Pavões Albinos - Malfoy Family escrita por Taty Magnago


Capítulo 80
80. PELA FAMÍLIA.


Notas iniciais do capítulo

Galera estou indo viajar, então adiantei o post de amanha.



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Lucius estava meio sem saber o que fazer.

Então tudo que ela falou se resumia nisso? Ela queria mesmo deixar de sentir qualquer coisa por ele.

Mas então o que ele faria?

Se ela não olhasse com aqueles olhos cheios de... Amor. Ou então quando ela nunca mais falasse o quanto ele era importante, o quanto o amava.


Merlin. No que viraria o casamento deles?

Mas era isso que ela tentou explicar, o casamento deles só era bom, porque ela se sujeitava a tudo para manter seu sentimento, a chama viva.

E Narcisa agora abrindo mão... Seriam dois estranhos vivendo para o resto da vida sobre o mesmo teto.


Tudo isso porque ele preferiu a espada.

Lucius sentiu um medo o afligir, e então o arrependimento.

Se ele tivesse pigarreado, vencido sua vergonha e bloqueio, se tivesse admitido que a amava.

Admitido que disse por que não podia pensar na ideia dela morrer e ele ficar só. Não podia ficar sem ela, isso devia ser algo como amor.


Se ele tivesse admitido, os dois ainda estariam na cama, sorrindo. Fazendo amor. Tudo continuaria como sempre foi, talvez melhor.

Mas agora não adiantaria pensar no “SE”. O se nunca aconteceu.

Ele estava fodido e tinha acabado com tudo. A verdade era essa.



No outro dia Lucius ficou fora ate de noite.

Quando retornou, Narcisa jantava sozinha a mesa. Ele sentou-se com intenção de que ela o acompanhasse, mas assim que segurou seu garfo, sua esposa ficou de pé.


Após jantar, ele subiu e a encontrou dando mamadeira para Draco. Sem se preocupar em ser inconveniente, ele pegou o menino de seu colo, e passou a dar mamadeira.

Draco adorava ficar no colo de Lucius. Era um colo espaçoso e grande.

E Lucius sempre deixava Draco a vontade e também cheio de pretensões.


Narcisa aproveitou para ajeitar o berço de Draco antes de fazê-lo dormir. Mas não foi necessário. Após tomar toda a mamadeira, Lucius balançava com calma na cadeira de balanço e o menino já mantinha a chupeta na boca e olhos fechados.


— A entrega de títulos será sexta. — Lucius disse, olhando o bebe que tinha os dedinhos fechados em sua roupa.

— Hm.

— Hm?

— É, hm... Sabe. Que bom.

— Preciso que esteja pronta, na hora certa. Você sabe que nunca me atraso para nada.


Ele disse colocando o menino no berço e indo para o próprio quarto, quando Narcisa chegou lá, ele já saia do banheiro.

Era estranho mal conversarem.

Era estranho irem deitar sem bater papo, quando o quarto ficou escuro, Narcisa estava virada para o meio da cama.

E mantinha os olhos abertos.


Sabia que ele se ajeitava na cama, sabia que ele estava remexendo ate demais, mas era impossível ver qualquer coisa.

Quando ele esticou a mão e tocou sua cintura, a puxando para mais perto. Ela mal respirava e não se opôs.

Sentiu-o fechando um abraço em torno de si.


Fechou os olhos.

O amava tanto... Mas tudo seria diferente, ela jurou que seria.


A sexta feira chegou.

O casal vivia sob uma tensão muda. Literalmente muda, já que mal trocavam palavras.

Lucius sentia que dessa vez o relacionamento deles estava se afundando de uma forma difícil de explicar, ou de reverter.


Não tinha como ele chegar e dizer: “ei eu amo você, vamos agir como antes”. Ela provavelmente ficaria ainda mais mal.

Tinha perdido a confiança.

Não relacionado à traição ou coisa do tipo, ou quem sabe, sim. Afinal traição não era apenas estar com outra pessoa.

Ela depositou suas forças, sua fé nele. E Lucius não soube aproveitar.

Sim, era um misto de decepção com traição afinal.


Quando Lucius saiu do banho, não viu sua esposa em lugar nenhum. No closet sua roupa estava impecavelmente separada.

Um conjunto de smoking negro, uma capa adicional. E ate mesmo a presilha do seu cabelo entrava em sintonia com a roupa.

E quando estava perto da hora de sair foi quando a procurou. Encontrou Narcisa brincando com Draco. Vestindo uma roupa comum e nada mais.

A realidade da situação o atingiu instantaneamente.


— Ainda não esta pronta?

— Não vou. — ela respondeu sem olhá-lo.

— Como não vai? — perguntou com frieza.

— Não indo.

— Narcisa esse evento é importante. Não só para mim, mas para nossa família. É um destaque...

— Não ligo e não vou. Adeus Lucius.


Ela disse pegando o bebe e saindo do quarto.

Lucius aparatou na entrada do salão com todo ódio que sentia sua sobrancelha tremer.

Como ela ousava fazer algo do tipo?

Como ela... Como ela podia?

Sabia que aquilo era importante, porra! Não era algo para ele, era um reconhecimento para a família Malfoy. O futuro deles.


Assim que ela saiu do quarto o deixando estático e chocado, se arrependeu.

Não podia fazer isso, sabia como a entrega de títulos era algo aristocrático e famoso. Um evento que ocorria em determinados anos, e sua família estava sendo escolhida.

E agora, tinha mandado Lucius ir sozinho.

Antes que começasse a chorar, ela pediu ajuda a Poli e foi se arrumar.


Assim que entrou, Lucius encontrou seu pai.

— Cadê meu neto?

— Em casa com sua mãe.

— Ele esta doente ou algo do tipo, para ter ficado em casa?

— Não. — Lucius se limitou a dizer.


Abraxas percebeu pelo tom de voz do filho que algo tinha acontecido. Preferiu não perpetuar o assunto. Lucius por outro lado, resolveu sair e cumprimentar as pessoas.


— Senhor Malfoy?


Ele reprimiu um sorriso antes de virar-se para ela.

— Rita.

— Quanto tempo Lucius.

— É.

— Você continua o mesmo. Talvez tenha melhorado em algumas coisas. — ela murmurou, tocando seu braço.

— Você não mudou muito também, talvez tenha engordado um pouco.


O sorriso dela vacilou.

— Sozinho num evento como esse? Sabe como é um perigo quando um doce fica exposto e sem dono.

— Eu realmente não tenho preocupação com relação a isso.

— Claro que não. Você sempre foi acostumado a... Ocupar a primeira pagina dos classificados amorosos.


Lucius forçou um sorriso e ia virar, quando ela apertou dessa vez sua cintura.

— Não tão cedo, sabe que estou aqui a trabalho também? Agora me diga, como esta se sentindo sendo indicado a tantos títulos?


Uma pena se apressou a escrever sozinha.

— Lisonjeado.

— Lisonjeado. Sim. Mas sua família é acostumada a ser lembrada nesses eventos...

— É, temos um lugar reservado ao que parece.

— Bom, obrigada. Depois da premiação te procuro para uma nova entrevista.

— Tudo bem.

— E Malfoy... Se no fim da premiação ainda estiver sozinho...


Ela disse erguendo um papelzinho dobrado e colocando no bolso frontal da sua calça. Fazendo a mão esbarrar propositalmente em seu membro antes de se virar.


Grande oferecida!

Se fosse há outros tempos... Talvez nem isso. Lucius já tinha dado um trato nela quando estavam em Hogwarts, ela era da turma de Bellatriz, podia estar agora mais velha e experiente, mas figurinha repetida nunca foi seu forte.

Além do fato de que podia estar com raiva de Narcisa. E ele estava.

Mas era sua esposa e não sentia vontade nenhuma de afundar ainda mais o casamento naufragado.

E tinha o fato de que uma rapidinha com Rita Skeeter por mais silenciosa, podia custar muito caro.

Afinal ela era a causadora de relatos gigantescos. E o que inventaria se chegassem a dar uma trepada?

Provavelmente algo como Lucius se separou e a pediu em casamento.

Completamente louca. E ele queria distancia.


Quando seu nome foi chamado, Lucius não chegou nem a ficar nervoso, caminhou em passos firmes ate o pequeno palco onde os títulos seriam entregues.

A surpresa foi quando se virou para frente.

Na mesa onde dividiria com seu pai estava Narcisa com Draco no colo. Completamente e impecavelmente arrumados. Ele sentiu algo borbulhar por dentro, nenhum sentimento ruim, apenas uma satisfação.


Ele agradeceu o reconhecimento pelos títulos e claro, ofereceu os cinco prêmios a sua esposa e filho.

O que gerou suspiros e felicitações.


— Nunca imaginei que viria. — ele murmurou beijando seu rosto e a abraçando.

Já que seu pai tinha pegado Draco e passou a exibir o neto para os amigos.

— Entendi que isso era muito importante para nossa família.

— Obrigado por ter vindo.



A musica começou ecoar, ao mesmo tempo em que pessoas iam para o centro dançar, alguns literalmente alterados pela bebida.

Narcisa pegou uma taça de vinho e saiu para cumprimentar os conhecidos enquanto Lucius discutia suas políticas e o faturamento de seus títulos com os outros.

Draco estava muito bem e se divertindo com seu avô.

Após bater um papo rápido com Bellatriz, Narcisa foi ate a mesa de Eloa, que por sinal há tempos não se falavam.

Não que sentisse falta, Eloa tinha virado um tipo de amiga de Aleto e Narcisa nunca dera certo com nenhum dos Carrow.

Foi quando estava próxima a retornar para sua mesa, alguém que nunca imaginou rever, segurou seu braço.

— Narcisa?

— Tom Scamander? — ele sorriu abertamente ao ser reconhecido.

— Em carne e osso.

Ela o olhou bem, dos pés a cabeça. Osso definitivamente não. Agora carne... Sim. Músculos então... Bastante .

Então sorriu de volta.

— Quanto tempo. — murmurou.

— Pois é, desde a formatura em Hogwarts. Você continua a mesma... Linda. — disse, beijando sua mão.

Fazendo Narcisa corar.


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Notas finais do capítulo

É isso, e agora Lucius... segura essa!

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