Fairy Tail - Arco Do Submundo escrita por John Asimov Palma


Capítulo 4
O poder de acreditar


Notas iniciais do capítulo

Depois de muuuuito atraso, capítulo novo. Não esqueçam dos reviews, please!
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OSTs para o capítulo
[1] OST2 - 03 Jaaku no Tsuchioto
[2] OST3 - 15 Tenkuu no Miko
[3] OST2 - 25 Kuraki Zankou



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O sol agora estava dominando todo o céu daquela área. E calmamente balanceado ao calor gerado, uma brisa fresca surgia de ambos os lados, trazendo consigo cheiros de flores e algumas essências jamais descritas pela humanidade. E no meio deste mar de sensações, algo estranho estava acontecendo.

A batalha cessara momentâneamente. Ninguém se movia ou fazia som algum. E por um tempo permaneceu assim.

–Fairy Tail... - interrompeu Oreingh – qual o propósito de lutar por um companheiro?

Todos o encararam com uma expressão de espanto.

–Não existem companheiros. Apenas pessoas egoístas que só se aproximam de outras para obter vantagem.

–Isso não é verdade! - bradou Natsu -Essas pessoas são nossos amigos. Nós nos importamos com eles e eles com a gente.

–Amizade?! Ahahahaha! - riu Oreingh. -Amizade, sentimentos... isso tudo é perda de tempo! Essas coisas só atrapalham, impedem a verdadeira força aparecer. E nesse mundo apenas os fortes sobrevivem! - ele parou e encarou Natsu fundo nos olhos, com um sorriso incrivelmente maligno -Quando você matar seu amigo, vai conhecer o que é força de verdade!

Natsu retribuiu o olhar com uma fúria sobrehumana. Conversar não adiantaria mais. Ele precisaria ser derrotado, ou não teriam chance de encontrar Lucy. Mas quando ele cogitou de fazer algum movimento, Oreingh foi mais rápido.

–Fairy Tail. Este lugar será o seu túmulo. - e erguendo as mãos -Desapareçam! Boufuu waamu sekaihou! Lei do Mundo da Tormenta de Vermes!

[1]

Um terremoto poderoso começou, fazendo todos caírem. Imediatamente, o solo começou a ruir, desfazendo-se em terra fina e volumosa. Lentamente, eles estavam afundando em areia movediça.

–Mas que droga! - gritou Natsu. -Não consigo me mexer, essa terra está me prendendo.

–Essa não! - disse Erza. -Se isso continuar assim, vamos ser engolidos!

–Gray-sama! - gritou Juvia sendo arrastada para o fundo.

–Não há como escapar do seu destino trágico, Fairy Tail! - disse Oreingh com uma expressão feliz, contemplando o sofrimento deles.

–Natsu!! - gritou Happy voando em sua direção.

Ele tentava puxá-lo para fora da areia movediça, mas a força que o tragava para baixo era muito maior. E suas patinhas frágeis [Happy: O quê?] não conseguiam salvá-lo, por mais que tentasse. Mas Gajeel teve uma idéia.

Minutos depois que a magia começara, eles haviam desaparecido dentro da areia movediça. Estava acabado. Porém, Oreingh não se deu por satisfeito. Ele abriu os braços, criando um círculo mágico enorme. Depois colocou as duas mãos no chão.

Samutsuchi no maisou! Sepultamento da terra fria!

O terreno se comprimiu violentamente e rapimente, lançando pedras para o ar. Os membros da Fairy Tail presentes ali foram enterrados vivos. Oreingh voltou para sua expressão tediosa.

–Seus corações eram fortes, mas seus objetivos vazios os fizeram ser derrotados.

E virando as costas, partiu dali.



–Parece que Oreingh já terminou. - disse Venor ajeitando a Lucy desacordada em seus ombros de maneira nada gentil.

Galatea exprimiu um silvo de insatisfação.

–Eu queria ter acabado com eles! - disse com uma voz frustrada. -Espero que mais deles apareçam, quem sabe assim...

–Ninguém de nós pode. - interveio Eric. -Ygor-sama cuidou deles sozinho. E não adianta contestar isso.

–A não ser que você queira confrontá-lo, Galatea! - disse Venor em deboche.

–Engraçadinho. - respondeu ela com desdém. -Ainda farei com que ele faça você desaparecer.

–Não se preocupe. - retrucou ele. -Um dia estarei pronto para derrotá-lo.



Naquele momento, apenas o barulho do vento era ouvido ali. O que antes fora o palco de uma batalha agora jazia esquecido e sem utilidade. Um espaço vazio. Morto. Até que algo interessante aconteceu.

De forma rápida e continua, um enorme domo de metal brotava do chão, quebrando o solo a medida que ia expandindo. E quando adquiriu o tamanho de uma casa, o ferro se desfez, exibindo enfim o conteúdo. Natsu e os outros estavam vivos.

–S-se não fosse... o Gajeel, estaríamos m-mortos agora... - disse Erza ofegante.

–Gray-sama, você está bem? - perguntou Juvia aflita.

–Aquele desgraçado! - bradou Natsu. -Vou acabar com ele!!

–Acalme-se Natsu. - interveio Gajeel. -Temos que conversar primeiro.

–O quê? - perguntou sem entender.

–Gajeel-san está certo. - completou Juvia. -O inimigo é mais forte do que imaginávamos.

–Então porque não enviaram mais pessoas com vocês para nos ajudar?! - perguntou Erza.

–Isso porque... fomos os únicos que sobraram.

[2]

Natsu, Gray, Erza e Happy olharam assustados para os outros. O que aquilo significava?

–Como assim, sobraram?! - disse Erza.

–A guilda foi atacada. - respondeu Wendy. -O inimigo era forte demais e não tivemos chance de se defender.

–Todos os outros desapareceram. - disse Juvia.

–O ataque foi rápido e certeiro. - continuou Gajeel. -Nós só conseguimos escapar por que não estávamos dentro da guilda no momento exato do ataque.

–Isso não é possível! - exclamou Gray.

–O pessoal... o velhote... todos sumiram?! - perguntou Natsu num tom quase desesperado. -Aqueles desgraçados!

–Acalme-se, Natsu. - disse Erza. -Dadas as circunstâncias temos que pensar em uma estratégia.

–Mas espera ai. - começou Gray. -Quem atacou a guilda foram esses mesmos caras?

–Não, foi uma outra pessoa. - respondeu Wendy. -Mas o símbolo da guilda era o mesmo.

–Aquilo... não era uma pessoa... - disse Gajeel fechando os olhos.

E com essas palavras, o pensamento foi dando lugar à lembrança.

Estávamos voltando de uma missão, o sol ainda não tinha nascido. De longe vimos a guilda toda iluminada e estranhamos o fato, já que era pra todos estarem dormindo. Havia alguém na porta, não era possível ver o rosto ou distinguir nada. Mas o símbolo na capa que ele usava era o mesmo desse cara. Ele gesticulava enquanto falava coisas meio sem sentido, algo de dois lados da vida. E então, uma luz forte irrompeu dentro da guilda e após isso, todos desapareceram. Quando chegamos lá, estava vazio, sem ninguém ou sombra de alguém.”

–Então existe a possibilidade deles ainda estarem...

–É claro que eles estão vivos, Gray seu imbecil!

–O que importa agora é pensarmos no que fazer, se tivermos que enfrentá-los. - ponderou Juvia. -Já vimos que eles são realmente fortes.

–Cuidaremos disso no caminho. - finalizou Gajeel. -Temos que ir agora, ou perderemos o rastro daquele cara.

E então, todos juntos seguiram o rastro do cheiro e pegadas deixadas por Oreingh. Ele voltaria para a própria guilda e por conseguinte, para onde Lucy estaria. A tensão era enorme, pois não se sabia o que poderia acontecer logo à frente.



Fiore – Condado de Bokori


–Finalmente chegamos! - disse Eric.

Os membros da Heaven Sword carregando Lucy Heartfilia como refém chegaram à base móvel temporária da guilda. Parecia um mini castelo, com torres compridas de telhado negro e uma grande ponte levadiça de madeira, que bloqueava a entrada. Haviam muitas árvores, de vários tamanhos e cores ao redor, e a atmosfera ali era sempre negativa.

–Espero que Oreingh não se perca no caminho. - disse Galatea. -Odiaria ter que sair para procurá-lo.

–Tenho certeza que ele ficará feliz em ouvir isso, Galatea. - disse uma voz atrás deles.

[3]

Ela vinha de um homem, de aparência do início da velhice. Longos cabelos brancos levemente enrolados perdidos por trás das vestes de general e capa cinzenta. Os olhos frios e cinzas encaravam à todos unido à um sorriso indefinido, talvez sarcástico ou diabólico. Todos se curvaram quando deram conta de quem se tratava.

–Mestre Gobi, perdoe-nos por nossa inconsequência. - disse Venor com a cabeça baixa.

–Levantem-se, meus amigos. Logo será o mundo quem se curvará perante vocês. - disse o mestre. -Essa é a maga celestial?

–Sim, mestre. - respondeu Venor virando o corpo de modo a exibir o rosto para o homem.

–Ótimo. Levem-na para a cela da torre oeste. E dê algo de comer, não precisamos de ninguém desmaiando no meio da cerimônia.

Venor entregou Lucy para Eric, que entrou no castelo levando-a em seu ombro.

–E quanto à Fairy Tail? - continuou o mestre.

–Oreingh cuidou deles. - respondeu Venor. -Deve-se juntar à nós até o fim da tarde.

–Ou amanhã de manhã... - interrompeu Galatea. -Sabe como ele é lento.

–Estejam preparados. - disse o mestre virando-se para entrar no castelo. -A Fairy Tail virá. Oreingh é desatento e está trazendo eles até nós.

–Sim, mestre. - respondeu Venor.

Galatea sorriu de satisfação. Finalmente poderia lutar. E Blue Ball permanecia calada com a cabeça baixa.



–Eu não estou gostando disso. - disse Erza apreensiva.

–O que foi, Erza-san? - perguntou Wendy.

–Estamos indo muito ao leste... e isso não é um bom sinal.

–Como assim?! - perguntou Natsu.

–Ao leste, Fiore faz fronteira com Bosco. - respondeu.

–Essa não! - exclamou Gray, ciente do problema.

–Não se faça de sabido, Gray! - disse Natsu duvidando do amigo. -Eu ainda não entendi!

–Isso por que você é burro, cabeça de fósforo!

–Vá por alguma roupa, cubo de gelo!

[Gray-sama! *Juvia mais vermelha que um tomate maduro*]

–Silêncio! - disse Erza. -Bosco é um país com leis diferentes das nossas. Lá a escravidão é permitida, e eles até vendem escravos. Se esses raptores se refugiarem lá, não poderemos levá-los à justiça pelo cumprimento da lei.

–Então vamos julgá-los com nossos punhos! - interveio Natsu.

Erza sorriu. Ela sabia que nenhuma lei os protegeria se entrassem em Bosco. Mas ela tinha fé que Natsu seria capaz de derrotar qualquer um para salvar um amigo. E que nada é maior do que o poder de acreditar.


–------

–Hei Natsu! Como será que é essa guilda? Eles são barulhentos que nem a gente?

–Claro que não Happy, ninguém faz mais bagunça que a Fairy Tail!

–Aye sir!


Não percam, o próximo capítulo: Crepúsculo.



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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, pleeeeeease!!!



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