O Poder Da Dúvida escrita por luud-chan


Capítulo 1
Capítulo Único: O poder da dúvida


Notas iniciais do capítulo

Olá amados leitores, tive um pequeno surto NaLu e saiu isso aqui. ^^ Na verdade, estou tendo muitas ideias agora, depois que postei minha primeira oneshot de FT, surgiram muitas ideias e estou disposta a continuar postando com frequência sobre o casal. Tive até uma ideia para uma longfic. ^^

Assuntos a parte, espero que gostem dessa pequena oneshot, não tem beijo, mas...

Boa leitura!



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O poder da dúvida

Ah a dúvida... O poder da dúvida pode fazer milagres ou declarações. E claro, certo rapaz de cabelos estranhamente exóticos da cor rosa chamado Natsu Dragneel mantinha uma dúvida na cabeça, que estava o corroendo por dias, para não dizer semanas ou meses.

O dragon slayer estava achando que estava doente, pois andava tendo umas sensações muito estranhas. E essas sensações estranhas eram muito mais evidentes quando estava perto de Lucy Heartfilia.

E Natsu adoraria saber porquê seu coração batia mais rápido quando a loira lhe sorria, ou porquê a respiração faltava quando ela estava próxima demais e o porquê do seu estômago encher de borboletas e sua pele formigar quando uma vez ou outra sua pele ia de encontro à dela e roçava levemente.

E quem melhor que a própria Lucy para tirar suas dúvidas?

Pois bem, assim o faria. Iria para guilda onde certamente certa loira estaria.

N&L

Pela milésima vez naquele dia, Lucy suspirou entediada. Provavelmente se tédio matasse, estaria morta. Como de costume nesses momentos tediosos, estava estendida no balcão preguiçosamente. Pelo menos ali não seria atingida por uma cadeira voadora.

Suspirou de novo.

— Entediada, Lucy? — Mirajane apareceu na frente da maga estelar com um sorriso meigo.

— Sim, Mira-san — respondeu e apoiou o queixo nas mãos, os cotovelos sobre o balcão para poder olhá-la melhor.

— Por que não pega uma missão? O quadro já foi renovado hoje. Está cheio de missões! — falou alegre.

— Bem que eu queria, mas o Natsu não está afim de sair hoje — resmungou em um muxoxo.

— Há muitas missões que dá para você fazer sozinha e ainda dá um bom dinheiro, Lucy — Mirajane informou, colocando um copo de suco de laranja na frente de Lucy, que o pegou e bebericou.

— Não sei não, Mira... Não estou afim do Natsu e do Happy chorando daqui a pouco lá em casa falando que eu os abandonei e usando isso como desculpa para assaltar minha geladeira.

Mirajane soltou uma risadinha e Lucy se estendeu novamente no balcão depois de tomar todo o suco de uma vez só. De repente, a porta foi aberta violentamente, o que chamou a atenção não apenas das duas mulheres ali presentes, mas de toda a guilda, ainda que se encontrasse em uma muvuca só.

— Falando nele — Mira comentou, com um sorrisinho cínico e muito suspeito.

— Quem sabe eu não o convença a ir a uma missão comigo! — disse, tentando ficar mais animada.

— Boa sorte — desejou antes de deixar o balcão e ir para a cozinha.

Natsu entrou na guilda todo afobado, ansioso e um tanto nervoso. Agradecia mentalmente por Happy ter tirado o dia para pescar e tê-lo deixado sozinho. Queria tirar sua dúvida com Lucy a sós.

Seu olhar percorreu toda a guilda a procura da dita cuja. Quando a achou, foi impossível conter o sorriso enorme que insistia em brotar em seus lábios toda a vez que a via.

— Lu... — quando se preparou para berrar o nome dela, uma mesa o atingiu em cheio, interrompendo-o. Imediatamente uma veia saltou de sua testa. — Quem foi o desgraçado que fez isso?

Gray apareceu do nada do meio da briga e encarou Natsu desafiadoramente. Com um sorriso sarcástico, disse:

— Fui eu. Vai fazer o quê, olhos rasgados?

Uma aura maligna planou em cima dos dois enquanto se encaravam.

— Vou te encher de pancada, olhos puxados!

E foi o suficiente para que os dois começassem a distribuir pontapés e socos de graça.

Ao longe, Lucy viu os dois amigos brigando e soltou um suspiro resignado. Balançou negativamente a cabeça.

— Anda suspirando demais, está apaixonada, Lucy? — Cana, que estava com um barril nas mãos, perguntou inocentemente, deixando uma loira totalmente rubra e sem graça. Tinha a pego de surpresa.

— Claro que n-não! — gaguejou timidamente e se amaldiçoou por isso.

Não era a primeira vez que alguém perguntava isso, e todas às vezes tentou ser o mais fria e direta possível para não dar indícios do que realmente estava sentindo.

Sim, estava apaixonada.

Por quem?

Por ninguém mais, ninguém menos que Natsu Dragneel.

E era bem difícil conter esse tipo de sentimento por seu amigo e companheiro de equipe, ainda mais quando ele estava perto demais. Ainda assim, tentava reprimir e abandonar esses cálidos sentimentos com medo de estragar a bela amizade que os dois compartilhavam. E Natsu... Bem... Era o Natsu. Não conseguia ver ele com esse tipo de sentimento aflorando, ele era tão inocente.

— Sei, sei — Cana desconversou, deixando a loira em paz, já satisfeita com a vergonha de Lucy, que tinha a denunciado. Quando viu-a se levantar da cadeira, perguntou curiosa: — Já vai?

— Vou pegar uma missão simples. Quem sabe eu não ache algo que combine comigo.

— Okay. Boa sorte! — desejou e voltou a dar atenção ao seu barril de cerveja.

Lucy olhou o quadro de pedidos e o ficou observando por alguns minutos em busca de uma missão que a agradasse. Esse era justamente o problema, nada estava a agradando. Desistiu e resolveu ir para casa para escrever sua novela.

Acenou para Mirajane e Cana antes de sair, despedindo-se. Lentamente, andou até o seu apartamento.

Depois de vários minutos brigando com um bando de gente que ele não fazia a mínima ideia de como fora parar ali, Natsu esgueirou-se no balcão e sentiu falta de uma pessoa.

— Cadê a Lucy? — perguntou para si mesmo, mas Mirajane ouviu e respondeu:

— Ela voltou para casa. Queria ir a uma missão, mas nada a agradava. Por isso, foi embora — avisou com um sorriso.

— Obrigado, Mira! — agradeceu. Foi na direção da porta com um sorriso estampado na face. — Até mais.

— Até! — Mira acenou de volta com um sorriso doce. — Esse Natsu... Acho que hoje a coisa anda — murmurou para si mesma com um sorriso malicioso.

— Também acho — Cana concordou aparecendo de repente.

N&L

Natsu correu até a casa de Lucy. Estava mais empolgado do que nunca, o que era praticamente impossível. Assim que chegou, escalou a parede e entrou pela janela como o habitual, mas Lucy não estava ali. O que era estranho, já que a loira tinha saído da guilda primeiro que ele.

— Será que aconteceu alguma coisa? — sussurrou pensativo. — Irei esperar um pouco aqui, se ela demorar muito, vou atrás dela!

Dito isso, sentou na cama da loira a espera dela, e antes que percebesse, já havia dormido.

Quase dez minutos depois, Lucy chegou a casa com um pequeno pote de sorvete nas mãos e a primeira coisa que viu quando abriu a porta, foi Natsu dormindo na sua cama. Já havia se preparado para gritar com ele, mas voltou atrás ao ver a face do amigo tão serena.

Acabou por apenas sorrir.

Tadaima — disse com a voz baixa, para não acordá-lo.

Sentou na cadeira da escrivaninha e voltou a comer seu sorvete calmamente.

Lembrou-se do seu objetivo a voltar para casa.

Ainda beliscando seu sorvete, abaixou-se para alcançar a gaveta e tirou o manuscrito do seu romance. Depois de colocá-lo em cima da mesa, suspirou.

— Luce... — Natsu a chamou ainda sonolento, fazendo-a se assustar. — Você chegou.

— Natsu! Não me assuste dessa maneira! — resmungou com a mão no peito, sentindo o coração acelerar e só piorou quando ele sorriu lindamente. Ela suspirou novamente, rendida. — Não tem comida na geladeira Natsu e nem...

— Eu não vim pela comida, Lucy — declarou, interrompendo-a. — Eu vim, porque quero falar com você.

A loira o encarou por um segundo e por um motivo desconhecido, corou.

— C-certo! — respondeu e desviou o olhar do dele. E juntando as mãos nos joelhos, continuou: — O que é? Se for dinheiro, eu também não tenho.

— Eu sei disso mais do que ninguém, Lucy — falou com um sorriso debochado, fazendo-a o fuzilar com os olhos. — Mas não é isso. É que... — hesitou por um instante tentando formular o que queria dizer.

— É que...? — incentivou, totalmente curiosa. — Vamos, Natsu! Vai me matar de curiosidade desse jeito!

— Eu tenho algumas dúvidas e acho que você pode tirá-las — confessou. Ela assentiu, sentindo-se a pessoa mais inteligente do mundo. — Eu acho que estou doente. Não sei bem explicar, mas uma série de sensações estranhas andam me invadindo e isso já faz uns meses.

— Que tipo de sensações? — perguntou interessada e levemente preocupada.

— Meu coração bate mais rápido que o normal, sinto meu estômago encher de borboletas e minha respiração falha... — Lucy sorriu tristemente pela inocência do dragon slayer, estava apaixonado e nem sabia, o que era de se esperar. — E essas sensações aumentam ainda mais quando estou com você.

Lucy congelou como um iceberg. Prendeu a respiração e ficou o encarando incrédula.

— O que disse? — perguntou. Precisava escutar aquilo novamente.

— Que essas sensações aumentam quando estou com você. Agora mesmo estou sentindo um formigamento na pele. Também ando pensando em você mais que o normal e o seu cheiro anda mais gostoso. Mas as sensações de agora não são nada comparadas as que eu sinto quando você sorri.

A Heartfilia estava estática. Por dentro estava extremamente eufórica e feliz. O seu corpo estava reagindo a ele maravilhosamente. Mesmo sentada, suas pernas estavam moles, suas mãos estavam suando e seu coração batia descontroladamente forte, parecendo que iria saltar do peito a qualquer instante. Sentiu todo o seu sangue subir para seu rosto e parecia que a capacidade de falar tinha sido retirada de si.

— E então, Luce? — o mago-dragão perguntou. — O que eu tenho? — Pareceu ficar pensativo por um minuto e começou a falar novamente: — Não que seja ruim, mas é estranho. Hum...

— B-bem... — gaguejou timidamente, com as mãos apoiadas nas coxas enquanto apertava a barra da saia nervosamente. — Como eu posso dizer...

Natsu estava observando cada movimento da maga estelar, tudo a respeito dela estava chamando mais atenção que o necessário. Enquanto a observava pensar em como o responderia e a apertar a barra da saia, seus olhares se cruzaram por um instante; ela desviou o olhar constrangida. Todavia, fora o suficiente para que o mago do fogo percebesse — no fervor de sua inocência — que Lucy também estava “doente”.

— Ei, Lucy. Você também está doente, não é? — indagou com um sorriso.

“Devia estar mesmo quando me apaixonei por um bobão como você”, pensou um pouco cética.

— Não é bem isso, Natsu — ela murmurou, deixando a timidez e o nervosismo de lado. — Não é bem uma doença, apesar de parecer — explicou com um sorriso, o que acabou atraindo a atenção dele. — Você está apaixonado! — declarou, fixando seu olhar no dele.

— Ah! Entendi! — Fez um gesto com as mãos em sinal de entendimento. — Estou apaixonado por você, Luce! — declarou. Ela corou pela declaração direta e soltou um risinho sem graça. — E você? Também está apaixonada por mim?

— S-sim! — respondeu timidamente e sorriu. — Estou apaixonada por você.

— Eu estou apaixonado por você, Luce! — repetiu, abrindo um sorriso e se aproximando, para puxá-la para um caloroso abraço.

— Obrigada, Natsu — murmurou com a cabeça encostada no peito dele. — Obrigada por me amar.

Ah... O poder da dúvida faz milagres... Ou declarações.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, de verdade. :P

Ficaria feliz se vocês comentassem, faz um bem danado para uma ficwriter. Não importa quando você tenha lido, não tenha vergonha. E eu sempre respondo meus reviews! ♥

Obrigada por terem lido até o final, beijo! ♥