Mais uma vez lutei contra a Tashigi, e mais uma vez eu fiquei mexido. Não tem como olhar pra ela e não lembrar da Kuina. Todas aquelas lembranças de infância vêm a tona.

Não posso negar, ela foi muito importante pra mim. Não tenho como dizer o quanto eu a amava e a admirava. Eu deveria ter deixado isso claro antes de perdê-la.

Porém uma coisa me deixa surpreso e confuso. Quando estou só, não é na Tashigi, nem na Kuina que eu penso. Não são elas que povoam a minha mente e os meus sonhos.

Na minha mente vem cabelos loiros brilhantes, pele alva, olhos lindamente desprentensiosos. É estranho admitir, mas o Erro-cook está sempre presente na minha cabeça.

O único modo pelo qual eu pude tocá-lo foi através das minhas katanas. Como eu queria as minhas mãos naquela pele macia...

Ainda assim, eu o odeio. Odeio só por me ver como um rival ou um nakama. Odeio toda a atenção que ele dá a Robin e a Nami. Odeio o fato daqueles olhos cheios de amor nunca estarem voltados a mim.

Imagino meus braços fortes o envolvendo, aquelas pernas que se dedicam tanto em me chutar, envolvendo o meu corpo, meus lábios sobre aquele pescoço, sentir o gosto de tabaco daquela boca, aquela voz nos meus ouvidos, senti-lo próximo.

Tenho total confiança que se ele estivesse comigo, seu corpo experimentaria sensações que as garotas nunca poderiam–lhe proporcionar. Não estou falando de sexo e sim de se sentir acolhido e protegido.

- Yo, Marimo, hora do almoço. Venha logo antes que o Luffy acabe com tudo.

O senhor absoluto da minha mente me tirando dos meus devaneios.

- Ok Cook, já vou.

E aqui estou, na minha velha rotina de deseja-lo silenciosamente.