Strayf - o Claymore sem Número escrita por Strayf


Capítulo 1
Capítulo Único A História de Strayf


Notas iniciais do capítulo

A história é antiga, vai ter uns errinhos feiosos, e a forma de escrever é estranha. Considerem a história, por favor.



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Habilidades e Aparência Normais
Em sua forma normal, Strayf usa uma capa preta leve e simples. Tem alguns pequenos encantamentos que o protegem um pouco de impactos muito fortes. Há nessa capa um símbolo que ele não sabe ao certo o que significa. Por baixo usa uma camisa branca normal, e uma calça escura. Seus cabelos são prateados, assim como seus olhos. Porém, ao usar 10% de seu Youki seus olhos ficam dourados. Tem por volta de 1,80m de altura e aparenta 21 anos, mas tem 17.

Habilidades de Strayf

• Ele pode usar seu Youki para criar cortes no ar, simplesmente por enviar seu youki para o local desejado, podendo escolher a quantidade de cortes e o quanto estão concentrados. Inicialmente conhecidas como Espada de Luz, aperfeiçoadas para Lâminas Imaginárias.

• Ao usar a habilidade acima juntamente com a espada, os cortes são mais fortes e concentrados, seguindo uma direção definida pela direção do corte.

• Pode criar um corpo ilusionário no local onde está por alguns segundos. A técnica foi criada por Miria, A Fantasma.

• Strayf consegue despertar e voltar ao normal devido ao seu alto controle de Youki.

• De uma distância de até 100 metros, qualquer manifestação ou alteração de poder Youkai pode ser sentida.

• Ele consegue regenerar partes de seu corpo perdidas. Se for uma parte vital, mas ele puder sobreviver por tempo suficiente sem ela, ele pode regenerar essa parte.

• Strayf consegue esticar seus membros o quanto quiser se passar dos 30% do uso de Youki.

• Strayf consegue libertar partes de seu corpo individualmente, ao invés de libertar-se por completo.

• Por ter um bom controle de Youki, não gasta muita Stamina ao realizar seus golpes. Porém, quanto mais poder ele usa, mais fica cansado.

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História de Strayf
Vivendo em uma vila escondida no meio de montanhas, estava Strayf. Seus pais desapareceram quando ele ainda era bebê, todos já tinham certeza que estavam mortos. Ainda bebê, foi entregue aos cuidados da vila. Porém, o máximo que lhe fizeram fora dar-lhe o que comer e o que vestir. O pouco que aprendera sobre a vida, aprendera sozinho observando as outras pessoas. Assim foi crescendo até seus 14 anos, sem nenhum objetivo na vida, mas com o interesse de aprender sobre ela. Esse tempo todo sem receber carinho algum o tornou frio, não entendia de sentimentos. O que sabia sobre a vida se limitava ao que chegava naquela vila. Só que um dia, o que chegou naquela vila não aparecia lá por anos. O que todos chamavam de Claymore. Haviam aparecido Youmas por lá, e ela fora mandada para mata-los. Era Ophelia, número 4 da Organização. Porém, esta Claymore tinha um pequeno problema...ela costumava matar humanos pelas costas da organização, uma regra que leva a execução de qualquer Claymore. Strayf, por observar bastante os humanos, sabia que haviam alguns que agiam diferente. Esses, pelo que ouvira quando a Claymore havia chegado, eram Youmas (demônios). Mas Ophelia não estava atacando Youmas...ela estava perto de atacar um humano, mas Strayf a interrompeu pegando-a de surpresa com um chute no estômago.
Ophelia- Desgraçado..!- Dizia Ophelia com uma das mãos na barriga por causa da dor - Como tem coragem de me atacar? Sabe que posso te matar, não é?!-
Strayf- Pelo que ouvi você está aqui para matar Youmas, não humanos. E se é contratada por humanos para matar Youmas, não deveria estar matando humanos. Porque está fazendo isso?-
Ophelia- Oh...vejamos...porque? Porque é divertido! Hahahahahah!-
Strayf- Você...você é forte, não é?- Strayf parecia interessado, pela primeira vez em sua vida. Seu pai era um guerreiro, estava no seu sangue o gosto por batalhas.
Ophelia- Você é bem esperto garoto. Hahahah...porque se interessa nisso?-
Strayf- Eu quero ficar forte também...mas você não é como um humano. Também não me parece um Youma...o que é um Claymore?-
Ophelia- Garoto...Claymores são metade humanos, metade Youmas. Consegue entender isso?-
Strayf- Metade humanos, metade Youmas...significa que sua consciência é humana, mas você recebe poderes de demônios? Interessante...como me torno um desses?-
Ophelia- Só funciona com mulheres garotinho...hahahahah!- Ophelia achava graça no interesse do garoto.
Strayf- Não, não acredito nisso. Certamente devo conseguir carregar um demônio dentro de meu corpo...tente- Strayf estava certo do que queria.
Ophelia- Hmm...você é interessante, huh? Tudo bem, vou te levar até a organização, vamos ver o que podem fazer por você garotinho. Hahahahahah!-
Strayf- E quanto ao Youma?...-
Ophelia- Oh..! É mesmo, quase me esqueci- Dizia Ophelia distraida por causa de Strayf.
Ophelia vira a cabeça, e olha para um homem escondido no meio de tantos outros, e em uma velocidade que Strayf não consegue acompanhar, aparece do lado desse o deixando em pedaços. Quando Strayf se da conta do que aconteceu, fica impressionado. Se anima, pensando que ficaria forte como ela em instantes. Ophelia, ao ouvir isso da risadas. Era um garoto bastante sonhador, pensava ela. Ao chegar na base da organização, um homem de preto vem conversar com Strayf.
Homem- Então, quer se tornar um Claymore, não é..? Entenda, não costumamos fazer isto com homens, eles despertam muito rápido-
Strayf- Despertam?-
Homem- É quando não conseguem controlar o poder de Youma, e se transformam em um.
Strayf- ...minha vontade é todo o controle que preciso-
Homem- Huh...Ophelia, você trouxe alguém interessante. Então...há um Youma que vem matando todas de nossa organização...ao matá-las, o Youma absorve suas habilidades. Ele tem nos causado muitos problemas, mas conseguimos capturá-lo...o problema é...-
Strayf- É muito perigoso mante-lo na organização, certo?-
Homem- Certo...vamos usar ele para sua transformação. Porém, você vai ter que convence-lo. Não estamos em condições de perder mais ninguém. Esteja avisado de que você pode morrer-
Strayf- Não vou morrer...-
Convencido da determinação de Strayf, o homem o deixou em frente a um portão negro de ferro com pelo menos uns 5 metros de altura. Strayf entrou e se aproximou da criatura. Ao se dar conta, tudo em volta havia escurecido, e Strayf estava cara a cara com um monstro.
Strayf- O que fez comigo?-
Monstro- Arrogante...vem até mim e espera que eu responda suas perguntas?-
Strayf- Certo...o que quer saber de mim?-
Monstro- Você é somente uma criança...o que quer de mim?-
Strayf- Eu quero o seu poder-
Monstro- Hahahahahahahahahah! Meu poder, criança? O que alguém como você faria com ele? Sabe que posso te matar agora, se eu quiser?-
Strayf- Não precisa me ameaçar de morte. Se quiser minha morte, mate-me. Não gosto de ameaças, são como avisos dos quais não preciso pois já tenho certeza de minhas decisões-
Monstro- Hahahah...e então, se eu te desse meu poder...o que faria com ele, criança?-
Strayf- Mostraria a todos o que eles não querem ver-
O monstro da um pequeno rosnado.
Monstro- Você se tornará forte, se eu lhe entregar meu poder? Me garante que irá fazer bom uso dele?-
Strayf- O seu poder não me será necessário depois de um tempo, somente seus ensinamentos me restarão, e suas habilidades...eu as absorverei-
Monstro- Hahahahahah...parece que você já tomou controle da situação...certo, irei ajudá-lo. Mas, me diga...qual o seu nome?-
Strayf- Não tenho um nome...nunca conheci minha familia, ao que parece estão todos mortos-
Monstro- Huh...você aprendeu sobre a vida sozinho. Você é forte garoto, ficará ainda mais...você se chamará Strayf-
Strayf- Strayf....certo...gostei desse nome-
O homem entrega a Strayf um uniforme da organização e uma Claymore (nome de um tipo de espada). Strayf veste o uniforme e guarda a espada. Os dois ainda não tinham um símbolo, já que Strayf acabara de se tornar um Claymore. Strayf vai em direção as montanhas que ficavam ao norte da organização. Andando levaria três dias para chegar lá. Não queria perder tanto tempo. Experimentou pela primeira vez o fluxo de Youki pelo seu corpo (Youki é a energia usada por Claymores). Foi aumentando o fluxo, então seus olhos ficaram dourados.
Strayf- Incrível...que sensação boa...mas acho melhor fazer do jeito certo-
Strayf reduz o fluxo de Youki a zero. Volta a concentra-lo, porém dessa vez somente nas pernas. Foi aumentando mais e mais o fluxo até um ponto o qual achou perigoso. Sentia que se aumentasse muito mais o fluxo, aquele poder ia controlar o corpo dele. Ainda tinha que perguntar coisas para a organização, mas faria isso depois da missão. Estava um pouco irritado porque teria de voltar para lá, mas daria um jeito depois. Começou a correr em direção as montanhas. Sua velocidade realmente havia aumentado bastante, ele precisou concentrar youki no resto do corpo para aguentar a velocidade. Em algumas horas chegou as montanhas. Atravessou-as, pois haviam alguns espaços entre elas. Chegou em uma parte um pouco fechada onde teve que subir a montanha, mas esta não era tão grande. Ao chegar no topo, pulou para descer mais rápido. Ao saltar, sentiu algo segurar seu corpo e jogá-lo contra a parede. Irritado, olhou para ver o que era. Era o kakuseisha.
Strayf- O que é isso? Agh...os poderes desse Youma...eu não consigo encontrá-los. Parece que estão perdidos...droga...-
Strayf olha para o monstro. Era algo aproximado de uma aranha com uma pele dura. Daria problemas. Strayf puxou sua espada e bloqueou uma das patas que atacava em direção ao seu peito. Com raiva, e deixando o Youki fluir, sentiu uma voz em sua cabeça dizendo... "Precisão com a espada recuperada". E quando percebeu, havia cortado a pata do monstro pela metade. Só então percebeu que as habilidades do Youma estavam adormecidas, e ele deveria recupera-las conforme se "lembrava" delas. O monstro rugiu de dor, e atacou com outras três patas. Novamente, a voz em sua cabeça... "Percepção dos olhos recuperada...reações defensivas recuperadas". Strayf percebeu que o Youma com quem falou já foi um Claymore, porém este despertou. Por isso suas habilidades estavam sendo passadas para Strayf.
De dentro de Strayf sai uma luz que apaga toda a escuridão em volta, e ele se vê em uma sala branca, com uma iluminação normal. Sente que algo está diferente. Também, seus olhos agora eram prateados.
Homem- Pronto...-
Strayf- Quer dizer que...-
Homem- Sim...você é um chamado Claymore. Agora, antes que escolhamos sua área e seu número, lhe daremos uma pequena missão...- Strayf o interrompe
Strayf- Do que está falando? Missão? Acha que vou trabalhar para você?-
Homem- Como é..? Está se recusando? Depois de tudo que lhe fiz?-
Strayf fica encarando-o um tempo. Não haviam lhe dito que teria de trabalhar para a organização a partir do momento, mas sabia que iriam lhe pedir algo em troca. Aproveitaria a oportunidade para fugir.
Strayf- Tch...certo. Me diga, o que devo fazer?-
Homem- Melhor assim...bom, sei que ainda é um pouco cedo...mas o Youma que lhe demos é bem forte. Você enfrentará um Kakuseisha, depois nos dará o relatório de seus poderes-
Strayf- Kakuseisha? O que é isso?-
Homem- São Claymores que despertaram. São incomparavelmente mais fortes do que Youmas normais-
Strayf- Entendo...onde está esse tal Kakuseisha?-
Homem- Nas montanhas ao norte. Não se preocupe, já que agora é um Claymore suas necessidades de comer, dormir ou descansar são muito menores-
Strayf- Não importa...estou indo-
Homem- Antes, tome isso-
Homem- Não, também vim lhe informar de sua próxima missão...-
Strayf da de costas e começa a andar.
Homem- Onde pensa que vai?-
Strayf- Aonde eu quiser. Você não me controla-
Homem- Não vai conseguir ir muito longe...mandarei alguém atras de você, e vai ter que voltar de um jeito ou de outro. Se você não me obedecer, terei de mandar executa-lo...é isso o que quer?-
Strayf não se importava. Estava querendo mostrar aquele poder todo dentro dele. Estava querendo ficar mais forte. Achava que não importava o que viesse, ele daria conta. Continuou andando. O homem entendeu, teriam de mandar executa-lo. Seria uma grande perda, um garoto que matou um Kakuseisha sem ter nenhuma habilidade em batalhas. Strayf foi andando até a vila mais próxima. Ao chegar na vila, muitas pessoas olharam para ele com medo. Havia se lembrado que aconteceu a mesma coisa em sua vila quando Ophelia chegou...as pessoas não confiavam em Claymores. A primeira coisa que fez, foi arrumar uma roupa nova. Não gostava das roupas da organização (para saber como é a roupa, olhe no tópico que fala da Aparência e das Habilidades dele normalmente). Mandou costurarem uma roupa bem resistente para batalhas. A roupa também deveria ser feita de um modo que ele pudesse lutar direito. Apesar de amendrontados, os humanos aos quais pediu isso obedeceram. Strayf ainda carregava algum dinheiro consigo, e os pagou melhor do que acharam que iam receber pelo trabalho. Ao terminarem, Strayf deixou a vila. Sabia que estavam atras dele, e não queria criar problemas. Na floresta atras da vila, foi parado por três pessoas. Vestiam-se como qualquer humano normal, não deviam ser Claymores. Mas agora, sentia algo diferente neles...um Claymore podia diferenciar humanos de youmas. E ao sentir isso, seus movimentos foram rápidos o suficiente para faze-los em pedaços com apenas um corte. "Cortes imaginários recuperados...". Strayf imaginou o que seriam cortes imaginários. Logo percebeu, eram cortes que partiam da força de um único corte originando milhares de outros.
Ao olhar de novo para o monstro, outra vez a voz veio em sua cabeça... "Velocidade e velocidade de reação recuperados". Strayf pulou do lugar onde estava "enterrado", passou entre as pernas e fincou a espada onde estaria o coração do monstro. A espada atravessou o corpo dele, mesmo com sua pele dura. O sangue se espalhou por todo seu corpo, já que ele estava em baixo do monstro. Olhou para o ele. Sem que percebesse, havia concentrado Youki o suficiente para seus olhos mudarem para o tom dourado. E seus olhos demonstravam frieza. O monstro olhou para seus olhos, e o último sentimento que teve antes de morrer foi medo. Um outro homem de preto aparece.
Homem- Parece que completou sua missão, não é?-
Strayf- Estava me observando?-
Homem- Não se aborreça. Só queria garantir que ia completar sua missão. Agora, tenho algo a lhe informar...-
Strayf- Antes disso, me explique sobre como um Claymore pode se libertar-
Homem- Bom...quando um claymore usa 10% de seu Youki, seus olhos ficam dourados. Ao usarem 30%, seus corpos começam a se distorcer, se aproximando ao corpo de um Youma. Ao usarem 50%, seus rostos ficam distorcidos...se um Claymore ultrapassa 80% do poder, não há como voltar. E ele se torna um Kakuseisha...-
Strayf- Então é isso, huh..? Então, o que queria me dizer?-
Homem- Lembra-se da mulher que o trouxe a organização, certo? Ophelia...-
Strayf- O que é?-
Homem- Bom...como foi ela que lhe trouxe, acho que gostaria de saber. Ela despertou há algum tempo, e foi morta. Não sabemos quem a matou, mas pode ser que tenha sido uma das nossas-
Na hora, Strayf tentou entender a morte de Ophelia. Ao pensar direito sobre isso, deu de ombros. Realmente não havia sentido nada pela pessoa que lhe mostrou que podia ser forte. Mesmo que por um tempo pudesse pensar que ela talvez teria sido especial para ele, seu coração não demonstrava sentimentos e não o afetava.
Strayf- É só isso?-
Dessa vez, Strayf não presta atenção na voz em sua cabeça. Mas havia ficado mais rápido, seu controle do Youki havia aumentado e estava mais forte. Sua vontade era enorme. Galatea tentou controlar o Youki de Strayf para desviar seu ataque, mas a intenção dele era forte demais. Strayf perfurou o coração de Galatea com sua espada, e tudo o que teve foi seu sangue em suas mãos...
Strayf- ...parece que se descuidou. Se não tivesse se distraido, talvez ainda estivesse viva...não irei cometer o mesmo erro-
Depois daquele dia, Strayf ficou mais e mais famoso na organização. Foram mandadas várias Claymores atras dele, mas tudo que elas puderam fazer foi aumentar as habilidades de Strayf. Depois de um tempo, começou a se perguntar quantas das habilidades ainda precisava recuperar. Ouviu algo em sua cabeça como... "Recuperação em 50%...". Era incrível. Ele havia matado inumeras Claymores, sentido em sua pele prazer ao matá-las, sentindo-se ficando mais e mais forte, estava com uma força absurda! Ainda assim, somente metade de suas habilidades foram recuperadas...imaginou o quanto ainda tinha para aprender. Era somente o que estava fazendo desde o início de sua vida. Aprendendo sozinho. Somente estava o fazendo de uma forma diferente agora, e de um jeito que pudesse aprender mais. Mesmo assim, havia demorado muito para aprender...já se passara um ano desde que deixou a organização. O mais impressionante é como ainda continuava vivo. Não conhecia muitas técnicas, só o que vinha melhorando era sua percepção de Youki, sua velocidade, sua força e sua habilidade com a espada. Precisava de técnicas, mas certamente que não lembraria de nenhuma agora. E sentia que a organização estava planejando algo contra ele. Algo forte...e não demoraria muito até que o atacassem novamente. Strayf estava decidido a fazer a organização se arrepender dessa vez. Mas precisava mostrar a eles o seu poder...precisava mostra-los que estavam brincando com algo que não podiam controlar. E que iam pagar por isso...mas não conseguiria se lembrar das técnicas agora. Agora, teria de criar uma. Uma técnica que fosse apavorar os inimigos...que fosse deixá-los sem reação. E sabia exatamente como faria isso. A noite, se sentou em uma árvore e ficou observando a lua. Não demorou muito, foi atacado pelas costas. Conseguiu pular da árvore na última hora.
Strayf- Esse monstro que me emprestou os poderes dele...a força dele era incrível! Como ele pode ser capturado..? Como ele despertou..? Se ele era tão forte, deveria poder controlar seu youki. Será que é possível? E se for...ele teria despertado por vontade própria, e manteu isso por tanto tempo que se esqueceu de como pode voltar?-
Enquanto Strayf estava destraído pensando, ele notou no último momento... "Controle de Youki e percepção de youki recuperados...". Ele desviou por pouco do ataque de uma Claymore.
Strayf- ..! Quem é você?!
Galatea- Meu nome é Galatea. Sou a número três da organização. Você deve ser Strayf, o Claymore sem número...
Strayf- Claymore sem número..?
Galatea- Todo Claymore tem um número e um símbolo, que são escolhidos pela força e as habilidades do Claymore. Foi dada a ordem para lhe executar antes mesmo de ter um número, ou um símbolo...já ficou famoso na organização, e este virou seu apelido. Mas isso não importa. Estou aqui para te matar...-
Galatea aparece na frente de Strayf em uma velocidade que ele ainda não conseguia acompanhar, mas ele conseguiu bloquear seu ataque por pouco, ficando com um leve corte no rosto.
Strayf- O que é isso que eu senti..? É uma sensação estranha...bem aqui no meu rosto...-
Strayf passa a mão no corte, olha para a mão e a vê manchada de sangue.
Strayf- O que é isso..? É meu sangue? Então, isso que estou sentindo é a dor?-
Galatea hesita por um momento. Era só uma criança. Não sabia nem sobre sentimentos...
Strayf- Ei...você tentou me machucar...eu vou te matar.
Strayf- Apareçam...- Strayf falava de uma forma tão fria que intimidava seus oponentes.
5 Claymores o cercam com suas espadas prontas para atacar.
Strayf- Quem são..?- Strayf ficou observando seus símbolos por um tempo- Número 1 a 5...vocês pretendiam sacrificar a número 5 nesse ataque não é? Mesmo sendo companheiras...-
Nº5- Vo-vocês...-
Nº1- Não dê ouvidos a ele. Só está querendo nos fazer perder a calma-
Strayf- Não...não tenho intenção disso. Quero que lutem com tudo o que tem para que eu possa testar minhas habilidades. Simplesmente vi através de você, e percebi que queriam sacrifica-la. Mas...não deve fazer muita diferença para vocês, não é?-
Nº5- Como puderam?! Eu achei que...!-
Nº1- Não se desvie do nosso plano!-
Strayf- Ei...se vocês não vão atacar, eu vou-
Strayf pegou sua Claymore e fez um corte na vertical. Desse corte se originaram milhares de cortes na direção da Claymore que atacou: a nº5. Se tinham um plano, gostaria de ver até onde iriam. Mas a nº5 já não estava de acordo com o plano. Ela havia pulado quando se deu conta que Strayf ia atacar. Não iria ser a isca do plano, era contra isso. No lugar onde era para estar a nº5, havia sido aberta uma fenda no chão com vários cortes nas paredes da fenda. As de nº 1 a 4 aproveitaram para atacar. Strayf percebeu que não daria para escapar. Não em condições normais. Mas não iria morrer ali...iria mostrar...mostrar a todos a sua força. Sentiria raiva de si mesmo se não escapasse daquilo. E foi essa raiva que lhe alimentou como fonte de energia para que pudesse escapar... "Técnicas de Miria recuperadas...". A impressão que todas tiveram foi a de que todas acertaram Strayf. Só podia ser, ele estava ali, em frente a todas as quatro, e suas espadas haviam atravessado o corpo dele. Mas pelo visto, não era o que parecia...
Strayf- Acho que esta que acabou de morrer...era a nº 3.
Todos ouviram a voz de Strayf, mas não vinha do corpo dele, o qual todas olhavam. Este, desapareceu no ar aos poucos, e a nº3 estava agora jorrando sangue por várias partes no corpo. Caiu no chão, morta.
Nº4- O-...o que há com ele..? Nós o acertamos...! Ele devia estar morto...mas quem está morta é nossa companheira...-
Nº1- Lyria, controle-se!-
Strayf- Tarde demais-
A nº4, Lyria, começou a elevar seu Youki. Suas companheiras tentaram impedi-la, mas não deu certo. Ela despertou...Strayf pensa: "Se ao menos houvesse uma forma de voltar...eu aproveitaria melhor os meus poderes...deve haver um jeito". Strayf olhou para o monstro que a nº4 se tornou. Sentiu pena dela, que tinha tanto poder, mas não podia controlar. Era enorme...seria complicado atacar, teria que ferir o resto do corpo antes, e as Claymores não o deixariam em paz. Precisava ser mais rápido...lembrou-se de outra coisa... "Espada de Luz recuperada...". Era simples, devia despertar somente algumas partes de seu corpo, assim o resto estaria sob seu controle. Enquanto não descobrisse um jeito de usar melhor seu despertar, usaria-o assim. Então, concentrando seu youki em um só braço até desperta-lo, atacou. Incontáveis cortes voaram na direção do pobre ser despertado que foi feito em pedaços. As três Claymores que ainda estavam vivas envolveram Strayf. Suas espadas estava prestes a arrancar sua cabeça, as três envolvendo seu pescoço como um círculo. Foi então que lembrou-se de um jeito que podia melhorar a técnica que criou. Sua técnica, era de criar cortes no ar a partir de sua espada. Mas e se memorizasse a forma de um corte para cria-lo livremente, sem o auxilio de uma espada? O resultado foi que as três Claymores sentiram uma colisão com algo forte e as espadas recuaram. Strayf havia criado cortes em volta de seu pescoço para protege-lo no momento.
Nº2- O que você fez?!-
Nº5- Você é um monstro...até mesmo Teresa teria morrido, mas você continua ai!-
Strayf- Teresa, huh?...-
Strayf- Tudo o que sou é resultado do que vocês fizeram a mim...-
A Claymore ousou dar alguns passos para frente. Strayf segurou no cabo da espada. Ela hesitou um pouco, mas continuou em sua direção.
Os dias foram se passando. Ayumi era como uma mãe para Strayf. Foi lhe ensinando sobre tudo. Sobre todos os sentimentos que nunca entendera. Ela lhe ensinou sobre o amor. Strayf percebeu que sentia isso por ela. Lhe ensinou sobre a amizade. Strayf se lembrou de Ophelia e da nº1. Ela lhe ensinou sobre tristeza. Não entendera ao certo o que era tristeza, nunca havia sentido. E como entenderia tristeza, se nem ao menos sabia o que era felicidade? Ela lhe ensinou sobre ódio. Se lembrou de quando não queria ser morto. Se lembrou do egoísmo da organização. Ela foi lhe ensinando sobre tudo que não entendia na vida, e tudo ia ficando mais claro para ele. Conseguia ser gentil, porém somente com ela. Não achava que outros mereciam sua gentileza, já que não fizeram nada em troca dela, e certamente não fariam. Ayumi tentava explica-lo que não era assim que funcionava, mas Strayf era teimoso. Ayumi ficou cuidando de Strayf com muito carinho. Tudo o que nunca lhe fora entregue na vida, estava recebendo agora. Ele se sentia bem com isso. Achava que enquanto ela estivesse por perto, estaria tudo bem...mas se enganou.
Seu coração, a coisa em que nunca havia confiado. Quando Strayf lhe deu uma chance, ele lhe enganou. Um dia de sol, Strayf estava indo para o hotel onde estava hospedado com Ayumi. Não a encontrou lá. Havia uma carta sobre a cama de Ayumi. Ele a pegou e começou a ler...
"Nº17, Ayumi. Estamos esperando seu relatório sobre o garoto. A essa hora, ele já deveria estar morto. Porque hesita em mata-lo? Será que está tentando substituir seu filho? Saiba que se ele não estiver morto até a meia noite de hoje, mandaremos executa-la. E ao que parece, o garoto amoleceu enquanto ficou com você, não é? Não se preocupe, se seu trabalho não for terminado, mandaremos alguém terminar o serviço"
Era uma carta da organização.
Ayumi- Strayf? Você está ai?-
Ayumi entrou no quarto e o viu olhando para a carta. Estava tremendo. Não de medo...mas de ódio.
Ayumi- Eu sinto muito, Strayf...- Foram suas últimas palavras, e ela sabia disso.
Strayf fez um corte na horizontal que tanto arrancou a cabeça dela, quanto partiu as paredes do quarto em que estavam. Strayf sentiu dor, ódio...sentiu a tristeza de que Ayumi lhe dissera. Lágrimas cairam do rosto de Strayf. Ele não queria ter matado aquela pessoa. Ele não havia agido por conta própria...algo dentro dele tomou conta dele e a atacou. E agora, ela estava morta...não conseguia acreditar no que via. Sua fúria foi imensa. A última coisa que pudera fazer por ela, foi enterra-la. Vingaria-se da organização. Assim que terminou de enterra-la, caiu de joelhos no chão. 10%.... 20%..... 30%...50%... 80%...o corpo de Strayf estava se transformando por completo. Como prometido, era meia noite. Cerca de 20 Claymores apareceram. Strayf rugiu alto. 100%.

Habilidades e Aparência da Forma Libertada
Ao se libertar, Strayf ganha duas asas negras. Sua pele fica em um tom vermelho sangue, além de ficar dura como um diamante. Em suas mãos e pés crescem garras, e os dedos ficam mais grossos. Seu cabelo cresce um pouco, até um pouco abaixo dos ombros, porém, ao voltar ao normal essa transformação é desfeita. Seus olhos se tornam cinzas, no formato do olho dourado de um Claymore normal ao usar 10% de seu Youki. A expressão dos olhos deixa quem olhar diretamente para eles um pouco sufocado, pois tudo que eles expressam é ódio e tristeza, chegando a amedrontar o oponente. Seus dentes também ficam mais afiados, e ao ficar muito próximo a ele pode-se sentir a pressão do Youki concentrado em sua libertação que fica no corpo contido até algum ataque.

Habilidades conhecidas dessa forma:

• Suas garras são venenosas. Enquanto estiver libertato é imune ao veneno das garras, pois o mesmo começa a se espalhar pelo local.

• Os cortes feitos com o Youki destróem átomos de oxigênio se feitos com muita força, podendo asfixiar qualquer um que permaneça no local por muito tempo. Até mesmo ele.

• Sua velocidade e sua força, assim como a percepção das mesmas são proporcionais ao uso de Youki.

• Todas as suas habilidades normais são usadas sem o menor esforço.

• Quanto mais poder é usado, mais seu próprio corpo é danificado.
Strayf- Ei! Afaste-se!-
A Claymore colocou uma mão no peito de Strayf, onde estava seu coração. A mão de Strayf caiu do cabo da espada para o lado de sua perna. Ele olhou para a Claymore impressionado e deixou uma lágrima escapar de seus olhos.
Strayf- O que é isso? Essa dor é diferente das outras vezes...eu não estou machucado, mas eu estou sentindo...o que está acontecendo comigo?-
A Claymore abraçou Strayf. Ele sentiu pela primeira vez o cansaço de todas suas batalhas. Perdeu a vontade de ataca-la, e adormeceu em seus braços. Algumas horas depois, já de noite, Strayf acorda em uma caverna. Havia uma fogueira por perto, e a Claymore se sentava em frente a ela, observando distraidamente as chamas dançando.
Strayf- Ei...qual é o seu nome?-
Claymore- Hum..? Me chamo Ayumi-
Nº1- Strayf, o Claymore sem número...acho que isso é resultado de uma pessoa que nunca ouviu a palavra amor...-
Strayf não sabia como a Nº1 sabia daquilo. Logo imaginou que ela tinha um posto alto, e precisava saber de coisas importantes sobre ele. Strayf da as costas e sai andando.
Nº1- Não vai me matar?-
Strayf- Não tem graça matar alguém indefeso. Faça o que quiser, estou poupando sua vida...-
"90% das habilidades recuperadas..."
Strayf pensou que sabia o que faltava...não, ele tinha certeza que sabia. Uma forma de se libertar e conseguir voltar. Só não iria arriscar agora. Talvez não conseguisse voltar...era perigoso. Passou um mês...de alguma forma soube: a nº1 havia morrido. Novamente, sem sentimento algum por essa morte, mesmo sabendo que havia evitado que isso acontecesse uma vez. Caminhando por uma floresta, parou em um lago. Sem tirar suas roupas, mergulhou. Ficou boiando no lago olhando para o sol. Sentiu uma presença, olhou para o lugar e produziu alguns cortes fundos na árvore para avisar que sabia que estava sendo observado. De tras da árvore saiu uma Claymore com a testa sangrando por causa dos cortes.
Strayf- Está aqui para me matar..?-
Claymore- Do que está falando? Só fiquei preocupada de o que um garoto como você estaria fazendo no meio da floresta carregando uma espada enorme nas costas. Está machucado..?-
Strayf- C-como é..? Está brincando certo? Veja esse corte em sua testa. Você é quem está machucada...-
Claymore- Ah...posso dar um jeito nisso. Mas e você?-
Strayf mergulha, salta da água e concentra cortes debaixo de seus pés para poder "andar sobre a água". Vai andando para fora do lago e retira o capuz de sua capa da cabeça.
Strayf- Estou bem, vê?-
Claymore- É que...não sinto como se estivesse bem...-
Strayf- Huh?-
Claymore- Você não está sentindo dor?-
Strayf- Não mesmo...-
As três Claymores libertaram seu poder até os 70%, e começaram a atacar Strayf. "78% dos poderes recuperados...". Estava perto. Podia sentir...continuou expandindo o poder criado com sua imaginação. Deu uma joelhada na barriga da nº5 que se aproximava para ataca-lo, combinou essa joelhada com alguns cortes no ponto. Começou a sangrar. Os cortes foram fracos, se tivesse os usado com muito mais força teria certamente pefurado seu estômago. A nº1 pulou por cima da 5 assim que Strayf contra-atacou, atacando Strayf com sua Claymore. Strayf segurou a lâmina concentrando cortes na mão para não perder sua mão. Foi fechando sua mão com força em volta da lâmina, que quebrou. A nº1 caiu para tras com medo. Por trás, chegou a nº2. Foi mais rápida que Strayf. Ele ainda conseguiu proteger-se com seu braço concentrando alguns cortes para protege-lo, mas não adiantou. Seu braço caiu no chão.
Strayf- Aaaargh! É aquela sensação de novo...está mais forte do que antes...meu braço..? O que houve com ele?- Strayf nota seu braço no chão.
As três Claymores olham apavoradas para ele. No final de tudo, era somente uma criança. Tinha apenas 15 anos. Strayf segurou no pedaço de seu braço que ainda estava junto ao corpo... "Habilidade de regeneração recuperada...". Cresceu outro braço no lugar daquele que estava caido, Strayf girou e cortou a Claymore de nº4 ao meio. Numa última tentativa desesperada, a nº5 em seus 80% quase ultrapassando tentou ataca-lo. A lâmina de sua espada ficou com a ponta a centimetros da testa de Strayf... "Habilidade de esticar membros recuperada...". O braço de Strayf se esticou e partiu a cabeça da nº5 em dois.
Nº1- ...você não é um humano...é um monstro. Veja só o que você fez..-
Strayf olhou para as próprias mãos, olhou para sua espada, ambas manchadas de sangue, assim como todo seu corpo. Olhou para o campo de batalha em volta, completamente destruido, todo sujo de sangue. Ele havia causado aquilo tudo.

Strayf apareceu segurando uma Claymore pela cabeça. Fechou sua mão estourando a cabeça da Claymore. Duas Claymores se aproximaram. Strayf enfiou as garras nas barrigas delas e as jogou para longe. Morreriam em pouco tempo, estavam envenenadas. Fez um corte na horizontal com força, atingindo 8 Claymores. Elas tentaram se defender, mas ficaram com uma pequena falta de ar e não conseguiram força o suficiente para se defenderem. A Claymore que era aparentemente a mais forte de todas ali, ficou frente a frente com Strayf pronta para atacá-lo. Ela olhou diretamente nos olhos de Strayf e ficou paralizada de medo. Strayf a pisoteou afundando-a bastante no chão, depois fincou a Claymore em sua cabeça e ela morreu.
Três delas tentaram fugir. Strayf já estava na frente delas quando elas começaram a correr com todas as forças, e elas haviam sido cortadas em pedacinhos. Fez outro corte pegando as ultimas 5 Claymores. Uma delas foi forte o bastante e sobreviveu. Strayf foi se aproximando...
Claymore- Eu...não quero...morrer...-
Ignorando, ele chegou perto da Claymore que estava caida no chão.
Claymore- Não...posso...-
Strayf posicionou a espada.
Claymore- Não posso...morrer......-
Ayumi- Strayf...se fizer isso, não vai poder voltar...ainda há uma volta-
Strayf arregalou os olhos e olhou em volta. Não havia nada. Ele havia se libertado...não era possivel voltar...era? Strayf olhou mais uma vez para a Claymore caída. Sentiu uma dor enorme no corpo inteiro. Foi revertendo o processo. O Youki em seu corpo ia sendo todo jogado para fora. Então, ele conseguiu voltar ao normal. Suas roupas estavam todas rasgadas, até mesmo sua capa não resistiu a velocidade e ao poder dos golpes. A Claymore que estava no chão, já estava desmaiada. Levou-a para um hospital e lá a deixou.
"100% dos poderes recuperados"
Strayf- Acho que agora posso ver tudo claramente...graças a você Ayumi. Me desculpe...eu acho que agora entendo o que você queria. Não irei mais matar...-
Strayf continou vivendo. Carregando a vida de todos que matou em suas costas. Viveria até que pudesse entender a última coisa sobre a vida que ele não entendia. O coração. E para isso, talvez morreria antes de entender. Mas não se importava...completou seu objetivo. Agora, procuraria um novo, pois sabia que era isso que significava viver...

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