Os Seus, Os Meus (os Deles) E Os Nossos escrita por WaalPomps


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Então galere, to postando agora mais cedo porque a noite meus planos são de postar na Doce Amargo. Queria agradecer a todos os reviews que eu recebi. Vocês não sabem como é bom ver tantas leitoras novas *---*
Esse primeiro capítulo tá mais dramático porque é pra elucidar a infelicidade deles. A partir do próximo a bagunça começa hihi'
Até lá embaixo ;@



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Shelby P.O.V

Eu estava sendo rasgada. Literalmente. As três crianças dentro de mim se acotovelavam para sair e nem mesmo a anestesia consegui surtir efeito. Hiram e LeRoy estavam parecendo que os parturientes eram eles, de tão nervosos. Ao meu lado, Elizabeth e Mary Alice me davam apoio.

Pelo ultra-som, o primeiro a sair seria, provavelmente, o menino, Noah. Uma gravidez de trigêmeos não costuma passar de sete meses, e eu já estava de sete, então as crianças estavam REALMENTE grandes.

Noah desceu, literalmente, rasgando e foi uma benção ouvi-lo chorar. Santana era um pouco menos e Rachel um tatalzinho, então imaginei que seria mais fácil. Tamanho engano.

Santana estava invertida, então pari-la foi quase tão difícil quanto parir Noah. Já Rachel foi mais fácil. Não sei se por já estar estourada ou o que, mas ela simplesmente deslizou para fora de mim e preencheu o ar com berros ensurdecedores e ao mesmo tempo afinados.

Alguns instantes depois, LeRoy e Hiram se aproximavam com as três crianças para que eu as conhecesse. Não tinha certeza se queria, já que eu não as veria novamente. Mas eu não conseguia evitar a vontade de segura-los.

_ Nós gostaríamos de lhe fazer um pedido... – começou Hiram, timidamente – Queríamos lhe pedir para ficar Shelby. Nós dois não conseguiremos dar conta dos três, não sozinhos. Eles vão precisar de uma mãe.

Por um momento, tive duvida do que fazer, mas não durou muito. Ao ver os rostinhos dos meus filhos, o sonho da Broadway virou lembrança. E eu fiquei.

_ MANHÊ!!! – o grito veio do andar de cima e eu revirei os olhos, enquanto via Hiram rir em frente ao fogão. Logo, as duas apareceram.

_ Mãe, a Santana pegou meu CD da Celine Dion. – reclamou Rachel, batendo o pé.

_ Qual é Hobbit, desencana. Porque eu ouviria Celine Dion? – justificou-se Santana.

_ Sua irmã tem um ponto querida. – concordou Hiram – Você tem certeza que não esqueceu no Kurt?

A menina ficou muda alguns instantes e saiu bufando, enquanto eu e a irmã riamos.

_ Já fez a lição Tana? – perguntei e ela concordou – E você viu se seu irmão fez?

_ Puck não está em casa mãe. – confessou a menina – Foi na casa de alguma cherrio, o que fazer você deduz.

_ Ele puxou ao LeRoy... – relembrou Hiram – Um grande galinha era seu pai minha querida, até o dia que me conheceu.

_ E você fisgou-o não papai? – perguntou a menina rindo e o abraçando.

_ Quem ele fisgou? – perguntou LeRoy entrando em casa.

_ Você mesmo Sr. Galinha. – eu disse, arrancando risadas dos dois e uma cara de duvida de LeRoy.

_ O jantar está pronto. – anunciam Hiram. Santana saiu chamar a irmã, enquanto nós púnhamos a mesa. Logo que nos sentamos, a porta se abriu e meu filho mais velho adentrou.

_ Boa noite família. – cumprimentou sorridente, beijando a mim e as irmãs na cabeça – Torta de frango do papai? É alguma ocasião especial?

_ Não filho, apenas um jantar em família. – disse Hiram, pegando a mão de Leroy e sorrindo. As crianças sorriram e eu também. É, eu fiz uma boa escolha.

Burt P.O.V

_ Sr. Hummel, aqui é o delegado Stuart. O senhor poderia vir a delegacia, por favor? – foi assim que teve inicio o pior dia da minha vida.

Eu estava na loja, trabalhando, enquanto Elizabeth e Kurt iam com Mary Alice, Doug e Mercedes à cidade vizinha, comprar um grande presente para o aniversário dos trigêmeos, dali a uma semana.

Assim que chegou a delegacia, soube que era pior do que esperava. Kurt e Mercedes estavam sentados, ambos no auge de seus oito anos, parecendo assustados e cheios de ralados.

_ Papai. – gritou o menino assim que o viu, correndo para seus braços – O carro capotou e a mamãe voou pela janela. O tio Doug e a tia Mary estão muito machucados.

Minha mulher morreu na hora. Doug naquela noite e Mary Alice alguns dias depois. Só Deus sabe como as crianças escaparam intactas, mas eles conseguiram.

_ Pai, a Rachel está vindo buscar um CD aqui, mas estou no meio da minha hidratação facial. Você pode, por favor, entregá-lo? – pediu ele, aparecendo com o rosto cheio de creme verde. Eu apenas concordei rindo.

Alguns minutos depois, Rachel e Noah apareceram juntos, já que a pequena não tem permissão de sair sozinha. Eles foram embora rapidamente, já que logo Jesse iria buscar a namorada e Puck tinha duas semanas de lição atrasada.

_ Tio Burt? – perguntou Cedes, entrando em casa – Me atrasei pro jantar?

_ Não querida, ainda estou terminando a lasanha. – respondi – Pode ir tomar banho.

_ Tomo depois, vou te ajudar a por a mesa. – disse ela, pegando os pratos e começando a cantarolar. Logo, eu estava rebolando pela cozinha ao som de BeeGee’s e ela me acompanhava animadamente.

_ Chegou a atração da noite! – ouvimos e viramos, dando com Kurt descendo a escada com um collant prateado, meia calça cor de pele e um chapéu de ir a missa. Começamos a rir e ele nos olhou irritado – O que foi?

_ Nada... – eu disse me aproximando – Quer dançar atração da noite?

_ Adoraria pai. – disse ele e começamos a dançar, enquanto Mercedes ligava o aparelho de som para se juntar a nós.

Russell P.O.V

Creio que o dia mais feliz de um homem é quando lhe é dado um herdeiro para que propague seu nome e suas tradições. No meu caso, foi um dos mais tristes.

Samuel nasceu forte e saudável, mas o mesmo não podia ser dito de minha esposa. Judy foi minha primeira namorada e estávamos juntos desde os 17 anos. Sabia de seus problemas para ter filhos, havíamos tido dois abortos até ela conceber as gêmeas. E a gravidez de Samuel foi uma benção.

Lucy e Brittany estavam sentadas na cama da mãe, ambas com um ano e quatro meses, e Judy estava deitada, enquanto eu segurava nosso menino. Ela falava com as meninas frases desconexas e eu via as bolsas de sangue se esvaírem. Não queria, mas chorava.

_ Russel... As crianças precisam de uma mãe. – disse-me ela, acariciando o rosto de nossas filhas – Especialmente o Sam, ele é tão pequeno...

_ Eles terão uma ótima mãe querida, eu prometo. – foi a última coisa que eu lhe disse, antes dela fechar os olhos e ir.

_ Russell, preciso que você passe na lavanderia e pegue o uniforme de futebol dos meninos e o da Quinn. Ah sim, Brittany está na casa do Artie, então precisa buscá-la já que Eloise não está lá, e Blaine precisa de mais gel. – disse Carole, enquanto me trazia uma taça de vinho e preparava o jantar.

_ Vou buscar Brittany e passar na lavanderia, mas quanto ao gel eu me recuso. Por Deus Carole, para que o menino precisa de tanto gel? – resmunguei, bebericando a taça.

_ Você sabe que ele gosta de manter o cabelo em ordem. – disse minha esposa – E você não liga de o Finn usar uma lata de spray por semana. Porque tanta implicância com o Blaine? Ele também é seu filho.

_ Um filho indesejado que eu nunca tive o menor interesse em possuir. – respondi me levantando – Ora querida, não me olhe assim, você sabia disso desde o momento em que engravidou.

_ Eu quero o divorcio Russell. – disse ela do nada, e só pude ouvir na porta.

_ O que?

Carole P.O.V

Blaine, Finn e Quinn estavam ali. Finn parecia tranquilo, mas Quinn e Blaine estavam à beira de lágrimas.

Judy era minha melhor amiga de infância, madrinha de Finn, quem esteve ao meu lado quando Charlie morreu na guerra. Algumas semanas depois dela falecer, Russell apareceu com a proposta de nos casarmos. Apesar de relutar no começo, por fim aceitei. Finn precisava de um pai, e Lucy, Brittany e Samuel de uma mãe.

O que não era parte do plano era mais um filho. Blaine foi concebido quando Sam tinha três meses e nasceu pouco depois dele completar um ano. Russell foi contra a gravidez desde o principio, mas eu fui firme. Quando ameacei partir, ele aceitou, mas jamais demonstrou amor pelo filho.

Finn, Quinn e Sam também nunca se deram com o caçula, apenas Brittany, nossa doce garotinha, brincava com o irmão e até hoje se dão bem.

_ Você não podem se separar mãe. – disse Quinn, com os olhos molhados.

_ Crianças, subam se arrumar para o jantar. O papai vai buscar a Brittany e logo o Sam chega, e então iremos jantar. – eu disse, tentando contornar a situação.

_ Vocês vão mesmo se separar? – perguntou Blaine e eu prendi a respiração.

_ Claro que não garoto, eu e sua mãe temos nossos problemas, mas não iremos nos separar. – disse Russell me abraçando – Faça o seguinte, pegue seu casaco que eu lhe deixo na farmácia, pego a Brittany e te busco na volta, vamos.

Blaine assentiu, acostumado a não contrariar o pai e saiu. Russell terminou sua taça a apanhou as chaves do carro. Finn saiu e subiu as escadas, enquanto Quinn me encarava.

_ Venha cá meu bem. – eu abri os braços e ela correu em minha direção, enterrando a cabeça no meu ombro – Não chore, se acalme.

_ Eu não quero perder você também Carole... Eu não agüentaria. Britt e Sam também não, principalmente ele.

_ Vocês não vão me perder Quinn, eu prometo. – garanti, segurando o rosto dela – Agora, que tal você me ajudar, pondo a mesa hein?

O jantar foi silencioso, com Sam já informado do ocorrido. A única alheia era Brittany, como sempre. Ela falava sobre como o gato, Lord Tumbington, deveria estar lendo seu diário.

As 22h, coloquei todos na cama, me demorando mais com Sam e Blaine, ambos bastante abalados. Assim que entrei no quarto, Russell estava sentado lendo. Peguei minhas roupas e travesseiro e sai, indo ao quarto de hospedes. Mas antes, disse:

_ Eu falei sério. Eu quero me separar de você.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Tão gostando? Bejinhos ;@