Danger Line escrita por MelDarkness


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora gente ^^'



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Quando ele disse isso os pelos da minha nuca se eriçaram como nunca. Ele passou o nariz pela extensão do meu pescoço. Eu estava ficando sem fôlego, e mal podia respirar por que sua mão mantinha o forte aperto que me fazia sufocar.
— Chérie você irá me ajudar? Humm?. – Ele deu uma leve mordida no meu lóbulo. —Diga que vai amour. – Senti a boca dele sobre meu pescoço e ele começou a mordiscar toda aquela região, foi naquele momento que senti suas presas alongadas e percebi o perigo em que estava.
— Sim. – Respondi quase sem voz pelo seu aperto.
— Fale mais alto mon amour... – Ele apertou mais a minha garganta cravando as unhas ali - Não te ouvi.
Lagrimas escorreram pelos meus olhos com dor...
—Eu vou te ajudar Paul – Disse reunindo todas as forças que tinha para fazer minha voz sair compreensível.
— Agora eu ouvi... E fico muito feliz por isso – Ele levantou a cabeça e me fitou por uns instantes retirando o aperto do meu pescoço — Sabe mon chérie... – Ele levou a mão que estava no meu pescoço à altura de seus olhos e observou meu sangue na sua mão, que escoria entre os dedos... Ele aproximou o rosto sentindo o cheiro do meu sangue — Você tem um cheiro ótimo sabia? – ele se acomodou em cima de mim e passou os dedos sujos de sangue nos lábios — E é gostosa também, em todos os sentidos. – Ele arqueou a sobrancelha de forma sexy.
— Da pra sair de cima de mim? – Minha voz estava rouca.
— Não. Está confortável aqui em cima – Ele estava com uma cara sínica enquanto lambia os dedos — Eu devia torna-la minha escrava de sangue... Você é absurdamente saborosa sabia?
— Para de falar de mim como se eu fosse comida – Eu estava inconformada e com medo.
— Mas você é "comível", em todos os sentidos.
Ele começou a rir
— Para... Essa palavra nem existe. – Ou será que existe e eu nuca ouvi?
Estava começando a sentir meu rosto esquentar.
—Não sei, mas no meu vocabulário existe... Olha você ainda está sangrando... – Ele desceu o rosto até meu pescoço e eu senti sua língua passeando por ali, me fazendo sentir arrepios. — Pronto. Não está mais sangrando.
— Ai que nojo. – Empurrei ele e me remexi pra ver se ele saia de cima de mim, mas foi completamente inútil.
— Mon amour assim você me ofende, a saliva de um vampiro cura as feridas que fazemos... E se você ficar se mexendo assim vai fazer o "petit Paul" quer brincar, mais do que ele já quer! – Ele olhou pra mim com a sobrancelha erguida
— Seu pervertido! – Falei tentando manter a voz firme.
— A culpa é sua chérie... Mas enfim, vamos fazer o seguinte: Vou te soltar, você vai obedecer ao conselho, e  vai me ajudar, mas para explicar o tempo que você vai se ausentar você vai virar minha petite amie, coisa que não vai ser tão difícil certo, dar um beijos, passear de mãos dadas essas coisas....
- AAAHHH não começa não! – Elevei o tom de voz
— Devo lembrar você como começamos essa conversinha? – Ele indagou com um que de desdém n voz!
— Tudo bem! Não precisa! – Falei lembrando que não foi um começo muito agradável.
— Então vamos vou te soltar... E se você tentar alguma coisa já sabe né... Wolfgang está perto.
— Não vou fazer nada. Eu prometo. – Disse ao lembrar do lobo gigante.
— Boa garota. – Ele sorriu
— Não fale assim. – Retruquei.
— Por quê? – Ele perguntou.
— Porque eu não gosto!
— Ok Mon Petit
Ele saiu de cima de mim e começou a me soltar, quando eu tentei levantar eu quase cai... Fiquei absurdamente tonta e senti Paul me pegar no colo.
— Vou te levar para o seu quarto.
— Merci monsieur, não sei se conseguiria ir andando... – Eu disse já que não tinha muitas opções.
— Não você não conseguiria. – Ele afirmou olhando para o nada.
Ele deu um tranco e começou a correr, senti o vento nos meus cabelos... Ele fez varias curvas e do nada senti gotas de chuva molhando meu rosto.
Depois de um tempo senti um tecido macio em baixo de mim e ele me soltou no macio que pude deduzir ser minha cama.
Adormeci

 “Eu estava parada olhando para o horizonte quando ouço passos se aproximando... Olho para o lado e vejo o Sr Brown estendendo a mão para mim e quando estou prestes a segura-la vejo uma multidão se aproximando com tochas acesas e armados vindo em minha direção, olho para direção do Sr Brown, mas ele não está mais lá.
Perdi minha chance.
Comecei a correr às vezes olhando para traz vendo soldados á cavalo me seguindo prestes a me matar, quando eu novamente olho pra frente vejo um penhasco a minha frente, um enorme abismo negro pronto para me receber, me chamando convidativamente.
Sem olhar para traz eu me lanço pelo penhasco, sei que não há volta, vou caindo sendo engolida pela escuridão a minha volta... Quando olho para o lado vejo os membros do Conselho me fitando como se eu fosse uma coisa de outro mundo e qu faria mal a eles.

Olho para o outro lado e vejo Paul observando a minha queda e sorrindo maravilhosamente, tento pedir ajuda mas ele só me observa.Quando estava prestes a morre ele segurou-me em seus braços me dando um abraço terno. Então tudo some e eu não consigo mais enxergar nada devido a escuridão, eu me dou conta que estou morta."

Ontem tive mais um sonho estranho, isso já estava virando uma rotina entediante. Quando me levantei hoje estava confortavelmente espalhada em minha cama. Fiquei feliz ao perceber que minhas lembranças haviam voltado, lembrava de toda minha vida com a minha família antes daquela ideia "maravilhosa"  de viajar para "conhecer as belezas do nosso novo lar".

Mas enfim... Agora estou aqui prestes a fazer coisas que não quero para manter minha família viva, mas um dia isso vai ter um fim.

Sai do meu quarto com esses vestidos de época, mas por baixo estava com jeans e camiseta de banda, e para alegrar meu dia quando cheguei à sala meu pai e minha mãe conversavam com Paul que estava com um sorriso radiante. Minha mãe me viu e piscou para mim me convidando a participar da conversa.

— Filha não sabia que Paul tinha se interessado em você!

— Pois é mãe, nem eu sei como isso aconteceu. – respondi seca

— Como não querida você é linda! – disse meu pai fazendo carinho na minha bochecha.

— Obrigado pai. – respondi, meu pai é um lindo mesmo.

Sorri para meu pai e para minha mãe triste, vendo que eles estavam sobre efeito de alguma droga que Paul estava dando a eles.

— Chérie vamos passear? Estava pedindo permissão para seus pais para leva-la a um lugar especial e eles concederam. – disse Paul com todo charme do mundo, mas eu estava muito nervosa com ele para perceber alguma coisa. — Vamos?

— Claro vamos sim! Mãe, Pai. – fiz um aceno de cabeça e fui para o lado de Paul.

— Petit... – ele ergueu o braço para eu entrelaçar o meu — Michael, Joan.

Saímos andando pelo corredor de braços entrelaçados.

Ao chegar no jardim encontramos Shane brincando mas quando este me viu veio correndo ao meu encontro, me abraçando apertado. Ele puxou minha manga e me fez abaixar para ouvir o que ele tinha a dizer.

— Você ta namorando com o tio Paul, do mesmo jeito que a tia Josette ta namorando o Richard? – ele  me perguntou no seu tom inocente e infantil.

— O Richard tá namorando? – perguntei de volta olhando de lado para Paul percebendo a surpresa no olhar dele também.

— Tão... Eca! Mas você também tá? – ele perguntou novamente.

— Sim, ela está. – Paul tomou a frente na resposta.

Shane fez uma careta, deus de ombros e saiu andando.

Olhei para Paul e ele estava olhando para o lado absorto em seus próprios pensamentos.

— Paul? Você ainda está entre nós?

Ele voltou à atenção para mim sorrindo.

— Não estou entre vocês a quase cinco anos – Ele sorriu fraco para mim  —Vamos amour?

Retomamos o nosso caminho para um lugar desconhecido por mim. Andamos quase vinte minutos e chegamos a um castelo. Paul me direcionou até a parte dos fundos onde bateu em uma espécie de alçapão, e as portas deste se abriram. Descemos por uma escada em espiral que nos levou a uma espécie de câmara semelhante a aquela em que estive presa, mas essa tinha algumas diferenças, tinha livros espalhados e mais algumas coisas estranhas.

Chegando ao centro daquele lugar o tal ancião que aparentava ter dois anos a mais que eu veio nos receber.

— Oi Claude, trouxe sua mais nova pupila. – Cumprimentou Paul com um aceno de cabeça.

— Oi Paul.  – ele cumprimentou com respeito — Olá Lana...

Não respondi.

Paul me olhou censurando, mas não me importei, Claude apenas observava, e então se manifestou.

— Bom Lana nós iremos trazer seus poderes para seu domínio hoje.

 Pude observar Paul indo se sentar ao lado do elfo que estava nos observando. Falta dois membros do conselho mais isso não me importava, quanto menor o numero de pessoas a ver meu fracasso melhor.

— Como assim? Já disse que não tenho poderes.

— Tem sim – Claude sorria pra mim de forma simpática — E nós vamos desperta-los, venha comigo.

Ele me levou até um enorme símbolo desenhado no chão.

— Claude... É esse seu nome certo? – Perguntei.

— Sim, o que foi? – Ele perguntou me olhando gentilmente

— Me deixa tirar esse vestido primeiro? – Perguntei já começando tirar aquele monte de pano pesado.

— Hã? – Ele ficou completamente corado e olhava furtivamente para Paul que estava à beira de um ataque de riso.

— Calma Claude. Eu estou usando outras roupas por baixo desse vestido. – Falei antes que ele tivesse um ataque.

A essa altura já se podia ouvir as gargalhadas de Paul e do elfo misturadas.

— Tudo bem... – Ele baixou o tom de voz — Só não me assuste mais assim. 

Eu tirei o vestido e fiquei com meu jeans e camiseta do The Doors, e voltei para o circulo.

— Lana se você se sentir mal nós paramos tudo bem? – Ele me olhava preocupado.

— Ok! – respondi tentando parecer calma.

— Feche os olhos e esvazie a mente.

Eu segui suas instruções

— Fique pronta.

Nessa hora ele começou a recitar palavras que eu não conhecia em uma velocidade ritmada como se fosse uma canção. Uma pontada forte tomou minhas entranhas e tive vontade de vomitar, mas me mantive em pé, sem falar nada. A dor se intensificou fazendo-me sentir como se não houvesse mais chão sob meus pés. Sentia-me flutuando. Um formigamento tomou minhas mãos e uma espécie de nó se fez ao redor do meu coração. A ânsia foi se intensificando. Uma dor aguda foi passando por cada membro do meu corpo, desde os pés até a cabeça... Quando essa dor tomou minha cabeça não resisti ficar em pé.

Me ajoelhei.

Ouvi a voz de Paul me chamando, mas apenas ignorei, a dor não me deixava pensar minha cabeça iria explodir, eu tinha certeza eu queria pedir para parar, mas minha boca não pronunciava as palavras. A dor só aumentava e eu abri os olhos tentando enxergar o que acontecia, mas não conseguia ver nada... A dor era tanta que não resisti me entreguei a ela e um clarão tomou conta dos meus pensamentos me deixando em um estado de inconsciência. 

Lana's pov off

Paul's pov on: 

Nunca tinha visto nada igual na minha vida....

Enquanto Lana se contorcia no chão vi Claude caindo no chão desesperado se contorcendo, enquanto feridas se abriam em seus corpo.

Eu gritei o nome de Lana e ela olhou na minha direção mão não para mim e sim para Calardan que no mesmo instante começou a se debater e seus olhos reviravam nas órbitas.

Senti medo.

Como há muito tempo não sentia.

Cortes se abriam tanto no corpo de Claude quanto no de Calardan, olhei para Lana e ela tinha começado a flutuar e seu corpo fazia uma envergadura inumana.

Minha vista escureceu, sabia que era Lana, mas eu não podia fazer nada contra ela... Seu poder era muito grande.

Comecei a sentir a carne do meu corpo se rasgando em algumas partes. Eu tenho que desperta-la se não todos iremos  morrer. 

Andei até Claude que se debatia.

— Como eu faço ela parar - perguntei a ele segurando seu rosto na minha direção

— Você tem que AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHhhhh

Dei um passo para traz e pude ver que a perna da sua calça estava ficando ensopada de sangue. Me aproximei dele novamente, sentindo minha coluna receber um corte diagonal enorme e profundo.

— COMO EU FAÇO PARA PARA-LA?

— O livro, 2...3...5... 

Claude desmaiou.

Fui até o livro e procurei a pagina da numeração que ele falou, lá tinha um feitiço que não sei se sou capaz de executar, mas não custa tentar.

Olhei a minha volta, a câmara estava coberta de sangue, não tinha um espaço se quer sem o liquido carmim. Aquilo me deixava com fome, mas estava controlado.

Mas estava perdendo muito sangue... Teria que me alimentar.

Cheguei o mais perto dela que consegui. Quanto mais perto mais dores e cortes eu recebia, tirando o fato de ter começado a alucinar assim que toquei no livro... Via imagens distorcidas da minha vida, dotas as lembranças tristes se amplificaram.

Comecei a entoar o cântico, e parece que toda a concentração dela se voltou para mim. Claude tinha parado de se debater, Calardan estava agachado em um canto balançando como se fosse a criatura mais insana desse mundo.

Tudo o que eu temia apareceu para me assolar nesse momento, eu quis sair dali. Mas não podia. Continuei a executar o feitiço, e meu corpo foi ao chão.

Lana estava me retalhando de forma psicológica e física, lagrimas escoriam por meu rosto e talhos cada vez mais fundos abriam em meu corpo, mas eu não me renderia.

Entoei as palavras com mais força.

E assim como eu ela colocou mais força no que estava fazendo comigo, ela veio na minha direção e tudo ficou escuro, mas eu não para com que estava fazendo. Ela segurou meu pescoço e apertou.

Mas não deixaria passar barato.

Num ultimo ato desesperado eu fiz um movimento rápido, me livrando de seu aperto, fui para suas costas e a segurei por traz, fazendo seu pescoço ficar exposto para mim.

Ela tentou me afastar, mas a fome me fez ficar mais forte, mesmo sentindo meu corpo se abrindo em cortes em vários pontos distintos eu mordi seu pescoço, na hora minha dor começou a se aliviar, eu sugava seu sangue com muita rapidez, senti seu corpo amolecendo em meus braços, mas não parei.

Ela enfraqueceu devido à perda de sangue. 

Calardan e Claude se levantaram e nos fitaram assustados.

Continuei a sugar seu sangue, nós estávamos iniciando uma conexão, recebi suas lembranças e pensamento começando a sentir o que ela sentia.

Prazer.

Era isso o que a mordida de um vampiro trazia, mesmo quando se está morrendo.

Ouvi Claude chamar meu nome, e senti mãos me afastando dela.

Da mesma forma que ela perdeu o controle eu também perdi.

Me afastai e sai da sala.

Meu corpo começava a se curar dos cortes, mas eu ainda não estava controlado no meio de todo aquele sangue, iria tomar um ar e depois iria pegar Lana para leva-la para casa.

Paul's pov off.


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