Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 89
89. Ultima Cartada.


Notas iniciais do capítulo

OE OE OE OE OE!!!
Prometi que postaria ate o natal, e claro que não cumpri minha promessa (-qqqqqq), enfim, ainda é 2013 e teremos nosso ultimo post do ano, eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!


::: LEIAM :::


Perguntaram no capítulo anterior, e outras duas pessoas me mandaram mensagem sobre.... TCHAM TCHAM TCHAM TCHAM::: Quantos anos eu tenho?
Bom bom bom, como a maioria que previu, acertou, tenho sim mais de vinte anos. Na verdade tenho vinte e seis (velha, idosa, caracaxenta).

E já respondi a outra pergunta em capítulos passados e SIM! Sou casada. SIM, tenho filhos!
Para ser mais exata tenho dois filhos, um casal de gêmeos de seis anos.

E quem quer saber se a fanfic esta no final::: NÃÃÃÃOOOOOO!

Vou seguir ate a segunda guerra, e ainda estamos na primeira, então teremos mais um tanto de capitulo pela frente, espero que me acompanhem!

Agora para finalizar, cada vez que leio algo como "parece parte do livro e da historia original", fico tão feliz.
Temos mais de um ano aqui, e sempre leio coisa do tipo. é um verdadeiro orgulho. Quero desejar tudo de bom nesse ano que esta por vir, e quero vocês comigo!!!

Bom, ate o ano que vem!!!!!!!!! (ba dum tss)


Enfim, vamos ler, e leiam as NOTAS FINAIS!



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Era estranho de varias formas deixá-lo ir.

Era como se tivesse abdicando metade dela, literalmente cortando-a ao meio.

Afinal não poderia ter uma ação irracional de seguir, gritar e pedir que a prendesse junto com Lucius para sempre numa cela em Azkaban. Isso seria doentio de mil formas.

E não existia cela conjunta. Mas um lado seu desejava isso, sonhava com isso.

Já outro lado — e esse a mantinha viva e de pé — era lembrar-se do pequeno bebe deitado na cama ao seu lado. No lugar onde o marido sempre estivera.

Precisando de atenção e cuidado. De amor e carinho. Da família.

Naquela noite de perda, foi à única que Narcisa lamentou o fato de terem restado Harry Potter e Neville Longbottom.

Dois bebes que provavelmente esticavam a mãozinha em busca de apoio, resmungavam no sono apenas para chamar atenção e ganhar um beijo.

Bebes que nunca mais saberiam como o encaixe do colo materno era bom, bebes que não saberiam o prazer de dormir e acordar entre os pais numa cama grande.

Ela jurou que seria a primeira e ultima vez onde teria tal ação humana e maternal. Onde se compadeceria pela perda das crianças. Principalmente enquanto apertava e beijava repetidamente o filho que dormia sem preocupação, como deve ser.

Seria a única vez. Mal sabia ela que anos depois essa sensação voltaria...

***


Lucius tinha consciência que poderia ser morto. Talvez a expressão “seguindo para o matadouro” fazia bastante sentido agora.

Tinha um risco grande de um dementador pegá-lo no caminho. Ah não, esse risco ele não corria.

Tinha o risco de ser atacado no simples ato de pisar no Ministério. Bom, essa sim era uma situação de alto-risco.

Tinha o risco de ser preso e nunca mais sair. O que possivelmente era o obvio.

E tinha uma mínima chance de seu plano dar certo, só dependia INTEIRAMENTE de sorte.

Afinal, nesse caso beleza, riqueza e nome não poderiam salvá-lo. Não poderia salvá-lo!

As três razões que sempre fizeram Lucius ser reconhecido, respeitado e temido. Não poderiam o tirar dessa. Seria cômico se não fosse trágico.

Dependia apenas de sua lábia e da sorte.

— Vamos ver se os Malfoy tem realmente tanta sorte como os outros insistem em dizer...

Fora sua ultima palavra ao entrar no Ministério, e a ultima visão era de pelo menos umas quinze varinhas apontadas em sua direção.

O local não fedia e nem era bagunçado.


Porem todos os azulejos parecia estar ou manchados ou rachados. Sem exceção. Ele agitou a mão num ato automático, e descobriu que estavam presas. Encontrava-se sentado e descalço. E suas roupas...

Ergueu a cabeça e as viu numa mesinha. Impecavelmente dobradas, jóias em cima e por ultimo, sua varinha e bengala.

Desceu o olhar para o próprio corpo, vestia algo indigno de ser chamada roupa, já vira tantas pessoas se vestirem nesses trapos, mas definitivamente não combinava com ele, não mesmo.

Será que estava sendo levado ate Azkaban?

Sem ao menos um julgamento? Oh droga se fosse isso estaria perdido! Mas não existia embasamento algum para isso. Só que ele mesmo presenciou pessoas indo presas sem passar por uma audiência. Pessoas humildes e sem bens, pessoas que ninguém ligaria muito. Não ele.

Sentia uma dor formigante em seu pescoço, onde tinha levado o feitiço que o desmontou, idiotas fracos, atacando pelas costas. Já não bastava serem pelo menos uns quinze contra um, ele nem tinha tirado a própria varinha das vestes, nem ia fazer!


— Senhor Malfoy, esta despertando. — uma voz conhecida ecoou.

Lucius não podia vacilar, era à hora de colocar seu plano em ação.


— Gostaria de saber por que fui atacado, preso quando desacordado, tive minhas vestes e pertences retirados e estou sendo tratado como um animal?

A voz de Lucius era carregada de frieza.


— Rá! — alguém desdenhou. Ele sequer virou o rosto.

— Acho que sabe das acusações contra o senhor.

— Vim ate o Ministério porque recebi uma intimação, não sabia que seria destratado ao pisar aqui. Acusações, e não condenação.

— Eu disse que era errado, que não poderiam fazer isso! — outra voz conhecida ressonou. O tom de nervosismo claro.

— Podem me tratar feito um condenado, sem ao menos provar que realmente sou um?


Nem mesmo a voz abusada de Alastor disse algo, Lucius conhecia de leis, não “trabalhava” no Ministério e via tudo ali por nada.

Rapidamente passaram a soltá-lo. Dando-lhe privacidade para se vestir novamente, retirando apenas a varinha dele.


— Essa ocasião lastimável não será esquecida por mim.

— Isso se livrar das acusações, o que é impossível. — Moody respondeu.

— Não perco meu tempo com você! — Lucius disse, inflando a irá do homem.

Sem se importar em estar sem varinha, na frente a tantos nomes grandes. Afinal era parte de seu plano, se mostrasse medo, tudo estaria perdido e... Ele de fato não sentia temor.


Era quase uma reunião, e isso irritava alguns presentes, afinal porque o homem tinha que ter esse tipo de “regalia” apenas por ser um Malfoy? Era injusto com os outros.

— Lucius é alguém importante no Ministério. Não há como comparar com Augustus Rookwood e sua acusação. Pode ter sido algo infungível e movida por inveja. Temos que analisar bem antes.


Ah sim, Lucius era alguém importante no Ministério, o que significava que ele “bancava” de varias formas o Ministério. Certo que não se pode comparar a grandeza do Malfoy com o Rookwood. Mas se os dois eram comensais — e eles comprovaram a marca no braço de Lucius —, então eram iguais.

— O que tem a dizer em sua defesa senhor Malfoy?


Lucius virou a cabeça, reprimindo a vontade de sorrir. Ah sim, um dia agradeceria Rodolfo pela idéia, um dia, se o visse novamente com vida. Mas agora era sua hora.

— Fui coagido.

— Coagido?

— Coagido, isso é uma piada?


O homem cheio de classe fez uma careta.

— Senhor Moody, queira se controlar.

— É um absurdo ouvir as lorotas desse almofadinha, esta na cara que é mentira, coagido?

— Alastor, se não se conter, será convidado a se retirar. Isso não é um julgamento, é uma conferência pela intimação.


Ocorria antes dos julgamentos apenas pelo obvio, se a pessoa fosse esperta, admitiria seus crimes e poupava os esforços da justiça.

— Senhor Malfoy, explique sua coação.

— Não me orgulho a admitir que entre no grupo dos Comensais por própria escolha, mas na verdade, não tinha escolha alguma.

— Podemos saber o motivo?

— Minha família estava sendo ameaçada.

— Sua família estava ameaçada pelos seguidores de você-sabe-quem?

— Exato.

— Mas um dos seguidores dele é a sua própria cunhada, acha que ela faria mal a sua esposa?

— Ela faria mal a qualquer pessoa.


Pelo menos admitir isso fez com que todos ali concordassem com ele. E Lucius sequer mentiu ao dizer isso. Ele tinha certeza que se Voldemort pedisse para Bela mata Narcisa, ela o faria.

— Então ingressou nos Comensais da Morte porque ameaçaram sua família?

— Sim. Eles precisavam de fundos para bancar serviço, vira em mim uma mina de ouro. Cada um ali tinha seu papel.

— Pode explicar tudo como funcionava?


Algo acendeu na mente de Lucius, “perigo”. Será que esse bando de idiota achava mesmo que ele contaria o que ocorria entre os comensais?

— Não sei.

— Não sabe se pode falar?

— Não sei o que falar. Vivia sob efeito da maldição Imperius, então não sei o que é concreto.


Pronto, era a ultima cartada. Sua redenção ou condenação.

— O senhor... Esta dizendo que usavam a maldição Imperius em você?

— Sempre foi assim.

— Sempre?

— Isso é mentira, um absurdo. Não podem acreditar e...

— Alastor Moody, queira, por favor, se retirar.


O outro fez, obedeceu mesmo contra a vontade. Não podiam acreditar nisso.

Era insano.


— Agora com mais silencio, pode explicar senhor Malfoy?

— Não tem o que ser explicado. Era a única forma de fazer o que ele queria. E isso é tudo.

— Acredito que teremos uma audiência formal, temos que levar para a corte. Não é algo que decidamos sozinhos. O senhor entende?

— Faço parte da corte, claro que entendo.

— Teremos então uma audiência marcada para amanha as sete da noite.

A data estava marcada, Lucius se empertigou, o plano estava tão bem, indo tão...


Droga, eles deveriam deixar apenas ele retornar para a mansão. Jantar essa comida horrível, ao lado de pessoas deploráveis. Pior ainda era deitar-se ao anoitecer numa cama desconfortável, e ainda ter de lidar com companhias femininas se oferecendo para prolongar a noite como se fossem uma mercadoria barata.

Não deixavam de ser mercadoria.

E Lucius odiava coisas baratas!


A verdade era que ele dormiria ate no chão, se tivesse ao lado de Narcissa. E essa era a razão para desejar tanto estar na mansão e não ali. A exato um dia de seu julgamento.

A mão dela tremia ao abrir o relatório selado pelo Ministério, sabia que ali falaria sobre Lucius, e isso era terrível de muitas maneiras, o nervosismo era tão grande que ate se cortou com o papel.


— Julgamento extraordinário de numero 86596—.


Amanha na parte da noite seria o julgamento de seu marido. E ainda tinha uma observação avisando que o Ministério faria uma vistoria em sua mansão nas primeiras horas comerciais, ou seja, de manha cedo.

Era tudo um pretexto para encontrarem mais provas e incriminar Lucius, esse era o momento que ela deveria cumprir o que prometeu: ler a carta deixada por ele.

Mais do que depressa Narcisa entregou Draco para Poli e entrou no quarto onde se resumia sua vida de casada, após se trancafiar ali dentro, abriu com facilidade o travesseiro tirando um papel pardo, dobrado algumas vezes.


Não tinha selo ou coisa do tipo, nada que pudesse servir de prova. Um rabisco escrito com rapidez em poucas linhas. E ela releu diversas vezes.

Ciça, não esqueça que prometeu, então não conte, nunca fale sobre essa carta e jamais, jamais diga que ela existiu!

O plano é o seguinte: irei admitir que trabalhava com Voldemort. Não se assuste, será necessário. Admitirei também que era obrigado por meio de magia, a cumprir tais tarefas.

Sei que já entendeu a linha de raciocínio. Sabe o que vou dizer, mas preciso de você. Agora só preciso de você.

Tem que fazê-los acreditar. Eles vão ate a mansão, preciso que os faça crer que eu era manipulado e não o manipulador.

Sei que consegue, se tudo der certo, ficaremos juntos de novo. Não se esqueça de sumir com essa carta e indícios dela.

Cuide de Draco apesar de qualquer pesar”.



A carta não tinha assinatura ou coisa do tipo, seria apenas uma carta estranha se caísse em mãos inúteis, e mesmo que fosse parar nas mãos de algum auror, poderia ser feito por qualquer um menos Lucius.

E quando jogou o pedaço de papel na lareira, maquinava sua fala enquanto o papel crispava ate sumir de vez.

Nunca existiu, essa carta nunca existiu. E Narcisa partilhava do plano de Lucius.


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Notas finais do capítulo

Noooooooooooossa, que babado forte, então Lucius vai mentir para o Ministerio? Corajoso esse Malfoy!
rsrsrsrs

Gente não to conseguindo colocar o capítulo mais maiusculo, isso é um problema estetico e me atrapalha, JURO, é um bloqueio, site ridiculo >.



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