Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente, espero que tenham tido uma ótima semana...
Eu atrasei de novo rsrs, mas o capítulo está aí, custei a terminá-lo mas a escola decidiu dar uma brecha e me deixar acabar de escrever, então boa leitura e nos vemos láaa nas notas finais...



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                Lá estava ela totalmente exuberante em seu novo vestido de gala para a festa em sua homenagem em um grande salão em NY, Alice estava extraordinariamente linda em seu vestido longo azul marinho, com as costas aparentes coberta pelas pequenas flores que a renda formava.

                - Alice Brandon. – Quem lhe chamava era Carter, trajando um extraordinário esmoking tradicional, um homem alto e bem bronzeado, bissexual não tão assumido, se não fosse pela mídia enxerida ninguém saberia de suas opções sexuais.

                - Sr. Carter que prazer em conhecê-lo.

                - O prazer é todo meu querida. – Pegou na mão de Alice fazendo com que ela desse uma volta para que ele pudesse apreciá-la. – Nossa não posso acreditar que você é tão perfeita.

                - Acredite até mesmo eu tenho defeitos. – Os dois sorriram juntamente, todos ali olhavam e apreciavam as belezas exuberantes que estavam dentro daquele enorme salão, mas principalmente olhavam para Alice, a estrela daquela noite.

                - Venha vou lhe apresentar para todos os outros convidados. – Ele a arrastou para uma escadaria, assim que todos perceberam Carter ali pararam o que estavam falando e voltaram sua atenção para ele. – Quero agradecer a todos por terem vindo a mais uma festa de minha editorial e quero apresentar-vos a estrela desta noite, minha convidada especial Alice Brandon.

                Um salva de palmas foram ouvidas e Alice agradeceu a todos por aquilo, mas Carter não deixou que durasse puxando mais assunto ainda com Alice, não deixando-a em paz por um segundo.

                - Soube de sua filhinha, sinto por tirá-la de perto dela neste momento.

                - Ah, não tem problema, ela é uma linda menina entendeu o motivo de ter que vir.

                - Que ótimo.

                - Se você me der licença eu vou ao toalete.

                - Claro, fique a vontade.

                Alice foi em direção ao banheiro, mas não sendo nada fácil chegar até lá diretamente, até porque a cada minuto era interrompida para ser parabenizada pelos seus trabalhos de moda e muito bem elogiada. E assim que pode chegar em seu destino, tirou de sua bolsa carteira seu celular, já era tarde dez da noite, mas ainda tinha esperanças de que sua filha estivesse acordada.

                - “Sinto por tirá-la de perto dela neste momento.” hipócrita... – Alice resmungou enquanto discava os números. - Vamos Jazz atenda... – Alice esperou até o ultimo bip, mas Jasper não atendeu ao seu telefonema, resolveu então ligar para Milena sabia que neste horário ela ainda estaria acordada.

                - Sim Sra. Hale?!

                - Milena apenas liguei para saber se está tudo bem por aí?

                - Ah está sim, Nicolas estava meio agitado, mas seu irmão passou por aqui mais tarde brincou com o menino fazendo com que ele até dormisse mais cedo.

                - Que ótimo, obrigada Milena.

                - Por nada.

                Logo a conversa foi encerrada e ela mal tinha percebido que Jasper havia lhe retornado.

                - Oi Jazz.

                - Desculpe-me, não vi o celular tocar.

                - Tudo bem, aproveitei para ligar para Milena... Como ela está?

                - Bem acordada...

                - Papai quem é?

                - É a mamãe filha. – Jasper sorriu. – Ela estava esperando sua ligação... – Jasper informou Alice que ficou feliz em ouvir a voz de sua filha mesmo sendo distante.

                - Deixe-me falar com ela.

                - Estou ficando com ciúmes, agora você liga apenas para Kath?! E eu?

                - Você já me teve por muito mais tempo, agora o momento é dela.

                Jasper passou o telefone ainda com um sorriso enorme no rosto ao vr a felicidade de sua filha eminente.

                - Oi mamãe.

                - Oi minha filhota, porque você ainda está acordada?

                - Eu estava esperando sua ligação, você disse que ligaria.

                - Mas já está tarde para a mocinha estar ainda acordada.

                - Mas eu estou sem sono. – A menina mantinha sua voz dengosa.

                - Mas você precisa descansar, eu disse que ligaria e cumpri com minha palavra, agora obedeça a mamãe e vá descansar.

                - Aaah tudo bem.

                - Durma bem meu anjo, boa noite.

                - Boa noite mamãe. – A menina esticou o braço entregando o telefone ao pai, Jasper mandou um beijo no ar para a filha que já se ajeitava na cama para tentar dormir.

                - Então como está a festa?

                - Chata como todas as outras, essa é a parte que eu mais odeio no meu trabalho. – Ela se olhou no espelho passando os dedos em cima da sobrancelha.

                - Nem tudo está em nosso agrado minha pequena.

                - Eu sei, mas... Não me importaria se tudo ficasse ao meu favor. – Ela sorriu para si, olhando-a de cima a baixo, notando cada detalhe de seu vestido.

                - Amanhã bem cedo Kath receberá alta e iremos diretamente para casa, será que Nicolas está enciumado?

                - Talvez, acho que ele está quieto demais.

                - Acostumei-o mal, talvez no começo ele pense que gostemos mais de Kath do que dele.

                - Ele irá entender que Katherine precisa de atenção no momento, conversaremos com ele juntos quando eu voltar.

                - Está bem... – E ali o assunto estava mentalmente decretado encerrado.

                - Terei que voltar para festa antes que sintam minha falta.

                - Então divirta-se. – E ali despediram-se, ambos desligaram o telefone juntos, enquanto Jasper voltava para perto da cama onde Katherine já se encontrava dormindo a noite de Alice estava apenas começando. Ela guardou seu celular e tirou da bolsa-carteira seu batom vermelho.

                Nesse mesmo instante uma mulher entrou no banheiro parando ao lado de Alice retocando também sua maquiagem. Alice olhou para o reflexo dela, pensando de onde reconhecia aquele rosto, aquele tom de cabelos lhe era familiar.

                - Olá Alice. – A mulher disse assustando levemente Alice, que se sobressaltou olhando ainda meio amedrontada para a mulher.

                - Eu lhe conheço?

                - Não. – A mulher sorriu um sorriso maldoso nos lábios. – Mas minha irmã você a conhece muito bem, com certeza não tem como você esquecê-la, afinal ela tirou algo de você durante três anos.

                - Maria.

                - Vejo que você é esperta.

                - Vejo que você é como sua irmã. O que vocês querem? Deixe minha família em paz.

                A mulher sorriu sarcasticamente da cara de Alice, vendo o medo em seu olhar mesmo ela tentando escondê-lo.

                - Ela disse que até deixaria, mas você tirou algo que é dela.

                - Jasper nunca foi dela e ele nunca será de ninguém, cada um é dono de si apenas.

                - Seu romantismo é tão... Patético que chega a me dar náuseas.

                - Maria não pode aparecer pelo menos por enquanto, mas ela mandou dizer que é para tomar cuidado, ela sabe de cada atitude sua, a cada passo que você dá... Se eu fosse você tomaria cuidado, ou sua vida vale menos do que viver sem um homem?!

                - Eu não vou me separar de Jasper, nunca.

                - Tudo bem, eu direi isso a ela também.

                A mulher já estava de saída, mas Alice não conseguiria sossegar sem fazer alguma coisa, puxou-a pelo braço para mantê-la ali.

                - Onde ela está? O que ela quer?

                - O que ela quer você já sabe muito bem... E eu já disse, ela está mais perto do que você imagina, seguindo seus passos todos os dias.

                -Vocês são psicopatas, deixe-me em paz, e não ouse a encostar um dedo sequer em meus filhos.

                - E você vai fazer o que caso isso aconteça?

                - Eu juro que vou até no inferno matar qualquer pessoa envolvida nisso principalmente Maria.

                A mulher sorriu falsamente e virou-se rapidamente sem olhar para Alice pela ultima vez.

                - Tome cuidado Alice, muito cuidado. Talvez apenas devemos mexer alguns pauzinhos e o destino irá se encarregar do resto.  – Então ela se retirou., deixando Alice aflita.

                Mas ao acalmar-se ligou para a delegada Suzana no intuito de contá-la o que aconteceu. E foi isso que ela fez assim que a delegada atendeu ao telefonema.

                                              ***

                Alice até que tentou seguir  a mulher, mas os vários convidados não lhe permitiram fazer isto. Então decidiu se distrair um pouco, mas sua cabeça sempre voltava para as ameaças tudo aquilo que já lhe aconteceu, os pesadelos presenciados por culpa de Maria.

                - Porque isso tem que acontecer?! – Ela cochichou, para si enquanto bebericava um pouco do champagne, mas não conseguia se acalmar, Jasper estava com o telefone desligado e havia deixado várias mensagens de voz e de texto, mas Jasper ainda não conseguira responder.

                Alice manteve-se preocupada durante toda a festa ate o seu fim, quando decidiu que já estava na hora de ir para seu apartamento. O motorista dirigiu até seu destino e Alice finalmente pode entrara naquele apartamento de luxo trancando a porta na chave, caminhando até o quarto e jogando a bolsa em cima da cama de casal, tirou a sandália de salto e caminhou até o banheiro onde já se encontrava a roupa, separada por ela, para vestir.

                Assim que tomou seu banho e se trocou voltou para o quarto pegando seu telefone na esperança de ter alguma ligação perdida ou alguma notícia de Jasper, mas nada.

                Deitou-se na cama tentando manter na mente que ele já estivesse dormindo, mesmo sabendo que ele dorme somente com o telefone ligado, mas já havia acontecido coisas demais em sua vida, não queria acreditar que Maria seria capaz de fazer mais alguma coisa.

                Por fim o cansaço lhe bateu e ela aos poucos pegou no sono profundo.

                                            ***

                Amanheceu rapidamente e Alice foi acordada somente pelo o despertador, que tocou durante dois minutos antes que ela acordasse e por fim o desligasse. Espreguiçou-se e olhou para ambos os lados do quarto, nunca iria se acostumar em dormir em quartos diferentes.

                Pegou o seu celular rapidamente a partir do momento que se cérebro acordou e passou como um flash back tudo o que havia acontecido ontem. Viu duas chamadas não atendidas e se perguntou mentalmente como não acordara com o toque de seu celular. Viu que todas as duas ligações era de Jasper e em seguida passou para as mensagens de texto que diziam:

                “Desculpe-me, meu celular havia acabado a bateria espero que não tenha sido nada de grave...”

                Alice desistiu de ler todas as outras e ligou rapidamente para Jasper para constar se estava tudo bem. Depois do segundo toque Jasper atendeu a ligação.

                - Jazz? Está tudo bem?

                - “Sim está Alice o que houve com você?! Delegada Suzana veio até o hospital disse para que tomemos cuidado e que você havia ligado para ela ontem.”

                - Maria.

                - “O que ela fez desta vez? Você está bem?”

                - Fique tranqüilo, eu estou bem, mas ela mandou uma mulher vir me ameaçar, ela disse ser irmã de Maria.

                - “Irmã? Mas Maria não tem irmã. Como esta mulher era?”

                - Cabelos castanhos cor de chocolate, na minha altura olhos castanhos escuros.

                - “Ela não é irmã de Maria e se não me engano é a melhor amiga dela do colégio. Alice, por favor, tome cuidado, esta garota é uma louca se você acha que Maria era capaz de tudo é porque você não conheceu Lucy.”

                - Como você a conhece?

                - “Ela estudou comigo, era uma garota problema, sempre ia à sessão com os psicólogos do colégio e sempre procurava confusões na escola, brigava com as meninas, mas a única que ela fez amizade foi com Maria.”

                - Não me impressiona muito... Duas mulheres de sangue frio e sem coração. – Alice passou a mão pelos cabelos medianos tirando-os dos olhos e olhando para a porta do quarto. Trancada, lembrando que havia feito isto antes mesmo de deitar, estava começando a ficar louca. – Suzana deixou policiais com vocês?

                - “Sim, dois, logo sairemos do hospital estou acabando de assinar as coisas no hospital.”

                - Não tire os olhos de nossos filhos Jazz, por favor. – Ele pôde sentir de longe a agonia na voz de Alice.

                - “Fique tranqüila, Kath está aqui no meu lado, não desgrudei dela por nenhum minuto.”

                - “Papai vamos.” – A voz infantil invadiu até o outro lado da linha telefônica. Alice sorriu ao ouvir a voz de sua pequena princesa.

                - “Espere princesa papai está conversando com a mamãe.” – Ele disse enquanto fazia malabarismos para conseguir segurar a mochila, segurar Kath pelas mãos e o seu celular ao mesmo tempo. – “Mas quando isso aconteceu Alice?”

                - Ontem à noite assim que desliguei minha ligação com você, ela apareceu e mandou eu tomar cuidado, disse que Maria de cada passo que eu dava e que quer você a qualquer custo.

                -“ Essa mulher não tem jeito.” – Jasper já estava nervoso. – “Entre no carro querida.” – Jasper disse jogando a mochila no banco detrás do carro em seguida ajudando Katherine a subir.

Alice suspirou ainda pensando na noite anterior, olhava para todos os lados e via como aquele apartamento estava lhe causando claustrofobia, mas não se sentia mais segura sozinha em lugares desconhecidos. Tentou puxar o ar pesadamente soltando-o alto demais dando para que Jasper ouvisse no outro lado da linha. Jasper ainda arrumava tudo dentro do carro passando a ligação para um fone de ouvido via Bluetooth para que não lhe atrapalhasse a dirigir.

- “Fique tranqüila meu amor, vamos ficar todos bem.”

- Eu... Preciso ocupar minha mente, vou tomar um banho e mais tarde te ligo novamente.

- “Tudo bem, mas fique calma, estamos bem protegidos a única pessoa que tem que ficar preocupado aqui sou eu.”

- Eu vou contratar dois seguranças, mesmo detestando isso.

- “Mas me sinto mais tranqüilo assim.”

- Tudo bem, qualquer coisa me liga eu vou o mais rápido o possível para Seattle.

- “Está bem... Te amo.”

- Também te amo.

Por fim ela sorriu um pouco antes de desligar o aparelho celular e finalmente poder levantar daquela cama indo fazer sua higiene pessoal. Pediu o serviço de quarto para trazer o café.

                                            ***

Chegando a casa Jasper conduziu Katherine até a porta de entrada, a menina estava com um misto de sentimentos de medo e surpresa. Nunca havia visto uma casa tão grande assim, mal lembrava do apartamento em que vivera até seus três anos com seus pais e irmão.

Assim que adentraram a menina ficou ainda mais abismada e surpresa, somente a sala já poderia ser do tamanho de uma das casas que ela ficou com Victoria e James. Ela não parava de olhar para todos os lados. E Jasper somente sorria pela reação da filha.

- Papai. – Nicolas chegou correndo para perto do pai.

- Oi campeão. – Jasper o pegou no colo. – Como estão seus últimos dias de férias?

- Boas, podemos sair hoje, tomar um “sovete”.

- É sorvete filhão... Infelizmente hoje teremos que ficar em casa, mas você ainda tem mais uma semana faremos isso ainda está bem? – Jasper disse enquanto colocava o menino de volta ao chão.

Já com a cara emburrada e chateado por não conseguir mais uma vez algo que queria. Jasper estava tentando aos poucos concertar seu erro, sabia que havia mimado demais o filho, mesmo não tendo má intenção, sentia falta de sua garotinha e agora que ela estava de volta teria que continuar com o mesmo plano de alguns dias atrás, teria que ser rigoroso com o menino, mas aos poucos ainda mantinha a sábia esperança de que seu filho compreendesse o que estava fazendo, mesmo depois de vários “eu te odeio” e “não gosto de você” ele ainda continuava forte e erguido, pois sabia que teria que concertar o que fizera, para o bem de seu próprio filho.

- Não adianta fechar esta cara, você tem que entender que existem horas para se fazer certas coisas. – Jasper ajoelhou-se na frente do menino para que pudesse ficar na sua altura, enquanto no canto do olho via Katherine sentar-se no sofá. – Nem tudo o que queremos pode ser feito, mas uma hora conseguimos.

- Mas eu não quero ficar em casa. – O menino bateu o pé forte no chão e fechou o seu semblante ainda mais se era possível.

- Escute Nicolas, não vai adiantar você fazer birra ou ficar emburrado pelos cantos da casa, assim você fará apenas a desmerecer o que quer . – O menino continuou com a birra. – Nicolas, respeite sua irmã pelo menos, ela está cansada e precisa de descanso.

- Ela pode ficar com a Lena.

- Ela precisa de nós, a família dela por perto.

- Isso não é justo. – O menino saiu correndo em direção a escadaria, indo rumo ao seu quarto em seguida batendo a porta causando o alto estrondo que assustara Katherine, dando um pequeno pulo no sofá.

- Papai. – Ela disse com uma voz receosa com medo de que o pai estivesse irritado e gritasse consigo.

- Diga princesa.

- Você não vai com o Nick por quê?

- Ele tem que aprender que nem tudo pode ser feito ou ganho facilmente nesta vida meu bem, papai mimou demais seu irmão e agora tenho que concertar o que fiz.

- Mas eu não preciso que cuide de mim.

- Precisa sim mocinha, ou você acha que já é grande o suficiente.

- Acho... Eu ajudava tia Vick na casa.

Jasper parou e olhou nos fundos dos olhos de sua filhae sorriu, tão pequena e já tinha afazeres de casa para cuidar, nem queria imaginar as outras várias coisas que pôde ter acontecido a ela durante esses anos.

- Mas criança tem que brincar e estudar e é isso que você irá fazer daqui adiante. – Ele encostou levemente seu indicador na ponta do nariz arrebitado da menina, idêntico ao da mãe. – Venha vamos arrumar seu quarto. – Ele lhe estendeu a mão e ela logo a pegou, subiram a escada e no fim do corredor de frente ao quarto de Nicolas havia um dos quartos de hospedes que agora passaria a ser dela.

Jasper abriu a porta e puxou Katherine para dentro, ela estava tão maravilhada com o quarto que nem se importaria em dormir nele do mesmo jeito que estava.

- Vamos arrumá-lo para você logo. – Sua fala foi em vão ao olhar para pequena garota de cabelo cor de ouro percebera que ela estava muito inerte para qualquer coisa que dissesse. – Gostou?

- É muito grande. – Ela se queixou, meio com medo talvez de dormir naquele espaço enorme sozinha. – Vocês vão dormir aqui também? – Ela perguntou achando que possivelmente receberia um sim.

- Não, este quarto será somente seu.

- Mas é muito grande. – Ela deixou seu medo transparecer pela primeira vez e Jasper havia percebido, ela estava insegura.

- Irá ficar tudo bem, nada mais vai lhe acontecer. Papai e mamãe sentiram muito a sua falta e não vamos mais deixar que ninguém mais faça mal a você, eu prometo. – Jasper puxou-a para um abraço forte, que lhe passasse sentimentos bons e isso lhe ajudou nem que fosse um pouco. – Agora... Ahn, você está com fome? Está quase na hora do almoço. – Katherine apenas acenou um sim. – Então vamos lá.

                                         ***

- Alice seja bem vinda. – Cartera recebera de braços abertos em seu escritório, ele mesmo queria fazer a entrevista com a figura ilustre que se tornara Alice.

- Obrigada.

- Venha sente-se. – Ele indicou uma das poltronas de sua sala. – Você é pontual, gosto disso. Bem... Podemos começar?

- Claro. – Então ele chamou atenção de seus ajudantes e estagiários que mantinha o gravador já pronto em mãos e sua atenção voltada completamente à fala da modelo, sem contar que a entrevista passaria na TV.

Tudo já estava preparado e a contagem regressiva para que a entrevista já fosse ao ar estava terminando.

- Bom dia, quem fala é John Carter e iremos entrevistar hoje uma das maiores super modelos dos últimos tempos, Alice Brandon. Primeiramente seja bem vinda.

- Obrigada.

- Vamos fazer perguntas desde sua vida pessoal e profissional, espero que esteja preparada.

- Sempre. – Ela disse convicta, estava confiante, feliz e preocupada ao mesmo tempo, mas estaria sempre arrasando diante a um holofote.

- Bem Alice, sabemos de seu passado, mas não tão abertamente como alguns de seus fãs queriam, você veio de uma família humilde, tem um irmão por parte de pai apenas, disse em uma de suas várias entrevistas que por muito tempo estava sozinha no mundo, algo que nenhum de nós gostamos, me diga em seu ponto de vista como foi este momento para você.

- Bem... Ficar só neste mundo imenso e cruel é uma grande falha para todos nós, eu não fiquei sozinha por opção, foi o que me foi dado naquele momento e acho que tudo aconteça por alguma razão, se aquilo foi me sobreposto é porque tinha que ser assim.

- E foi a partir daí também que você conheceu ao seu marido.

- Sim, tinha que arrumar algum emprego se quisesse sobreviver, acabei conseguindo um de arrumadeira na casa da família de Jasper.

- É uma história de amor linda, muitos diriam que é um verdadeiro contos de fadas.

- Também o considero assim, com direito até mesmo com bruxas. – Ela riu de um jeito meio debochado, mesmo sabendo que Maria seria mais do que uma bruxa em sua vida, ou até mesmo um carma, ela seria a sua vaca que ela teria que jogá-la no precipício para obter uma vida melhor e poder finalmente dizer ‘A Maria foi pro brejo’, ela realmente queria ter dito vaca, mas em sua mente simplesmente passava: ‘Não vou me importar vaca e Maria tem o mesmo significado, apesar que... Eu esteja ofendendo completamente tal animal. ’

- Queremos saber mais sobre sua infância e quando começou este desejo inacabável de realizar seu sonho de modelo.

- Bom, quando criança eu não era muito de brincar na rua com as outras crianças e muito menos me interagir com as mesmas, eu me mantinha feliz entre quatro paredes somente com meus pais.

- Não tinha nenhum amigo ou amiga?!

- Tinha somente uma, quer dizer ainda a tenho, Bella sempre me apoiava e me entendia, eu era uma criança cheia de problemas e sofri muito na escola. Meu pai ficou desempregado uma época, tive que usar uniforme velho e as vezes ia com muita fome para a escola, as crianças zombavam de mim por isso.

- Desde pequenos muitos de nós já aprendemos a ser cruéis.

- É verdade, mas teve uma época que nada disso me atingia mais e a partir daí a vontade de me tornar modelo era maior. Comecei na verdade querendo ser estilista, adorava criar novos vestidos para minha bonecas eu os desenhava, muito mal, nem sei como minha mãe entendia os desenhos, mas como passe de mágica as roupas já estavam prontas e vestidas em minhas bonecas quando chegava em casa da escola, era impressionante.

- E na fase da adolescência? Em que grupo você se identificava mais?

- No grupo dos esquecidos. – Ela sorriu ao se lembrar daqueles dias novamente. – Eu gostava de estudar para dar orgulho aos meus pais e não tinha coisa mais que eu odiasse no colégio que não fosse os grupinhos, esse era o modo para conseguir deslocar uma pessoa do grupo escolar e tornar-se esses anos da vida delas o pior.

- Muitas pessoas já disseram por aí que se identifica muito com você Alice e que lhe acham muito simpática. Como você recebe o carinho de alguns de seus fãs?!

- Agradeço muito a eles e adoro saber que tem pessoas que gostam do meu trabalho, recebo informações, ou até mesmo em conversas com jovens que querem ser modelos, que eles gostam muito do meu trabalho.

- Você tem algum plano para depois deste seu recesso?

- Bem pretendo começar um novo programa juntamente com a agência de modelos Diamonds, para jovens modelos, começaremos com os adolescentes, mas teremos planos de levar isto mais adiante e também fazer para crianças e adultos, queremos ver rostos novos no ramo da moda.

- Olha isto é ótimo, espetacular.

                                          ***

- Sr. Jasper a entrevista com a Sra. Alice já está passando na TV. – Milena lhe informou.

- Meu Deus já havia me esquecido. Vamos crianças, vamos ver a mãe de vocês na TV. – Jasper chamou ambos ajudando eles a descerem na cadeira.

“- Soubemos por meio dos paparazzi que sua filha foi encontrada, o que é um grande alívio para todos que acompanharam esta história, como ela está?”

“- Bem. – Alice abriu um grande sorriso. – É uma garotinha doce e muito esperta, fala como se já fosse uma adulta e tivesse alguns anos de experiência nesta vida.”

Katherine não pôde deixar de ficar vermelha ao ouvir isto vindo da boca de sua mãe, Jasper sorriu ao olhar para a filha meio envergonhada ao seu lado.

“- Agora será apenas alegria para a família.”

“– É o que queremos.”

“- E como vão ser os planos daqui adiante?”

“– Bom pretendo curtir muito meus filhos e meu marido e depois tentar pensar para planos futuros.”

- A mamãe está bonita. – Katherine disse inocentemente.

- Muito bonita, como minha princesinha. – Jasper fez cócegas na barriga de Katherine que ria alto.

- Para papai. – Ela dizia em meio aos risos, Nicolas apenas ficava observando a cena o que não durou muito, logo voltou à atenção para a TV.

                                             ***

- Bem eu gosto de fazer um jogo de palavras com todos os meus convidados, podemos começar?!

- Claro.

- O que lhe faz sentir mal?

- Injustiça.

- O que lhe faz sentir bem?

- Família.

- Comida predileta?

- Pode não parecer, mas é pizza.

- Prefere dia ou noite?

- Huum... Dia.

- Seu maior defeito?

- Incerteza

- Para finalizar uma palavra que descreva você.

- Imensidão.

- Boa palavra, bom, foi um prazer enorme estar aqui com você Alice.

- O prazer foi todo meu John.

- Bom ficamos por aqui, e semana que vem teremos mais uma entrevista desta vez com uma atriz que está se tornando febre por todo o mundo, fiquem ligados e até o próximo programa.

As luzes abaixaram as câmeras cortaram a gravação e finalmente aquilo tudo pôde acabara para Alice, voltaria para casa até mais cedo que imaginava.

- Muito obrigado Alice, adorei sua presença aqui.

- Eu que agradeço pela oportunidade. – Ela sorriu e foi interrompida pelo toque de seu telefone, mensagem de Alexia haviam acabado de chegar. – Até mais.

Ela se despediu retirando-se do recinto e indo até a saída dos fundos dos estúdios, onde seus seguranças já caminhavam ao seu lado e motorista já lhe esperava atentamente. Estava a poucos passos de poder voltar para a casa, felizmente já havia fechado a conta no hotel e sua pouca bagagem já estavam dentro do carro, estava indo diretamente para o aeroporto, mas sua cabeça já se encontrava na imagem dela podendo entrar em sua casa e por uma semana ficar relaxada sem preocupações nenhuma com o trabalho, apenas curtindo sua família e sua filha que tanto lhe deu saudades.


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Notas finais do capítulo

Digam-me o que acharam deste capítulo....
Eu tive que colocar certas pérolas que eu ouvi na escola esta semana tipo a parábula da vaca que meu professor de filosofia passou e no final ele nos disse assim: "Então vocês peguem as vacas de sua vida e as joguem no precipício, só assim a vida de vocês irão adiante."
Eu queria realmente fazer isso e sim minha vida seguiria adiante com vários dias vendo o sol nascer quadrado...
Enfim, quando estava escrevendo o capítulo e imaginando como seria John Carter me veio na cabeça ele como o Caesar Flickerman dos jogos vorazes, não sei porque...
Mas enfim comentem, comentem muito, xinguem bastante, mas é a Maria não a mim, faça sua autorazinha linda aqui... (Convencida) feliz *_* então até a próxima! Bjos!



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