Looking For A Bright Smile escrita por OneThing


Capítulo 18
Capítulo 18: Dalton Academy


Notas iniciais do capítulo

GEEEEEEEEENTE ME DESCULPA! T-T DE VERDADE, EU ANDO COM MUITOS ESTUDOS, LIÇÕES, COMPROMISSOS, NÃO TEM COMO ENTRAR DIREITO NO COMPUTADOR... MAS EU FINALMENTE POSTEI! :D EU SEI QUE FICOU MEIO CORRIDO... MAS CALMA QUE A FIC VAI FICAR LEGAL :B



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Novamente, estava sentindo a mesma sensação que sentira no meu primeiro dia no McKinley Hight, uma ovelha negra cercada por ovelhas brancas. Estava parado na frente da escola, com minha bolsa pendurada no meu ombro direito, olhando para a porta dupla de vidro me preparando para me acostumar com uma nova rotina. Em minha direita, Artie permanecia sentado em sua cadeira, examinando o lugar com um olhar crítico. Atrás dele, Santana de braços cruzados e não conseguia descrever como era sua expressão, um pouco fria, mas ao mesmo tempo deslumbrante. Quinn á minha esquerda, com as mãos atadas na frente de seu corpo. Ergueu uma mão e deu um leve toque no meu ombro.

-Tem certeza disso, Blaine?– suspirei. O lugar parecia ter uma aura simpática.

-Sim. Eu não iria conseguir ficar no mesmo ambiente que Kurt sem me sentir mal, ou com as pessoas do Glee me julgando sem saber nada da história...

-Mas acho que você exagerou, cara.– disse Artie, ainda examinando os alunos que entravam e saíam daquela porta de vidro –Era só conversar, que tudo se resolvia com o tempo.

-Kurt não vai me querer de volta. Eu o conheço, ele é muito ciumento e não se arrepende fácil...

-Mas e você? Não está arrependido?– perguntou Santana.

-Não fiz nada de errado para estar me sentindo culpado.– Ajeitei a gola daquele terno que me deixava com a sensação de que estava parecendo engraçado. Quinn se aproximou e arrumou minha gravata listrada de vermelho e preto olhando em meus olhos.

-Você tem que pensar bem, Blaine. Isso não é brincadeira, essa é outra escola, outros costumes... Não vai ser tratado do mesmo jeito que está acostumado...

-Realmente, serei tratado melhor.

-Não percebe o que Sebastian está fazendo com você? Ele está praticamente mudando sua vida! Abre o olho!– disse Santana, ainda com os braços cruzados.

-Não sei do que está falando.

-Kurt tem razão. Eu também teria medo de deixar você andar por aí com esse moleque. Conseguem fazer sua cabeça muito rápido, só de combinarem alguns encontros ele já te mudou de escola, fez você terminar com o namorado, se afastar dos amigos...

-Pare!– gritei –eu pensei que você me entendia.

-Eu sou sua amiga, Blaine. Não vou ficar passando a mão na sua cabeça quando você estiver errado. Eu irei te alertar, porque é isso que os amigos fazem. E ainda acho que o que está fazendo é um grande exagero.

-Eu não quero ter que ir na escola e ficar na mesma classe que ele e ficar me sentindo mal.

-Você mesmo disse que não tem culpa de nada. Por que ficaria se sentindo culpado?– a lancei o olhar mais frio que já havia conseguido. Não quis nem responder a pergunta. Não por mostrar frieza, mas era porque eu não sabia mesmo o que dizer. Dei uma outra olhada na porta de entrada daquela escola que parecia ser tecnicamente perfeita em todos os detalhes. Quinn suspirou.

-Vou sentir sua falta...

-Também sentirei falta de vocês. Se fosse pra eu ficar, eu ficaria por vocês, com certeza.– Uma lágrima escorreu dos olhos castanho-claros de Quinn e ela sorriu.

-Se cuida, gravatinha...– ela fez uma pausa e olhou para a gravata listrada de vermelho e preto dos warblers que estava entrelaçada no meu pescoço. Depois, voltou o olhar para meus olhos e eles agora expressavam piedade. Eu sabia o que dizia com aquele olhar: “Ele realmente te mudou, Blaine... Santana tem razão.” Ignorei, a abracei forte, o que a fez choramingar mais um pouco. Me virei e dei um aperto de mão em Artie, que também não estava com uma expressão satisfeita. Fui me despedir de Santana, ela continuava com os braços cruzados e com a expressão fria.

-Não concordo com o que está fazendo, gravat...– ela fez uma pausa –...Blaine!– corrigiu –Mesmo assim, vou me despedir porque a vida não é minha mas... Vou sentir sua falta, ex-vizinho-de-armário.– eu dei um sorriso torto e a abracei.

Me virei e dei os primeiros passos leves em direção á porta de vidro. Ajeitei a gravata novamente e engoli o seco. Entrei.

Aquilo mais parecia um castelo medieval do que uma escola... As paredes eram cor-de-madeira e tinham vários detalhes como pilares, quadros, plantas... O chão era liso, e tudo lá parecia ser bem perfeito. Os alunos andavam todos sorrindo, sem parecer ter problema algum, me dirigiam olhares com sorrisos estampados no rosto, eu sorria de volta, meio sem jeito. Todos usavam os mesmos uniformes, o terno preto com o simbolo D estampado ao lado da gola com tiras vermelhas e a gravata. Janelas gigantescas se encontravam nas paredes, a luz do sol iluminava o corredor, deixando o ambiente mais mágico e brilhante. Encontrei Sebastian no corredor, que andava em minha direção com os passos apressados e um grande sorriso no rosto.

-Blaine! Que bom te ver! A roupa caiu muito bem em você.– disse ele me examinando da cabeça aos pés.

-Obrigado... Ahn, é bom te ver também!– eu estava inquieto, nervoso... A escola não era nem um pouco parecia com o McKinley.

-Parece nervoso. Não se preocupe, vou te mostrar tudo aqui!– ele pegou minha mão, o que me deixou muito desconfortável, e saiu me guiando pelos corredores, me mostrando as salas, os horários, o refeitório... Tudo era muito bonito! Não parecia uma escola. Era tudo limpo, perfeitinho, sem nenhum grito, ou barulho alto... Sem valentões, violência, todos se aceitavam. Me sentia pela primeira vez uma pessoa normal, como todos os outros.

-E aqui, é a sala dos Warblers...– ele abriu as portas duplas enormes que dava entrada para uma enorme sala com vários sofás cor-de-vinho de couro espalhados pela sala, janelas compridas que transmitiam uma grande iluminação natural correndo pela sala, uma mesa de madeira grande com três garotos sentados, sorrindo e os restantes que estavam sentados espalhados nos sofás sorriram para mim, me deixando um pouco desconfortável. Sorri meio sem jeito para eles e Sebastian me empurrou para o centro da sala –Gente, esse é Blaine Anderson. Se lembram dele da nossa antepenúltima reunião e das Regionais, não?– todos começaram á murmurar sorrindo que se lembravam de mim –Vamos dá-lo as boas-vindas aos Warblers e á Dalton Academy!– todos se puseram de pé e do fundo da sala, dois garotos vieram andando em minha direção segurando alguma coisa coberta por um pano amarelo-claro.  Quando chegaram em minha frente, tiraram o pano e havia um pequeno canarinho. Eu sorri ao ver sua agitação, ao ouvir seu belo canto... –Isso é um ritual que os Warblers fazem á muitos anos. Você tem que cuidar dele, como se fosse sua própria voz.– os garotos ergueram a gaiola em direção ás minhas mãos. Eu segurei a gaiola e apreciei aquele lindo canarinho amarelo cantando em completa afinação. Sebastian bateu as mãos e gritou, exaltado: -Vamos dar as boas-vindas á Blaine Anderson!– todos aplaudiram e começaram á cantar “Misery” do Adam Levine. Eles faziam coreografias bem bagunçadas e caras divertidas, eu estava meio tímido e não me soltei muito de primeira.

As aulas são normais, as pessoas são normais... Tudo é muito normal.  Passei uma semana lá, me sentindo como todos os outros. Eu não parecia mais o Blaine de sempre... Eu não era único, eu não usava mais minha gravata borboleta, não usava mais aquelas calças que eu amava com as barras até o tornozelo, não usava meus sapatos de couro pretos... Eu sentia falta de ser como... Eu mesmo.

Em um dia normal, eu estava na sala dos Wablers, sozinho apreciando meu passarinho preso na gaiola. Ele mexia a cabeça de um lado para o outro olhando a sala com curiosidade, ele soltava notas baixinhas, quase não conseguia ouvi-las.

-Vamos, canarinho... Cante para mim.– ele permanecia inquieto, pulando de um poleiro para o outro e com as notas baixas. Suspirei, me levantei e abri a janela, deixando a luz do sol penetrar na sala toda, trazendo calor e vento para o ambiente. O canarinho se animou assim que abri a janela com aquela aura natural tomando conta da sala. Ele começou á cantar imediatamente, soltando aquelas notas rápidas e animadas novamente. Olhei pra ele sorrindo e percebi o quanto ele sentia falta de seu habitat natural. Peguei a gaiola, e levei para perto da janela. Ele parecia até mais agitado quando o coloquei apoiado nela.

Olhei para ele e me coloquei em seu lugar. Eu estava preso na Dalton Academy, por um orgulho bobo. Eu podia muito bem pedir desculpas para Kurt... Porque depois desse tempo, percebi que se Kurt estivesse saindo com outro cara, também ficaria com ciúmes, também acharia que ele estava errado... Mas mesmo arrependido, acho que Kurt não iria me aceitar de volta. Na primeira chance que eu pudesse ter, eu voltaria e concertaria todas as bobagens que me fizeram me separar de meus amigos, da minha escola... E de quem amo. Eu poderia simplesmente pedir perdão para Kurt e me mudar para o McKinley novamente... Mas será que seria tudo simples assim? Eu não agüentava me sentir mais numa gaiola, sem poder ser quem eu realmente sou, sem poder abrir minhas asas e voar livre para onde quisesse.

Abri lentamente a porta da gaiola, o que o deixou mais agitado ainda. Assim que estendi a porta e ergui a gaiola em direção ao vento, o canarinho ergueu vôo e saiu livre entre as árvores. Sorri ao ver que ele estava feliz. Escutei passos vindo em minha direção e quando me virei, Sebastian estava de pé em minha frente.

-Blaine? O que está fazendo?

-Eu decidi que... O canarinho merecia a liberdade. Ele estava tão triste preso na gaiola...– Sebastian sorriu e se aproximou.

-Isso é inspirador, Blaine.– ele segurou minha cintura e jogou meu corpo contra o dele. Franzi a testa e com minhas mãos, afastei seu corpo dos meus impulsionando seu peito contra mim.

-Sebastian, eu não quero nada com você. Na verdade, eu queria sair dessa escola o mais rápido possível.– ele riu sarcasticamente.

-Blaine... Você não vai sair daqui tão cedo.

-Do que está falando? Eu posso simplesmente assinar minha transferência para o McKinley. Eu percebi que estou errado. E quero Kurt de volta. Quero meus amigos de volta. Quero o antigo Blaine de volta. Você me mudou, mudou meu jeito, mudou minha vida, mas não mais, Sebastian! Não mais!

-Lembra-se da bolsa que te dei?– disse ele com calma, mas ao mesmo tempo com um ar sombrio. Nunca havia o visto daquela maneira, frio –Nela estava claro que você ficaria aqui por um ano– ele se aproximou e segurou minha gravata com força rangendo os dentes –não tem como você sair daqui.

-S-Sebastian?– eu estava assustado com suas ações –por que está agindo assim?

-O quê? Acha mesmo que eu não posso ser duro?

-E-eu pensei que gostasse de mim...– ele riu.

-Sou um ótimo ator, não sou?

-Do que está falando..?

-Puxa Blaine, francamente, pensei que você fosse mais esperto em deduzir as coisas. Pense... Com você nos Warblers iremos longe, sua voz é realmente admirável. Iremos detonar o New Directions na próxima competição com você conosco.– Ele deu á volta por mim e disse na direção das minhas costas: -Agora você é nosso, Blaine Anderson. E não há saída.


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Notas finais do capítulo

Comentários são muito bem-vindos! ;D