[POV’s Ártemis]
Ao acordar, vi um pequeno presente em cima da cama. Me arrastei pela cama até o presente. Tinha um bilhete. Esfreguei os olhos devagar e comecei a ler: “ Querida Ártemis... Me perdoe pela maneira ao qual lhe tratei.. sei que pareceu confuso. Mas gostaria de esquecermos isso e termos um dia de lazer. Tem um táxi do lado de fora te esperando para te trazer até onde estou. Beijos, Apolo.” Ao ler o Bilhete pulei até o armário e parei de repente.
- O que deu em mim para ficar tão feliz? – Caminhei até o banheiro e tomei um banho, como todo deus olimpiano pode mudar de fisionomia, resolvi só cachear as pontas dos meus cabelos. Vesti uma Calça Jeans Preta, Uma blusa Branca Regata e bem solta. Coloquei uma sandália de salto alto, coloquei uma maquiagem bem simples: delineador, pó e um batom um pouco rosado.
Antes de sair do quarto, lembrei que não tinha aberto o presente. Fui até a cama e abri. Lá estava um lindo vestido azul escuro, típico de festas de gala, bailes, essas coisas. Deixei o Vestido na caixa, e descendo as escadas, fiquei pensando em tudo o que está acontecendo comigo e o Apolo.
Peguei as chaves da casa, fechei e fui até o táxi. Não perguntei nada. Foi eu entrar e fechar a porta e o carro já foi andando. O carro parou em uma sorveteria, onde Apolo estava encostado na parede olhando para o sol. Estava vestido com uma camisa social Amarela e uma calça preta, estava de óculos escuros e tênis.  Desci do carro e me aproximei silenciosa, cheguei ao seu lado e disse:
- Pediu que eu vieste?
- Sim.- Respondeu ele já com um sorriso brilhante nos lábios.
- Então.. O que deseja? –Perguntei já esperando uma resposta pervertida ou safada ou nem sei
- Ser seu amigo Amigos Ártemis... Não brigar mais com você... Posso conseguir isso?
- Ér... hm – De fato a resposta dele me deixou confusa, e.. vermelha. – Talvez... nem mesmo eu sei... é...
- Então... Gostaria de tomar um sorvete Ártemis?
- Claro... – Mordi os lábios sorrindo um pouco.

[POV’s Apolo]

Estava pensando no que eu sentia, até ela chegar e falar comigo para poder todo o meu mundo virar uma confusão. Já tinha convidado para tomar soverte e fiquei feliz ao ver ela sorri um pouco envergonhada.
- Por favor, sente-se. – Puxei uma cadeira pra ela. Ela se sentou e eu fiz o mesmo.
- Não quero olhar as opções... – Disse ela
- Hã... Você vai querer de que então? – Perguntei
- Chocolate.... – Disse ela olhando nos meus olhos.. Ah aqueles olhos... quase que me fazem cair da cadeira.
- Ok... Moço pode vir aqui? – Perguntei e em seguida veio um garoto nos atender.
- O que o Belo casal vão querer? – Perguntou o garoto
- Ah.. nós não somos um casal... – Falei – Mas, quero dois sorvetes de chocolate, por favor.
- O senhor manda. – o Garoto saiu e em seguida trouxe os sorvetes e me entregou a conta.
- Porque disse que não somos um casal? – Perguntou ela
- Talvez porque.... não somos namorados nem nada e... hã bem...você não ia gostar. – Falei.
Ela assentiu e tomou o sorvete. Ao terminarmos, eu fui pagar a conta e quando voltei ela se levantou e segurou um riso, eu fiquei um pouco constrangido com isso.
- Apolo.. – ela falou se aproximando – Eu... você está com um pouco de sorvete  no cantinho da boca.. eu.. será que posso limpar? – Perguntou ela Muito vermelha. Assenti com a cabeça e suas mãos gélidas tocaram meu rosto e o seu dedo polegar limpou o restinho de sorvete. Ela limpou o dedo com o guardanapo, e voltou a olhar pra mim.
- Gosta de cinema?- Perguntei
- Adoro... mais... nunca fui com acompanhante...
- Relaxa Ártemis, não vou te fazer nada.. – Falei – Confie em mim. – disse olhando nos seus olhos, e estendendo a mão para ela. Ela segurou a minha mão e fomos até o cinema. Ela escolheu um filme novo que nem sabia do que era. Sentamos na ultima fila. O filme começou.
Logo no começo conclui que era de terror.  Olhei para Ártemis e, se ela estivesse com medo, não estava demonstrando isso.
- Vou buscar Pipoca pra gente – disse no seu ouvido, o que fez ela se virar e quase me beijar, só não beijou porque eu afastei, o que aparentemente a deixou surpresa e feliz.
- Eu quero alguma coisa doce.. vê se consegue uma torta.. e.. Apolo.. volta logo. – Assenti e sai, voltei em 5 minutos e entreguei 2 fatias de torta a ela, e comecei a comer minha pipoca. Depois de 20 minutos nós dois já havíamos devorado tudo o que eu comprei.  Coloquei os sacos, garrafas e prato na cadeira ao lado que estava vazia. Estava tudo indo bem até que surgiu um monstro no filme do nada e Ártemis agarrou meu braço com força, levantei o apoio da cadeira do cinema e disse no ouvido de Ártemis:
- Vou te proteger... enquanto eu puder, e se eu não puder continuarei tentando. – Ela sorriu e eu abracei ela. Quando o filme acabou ela saiu segurando o meu braço. Joguei o lixo na lixeira do cinema e juntos caminhamos até um restaurante.
Um Garçom chegou e nos guiou até uma mesa de frente ao mar. Nós nos sentamos em silêncio. Até ela o quebrar...
- Apolo... porque me trata assim? Foi sempre tão grosseiro e safado... e ... mulherengo... tudo o que eu sempre odiei e agora você está me tratando com doçura, calma, carinho, gentilezas, atenção.... Porque tudo isso?
- Ártemis... – aquela pergunta me deixou muito confuso e sem chão – Não posso tratar bem, uma das mais belas deusas do olimpo? – Sorri.
- É que... Ultimamente... achei... bem algumas pistas de que a Afrodite tem nos .. é como se ela estivesse nos rondando e achei que.... sei lá.. achei que vc está me tratando bem por causa de algum plano dela e que.. você não esteja sabendo e... – Interrompi ela colocando o dedo indicador em sua boca.
- Ártemis, eu não preciso de Afrodite para me apaixonar por uma pessoa como você, mas acho que ela não está metida nisso, acho mesmo que é um castigo de papai, embora ela goste desse castigo. Confesso que você é tão linda que muitas vezes tenho vontade de lhe beijar, mais tenho tanto respeito pelo seu juramento que... não consigo fazer isso, não QUERO fazer isso.
- Nossa... acho que em parte eu estava enganada sobre você. Mas.. vamos Comer alguma coisa?
- Claro, então o que a mais linda das deusas deseja? –perguntei sorrindo e recebi um belo sorriso.
- Eu só quero uma simples macarronada e... se aqui tiver... almondegas....
- Ok – Chamei o garçom e pedi o prato que a Ártemis pediu e pedi o mesmo pra mim. O garçom trouxe e nós almoçamos muito bem. Depois voltamos para casa, ela entrou no quarto dela e eu no meu quarto, eu mal podia acreditar... Uma manhã sem brigas...sem reclamações... só sorrisos... sorrisos DELA... Ela...
- Não aguento mais Afrodite... Eu assumo... Eu Amo a Ártemis... – Falei baixo
- AHHHHHHHHH, Até que enfim Apolito – Afrodite apareceu do meu lado da cama.
- Mas ela não me ama... – Falei triste
- Das coisas do Amor cuido EU Apolo.. – Disse ela um pouco calma
- Não se meta nisso Afrodite... Não quero me sentir culpado se a Ártemis quebrar o juramento.. eu me sentiria mais que péssimo...
- Relaxe Apolo... Eu vou indo – Disse ela um pouco triste e desapareceu.
Assim que ela saiu eu chorei, chorei amargamente. Eu a amava e por todo esse tempo tentei esconder isso de mim mesmo. Eu jamais poderei beijá-la. Jamais poderei abraça-la enquanto ela dorme ou chora. Enquanto minhas lágrimas caiam e meus pensamentos me consumiam  Ártemis entrou em meu quarto e ficou parada na porta sem saber o que dizer. Quando notei a presença dela, ela já estava bem próximo de mim.
- Porque está chorando? – Perguntou ela sentando ao meu lado.
- Nada Ártemis...
- Apolo... Será que eu.... Ah Não vou Perguntar! Não preciso pedir! – Ela me abraçou, Chorei em seu ombro. Não podia falar que a amava. Chorei tanto que fiquei com febre. Eu sei que eu sou deus, mais estava no corpo de um ser humano. Ela sentiu a febre.
- Deita.. eu... vou preparar alguma coisa e trago pra você...
- Não Ártemis... Cuida de mim.... Aqui...
Ela pegou um lençol e me cobriu; passou os dedos nos meus cabelos e, quando fechei os olhos ela parou de passar os dedos nos meus cabelos. Eu fingi que estava dormindo então seus dedos tocaram o meu rosto e ela me beijou. Não retribui, porque se não, ia ser pior para mim. Depois daquele beijo, eu dormi