Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

E lá vamos nós para mais um capítulo fresquinho acabado de sair do forno...
Espero que gostem e tenham uma ótima leitura!



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James ao perceber que Victoria havia lhe avistado de longe, apertou seus passos obrigando seus pés a correrem cada vez mais. Victoria trancou a porta apressadamente passando a chave duas vezes, sairiam pela porta dos fundos.

– Pegue Kath, saia pela cozinha vai. – Ela o empurrou pelo braço enquanto ele segurava Katherine em seu colo. Ele havia apressado seus passos, para irem até o carro teriam que passar pela parte da frente da casa e lá estava James.

– O que faremos agora? – Cochichou Max, meio agoniado, não saberia o que fazer em momentos como aquele.

– Não sei. – Victoria disse aflita e ao mesmo tempo preocupada, uma arma? Onde James havia conseguido aquilo?! Ela olhou de relance e viu que James estava dando a volta pelo lado oposto. – Vamos. – Ela chamou enquanto o via sumir. Max correu com Kath ainda ao seu colo, Victoria seguia seus passos logo atrás não conseguia correr tanto quanto ele.

– Droga, porque eu fui parar meu carro tão longe?! – Xingava-se por inúmeros momentos, mentalmente e verbalmente por não ter pensado em algo assim.

– VICTORIAAA... – O corpo de Victoria foi tomado pelo medo, ela poderia jurar que sua pele havia empalidecido mais depois de ouvir seu nome ser pronunciado por James logo atrás.

A arma foi disparada, mas a bala foi de encontro ao chão subindo uma pequena nuvem de poeira onde ela atingira. Mas aquele tiro havia sido apenas para pregar um pequeno susto, mas visto que não havia adiantado ele resolveu levar mais a sério, mirando a arma em uma pessoa e atirando, seu controle não estava muito bom, mas acabou acertando Victoria, que mesmo tentando ser forte não conseguiu conter o grito.

– Tia Vic. – Kath gritou ao vê-la cair ao chão, Max parou sem saber o que fazer se socorria Victoria ou salvava Katherine.

– Vai. – Victoria gritou, mas Max não obedeceu, sabia o que poderia acontecer se a deixasse ali.

– Kath escute o tio... Pegue esta chave e abra a porta do carro, entre e fique lá. Vai. – Ela saiu correndo como ele pedira, com a bonequinha de pano nas mãos, ela pegou a chave em sua mão uma das três que Max lhe indicara e abriu a porta, antes de entrar viu Max pegar Victoria e ajudá-la a se levantar e então um pouco mais tranqüila, mas ainda sim assustada entrou.

Max pegou Victoria nos braços visto que ela não corria tão rápido quanto precisava. James vinha logo atrás tentando alcançar os dois, os vizinhos assustados com os tiros, já haviam alarmado a polícia e estavam todos se refugiando com medo de virarem alvos dos tiros.

Max colocou Victoria rapidamente no banco de passageiro da frente e em seguida entrou no carro, Katherine já estava com as chaves estendidas para que o homem pegasse. Max colocou a chave na ignição ligando o veículo, passou a marcha, tirou o freio de mão e em seguida acelerou.

– Você está bem? Não é melhor ir para o hospital?

– Vamos para um hospital sim, mas o mais longe daqui. – Ela apertava o ferimento do braço. Ela olhou para o banco detrás e viu Kath encolhida com medo. – Vai ficar tudo bem pequenina. – Ela sorriu fracamente e em seguida voltou seu olhar para frente.

***

– Alice, sua nova coleção irá arrasar.

– Tento fazer meu melhor Alexia.

– E esta sua nova linha infantil?! É magnífica. Você tem a total autorização para começar a fabricá-los.

– Você gostou mesmo?

– A-M-E-I.

Alice não podia conter o sorriso, estava feliz, conseguira finalmente acabar sua linha infantil de verão juntamente com a coleção adulta, feminina e masculina.

– A cada dia que passa agradeço por Esme ter lhe encontrado.

– Eu também, mas não por este motivo, adoro este trabalho e era meu maior sonho, mas o carinho que ela me deu equivale mais.

– Esme é uma mulher especial, não existem outras como ela por aí.

– Então acho que acabamos por aqui.

– Ah Alice, quase havia esquecido, Sr. Carter quer marcar uma entrevista contigo em Nova York e também um ensaio fotográfico.

– Para quando?

– Disse que olharíamos um bom horário.

– Bem... Essa semana provavelmente eu esteja livre, olhe com Jessica sobre meus horários e tente encaixar esta entrevista para esta semana.

– Sua carreira está alavancando Alice.

– E olha que estou começando a ficar velha.

– Alice você tem apenas 26 anos.

– Faltam apenas 4 anos para os 30.

– Mas você ainda tem um rostinho de boneca, ninguém fala que você tem mais de 23.

– O que os tratamentos de beleza não fazem? – As duas riram como amigas que relembravam de fatos engraçados.

– E você tem que agradecer sua genética, não se esqueça.

– É verdade, tive sorte de ter herdado toda essa beleza de minha mãe, afinal meu pai aos 47 anos já estava com cabelos grisalhos.

– Ele começou novo não?

– Bem acho que começou quando eu tinha cinco anos, ele falava que eu o deixava preocupado demais por isso seus cabelos brancos começaram a aparecer cedo. – Ela riu ao se lembrar das coisas de seu pai, era maravilhoso tê-lo por perto e se já sentia falta dele mesmo tendo convivência imagina Emmett que não pôde nem ao menos conhecer o pai.

–Bom... Vou ir olhar com Jessica, logo te ligarei dizendo qual será o dia marcado.

– Está bem. – Alice suspirou olhando alguns papeis ao meio de sua revista, na qual ela estava na capa este mês.

– Você parece cansada... Está acontecendo algo?

– Nada, acho que essa correria mesmo, mas antes que você fale alguma coisa, eu estou bem, na próxima semana terei folga e lhe prometo que vou descansar.

– Ótimo, então eu te ligo.

– Está bem. – Alice viu a partir da porta de vidro Alexia entrar em outras várias salas, ela começou a procurar por algo em sua bolsa, um espelho no qual pudesse se olhar, ver se o que Alexia dizia era realmente verdade, olhando um pouco mais e observando bem cada traço de seu rosto, não percebia nada, mas talvez o cansaço que Alexia dizia não estivesse evidente em seu corpo e sim em seu estado de espírito.

– Acho que eles mandaram a pessoa errada para Miami. – Derek de braços cruzados e escorado na parede dizia enquanto tirava os óculos do rosto, observando ainda mais a jovem mulher sentada se olhando no espelho.

– Derek?! O que aconteceu com você? Jogaram-lhe dentro de um forno? – Alice olhava espantada, Derek tinha uma pele tão clara e simplesmente aparecer assim bem bronzeado havia lhe assustado.

– Não. – Disse sério. – Apenas aproveitei o que há de melhor em Miami.

– Era para você trabalhar lá e não virar um projétil de carvão. – Ela riu ao mesmo tempo com o que disse, deixando Derek sem escolhas a não ser rir junto.

– Vai não está tão mal assim, sei que não combina com meus olhos esse bronzeado, mas pelo menos estou com um ar de saúde, ao contrario de você né?!

– Não começa vai, todos sabem que eu sempre fui e sempre vou ser branca desse jeito.

– Ser branca é uma coisa agora ter fixação por se tornar a mulher invisível aí já é demais. – Ele chegou mais perto dela fazendo-a levantar para poder finalmente lhe abraçar e matar a saudade. – Minha Alice irresponsável.

– Der você parece meu irmão...

– E eu sou seu outro irmão mais velho. Que vai ficar lhe controlando e paparicando quando preciso.

– Como se já não bastasse o Emm para isso.

– Mas minha cara... Eu sou como um chiclete, a culpa é sua não mandei você pisar em mim agora me agüenta na sola do seu sapato. – Ele disse beijando o topo de sua testa. – Então como vai o Nic? Aprontando todas com as meninas?

– Ele só tem seis anos Derek. E sim ele está aprontando e muito.

– Vou ter que ir ter um papo com ele?

– Acho que nem você é capaz de ajudar. Ele está muito mimado e agora que Jasper decidiu acabar com isso, ele está ficando nervoso e impaciente.

– Nossa... Vai ser barra domar essa ferinha.

– Já está sendo, porque você não vem almoçar lá em casa hoje?

– Precisa de companhia?

– Muita... – Ela sorriu.

– Está bem então vamos. – Ele passou o braço em torno do ombro dela, caminhavam conversando vagarosamente até o telefone de Alice tocar enquanto saiam do elevador para a garagem.

– Alô?!

– "Alice?"

– Sim?

– "Aqui é a delegada Donatto." – Nesta curta pausa de fala o coração de Alice falhou uma batida, sua mão começou a suar frio e ficar um pouco trêmula, ela parou de imediato no lugar onde estava bruscamente assustando Derek que estava ao seu lado.

– Aconteceu algo? – Ele perguntou segurando sua mão livre, ela fez sinal para que ele esperasse um pouco e voltou a atenção para o telefone.

– Aconteceu alguma coisa? – Ela perguntou temendo pela resposta.

"Sim... Recebemos uma ligação de um homem, dizendo que ele está com mais uma mulher e sua filha, no momento estavam em um hospital em outra cidade, estão na ambulância a caminho do hospital central de Seattle."

– Ela está bem? – Alice não continha as lágrimas em seus olhos que já caiam sem a mais pura percepção da modelo.

– "Ainda não sabemos como ela está, mas tudo indica que sim."

– Eu vou ir para o hospital, Jasper trabalha lá, muito obrigada. – Alice desligou o telefone com um enorme sorriso no rosto.

– O que aconteceu Alice, diga logo mulher...

– Encontraram-na... Encontram minha filha. – Ele não pode esconder também que estava feliz pela amiga, havia presenciado seu sofrimento, a dor que sentia a cada dia era terrível e ver sua afilhada novamente seria ótimo.

– Posso ir com você?

– Acho melhor você dirigir. – Ela disse convicta que não estava em condições.

Direcionaram-se para o hospital, o trânsito estava caótico e depois de longos minutos conseguiram chegar lá. No meio do caminho havia ligado para Jasper que ficou surpreso e abismado pela notícia, na verdade não estava conseguindo acreditar.

Quando Alice e Derek chegaram ao hospital Jasper os esperavam na porta, não era ele que estava cuidando de sua filha que acabara de chegar.

– Ela já chegou?

– Acabou de entrar. – Jasper disse enquanto abraçava Alice fortemente. – Você tinha razão, devia ter confiado mais em você.

– Isso não importa agora, temos ela de volta, sã e salva.

***

Alguns minutos de espera percorreram, bateria de exames eram efetuados para descobrir o estado de saúde de Katherine. Aparentemente ela estava bem, apenas alguns arranhões, cicatrizes e escoriações, mas nada de grave.

Em seguida depois deste tempo, o médico apareceu para dar a notícia aos pais, ansioso Jasper levantou-se rapidamente assim que viu o amigo se aproximar.

– E como ela está?

– Katherine está bem Jasper, terá que ficar internada por enquanto por motivo de uma ligeira anemia, ela tem algumas escoriações e cicatrizes. Mas nada muito grave.

– E quando poderemos vê-la? – Alice se apressou para saber logo, queria poder ver sua filha, abraçá-la e acariciar suas bochechas rosadas.

– Agora mesmo se quiserem. – Alguém ali atrás revirou os olhos um com um pouco de falta de paciência.

– É claro que eles querem, eles são os pais. – Derek disse baixo para que ninguém ouvisse.

– Quarto A23. – Ele indicou logo retirando-se da sala de espera.

– Bem eu vou indo nessa.

– Você pode vir se quiser.

– Ah não vou me sentir um E.T lá dentro acho que não vai rolar, vocês querem matar a saudade em família e é mais provável que eu estrague tudo. – Ele olhou novamente para Alice. – Eu prometo que volto amanhã.

– Tudo bem... Obrigada.

– Não precisa agradecer. Agora vai lá aproveitar sua filha, você merece.

Alice por fim decidiu obedecer enquanto via o amigo seguir rumo a porta e sumir aos poucos.

Caminhando pelos longos corredores do hospital a passos largos, Alice transmitia para todos ali que a via sua aflição. Não podia acreditar que finalmente teria sua filha em seus braços novamente depois de dois anos.

Quando adentraram ao quarto Alice não pôde acreditar, ali dormindo serenamente abatida pelo cansaço da viagem, estava sua filha agora com seis anos, seus cabelos que antes eram um pouco mais claro como o de Nicolas apresentava um tom de loiro um pouco mais escuro e bem compridos, não mudaram nada desde então, apenas no crescimento. Seu ar sereno de quando dormia e suas feições angelicais ainda permaneciam ali. Sua pele clara, sem nenhuma imperfeição no rosto.

Alice chegou cada vez mais perto e não pensou duas vezes antes de pegar em sua mão e acariciá-la, tocar em seus pequenos dedos e sentir a maciez de sua pele. Mas um pensamento lhe bateu com tanta força em sua cabeça lhe deixando apreensiva demais, fazendo até mesmo soltar a mão de sua filha, a qual ela esperou por tanto esperançosa que lhe encontraria bem.

E se Kath não se lembrasse dela? Isso poderia ocorrer certo? E Alice estava com medo disso, muito mais do que podia se imaginar.

Em seus pensamentos coisas corriqueiras se passavam como uma conclusão, seqüestradores nunca diriam para a criança quem eram seus pais biológicos diriam?! Ela não saberia até Katherine acordar, mas enquanto isso seu coração ficaria assim, tão apreensivo que até mesmo parecia que iria parar de bater assim que a visse abrir seus olhos.

– Ansiosa? – Jasper passou seus braços em torno da cintura de Alice beijando seu ombro em seguida.

– Muito.

– Devia ter confiado em você.

– Você tentou se redimir a tempo, isso que importa.

– O que realmente importa é que eu errei, tirei conclusões de onde não tinha provas.

– Nós somos feitos de erros Jazz, se não errarmos não aprenderemos nunca.

Ele suspirou dando sinal de desistência da discussão, não tinha como ganhar uma briga com Alice verbalmente, sempre que eles discutiam, ela vinha com uma frase final e, pronto, conversa encerrada. Ela começava certa e terminava com a total razão. E Jasper sempre se via obrigado a concordar com isso, em sua cabeça só se passava uma coisa...

– O que eu seria sem suas bem calculadas palavras?!

– Seria você mesmo. Não sou eu que te mudo Jasper, apenas te faço enxergar o verdadeiro ponto da história, mas se você não quiser ver o que eu digo e continuar com sua opinião, será a mesma coisa.

– Você é minha consciência Alice, se eu não a tiver por perto cometo loucuras, tropeço nos mesmos erros sem perceber que estou traçando o mesmo caminho de antes á horas.

– Você sempre volta para o mesmo assunto sempre. – Ela se referiu ao pensamento de Jasper, que sempre voltava na discussão no dia do aniversário de Nicolas.

– Não importa, eu sei que o que fiz foi completamente errado e fui ignorante o bastante para concertá-lo somente quando você citou o meu maior medo.

– E qual era?

– Você me deixar. – Ele suspirou mais uma vez. – Não consigo mais viver sem você aqui por perto.

Alice virou no sentido que desse para os dois se olhassem no fundo dos olhos e sorriu.

– Você consegue viver sem mim, apenas acha que é incapaz. – Ela deslizou sua mão em sua bochecha. – Você confia demais em alguém a ponto de deixar ser guiado por essa pessoa.

– E eu não devo confiar em você?

– Talvez não... Eu também cometo erros, acho que cada pessoa suporta apenas os seus.

– Acho que quando casamos com uma certa pessoa é porque estamos dispostos a compartilhar tudo, até mesmo os erros.

E pela primeira vez Alice se deu por vencida, desviando o olhar para o lado e sorrindo para o nada. Jasper ficou surpreso ao perceber que sua esposa não falaria mais nada. A não ser um simples:

– Você tem razão. – Ela virou novamente para a cama onde estava Katherine e percebeu a garotinha se remexer. – Apenas me faça um favor?!

– Quantos você quiser.

– Quando você ver minhas pernas fraquejarem e minhas mãos serrarem-se em punho, me seguro, é que eu vou estar prestes a desabar. – Ela disse ainda focada em sua filha. – Não sei se vou ser forte o bastante caso ela não se lembre de nós.

– Ela se lembrará... Onde está aquela mulher otimista que eu conheci?!

– Acho que ela se perdeu em meio ao transito tumultuado de Seattle. – Ela sorriu sarcasticamente. – Seriamente não sei o que está acontecendo comigo.

– Você só está nervosa apenas isso.

Passando seu braço em torno do pequeno ombro de Alice, Jasper teve a oportunidade de puxá-la para mais perto de si podendo depositar um beijo em sua testa enquanto ela encostava sua cabeça em seus ombros, fechou os olhos por meros segundos, como se assim pudesse ter algum tempo de descanso, mas que seria interrompido por algo que Jasper não havia lhe avisado ou lhe preparado.

Ele apenas viu naquele momento uma oportunidade de saber a verdade...

– Mamãe?!

Se Katherine realmente, depois de abrir aqueles seus enormes olhos esmeraldas, os reconheceria.


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Notas finais do capítulo

E quais os seus comentários? Suas opiniões e notificações?
Quero saber, digam-me o que acham da história, o que deveria ser acrescentado, retirado, mudado ou até mesmo melhorado... Para mim quem faz a história são os leitores, sem seus comentários eu não consigo ir adiante, então, vamos lá escrevam eu prometo que não mordo.
Bjos... E até o próximo capítulo.



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