Os Seus, Os Meus (os Deles) E Os Nossos escrita por WaalPomps


Capítulo 30
Cap. 27 - Passado


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, como as aulas voltam amanha (chora), eu queria deixar um presentinho pra vocês. Esse capítulo é super-nostálgico e fofo *-* Espero que gostem.
Ah sim, e galera que tá mandando ask, eu to amaaaando, mas assinem pra eu saber quem é, ok? Suas fofas *-*



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Quinn P.O.V

Fevereiro chegou trazendo consigo meus 6º mês de gestação e a cada vez mais próxima data dos meus filhos saírem daqui. E, é claro, uma excessiva psicose na casa.

_ Quinn, pode sair dessa cozinha agora. – reclamou Puck – Trate de ficar quietinha no sofá. O medico disse que se você quer ficar no Glee até eles nascerem, você deve manter repouso em casa.

Eu bufei sentando no sofá enquanto todos riam. Meu namorado sentou ao meu lado, beijando meu rosto e colocando a mão no meu ventre.

_ Eu não acredito em que você não esteja reclamando tanto Quinn. – disse minha sogra – Quando eu estava grávida do trio ai, eles não paravam quietos nem por decreto. Digo, Noah e Santana. Rachel sempre foi mais quietinha. Em compensação, já ficava com o pé em posição de balé para dar chutes.

Todos nós rimos enquanto os trigêmeos batiam suas mãos rindo.

_ A mãe de vocês também reclamava de vocês duas. – contou mamãe, apontando a mim e a Britt – E realmente, vocês não paravam quietas um minuto sequer. E além do mais, a barriga de Judy não cresceu tanto e vocês eram grandinhas, então já viu.

Eu, Britt e Sam a encaramos curiosos. Papai nunca foi de falar muito de mãe biológica e nós não perguntávamos nada a mamãe por medo de ferir seus sentimentos.

_ Nós também nascemos de sete não? – perguntou Britt e mamãe confirmou.

_ Uma semana antes de completar o oitavo mês, sua mãe chegou ao ponto de ameaçar o medico. Vocês estavam as duas com três quilos já e sua mãe nem de pé mais ficava. Por fim o médico concordou em induzir o parto e no dia seguinte, vocês duas estavam aqui. – contou ela acariciando a cabeça de minha irmã ao seu lado.

_ É Quinn, acho que os gêmeos não vão ficar muito mais ai não. – brincou Kurt e eu ri. Foi então que veio a pontada. Eles chutavam de vez em quando e Deus sabe que mesmo não chutando, à noite eles eram terríveis. Mas acho que foi a primeira vez que foi um manifesto tão forte.

_ Amor? – perguntou meu namorado preocupado e eu puxei a mão dele, colocando na minha barriga. Ele vivia louco por sentir os bebês chutando, já que sempre que ele tentava senti-los sequer se mexendo, eles paravam. Mas hoje não.

Os chutes não cessaram quando ele se aproximou e prosseguiram cada vez mais fortes. Todos nos olhavam curiosos, mas estávamos tão envoltos por aquela bolha de alegria que era senti-los chutar diretamente onde nossas mãos estavam que nem ao menos percebemos. Até que Santana bufou e colocou sua mão do nosso lado. E no momento seguinte, minha cunhada estava em lagrimas.

Depois disso, minha barriga parecia ouro em mina e todos queriam tocá-las. Meus adorados filhotinhos resolveram pagar de escola de samba brasileira e estavam fazendo um verdadeiro auê dentro de mim.

Blaine P.O.V

Meu namorado me abandonou. Ao invés de passar à tarde comigo, saiu com todas as mulheres da casa rumo ao shopping. A reforma de casa terminou há quase um mês, mas a ‘nova decoração’ ainda não foi finalizada.

Então sobramos apenas eu, Sam, Finn e Puck. Os dois últimos se enfurnaram nos respectivos quartos para estudar para uma prova no dia seguinte. E então, ficamos eu e Sam na sala, jogando Guitar Hero.

_ Sam? – perguntei depois de um tempo e ele me olhou curioso – Você sente falta da sua mãe?

Ele ficou quieto alguns momentos, pensando no assunto. Percebi que quando mamãe falou de Judy mais cedo, aqui pegou em meus irmãos. Em todos na verdade. De maneira geral, eu era o único da casa a não ser órfão de um dos pais.

_ Na maior parte do tempo eu quase nem penso nela. – admitiu ele, soltando a guitarra de brinquedo – As vezes, até esqueço que a Carole não é minha mãe biológica, e sim Judy. Mas em momento assim, que nem quando a mamãe falou sobre a gravidez das meninas, eu fico me perguntando como ela era, se as coisas teriam sido diferentes. Não sei se sinto falta, porque eu sequer a conheci de verdade. Claro, ela me gerou, mas ela morreu logo que nasci, então...

_ Você acha errado eu sentir falta do papai depois de tudo que aconteceu? – perguntei em voz baixa e ele me encarou, sorrindo compreensivo.

_ Ele ainda é nosso pai, apesar de tudo. – disse meu irmão, encarando um dos quadros na parede. Era o aniversário de seis anos das meninas. Estavam as duas em frente ao bolo, Quinn exibindo um sorriso banguela, vestida de Cinderela e Britt de Aurora. Sam estava no colo de papai que sorria enquanto batia palmas e eu estava com mamãe. Finn, sempre mais alto, estava atrás das meninas, entre nossos pais.

_ Você acha que um dia ele será capaz de mudar? – perguntei e ele negou.

 _ Papai é preconceituoso, machista e racista. – admitiu com pesar meu irmão – E além disso tudo, tem a terrível mania de acreditar que a opinião dos outros é mais importante que a felicidade daqueles que ama. Mas não falemos sobre isso com mamãe ou as meninas.

_ Concordo. – ficou um silêncio incomodo – Aerosmith?

_ Achei que nunca ia pedir. – riu ele, dando play no jogo.

Puck P.O.V

Eu estava entretido com o livro de História e a guerra de Napoleão que só fui ouvir alguém batendo na porta depois de alguns minutos.

_ Entra. – eu disse e Finn colocou a cabeça para dentro, me surpreendendo – Desculpa a demora, estava distraído. Entra ai.

_ Queria saber se você entendeu alguma coisa da Revolução Francesa. – disse ele – Queria entender essa tara da sra. Nedreg pela história francesa. Somos americanos poxa.

Eu ri e começamos a falar sobre o conteúdo da prova. Antes mesmo que percebêssemos, as horas passaram e logo, a matéria acabou.

_ Bem mais fácil estudar em dupla. Com alguém que não seja a Quinn é claro. – eu disse brincando e ele riu, fechando o livro.

_ O mesmo pra Rach. – respondeu ele – Com todo o respeito.

Eu ri e caiu aquele silêncio incomodo no quarto, com ambos encarando os próprios pés.

_ Finn... Posso perguntar algo? – pedi e ele assentiu – Porque você me odeia tanto?

_ Não é que eu te odeio. – disse ele depois de um tempo em silêncio – Não era como meus irmãos que eram envenenados por Russell por você ter dois pais. Era por você ter dois pais.

_ Como? – perguntei surpreso e ele sorriu envergonhado.

_ Eu não cheguei a conhecer meu pai. – contou ele – Eu tinha dois meses quando ele retornou ao Iraque. Uma semana depois, ele estava morto. E algum tempo depois, minha mãe se casou com Russell. Eu tinha um ano e poucos meses. Minha mãe tratava os três Fabray como filhos e logo depois, veio Blaine. Quando pequeno, nada fazia muito sentido, mas eu sentia raiva.

“Raiva por minha mãe dar tanta atenção aos outros quatro quanto dava a mim. Quando Russell chegava, apesar de nunca ter sido exatamente o pai que se vê na TV, ele era carinhoso com os três primogênitos. Sempre trazia presentes às meninas e enquanto lia na poltrona, Sam ficava brincando de cavalinho em sua perna. Mas eu sempre fui como um peso a mais, um efeito colateral. O mesmo por Blaine. Mas eu ainda sim sentia raiva dele, por achar que era ele quem matinha minha mãe ligada aquele idiota.”

“Quanto a você... Eu me lembro com clareza do primeiro dia do primário, quando estávamos nos apresentando e você e as meninas disseram que tinham dois pais e uma mãe. Naquele dia, Russell fiou um terço sobre como isso era errado, mas eu ainda estava curioso. Até um dia que seus pais foram buscá-los. Foi o carinho, o jeito como eles trataram vocês. Para mim era injusto. Eu não tinha pai e você tinha dois. O mesmo ódio que me tomava de Russell e Blaine surgiu por você e logo, como mais velho, meus irmãos acabaram seguindo-me nisso, com o bônus das besteiras de Russell.”

Eu fiquei alguns instantes imóvel, chocado com tudo que ele havia dito. Jamais imaginara que ele se sentia assim para comigo e as meninas, apesar de desconfiar do que acontecia com Russell e Blaine. Ficamos naquele silêncio incomodo, até que eu estendi a mão.

_ É passado Finn. – eu disse – Da mesma maneira que você perdeu seu pai, eu perdi o meu. Agora, só temos nossas mães para cuidar de todos nós. E dos bebês. E além do que, agora somos duplamente cunhados. Acho bom deixar a inimizade para trás.

Ele sorriu, apertando minha mão. Ouvimos vozes no andar de baixo e suspiramos.

_ Quer ver o tamanho da conta? – perguntou.

_ Nem a pau. – respondi, antes de rirmos e sairmos do quarto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Tentarei postar até 4ª ok?
Bejocas e continuem mandando asks *-*
http://ask.fm/WaalPompeo