Red Jealous Love escrita por letdidier, Gabs Pie


Capítulo 9
"No matter what happens, I'll be there for you"


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeey, gente, hoje é Gab que está postando aqui porque eu sou linda (mentira, é porque eu e Let tamo juntas escrevendo aqui e pá). Mas sim, me amem e amem esse capítulo(que eu sei que os SHIPERS TOP TOP HARD vão ficar tipo "OMG OMG OMG amo a Gab, opa, Jisbon" hihihih okay- sóquenão). Mas sim, nesse capítulo a gente botou umas frases de música em inglês, e uma fala do Jane também só para fazer sentido (mas a gente botou legenda lá no final). Aproveitem e shipem muito. Até lá em baixo porque sim, NÃO IGNOREM AS NOTAS FINAIS SÓ PORQUE EU DISSE ISSO U-U beijinhos.



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Lisbon odiava discutir com o Jane. Primeiro porque isso a fazia se sentir mal. Segundo porque mesmo quando ela estava certa, por algum motivo, ela passava a noite inteira se sentindo culpada. O que não fazia sentido nenhum. Mas ela não conseguia ficar muito tempo brigada com ele, e por algum outro motivo que ela também desconhecia, era sempre ela que pedia desculpas mesmo sabendo que estava certa.

Mas não dessa vez.

Dessa vez ela sabia que ele tinha ido longe demais. E que ela havia chegado a seu limite.

Ele simplesmente não tinha o direito de fazer aquilo. Lisbon nunca se intrometera no seu passado, e nunca se intrometeria na história da sua esposa e filha. Ela sabia que Jane era enxerido. E sabia que ele tinha feito aquilo na melhor das intenções. Mas isso não lhe dava o direito de fazer uma revelação daquelas em tais circunstâncias.

Jane deveria saber o quanto aquilo doía nela. Ele tinha passado por uma situação tão difícil quanto, não tinha?

Ela dirigia com raiva, mal prestava atenção no trânsito. Não que houvesse muitos carros na rua, já era tarde e as ruas de Sacramento estavam quase vazias. Aquilo a fez lembrar-se da ultima vez que saíra de carro com sua mãe. Ela deixara a pequena “Ressie” com os irmãos e o pai em casa, pois daria plantão no hospital naquela noite. Era enfermeira e não costumava faltar o trabalho. Teresa se lembrou das últimas palavras que sua mãe dirigiu a ela “Tome conta da casa e de seus irmãos, querida, pois seu pai é quase tão criança quanto eles”. - Após dar-lhe um carinhoso beijo na testa.

Naquele momento, Lisbon achou graça, mas nem poderia imaginar o quanto a mãe estava certa.

Ela ainda se lembrava de, após ter colocado o Tommy para dormir, ter ouvido a campainha. Revia na sua cabeça claramente a imagem de seu pai abrindo a porta para um policial gordo e careca, que com uma expressão triste no rosto, não levara menos de cinco minutos para dar a notícia.

Seu pai sentou-se no sofá desolado, e a pequena Teresa, apesar de não ter ouvido a conversa, soube imediatamente do que se tratava ao ver a dor nos seus olhos. Aquela noite ela não dormiu. Chorou a noite toda enquanto o consolava. Quando seu pai se trancou no quarto, na manhã seguinte, Lisbon se viu obrigada a contar a verdade ela mesma aos irmãos. A partir daí, ela entendeu o que sua mãe queria dizer. E como ela havia pedido, cuidou da casa e dos irmãos. Mais ou menos na mesma época que seu pai começou a beber.

Recordando tudo isso, as lágrimas eram inevitáveis. Sua visão embaçava mais a cada segundo. E ela se odiava por demonstrar tanta fraqueza, chorando por causa de meras lembranças. Por sorte, uma sinal vermelho fez com que parasse. Ela enxugou os olhos e respirou fundo. Ainda tinha muita raiva do consultor por faze-la passar por aquilo.

Nesse exato momento, notou o tão familiar citroen azul parar ao seu lado. Jane abaixou o vidro e encarou-a esperando que fizesse o mesmo. Lisbon praguejou internamente quando fez o que ele esperava.

– O quê? Está me seguindo agora? – Perguntou ela, furiosa, alto o suficiente para que Patrick a ouvisse.

– Na verdade sim, não é bom você dirigir nesse estado.

– Talvez fosse bom lembra-lo quem me deixou nesse estado.

– Justamente por isso estou aqui, é uma maneira de me redimir, não é? Sério, você não está em condições de controlar um carro agora.

– Desista, Jane, não é assim que você vai se redimir. Na verdade não consigo pensar em nada que me fizesse perdoar você. Então não espere que eu simplesmente siga seu conselho e deixe você guiar meu carro.

– Acredite ou não, eu faço essas coisas porque me preocupo com você, Lisbon. E se você não me deixar leva-la para casa por bem, vou fazê-lo por mal – Ele disse, e então manobrou o carro de modo com que o mesmo parasse na frente do dela, no meio da faixa de pedestre.

Qual era o problema daquele homem afinal?

Ela saltou do carro mais enfurecida ainda.

– Que diabos você acha que está fazendo?

– Impedindo você de fazer besteira – Ele disse, também saltando do seu carro.

– Tentando inverter os papéis? Porque geralmente esse é o meu trabalho, quero dizer, impedir você de fazer suas maluquices.

– Meh. Você sabe que não está em condições de dirigir, Lisbon. Deixe pelo menos que eu te leve para casa.

– O que faz você pensar que eu cederia?

– Só estou preocupado com você. Sério, você não precisa nem falar comigo durante o trajeto, só me deixe ter certeza de que você vai chegar bem em casa.

– Promete?

– Prometo.

– Nem uma palavra?

– Como quiser.

– E o meu carro?

Ele revirou os olhos, se divertindo um pouco.

– Eu estaciono aqui do lado e amanhã você pega antes de ir ao trabalho.

Ela suspirou.

Lisbon jogou as chaves para ele e entrou no outro carro batendo a porta do passageiro com força. Jane não sabia com o que ficava mais surpreso: O velho citroen não ter se despedaçado com o impacto, ou com a força que aquela mulher tinha, mesmo sendo tão pequena.

Ele tirou o carro dela da rua e voltou para o seu, seguindo para a casa da Teresa.

Lisbon não disse nada, como combinado. Jane ligou o radio colocando em uma estação qualquer, e brincou:

– Com sorte, quem sabe eu não acerto a estação de novo não é?

Ela apenas ignorou cruzando os braços.

– Ah, qual é, você vai mesmo levar a sério aquela história de nenhuma palavra, e me ignorar o caminho todo?

Lisbon o olhou, fria.

– Se está mesmo tentando se redimir, é melhor começar a honrar as suas promessas a partir de agora.

Jane virou-se para frente com uma expressão de “Okay...” que deixaria qualquer um com pena. Dirigiu por mais algum tempo, quando parou no acostamento de uma rua. Lisbon o encarou com uma expressão interrogativa no rosto.

– Lisbon, sei que está com raiva de mim, sei que mereço e sei que prometi que não precisava falar comigo. E você realmente não precisa. Só peço que escute o que eu tenho a dizer – Foi a vez dele de suspirar – Você tem razão, eu não devia ter feito o que fiz, não devia ter mexido no seu passado. Principalmente em coisas que sei que te machucam. Se eu fosse te contar a verdade, não devia ter feito daquele jeito, mas eu quero que você entenda que só quero proteger você. Sei muito bem que você não gosta de ser protegida, e não é como se precisasse. Mas eu me preocupo com você, e a última coisa que eu queria era vê-la sofrendo. Acho que você não tem ideia de quão ruim eu me sinto agora, sabendo que a única coisa que fiz foi fazê-la sofrer mais. Sei que você está provavelmente morrendo de raiva de mim agora, mas não posso evitar de te pedir para que me perdoe, porque você sempre esteve do meu lado e nunca me decepcionou na vida. Já eu, faço isso o tempo todo, e me sinto realmente culpado por isso. Porque eu não mereço ter uma mulher tão maravilhosa como você ao meu lado. Então se mesmo depois de tudo isso você não quiser me responder, a escolha é sua, mas eu gostaria muito que você me desculpasse.

Teresa ficou meio chocada com essas palavras. Mas quase sorriu. Então virou-se para Jane.

– Com uma condição.

– O que quiser – Ele respondeu.

Esqueça a última parte da nossa conversa na CBI.

– Mas...

Só esqueça. Aquilo nunca aconteceu.

– Se eu o fizer, você me perdoa?

– Eu não deveria, Jane. Mas eu sempre acabo perdoando, né?

– Por mais que eu não mereça, e eu te agradeço muito por isso. Juro que farei o possível para nunca mais te fazer sofrer outra vez.

– Tudo bem, já te perdoei, não é mesmo? Agora continue a dirigir, é proibido estacionara aqui.

– Essa é a Lisbon que eu conheço.

Ela riu um pouco e ele deu a partida no carro.


****



Minutos depois, uma daquelas musiquinhas de adolescente começou a tocar no radio. Tentando afastar da mente as lembranças ruins, ela se esforçou a focar-se na letra. Mal sabia ela o erro que estava cometendo.


“He stands there, then walks away / My God, if I could only say / I'm holding every breath for you / He'd never tell you, but he can play guitar / I think he can see through everything but my heart” *

Se Lisbon achou que Jane não estava prestando atenção, teve certeza de que estava enganada quando o viu abrir o tão conhecido sorriso sedutor ao ouvir esta última parte. Lisbon mal conseguia esconder o sorriso.

“Yes I could tell you / His favorite color's green / He loves to argue / Oh, and it kills me / His sister's beautiful / He has his father's eyes / And if you ask me if I love him.. / If you ask me if I love him... / I'd lie” **

Nesse exato momento, Jane estacionou na frente da casa dela. Como se ela não estivesse corada o suficiente, ele perguntou:

– Do you love me, Lisbon? ***

Ela olhou no fundo dos olhos dele. Sabia que se dissesse que não, pro Jane seria quase um “sim”. E dizer que sim estava fora de cogitação.

Ela revirou os olhos e saiu do carro, caminhando para a porta.

– Você não quer entrar?

Ele deu um meio sorriso.

– Quem sabe depois que você responder a minha pergunta?

– Respondo sim. Assim que você lembrar o que disse antes de atirar em mim – Respondeu ela, já entrando na casa.

Jane a seguiu.

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LEGENDAS:

* Ele fica ali parado, depois vai embora. / Meu deus, se ao menos eu pudesse dizer / Estou guardando cada respiração para você / Ele nunca te disse, mas sabe toca guitarra / Eu acho que ele consegue ver através de tudo, menos do meu coração

** Sim eu poderia te dizer / Que a cor favorita dele é verde / Ele adora discutir / Ah, e isso me mata / A irmã dele é linda / Ele tem os olhos do pai / E se você me perguntar se eu o amo / E se você me perguntar se eu o amo / Eu mentiria

*** Você me ama, Lisbon?


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Notas finais do capítulo

óbvio que vocês amaram porque a gente é diwa, bjs. Mas não nos matem pelo final do nada, é porque a gente também dorme que nem vocês e eu estou com sono (mas a desculpa de Let é que o capítulo tava grande, bah). Postaremos o próximo assim que der. E NÃO ESQUEÇAM DE ME AMAR, beijos *u*
P.S.: A música é I'd lie, da Taylor Swift (não é nossa, é dela, só utilizamos um pequeno trecho pra enriquecer a fic e de maneira alguma queremos que pensem que é da nossa autoria, etc.)