas mamãe. O seu banheilo é maiô, e tem uma banhela enoumeeeee. – Ela respondeu fazendo biquinho, e retratando a palavra “enoumeeeee” com os bracinhos, que não se alongavam mais, por serem pequeninos.

                      Não tinha como Bella negar o pedido da filha, ainda mais quando esta fazia biquinho. Literalmente Elisa era a criança mais mimada do mundo, mas era a sua mimada, a mimada de Bella. A mimada mais doce...

                      - Tá bem. – Bella fingiu bufar, e logo sorriu ao ver o gritinho de felicidade da filha. – Você está convivendo muito com a sua tia. – Disse Bella, lembrando-se exatamente das “aulas” de persuasão que Alice dava para a sobrinha, e os gritinhos estavam incluídos.

                      Bella massageava a cabeça da filha, espalhando o shampoo de morangos neles. Elisa até fechava os olhos por causa da sensação boa que era ter a mãe massageando o cabelo dela. Não que ela não gostasse quando Carmen ou a vovó Esme faziam isso, mas é que mãe, não tinha explicação, era só melhor...

                     Assim que o banho terminou, e Bella tirou todo o sabão do corpo da pequena Elisa, pediu para que esta ficasse na banheira, enquanto ela ia pegar a toalha de Elisa que tinha esquecido no quarto da própria.

                     Só tinha pouca água na banheira, mas mesmo assim Bella foi rápida em pegar a toalha, mas o que tudo indicava era que Elisa tinha sido ainda mais rápida do que a mãe.

                     Quando Bella voltou ao banheiro, viu que sua filha estava enrolada no roupão dela, que ficará extremamente enorme em Elisa. Bella não conseguiu conter a risada, fazendo Elisa olhar para ela, e perguntar:

                      - O qui foi mamãe?

                      - Nada. Você só ficou engraçada vestida com o meu roupão. – Disse dando de ombros, mas sem deixar de rir, e pegou sua anjinha no colo, a enchendo de beijos...

                      Outro sonho invadia a cabeça de Bella... Um sonho que não passava de lembranças.

                      - Não papai. – Elisa gritava e ria ao mesmo tempo, enquanto Edward a segurava no ar com as duas mãos, fingindo que iria deixá-la cair na piscina.

                      - O quê? É para eu deixar você cair? – Edward perguntou, se contendo para não rir.

                    -Nãoooo. – Elisa voltou a gritar e ria...

                    - Me diz uma coisa. – Edward disse, abaixando a filha, e a colocando no piso que dava volta na piscina. – Você queria vir ou não para a piscina com o papai? – Perguntou, tentando parecer sério.

                  - Quelia.

                  - Então por que não quer entrar?

                  - Puquê ta fia. – Elisa disse, parecendo obvio.

                   - Aaah. – Edward estava tendo uma idéia... – Que tal você entrar, e depois a gente puxar a mamãe para ficar com a gente? – Ele sussurrou, pensando que Bella não ouvia e ria baixinho a tudo o que eles diziam.

                - Tá. – Elisa pulou na piscina, sem medo. Ela ainda não sabia nadar, mas com a ajuda do pai, ela se sentia confiante.

                Bella estava deitada de bruços na beirada da piscina, aproveitando o sol que fazia em Nova York, e mal percebia que o que ouviu, se tornaria real. O que seus dois amores estavam planejando...

                - Mamãe. – Bella ouvia sua filha chamar. Foi instintivo, Bella tirou os óculos de sol do rosto, e olhou na direção da voz... Foi tudo muito rápido, Bella só sentiu uma mão a puxando pela perna. A puxando para a piscina.

                - Não acredito que você fez isso. – Bella sussurrou ao emergir da piscina, olhando para Edward, tentando não se desconcertar com a imagem linda dele sorrindo, fazendo cara de inocente. – E você mocinha, o ajudou. – Bella olhou para Elisa, que estava em cima da boia rosa sob a água, onde ela tinha a chamado.

               Elisa virou as mãos para cima, e sorriu inocentemente.

               - É guerra que vocês querem? É guerra que vocês terão. – Bella declarou, tentando soar ameaçadora, mas tanto Edward como Elisa continuou sorrindo.

               Aquele dia havia sido especial para os três, um dia só de família, um dia que não voltaria mais. Todas as lembranças que faziam Bella amenizar a dor eram lembranças que não trariam sua pequena Elisa de volta, que não traria a felicidade para a vida dela, que não faria esquecer a dor. Esse sofrimento todo, não traria Elisa de volta...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... Hoje tivemos a continuação do Capítulo anterior, um Edward preocupado com o amor da sua vida, e uma Bella reclusa... Ela se vê culpada, e a forma de se flagelar é qual? Se afastando da unica pessoa que podia lhe transmitir paz, esperança, e... Amor! Aaah, não vamos pensar em um Edward que não liga para a morte da filha - tenho medo de ter transmitido isso, principalmente nesse capítulo - ... Liga sim, e muito... Mas ele sabe que a saída para isso é encarar, e não se esconder por trás da dor. Okey?
Espero que a Elisa tenha parecido tão fofa para vocês, como para mim. Espero não ter decepcionado vocês. Quero que saibam que não estou aqui para 'chantagear' vocês, pedindo Recomendações, mas ter as opiniões de vocês espelhadas nas Reviews já me deixa contente... Pode ser que comece a postar vários capítulos na semana, mas não tenho certeza. Volta as aulas está me deixando louca rs... E também estou lendo... Okey, sem empecilhos kkk. Beijo!!! Espero que vocês possam ter me entendido lá em cima.