Estigmas Das Trevas escrita por AngelSPN


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos. Espero que apreciem mais alguns de meus devaneios. Desejo á todos uma ótima leitura.



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                - Sam, às vezes penso em largar essa vida...estou cansado. Mas aí me lembro de coisas que me faz querer continuar a lutar e a seguir em frente. Você é uma delas. – Dean agora olhava para um ponto qualquer do quarto, parecia ter sido tele transportado para uma outra dimensão. Sam não ousou interromper, continuava atento às palavras calmas e relutantes que saíam dos lábios daquele irmão tão querido. Sentiu-se ao mesmo tempo incapaz de poder dar-lhe coragem para continuar sua árdua lembrança. Só conseguiu proferir o nome do loiro.

                - Dean...- Sam esperou, segundos pareciam eternidade. O silêncio era completo, até a gota de água podia-se ouvir da pia do banheiro.

                - Quando Azazel me prendeu no teto, senti a dor de mamãe. Sentí meu ódio por aquele ser nefasto, e quando vi papai implorando por minha vida, me senti um inútil. Não consegui sequer me defender. Foi então que o demônio do olho amarelo atendeu o meu telefone e falou: “Ora, ora, ora...o que temos aqui... Hey John, quer dizer oi para seu filho caçula? Ou quer lhe contar uma longa história de mentiras e de cilada que você mesmo armou?”.

                - Dean eu...sinto muito. – Sam estava tão emocionado quanto o irmão.

                - Não Sammy, você não deve sentir-se culpado por nada. Eu estava naquele maldito teto engasgando com meu próprio sangue, mas não perdi a consciência completamente, a revelação aos poucos fora se encaixando e senti-me traído e quando aquele filho da mãe disse que você serviria aos propósitos dele...

                - É eu lembro, ele queria tirar você do caminho levando-me a escuridão. Confesso que ele conseguiu por um tempo.

                - O quê você quer dizer com isso? – Dean voltou e a encarar o irmão, e encontrou um par de olhos lacrimejantes.

                - Tentei trazer você de volta, de todas as formas que eu tinha conhecimento, Bobby e papai também tentaram. Mas eles queriam você lá, longe de mim e por algum propósito maior perto deles. – Sam dizia temeroso que as forças do mal estivessem conspirando contra seus destinos.

                - Sammy...o maldito Alastair me torturava de formas que você não pode imaginar, e a pior delas era ver o sofrimento de vocês e suas tentativas de me tirarem de lá.

                - Você sabia? – o moreno estava em choque.

                - Sim, vi você e Bobby tentando de tudo por minha vida, minha alma. E fiquei desesperado ao ver papai invocando Azazel. Mas...

                - O quê Dean? – Sam sentiu a abrupta mudança nos ombros do irmão, parecia que ele carregava um fardo imenso e que estava prestes a deixar cair.

                - Sinto muito Sammy...

                - Qual é Dean, seja o que for divida comigo esse fardo. Deixe-me ajudá-lo! – o caçula colocou sua mão no ombro do irmão, motivando-o a compartilhar sua dor.

                - Papai sabe de algo, algo sobre você e outras crianças como você. – Dean virou-se novamente para a janela, olhando um céu tão azul e limpo.

                - Como assim, crianças como eu? Não consigo entender...

                - Seus poderes Sam, seus sonhos. Você me alertou, eu não o ouvi. Depois você foi até o inferno em sonho, são poderes que estão em constante crescimento. E isso me assusta. – Dean colocou a mão sobre seu abdômen dolorido.

                - Temos que encontrar o pai. Ele deve nos contar tudo o que sabe, temos que achá-lo Dean! – a voz do moreno alterou-se ainda mais.

                - É, eu sei. Mas não sei se quero saber a verdade.

                - Como não? Temos que saber contra o quê e porque estão te cercando. Se ficarmos parados lamentando o que passou, seremos alvos perfeitos. Somos um Winchester e nossa sina é essa, não podemos recuar.

                - Você tem razão, temos que voltar nossos rostos em direção ao sol e então as sombras ficarão para trás...não é?

                Dean conseguia surpreender o irmão, era incrível a mudança no jeito do loiro. Era tremendamente um muro de pedras.

                - De onde você tirou isso? – Sam sorriu, limpado com o braço as lágrimas que ainda teimavam em cair.

                - Ah, sei lá, de uma embalagem de chocolate.

                - Cara, você não é certo mesmo.

                - E você é? – ambos sorriram e finalmente desceram para o desjejum.

                No restaurante onde entraram não falaram sobre o ocorrido no hotel, Sam estava atento aos movimentos do irmão, a ferida estava incomodando o irmão mais velho, ele não admitia mas seus movimentos denunciavam a dor que sentia.

                - Dean, não acha melhor pegarmos algo e voltar ao hotel? – Sam olhava para o abdômen do irmão.

                - Relaxa Sammy! Isso é apenas um corte superficial, já lidamos com coisa muito pior. – o loiro falou piscando para uma bela garçonete.

- Hey, pára de paquerar todas as garçonetes! – Sam sorria constrangido aos olhares femininos.

- Sam, estou no paraíso! Já virei fã do lugar. – ambos sentaram á mesa.

Estavam terminando o café da manhã, quando uma jovem simplesmente pára de frente aos Winchester e os observa sem dizer nenhuma palavra.

- Podemos ajudá-la? – Sam pergunta se sentindo inquieto com aquela mulher loira encarando-os.

- É, sei que sou irresistível, mas tudo tem limite.

- Dean!

- Ah, não enche Sammy.

- É Sam! Você sabe que odeio esse…- o moreno foi interrompido pela voz doce e ao mesmo tempo firme da jovem.

- Serão vocês mesmos os Winchester’s a qual ouço falar? – a ironia na voz era palpável.

- Depende de quem quer saber. – Dean disparou levando um chute do caçula.

- Já me disseram sobre seu temperamento, só pode ser Dean Winchester. Sempre com a língua afiada. – a misteriosa mulher agora pegou uma cadeira e sentou-se à mesa.

- Perdoe meu irmão e seus modos pouco ortodoxos. Como sabe sobre quem somos? E quem é você?

- Pelo menos um gênio educado entre a família. – a loira pegou uma batatinha do prato de Sam e saboreou-a com catchup.

                Dean remexeu-se na cadeira, algo estava alertando-o contra as investidas da mulher.

                - Meu nome é Ruby, sou uma caçadora. Estamos em um mesmo barco e preciso da ajuda de vocês.

                - Primeiro, você não tem jeito de caçadora. Segundo porque iríamos ajudar uma mulher maluca loira que nos aborda e atrapalha nosso café matutino? – Dean encarava a loira desafiando-a.

                - Dean, qual é cara. Já ajudamos muitas pessoas por muito menos. Vamos ouvir, só te peço isso, ouvir o que ela tem a nos dizer.

                - Obrigada, Sam. Seu irmão tem um temperamento entediante. – Dean levantou-se, não ficaria parado ouvindo uma mulherzinha tirando com sua cara, não mesmo. Mas a próxima frase dela o fez voltar e sentar novamente. – Sei onde está o velho John Winchester, e como retribuição pela ajuda...eu quero algo em troca. – Ruby encostou-se no assento da cadeira deliciando-se com a expressão de surpresa dos irmãos.

                - Se quiséssemos falar com nosso pai, bastava ligar para ele. – Dean não queria dar o braço a torcer.

                - Bem, se for assim...acho que me enganei e vou indo então. – Ruby levantou-se.

                - Espere! – gritou o moreno.

                A loira disfarçou um sorriso e voltou seu olhar para Sam.

                -  O que você quer em troca? – Sam falou sem encarar o irmão.

                - A faca.

                - Sam é furada cara, essa mulher quer nos enganar. E papai vai entrar em contato conosco depois daquele nosso recado. – Dean tentava fazer seu irmão desistir dessa idéia maluca de negociar com uma desconhecida e petulante mulher.

                - Dean Winchester, seu pai não vai retornar a ligação. – aquela afirmação gelou o sangue dos irmãos.

                - O quê você quer dizer com isso? – Dean agora estava sendo segurado pelo irmão.

                - Vai com calma Dean. – o moreno virou-se para loira e a questionou sobre tal afirmação. – Como você tem tanta certeza disso, Ruby? O que você sabe sobre o paradeiro dele? – Sam estava ficando preocupado e apreensivo com a situação.

                Um vento entrou no restaurante, deixando muitos freqüentadores se entreolhando, o lugar era fechado, não haviam entendido tal mudança no clima. Para os irmãos um mau presságio estava por vir.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, sei que pode ficar meio estranho o rumo que vou dando aos fatos, distorcendo-os. O caminho pode ser outro, mas o fim é o mesmo. Beijos!E espero seus reviews!