Corro atrás de uma sombra,

Procuro-te diante dela,

Mas tudo o que vejo,

É a sombra se afastando cada vez mais de mim,

Mesmo não mudando seus movimentos,

Mesmo sabendo que o culpado por deixar a sombrar sumir de vista sou eu,

Pois meus pés cansados estão,

Ferido se encontra meu coração,

Tento acompanhar-te,

Mas fraco estou,

De joelho cedidos no chão estou,

Grito para as que as estrelas do céu ouçam o meu pedido,

Quero te ter aqui comigo,

Sinto algo molhado rolar,

Pelas maçãs de meu rosto as limpar,

As estrelas me observam em silencio,

Contemplando a agonia que estou sofrendo,

Voltou o meu olhar ao chão,

Envergonhado e sendo humilhado,

Pingos de chuva falsa começam a pingar,

Diante de meu rosto, meus olhos a pingar,

Sinto a sombra voltar a se aproximar,

Com medo de ser uma ilusão eu só fico a ignorar,

Sinto uma escuridão me envolver,

Olho para cima buscando quem poderia ser,

Vejo uma mão estendida a me chamar,

Olho para um rosto,

Que sorridente está,

Limpando as lágrimas aceito sua mão,

Sorrindo de volta,

Em forma de gratidão,

Olho para as estrelas e baixinho eu digo,

Obrigado por atender ao meu pedido.