Capitulo49

Pdv Tonny

Esta tarde, Pierre, Carol, Day e eu decidimos sair os quatro. Fomos ao shopping. As garotas se esbaldaram nas compras - o que sobrou para mim e Pie. O bom foi que nos divertimos. É bom se sentir um pouco humano de vez em quando. Claro que Day não sabe o que sou de verdade. Todos já me disseram para falar para ela, mas acho que ela ainda não precisa descobrir. 

- Que tal irmos para sua casa, amor? - Day sugeriu enquanto saíamos do shooping.

- Sim, podemos ver um filme. - Carol sugeriu animada.

- Não tem ninguém em casa a essa hora, então vamos! - falei animado e entramos no carro de Pie.

No caminho, as garotas não paravam de tagarelar sobre as compras e coisas do tipo. Eu e Pierre estávamos descutindo sobre o jogo que faremos. Nossa família, de vez em quando, resolve fazer um campeonato de baisebol. Faremos no próximo final de semana.

Sempre nos dividimos em dois times, desta vez será assim:

Jackie, Pierre, meu pai, Lorena, tio Pablo, Dianna e eu.

&

Lexi, Iris, Lê, tio Damon, tio Gustavo, Hunter e tio Jacob.

Todos estão ansiosos para o jogo. Será meio "anormal".

Logo chegamos em minha casa. Pie e eu fomos escolher o filme. Não podia ser de terror porque Carol não gosta e nada de romance, porque EU não gosto. Enquanto escolhiamos o filme, as garotas preparavam algo para comermos. Achamos um filme de comédia e pegamos ele mesmo. Voltamos para sala e Pie foi colocar o filme. Fui para cozinha escutando as garotas rindo e conversando.

- Hey, já achamos o filme. - falei entrando na cozinha.

- Espero que não seja terror! - Carol avisou pegando alguns refrigerantes na geladeira.

- Não é não. - neguei dando de ombros - Pode ir lá ver. - sorri.

- Ok, eu acredito. -  falou rindo.

- O que está fazendo, Day? - perguntei curioso e fiquei ao seu lado.

- Sanduiches. - sorriu dando-me um rápido selinho. Sorri também.

Day mexeu em seus cabelos, pondo-os de lado. Com isso pude ver melhor seu pescoço... Suas veias pulsavam, eu podia ouvir seu sangue correndo... Já fazia dias que eu não me alimentava. Eu não posso fazer isso!

Afastei-me um pouco Day rapidamente. E fiquei do outro lado da cozinha.

- Ai! Droga! - Day resmungou irritada. Olhei para ela e senti um cheiro estranho.

- O que foi? - Carol lhe perguntou confusa.

- Eu me cortei! - ela disse revirando os olhos.

Imediatamente meus olhos foram para sua mão... Havia um corte um pouco grande. Sangrava. Sangrava muito.

De repente, como se tudo em minha frente sumisse, eu apenas via e sentia aquele sangue. Senti a secura em minha garganta e minhas presas teimavam em saltar. Segurei-me para não sair do lugar. Mas algo dentro de mim foi mais forte. 

Eu não podia atacar Day, ela é minha namorada. Mas dentro de mim dizia:

Ataque-a! Isso é de sua natureza! 

Meu outro eu tinha razão. É de minha natureza. É o meu método de sobrevivencia.

Minhas presas sairam rapidamente, meu rosto já deveria estar completamente desconfigurado... E eu só via a minha presa.

- Antonni, o que há... - a voz de Carol morreu de repente e ela afastou-se de mim.

Numa velocidade vampiresca, avancei em Dayanne e a mesma gritou assustada. Carol gritou assustada também, mas ignorei... Apenas pensava no sangue.

Peguei a mão de Dayanne e no mesmo momento a mordi. Ela gritou novamente... Mas foi em vão. Eu sentia aquele maravilhoso gosto descendo em minha garganta. Deixando-me embreagado. Eu queria mais. Suguei o liquido com mais força...

- Antonni! Não! - Pierre gritou e puxou-me a força. 

Em segundos eu estava prensado na parede do outro lado. Tentei lutar contra Pierre, que me segurava com força.

- Me solta! - gritei nervoso e sedento.

- Para, Antonni! - Pierre gritou furioso e segurou meu pescoço com mais força - Veja só o que está fazendo!

Ele apontou para Dayanne que estava pálida e assombrada do outro lado da cozinha. Carol estava ao seu lado, a amparando - ainda assim assustada. Vi meu reflexo no espelho ao lado... Eu estava com minhas presas enormer para fora, em volta de meus olhos minhas veias saltavam e estava com os olhos vermelhos. Na minha boca tinha sangue... 

Tudo em minha mente começou a fazer sentido. Eu estava atacando minha namorada?! O que eu fiz?!

- Day... - sussurrei negando.

Pierre me soltou de vagar. Pude sentir meu corpo se aliviando da furia. Dei um passo em direção a Day e a mesma se encolheu tremendo de medo. Seus olhos transbordavam pavor e mágoa.

- Sai de perto de mim...! - ela sussurrou tremula.

- Desculpa... Eu... Eu não... - minhas desculpas e explicações não saiam de minha boca... 

Eu não podia ter feito isso! Escutei vozes entrando em casa. Olhei em direção a cozinha e vi Lê chegando com nosso pai e Hunter. Os três nos olharam assustados - principalmente quando seus olhos foram para Day e depois para mim.

Hunter, claramente ficou tenso quando viu a quantidade de sangue. Seus olhos ficaram negros em volta, com as veias pulsando. Ele abriu a boca mostrando suas pequenas presas. Day e Carol arfaram ao mesmo tempo.

Lethicia rapidamente segurou Hunter pelos braços e correu escadas a cima com ele numa velocidade vampiresca. Olhei para Day novamente, vendo o panico em seus olhos.

Estava claro do que tinha acontecido aqui... O que nunca poderia ter acontecido.

Num segundo eu já não estava mais na cozinha e nem em casa. Corri floresta a dentro a procura da solidão... Com meu arrependimento e minha fúria consumindo-me de dentro para fora... Estava noite, uma noite fria e vazia.

Quando cheguei numa parte mais escura da floresta, deixei minha raiva e minhas dores me controlarem.

Pdv Lexi

Acordei sentindo os lábios de Will sobre os meus... Eu sorri entre o beijo e virei-me ficando sobre ele. O mesmo riu parando o beijo.

- O que faz aqui? - sussurrei vendo que ainda era noite... Talvez fosse madrugada... Assim que chegamos da casa de tia Nanda, eu praticamente desmaiei...

- Vim lhe trazer um presente. - ele disse. Eu fiquei surpresa. Foram poucas vezes que ele deu-me algum presente. Conta-se nos dedos de uma mão só.

Will levantou-se pondo-me na cama e tirou algo de seu bolso. Era uma caixinha preta aveludada. Eu sorri grata e a peguei. Abri e vi um lindo anel com uma pedra azul... Lápis Lazúli.

- É lindo, Will. - sussurrei maravilhada.

Ele retirou o anel de lá e colocou o mesmo em meu dedo. Sorrimos e então ele beijou-me calmamente. Logo ele me soltou.

- Se você não se importa, eu dei um presente a sua irmã também, ok? - ele disse sorrindo e ri assentindo.

- Se o meu for o mais bonito... Tudo bem. - eu disse dando de ombros e ele riu beijando minha mão.

- Esse anel... Pertenceu a minha mãe. - ele sussurrou carinhoso. Eu fiquei boquiaberta.

-Will... - tentei dizer, mas estava maravilhada de mais - Então eu não posso aceitar. - falei negando e tirando o anel. Ele olhou-me confuso - Se pertenceu a sua mãe, ele tem de permanecer na familia... Com você e David... - disse cautelosa e ele negou.

- Esse anel ficou comigo por anos, enquanto David ficou com o anel de nosso pai... - ele revirou os olhos - E eu sei que a senhora Meredith ficaria muito honrada deste anel estar com você hoje. Pois, onde quer que ela esteja, ela sabe que você é a unica garota que me deixa feliz... - ele disse. Com isso eu acabei me emocionando.  Will colocou o anel no meu dedo novamente - E ele nunca sairá daqui... - sussurrou.Uma lágrima escorreu em meu rosto e sorri para ele - Você não está chorando, está? - ele disse incrédulo e eu ri.

- É que ao mesmo tempo que... - eu estava sem jeito de dizer... Respirei fundo - Ao mesmo tempo que quero que fiquemos juntos para sempre... por toda nossa eternidade... Eu sei que nunca acontecerá... Que não ficaremos... - eu o olhei magoada.

- Por que diz isso? - ele sussurrou indignado.

Eu levantei-me de minha cama, caminhei até meu espelho e limpei minha lágrima. Will encarava-me ainda confuso.

- Eu não acredito em final feliz... Os felizes para sempre... - falei negando - Isso tudo é o que os mortais dizem, porque eles não sabem o que é viver eternamente... 

(...)

Assim que acordei, minhas janelas ainda estavam fechadas... Levantei-me cautelosa e andei até lá... Abri as mesmas com os olhos fechados... Senti o sol quente penetrar em mim... Aquela sensação foi maravilhosa! Eu sorri abrindo os olhos, vendo aquele lindo dia..!

Um dos ultimos dias de sol, logo começa a nevar... Arght! Por mais que eu ame neve... Eu prefiro praia!

Sai de minha varanda e fui para o banheiro. Tomei um relaxante banho. O que foi em vão, pois logo minha raiva começou a tomar conta de mim.... Sai do banho e fui procurar algo para vestir, de acordo com meu humor...

Terminei de me vestir e sai de meu quarto. Desci as escadas e vi todos na cozinha. Sai sem falar com ninguém. Do jeito que o Senhor Salvatore me conhece... Ele sacaria boa parte do que está acontecendo.

Entrei em meu carro e acelerei. Eu não dirigia tão rápido, mas era isso que eu queria fazer. Para minha sorte, não havia muito transito por aqui... Em alguns minutos parei meu carro a frente da antiga pensão.

Pensão: http://resumododia.com/wp-content/uploads/2010/05/casa-americana.jpg

Desci do carro e andei calmamente até lá. Não apertei a campainha, não bati na porta, nada. Entrei sem avisar. Assim que coloquei os pés na casa, não ouvi sinal de ninguém aqui.

- Alguém na casa? - perguntei fechando a porta atras de mim.

Houve alguns segundos de silencio. Até que ouço passos de com saltos se aproximando.

- Oras veja. O que devemos a honra de lhe ter aqui, Alexia? 

Agnes desceu as escadas sorrindo e parou no meio delas.

- Era com você mesmo que eu queria falar. - murmurei séria.

- Hum. - sorriu e terminou de descer as escadas - Sinto-me lisonjeada em saber que saiu de sua casa, parou tudo que fazia para vir falar comigo! - afirmou rindo.

Eu continuei séria. Ela encarou-me com seu sorrisso sínico. A minha raiva tentou tomar conta de mim novamente...

Em segundos eu prensava Agnes do outro lado da sala. Ela olhou-me surpresa.

- Eu vou te dar um aviso, Agnes... - disse furiosa, mas tentando manter a calma - Fique longe de minha família... Fique longe de mim! - avisei e ela olhou-me irônica.

- Ah, sim? E o que você fará comigo? - debochou. Eu ri sem humor e então minha furia tomou conta de mim.

As coisas em volta começaram a tremer, Agnes olhou-me confusa e alguns vazos que tremiam explodiram.

- Eu espero que sua cabeça não seja a próxima vítima, querida. - falei segurando seu pescoço com mais força.

Agnes empurrou-me com força e afastei-me dela rapidamente. Ela olhava-me séria.

- Você acha que pode vir até aqui, me ameaçar e ficar tudo lindamente? - ela disse irritada e deu um passo até mim - Eu já vivi muito, querida. Te destruir não seria nem um pouco dificil.

- Então por que não faz isso? Acaba logo comigo! - gritei nervosa - Não é isso que você quer?! Faça! Assim você terá o Willian apenas para você! - dei um passo até ela. Agnes olhou-me furiosa.

- Você está querendo usar psicologia inversa em mim? - riu sadicamente - Sabe que eu não te mataria para que Will nunca me odiasse, e então você o teria de qualquer forma. - ela sorriu negando - Muito espertinha você, não?? - ficamos cara a cara agora - Mas saiba que eu não vou te matar. - negou novamente - Eu poderia, não só poderia como eu quero. - deu de ombros como se fosse simples - Mas assim, qual é a graça? - fez-se de incrédula.

- Se quer tanto Willian, tente tirá-lo de mim de outra forma. - falei irritada - Mas não mexa com aqueles que amo.

- Apenas deixe Willian. - sussurrou séria.

- Não, Agnes. Eu não vou deixá-lo por que você está me ameaçando. - neguei furiosa - Pois saiba que mesmo se eu o deixe, ele nunca ficará com você novamente. 

- Pense o que quiser. - deu de ombros novamente - Mas lembre-se de que eu fui a unica que ele realmente amou. - sorriu sarcastica - E ele nunca amará outra da mesma forma. Pode ser que ele goste de você... Ah... - pensou rapidamente - Sim, pode ser mesmo. Mas o que importa? Will dizia-me todas as vezes que me amava. E quantas vezes ele já disse isso a você? 

Eu a encarei furiosa. Rapidamente a joguei contra a outra parede. Agnes çevantou-se de imediato e veio em minha direção. Ela prensou-me no chão ficando sobre mim. Empurrei-a puxando seus cabelos e ela arfou. Dei-lhe um soco no meio de sua cara, escutando um forte estralo.

Agnes jogou-me para o outro lado da sala. Cai por cima de uma cadeira, partindo a mesma em pedaços.

- Você é apenas uma criança querendo brincar, Alexia. Não tente se comparar a mim. - Agnes disse vindo em minha direção.

Sem ela perceber, eu tinha pego uma das pernas quebradas da cadeira. Ela pulou para cima de mim já querendo quebrar meu pescoço. Ela gritou quando enfiei a madeira emsua barriga. Senti seu sangue pingando sobre mim... 

Virei Agnes e fiquei sobre si. Ela tentava lutar contra a madeira em sua barriga. Eu empurrei com mais força, quase chegando em seu coração.

- Eu não sou aquilo que todos pensam, Agnes. - sussurrei com meu rosto próximo de seu ouvido - Posso ser seu pior pesadelo, basta pedir. 

Ela gritou mais alto quando empurrei com mais força ainda. 

- Adeus, Agnes. - murmurei.