Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Devo um enorme agradecimento a cada leitora que compareceu e comentou a cada capítulo, que de alguma forma me incentivou e me deram alguns puxões de orelhas atenciosos... Um muito obrigada de coração a todos vocês e aqui vai o último capítulo desta fic... Que quase durou um ano de pura emoção hein?! Poxa...
Tenham uma ótima leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/235257/chapter/39

Dez anos se passaram e a vida da modelo mais famosa de Seattle e todo o mundo estava indo de ventos a polpa. Alice ainda continuava desfilando nas passarelas, mesmo tendo em seu auge 36 anos, causando extrema inveja de suas outras colegas ou tão ditas concorrentes pelo seu intacto corpinho escultural, andava sempre em boa forma, não descuidava da alimentação e muito menos dos exercícios físicos. Aparecia em várias capas de revista e ainda era muito cotada para entrevistas em canais de TV.

                Sendo modelo seu futuro seria incerto, chegaria uma certa idade que ninguém mais iria chamá-la para desfiles e Alice não estava nem um pouco mais preocupada com isso, com a vida amadureceu tanto que começou a pensar mais em si e em sua família somente eles mereciam sua preocupação e o trabalho era segundo plano.

                Mas seu futuro estava já planejado, Alice falava fluentemente francês e italiano, vivia viajando para as temporadas de moda em Milão. Teria ainda a renda da Diamonds, havia efetuado compra de uma parte de 35% da empresa, sem contar que suas lojas estavam espalhadas por toda a parte do mundo.

                - Mamãe?! – Kath chamava pela mãe na porta do banheiro. – E aí o que deu?

                Ouviram-se do outro lado a trinca da porta ser aberta e a porta abrindo-se bem devagar. Alice olhou para a filha, agora uma bela mocinha de dezesseis anos, esperta e muito inteligente, antes que queria mais anonimato quando criança agora só queria saber de aparecer na TV, não era mais modelo como a mãe, somente nos tempos vagos, mas agora atuava em séries de TV e nunca soubera que adorava tanto aquilo.

- Deu positivo. – Ela disse meio abismada, Alice estava meio absorta, lembrava de quando descobriu estar grávida dos gêmeos e tinha que admitir que aquela sensação era maravilhosa e devia ter experimentado tê-la mais vezes.

- Você vai ser mamãe de novo. – A menina abraçou a mãe que sorria docilmente, não sabia o que dizer ou pronunciar apenas queria curtir o momento, estava feliz, não podia negar. – Tomara que seja uma menininha para não me encher como o Nicolas.

Ambas riram e Alice sem perceber acariciava sua barriga ainda lisa. Mas o momento mais esperado foi quando Jasper voltou do trabalho, mais a noite, somente o casal estava presente naquela casa Katherine havia ido a uma premiere de lançamento de um de seus filmes ao lado do irmão que certamente às vezes morria de vergonha de aparecer na mídia.

- Disse que não precisava ficar me esperando amor, cheguei tarde.

- É que... Eu preciso... Argh eu não consigo dizer.

- O que? Aconteceu alguma coisa? Você está bem?

- Estou ótima é que... – Ela levantou-se da cama jogando o livro no criado mudo. Entrelaçou os dedos das mãos de nervosismo, porque sempre travava assim desta maneira? Já era mãe de dois adolescentes com o mesmo homem, não tinha nada de diferente nisto.

- Diga Alice, estou lhe ouvindo. – Ele pegou na mão fria da mulher, ela estava tensa ele percebia isso, por um instante viu ela fechar com força os olhos e colocar a mão sobre a barriga, sua expressão não era nada boa.

- De novo não...

- De novo não o que meu amor? Diga o que está acontecendo.

- Fique ai... Não venha atrás de mim... – Ela correu até o banheiro fechando a porta, mas não deu tempo de trancá-la na chave, Jasper mantinha-se sem entender, queria conseguir entender o que estava acontecendo. Mas ao ouvir os barulhos produzidos por Alice de ânsia de vômito, demorou um pouco para processar, a tensão toda que ela estava, o enjoo, as tonturas de dois dias atrás.

- Por Deus vou ser pai... – Ele sussurrou enquanto Alice saia do banheiro logo após de escovar seus dentes. – Meu amor me diga... Eu serei pai novamente?

- Sim. – Ela sorriu ao ver a felicidade de seu marido, ele lhe abraçou fortemente e a beijou.

- Você sempre me fez ser o homem mais feliz do mundo. – Ele sorria enquanto a mantinha perto de si segurando sua cintura. Ele se afastou e acariciou a lisa barriga de Alice. – Seja bem vindo bebê. – Em seguida beijou seu ventre, sentia-se o homem mais realizado de todos, sortudo não, pois quem tinha sorte era somente apostador ele era um homem com a vida concretizada.

Assim que deitaram-se para dormir ainda mantinham-se conversando e Alice contou sobre o que Kath e Nick haviam achado sobre o assunto.

- Kath quer que seja uma menina, ela disse que mais um feito Nicolas ela não aguentaria.

Jasper foi pego por uma crise de riso, sabia o quanto Nicolas pegava no pé da irmã em relação a meninos. Ele havia chegado a ameaçar o próprio amigo Seth por ser a fim de sua irmã.

- Ela iria sofrer com outro menino não é mesmo?

- Nicolas merece belos puxões de orelha isso sim. Seth gosta de Katherine.

- Aquele pirralho já estava de olho em minha filha desde o nosso casamento.

- Calma amor, se você continuar assim não irá aguentar e se for outra menina?

- Por Deus... Como vamos chamá-la se for menina?

                - Huum... Que tal Lucy?

                - Lindo nome. E menino?

                - Porque você não escolhe?

                - Bem... Jasper é um perfeito nome. – Ele fez Alice rir dando-lhe um leve tapa no braço. – Estou brincando gosto de Henry.

                - Gostei.

                - E se desta vez for gêmeos só que dois meninos ou duas meninas?

                - Jasper Hale...

                - Tudo bem amor, foi só uma brincadeira. – Ele riu ao ver a cara da esposa, mesmo brava ela era especialmente perfeita.

                ***

                Dez meses se passaram e o encontro entre família na casa dos Cullen seria imperdível, um típico almoço de domingo, mas não esperavam muito a presença de Alice que quando chegou por lá foi uma grande surpresa.

                Havia nascido Henry Brandon Hale, o mais novo membro da família, tinha agora somente dois meses de vida e era carregado pela irmã que mesmo não tendo o gosto atendido adorava o irmão e ajudava a mãe a cuidá-lo, tinha um enorme jeito para crianças.

                - Oh meu Deus como ele está grandinho. – Esme disse pegando-o do colo de sua neta. – Como você está querida?

                - Muito bem vovó, até este menino crescer e me dar problemas com meu namorado assim como Nicolas.

                - Apenas acho que você é muito nova para namorar.

                - E você é muito velho não é mesmo? Ou você acha que eu não sei sobre você e Jane? E uma coisa quem nasceu primeiro aqui fui eu, não mandei você ser preguiçoso e dormir por mais dois minutos.

                - Até parece pirralha. – Ele bagunçou o cabelo da irmã ao passar com sua bolsa e a dela e em seguida beijando a bochecha da avó. – Tio Emm chegamos.

                - Nicolas. – Elliot correu de encontro ao primo, adorava quando ele estava por lá para poderem treinar um pouco futebol.

                - E aí Elliot?! Vamos daqui a pouco começamos a treinar. – O mais velho passou o braço em torno do ombro do primo que caminhava ao seu lado.

                - E como anda seus dias corridos como famosa querida?

                - Ótimos... Adoro toda aquela movimentação no set de gravação, é tudo bem divertido.

                - Fico feliz por você querida.

                - Obrigada vovó. – A menina sorriu meio sem jeito, ainda meio acanhada quando recebia algum tipo de elogio. Katherine era muito perfeccionista e mesmo dando o melhor de si nos trabalhos cinematográficos ela exigia cada vez mais, mas nunca descuidando de seus momentos com a família e da escola claro.

                - Como anda esta casa mãe? – Alice chegou animada perto de Esme beijando-lhe a bochecha, não tinha como não mais esconder o que sentia por Esme, seu sentimento quanto a ela era os melhores possíveis e aquele sorriso carinhoso de Esme que tanto lhe fazia lembrar o de sua mãe. Obviamente Alice não havia se esquecido de seus pais, tinha uma foto deles no seu quarto no porta retrato, localizado no criado mudo ao lado de sua cama, bem perto da foto de seus filhos. Ela nunca os deixaria de amá-los afinal eles a criaram com tanto esforço e dedicação que seria ingratidão por parte dela.

                - Bem filha e este lindo menino? Está lhe dando trabalho?

                - Acorda bastante de noite, o que Katherine e Nicolas não me deram de trabalho quando pequenos ele em compensação... – Alice disse demonstrando um extremo ar de cansaço. Apesar de sempre ter Milena por perto a noite a deixava ir para casa ou até dormir em sua casa, não daria trabalhos a ela nesta hora do dia sendo que poderia fazer algo estando em casa.

                - Ela reclama, mas adora Esme... – Jasper disse organizando as coisas dentro do carro.

- Pai o que seria de nós mulheres se não reclamássemos das piores partes? Temos que desabafar e como não temos tempo para psicólogos ou falamos mal ou reclamamos, você que escolhe.

- Tudo bem, já parei de tentar entender essa conspiração feminina já faz tempo.

- Ainda bem cunhadinho, se continuasse com isso ou iria enlouquecer ou perder mais tempo precioso de sua vida. – Emmett apareceu carregando Sophia de cavalinho.

- Oi tia Alice, tio Jazz, oi Kath. – A menina pediu para descer indo até a tia a abraçando e em seguida sua prima. – Ganhei uma boneca nova você quer ver?

- Claro Sophia...

- Hei e seu tio? Não mereço abraço não? – A menina saltou nos braços do tio que a abraçou fortemente.  – Você comeu fermento, olhe seu tamanho.

- Estou virando uma mocinha tio.

- Estou vendo, daqui alguns anos seu pai começará a ter dores de cabeça. – Jasper disse rindo imaginando o quão sem paciência Emmett seria para passar com a filha pela fase da adolescência, se Jasper era ciumento era porque ninguém ainda conhecia Emmett, Jasper perto dele era um pai inconsequente.

- Nem me lembre que ela já está com dez anos pelo amor que você tem a mim... Não vou aguentar aqueles aborrecimentos de roupas, sapatos, as amigas neuróticas dormindo em casa e sem contar as porcarias das festas e os meninos. – Ele segurava seu cabelo como se estivesse louco com tudo aquilo. – Filha você quer uma passagem só de ida para a terra do nunca? Papai e mamãe prometem te visitar todos os fins de semana.

- Vocês não entrariam lá. – A menina fez biquinho.

- Tudo bem te ligamos então, Peter Pan não pode impedir entradas de celular por lá, ele não seria tão ruim assim com você.

- Pai. – A menina resmungou e Emmett se deu por vencido. – Vamos Kath, ah tenho novas roupinhas também para as bonecas, vem... – Sophia disse puxando a prima para dentro de casa.

- Argh vou sentir tanta falta da fase das bonecas. – Emmett suspirou pesadamente olhando para a infantilidade da filha.

- Calma Emm, ela não irá deixar de te amar. – Alice abraçou o irmão.

- Apenas não lhe dará tanta bola mais, irá te ignorar e nunca mais você entrará no quarto dela. Não poderá dizer nada que ela começará a ter uma tal de crise existencial e gritará com você e...

- Jasper. – Alice olhou séria para ele para que ele parasse e isso funcionou. – Não é nada assim Emm, você saberá contornar as situações, eu sei que você é capaz. – Ela beijou a testa do grandão e voltou para o lado de Esme pegando seu filho nos braços.

Aquela família estava completa por assim dizer, a felicidade de Esme e Carlisle estavam realizadas, tinham um filho biológico fruto de um amor de juventude, um adotivo e uma filha de coração e nenhum deles tinham tratamento diferenciados, todos recebiam o mesmo carinho e amor dos pais. Tinham duas noras e um genro que pediram aos céus que amavam seus respectivos filhos e os faziam felizes como eles desejavam vê-los.

A casa estaria sempre muito movimentada pelos netos que faziam questão de sempre estarem por lá, eles diziam que era o melhor lugar de refúgio, quando se sentiam incompreendidos tinham os avós, quando queriam se divertir tinham a família, tudo acontecia ali em Forks, os aniversários, reuniões familiares, mas tudo isso com a família reunida, com a família inteiramente completa.

E como poderia descrever a vida de cada um ali? Todos estavam felizes certo? Afinal naquela família poderia existir tempo ruim sim, mas nunca duraria por muito tempo se os avós tentassem interferir no assunto, e por mais delicado que fosse o assunto, eles seriam felizes do jeito que são, sem pensar na opinião das outras pessoas, afinal a vida cada um tem a sua e eles cuidavam da sua como lhe era propício.

Uma mistura de personalidades, de sentimentos diferentes com um único objetivo todos reunidos... Apenas queriam compartilhar carinho e amor, ter uma felicidade e prosperar por toda a vida, fazer a diferença sem criar desilusões, ser feliz é o que importa é o conceito principal e isso nunca sairia do topo das coisas essenciais para se viver ali, dentro daquela casa, dentro do coração de cada membro daquela família. Pois o que importa é o carinho a se oferecer e não de onde ou como veio parar ali. Amar é simples, apenas o ser humano que o complica...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dia De Empreguete, Véspera De Madame!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.