Savin me - Vol. I escrita por Ruby Luna
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem!!
Cap 11 – O preço da traição..
[Carter Burwell – Love death birth.mp3]
[Clive]
Não consegui dormir, tudo parecia um sonho. Desvencilhei-me de Jayme e me levantei indo até o banheiro molhar meu rosto, eu precisava me contemplar um pouco mais. Não que eu estivesse com a síndrome de Narcisismo, não era isso. Mas eu estava crente que não sobreviveria ao veneno de Jayme que me tornara como ela, eu estava muito atraente, não mais que ela e sim de uma forma ainda pouco humana.
Me enrolei na toalha e fui tomar um banho, a sensação era boa, depois de longos minutos sai do banheiro, andei pelo quarto olhei o relógio e se passava das 16:25 da tarde. Havíamos passado uma manhã e início de sábado juntos um do outro.
Eu estava ainda mais apaixonado por ela, na verdade o nome paixão não caberia a palavra e sim amor, eu estava louco a beira de um surto fatal por Jayme. Logo ouvi um barulho familiar, era meu celular a tocar. Temi que o barulho acordasse minha amada e em um raio eu estava na porta tirando meu casaco da arara e pegando meu celular, atendi rapidamente era Katry.
Senti um frio por sobre minha espinha, uma sensação totalmente desagradável, mas teria que atender. Eu imaginava o que teria acontecido, provavelmente algum recado eminente e urgente do senhor Dinne.
- O que quer Katry? – Perguntei em um tom desinteressado.
- Boa tarde, isso é maneira de tratar a sua fogosa e atraente colega colorida que tanto tem saudade? – Katry fingiu estar ofendida, mas eu podia apostar que tinha um sorriso nos lábios.
- O que aconteceu?
- Bom eu que te pergunto, pois estou aqui no hotel alpestre e o recepcionista me avisou que desde ontem não tem notícias suas. Estou te esperando de mala e cuia aqui na recepção. Não me diga que varou a noite trabalhando para a sinistra Bredon?
Eu fiquei estático, sem reação, completamente indignado por Katry aparecer. Ela tinha que estragar meu momento?!
- Não quero que se refira a ela desta forma! Quando chegou? Porque não me avisou? – Foi impossível não alterar a minha voz.
- Calma estressado! Eu cheguei hoje por volta de 13hs. Vim de tão longe pra matar a saudade e você me trata assim?!
- Eu estou indo pro hotel. Te encontro ai daqui a uma hora!
Desliguei o telefone, temi que Jayme estivesse ouvido e voltei para o quarto rapidamente. Para meu alívio ela estava a dormir da mesma forma.
Comecei a me vestir rapidamente, eu sentia uma energia emanar de mim, a velocidade era perfeita, ainda meio humano me distrai e assim que terminei de me vestir me deparei com Jayme a me olhar sinistramente.
- O que aconteceu?
- Preciso voltar para o hotel, recebi uma ligação urgente e preciso receber uma papelada!
- Humm... Certo! Mas em pleno sábado?
- Sim!
- Preciso que me diga uma coisa.
- Sim?
- Eu não sou mais humano e isso dá para perceber, eu estou muito veloz e preciso me controlar para que ninguém saiba da minha transformação.
- Bom, nesse caso não há muito o que fazer...
- Sério?
- É brincadeira, quando for andar entre os humanos tente ficar relaxado, seja o mais casual, não force os limites de sua mente. Você tem todo o controle de seu corpo agora!
- Bom seguirei seu conselho!
Eu podia ver a intensidade de seu olhar, ela estava desapontada e deveria estar, era nossa lua de mel e eu a deixaria para me encontrar com minha amante em potencial. Eu me odiava por isso. Ela se aproximava de mim ainda nua e me beijava, meu corpo queimava de desejos por ela, ela tinha o poder de me seduzir, mas eu teria que despachar Katry. Logo me soltei de Jayme e sussurrei em seu ouvido.
- Jay, eu volto logo. Não se mova, fique aqui, prometo não demorar!
- Tudo bem!
Como um raio eu já estava na varanda, na mesma velocidade entrei em meu Jeep, manobrei o carro excelentemente, e segui para auto estrada para o hotel, teria que me encontrar com Katry, terminar com aquela relação e me livrar de vez dela, voltar para os encantos de Jayme era tudo que eu queria. Estacionei meu carro na primeira vaga que avistei. Desliguei o carro e respirei fundo, pois eu não era mais humano e teria que me portar como um.
Desci de vagar do carro tentando não pensar em nada e me comportar como um humano comum. Tudo estava ocorrendo como planejado, como Jayme havia me falado, tentei ficar o mais relaxado possível, entrei na recepção do hotel e paguei minha diária, e logo perguntei por Katry ao recepcionista e ele me indicara a sala de estar onde ela estava.
Ao me aproximar fui abordado por ela com muita receptividade e ela me beijava intensamente, senti uma onde de calor emanar do meu corpo e logo em afastei bruscamente dela a rejeitando um pouco, mesmo excitado.
- O que foi isso é maneira de tratar sua amiga amante?
- O que veio fazer aqui?
- Vim vê-lo, tem 3 semanas que está aqui e há um bom tempo que não me manda notícias.
- Vamos sair daqui!
- Até que enfim!
- Onde estão suas coisas?
- Estão bem aqui!
- Bom vou pedir para o mensageiro mandar as malas para meu quarto.
Logo adentramos no quarto paguei a gorjeta ao mensageiro e ele me deixou a sós com Katry.
Ela me agarrara com um fogo humano intenso. Eu retribui sua receptividade e senti minha mão esquerda queimar. Percebi que a onda de dor e choque vinha de minha aliança e logo coloquei a mão no bolso e me desvencilhei de Katry.
- Clive, Clive, para de se fazer de difícil, me admira muito! Não é disso!
- Por favor, Katry não!
- A rejeição! Você está mais bonito, robusto, forte, atraente um pecado! Por quê está me rejeitando assim?!
Katry se aproximava de mim mais uma vez, passando a mão em minhas partes íntimas e apertando meu corpo ao dela! Eu não podia negar que minha natureza masculina a pegaria de jeito da forma mais picante possível, mais seria uma transa e nada mais, e era o que sempre acontecia entre nós, mas não queria trair Jayme que estava a me esperar.
- Katry pare, por favor!
- Tudo em!
Ela se afastara de mim e se sentara na poltrona e bebia um whisky sem gelo. Eu permanecia ali com medo dela perceber alguma coisa errada! Katry não era boba!
- Ei? Porque não dormiu aqui ontem? Não vá me dizer que arrumou uma qualquer por ai! Arrumou?
- Deixe de ser boba! – Me sentei na poltrona a sua frente e permaneci ali esperando o que ela iria dizer, aguardando o momento certo com as palavras, eu precisava terminar aquela relação com Katry sem machucá-la.
- E a sua cliente?
- O quê?
- A madame sinistra! Onde ela está?
- E porque quer saber?
- Sabe você está grosseiro, mas saiba que eu adoro quando está assim!
Katry se aproximara de mim eu podia filtrar suas intenções malévolas, e não podia negar que ela estava atraente, eu sentia um desejo em possuí-la e às vezes de matá-la. Até cheguei a me perguntar por um momento se era normal ter esse desejo tão forte, mas Jayme não estava ali e sim Katry.
Eu não deveria permitir que ela me beijasse loucamente, como estava fazendo agora, mas também não pude resistir e retribuí com mais fogo ainda, esquecendo-me por instantes de Jayme e queimando Katry com meu fogo.
Arranquei a roupa dela, a deixando nua e pronta para mim. Katry também não perdeu tempo e puxou minha camiseta, passando em seguida suas unhas longas desde meu pescoço, até chegar bem perto da minha ereção. Urrei de prazer e ela soltou uma risada.
Pude ver que ela já estava louca, querendo que fôssemos logo para a cama. Novamente eu escutei seus sorrisos e gargalhadas, pois eu era violento e a beijava toda, apertava seu corpo por um instante procurava Jayme nela, e quando não encontrava era ainda mais violento.
No calor do momento eu comecei a mordê-la, mas eu com a visão que eu tive paralisei meus músculos e um desespero me atingiu: Jayme estava parada na porta nos olhando.
Eu tinha que consertar meu erro. Como pude ser tão burro e me deixei levar? Não pensei em mais nada, apenas sai daquele quarto de hotel, deixando uma Katry indignava e furiosa para trás.
Passei por aquela porta e corri até sair do hotel, mas nem um sinal de Jayme. Como pude fazer isso com a mulher que amo? Preciso encontrá-la, e já!
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Ps: Capítulo betado!