Pedro Pevensie

Ouvi o grito de Caspian, então sai correndo, cheguei ao lampião rapidamente, Edmundo chegou um estante depois de mim. Nós começamos a correr na direção em que Caspian foi, e achamos uma mulher parada, ela estava de olhos fechados, e atrás dela havia uma pessoa deitada, me inclinei um pouco para ver quem era, e vi, era Caspian.

- Caspian. – eu disse, depois peguei minha espada, Edmundo fez o mesmo. – Deve ser a mulher.

A mulher ainda estava de olhos fechados, ela começou a andar em nossa direção, o braço estendido, como se quisesse nos pegar.

- O que você quer? – perguntei. – O que você fez com o Caspian? – ela não respondeu, então parou de andar. E abriu os olhos.

Fogo entrou em meu corpo, meus braços queimavam, deixei a espada cair meus joelhos cederam, a mulher olhava para mim, seus olhos, pude perceber, eram vermelhos. Então desmaiei, mais pude a ouvir dizendo.

- Meu nome é Felícia.

Caspian X

Eu acordei, estava deitado em uma cama, o lugar era iluminado, consegui me sentar na cama. Não sabia onde estava. Então me lembrei da mulher, o que ela havia feito comigo? E Pedro? E o Edmundo?

- Acordou? – ouvi sua voz, ela estava sentada em uma cadeira, ao lado da lareira, suas mãos, pareciam que queriam pegar o fogo.

- Quem é você? – eu perguntei, me levantei, comecei a caminhar em sua direção. – O que você fez comigo?

- Meu nome Felícia, e eu apenas o fiz desmaiar. – ela disse, seu tom de voz estava tranquilo.

- Por quê? – perguntei, parei me encostando à parede vermelha.

- Eu o queria. – ela disse, agora colocou a mão nas chamas, mais quando a tirou, ela estava com uma chama na palma da mão.

- Me queria? – perguntou, minha voa saiu surpresa e meio aterrorizada.

- Sim, eu queria sua energia. – ela disse, como se fosse nada, depois me olhou, e seus olhos invadiram os meus, cai no chão, o fogo crescia em meu corpo outra vez. – Mais tem uma pessoa que a energia é maior que a sua, ainda mais quando é para salvar a vida de outra pessoa.

- D-de qu-quem vo-vo-você ta fa-fa-falando. – eu disse, ainda me contorcia de dor.

- Da pessoa que você ama, que eu sei que voltou para Nárnia. – ela disse, sua voz era calma. – A rainha Susana, a gentil. Ouvi dizer que vocês dois gostam um do outro. E com esse amor que era sente por você, ela se torna uma pessoa forte, e sua energia se fortalece também. Então eu tomo a energia, e me torno o ser mais poderoso de todos. – ela disse, ainda em voz calma.

- Vo-você não vai com-co-conseguir, e-ela n-não s-se lem-lembra de na-nada. – eu disse.

- Isso é o vamos ver. – ela disse, e passou a mão em chamas em meu peito, gritei de dor.

Susana Pevensie

Eu estava em meu quarto, Lucia tinha ido almoçar, eu tinha dito que não queria nada, apenas que queria ficar em meu quarto. Eu pensava nos meninos, o porquê deles estar demorando tanto, quando sinto uma dor em meu coração, não sabia o isso significa, mais sabia que alguma coisa ruim deve ter acontecido. Levanto-me de minha cama, ainda com  mão no coração. Vou até a janela e o vento vem para o meu rosto, olho para baixo, vejo dois cavalos entrando no castelo, reconheci Pedro e Edmundo, mais onde estava Caspian?

Sai correndo de meu quarto e desci as escadas o mais rápido que eu podia, quase caio de vez em quando, mais finalmente chego ao hall, Lucia estava li também, a porta que dava para frente do castelo estava aberta. Pedro e Edmundo entravam sobre ela.

- O que aconteceu? – perguntou Lucia, então me veio uma sensação de que eu já a ouvira dizer isso. – Cadê o Caspian?

- Não sabemos. – disse Pedro, ele estava com uma expressão triste. – Nós nem sabemos se ele esta vivo.

- Como assim? – perguntei, lagrimas queriam sair de meus olhos, mais eu consegui segurá-las.

- Nós decidimos nos separar para achar mais depressa a mulher, Caspian a achou, então ouvimos o grito dele, fomos correndo até onde ele estava, e vimos à mulher, Caspian estava deitado inconsciente atrás dela. Ela nos olhou e era como se fogo entrasse em nosso corpo e nós desmaiamos. – disse Edmundo, ele estava com a expressão mais triste do que Pedro. – Quando acordamos, a mulher e Caspian haviam desaparecido. – terminou.

Agora lagrimas escorriam por meu rosto, eu não podia acreditar, Caspian estava vivo, ele tinha que estar. Eu não acreditava. Ele estava vivo.