Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Encontro vocês nas notas finais....



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– Alice... Alice... – A voz de Jasper ecoava nos ouvidos de Alice em um tom muito alto. A cada vez que ela voltava em sua consciência ela percebia que era ele ali, lhe sacudindo e olhando para ela, chamando pelo seu nome como se algo houvesse acontecido.

Alice por fim conseguiu abrir os olhos, aparentava estar assustada olhando para todos os lados. Vendo que estava em seu quarto e sentindo-se um pouco mais aliviada.

- A polícia... Nos telefonaram da delegacia?

- O que? O que está acontecendo Alice?

- A policia nos ligou? Sobre a Kath?

- Não, são somente duas da manhã... O que aconteceu Alice? Você teve um pesadelo? Você estava tão inquieta na cama e resolvi lhe acordar.

Os olhos de Alice encheram de água ao lembrar-se do pesadelo.

- Com o que você sonhou meu amor? Conte-me.

- Eu sonhei que a Kath havia morrido. – Ela soluçou alto e Jasper a trouxe para perto de si, ela encostou a cabeça no peitoral nu de Jasper os dois deitaram-se abraçados. – Foi horrível vê-la daquele jeito.

- Fique calma meu amor, foi apenas um pesadelo a delegada Suzana fará de tudo possível para trazer Kath de volta viva.

- O pior é que eu não vou conseguir esquecer, a imagem foi tão real...

- Eu sei meu amor, mas... Temos que ser fortes. Agora tente se acalmar, vamos dormir novamente, você precisa descansar.

- Eu vou tentar. – Ela se aconchegou um pouco mais nos braços de Jasper, Jasper conversava com ela sobre outros assuntos, falavam de filmes e musicas até mesmo de sua infância o que não foi uma boa idéia. Mas no fim Alice pegou no sono e Jasper estava ali velando seus sonhos. Depois de trinta minutos ele conseguiu pegar no sono, mas logo cedo teria que levantar para ir trabalhar.

Com os raios do sol fracos tentando penetrar além da cortina, Jasper já se encontrava de pé, estava no closet tentando escolher com qual camisa iria trabalhar neste dia calorento. Escolhendo a cor mais usada por ele, a azul, ele a vestiu voltando para o quarto vendo Alice remexer na cama. Ele percebeu quando ela passou a mão no seu lado da cama notando que ele não estava mais ali.

- Jazz?

- Estou aqui pequena. – Ela forçou para abrir os olhos ainda piscando inúmeras vezes para tentar afastar o sono. Ela sentou-se na cama, pois com certeza se continuasse deitada iria pegar no sono sem perceber. – Você está bem?

- Sim.

Jasper se aproximou da cama da esposa, sentando-se na beirada e pegando em sua mão, olhando para o delicado rosto de Alice e vendo que sua beleza bem que condizia com seu delicado nome.

- Às vezes eu odeio ter que trabalhar.

-Mas o trabalho faz com que fiquemos ocupados, se você estivesse o dia inteiro em casa estaria louco como eu.

- Você não está louca meu amor... Apenas preocupada. – Ele passou a mão pelo rosto dela, tirando as mechas de cabelo de frente do seu rosto e depositando-os atrás da orelha. – Talvez eu devesse tirar minhas férias acumuladas.

- Eu estava pensando em voltar a trabalhar, mas... – Ela desviou o olhar do dele como se estivesse pensando no que dizer.

- Mas?

- O que a imprensa irá dizer? Minha filha foi seqüestrada e para ser uma modelo tem que estar sempre com um sorriso no rosto... Eles vão dizer que não me importo com o desaparecimento de minha filha e se ainda não me julgarem culpada do crime.

- É nisso você tem razão, mas acho que você deveria esperar mais um pouco até voltar.

- Você tem razão... Eu só queria ocupar minha cabeça com algo, eu fico em uma tortura diária pensando nela todos os dias em cada coisa que eu faço.

- Bem... Podemos pensar em algo quando eu chegar do trabalho.

- Está bem. – Os dois trocaram um beijo antes de Jasper se levantar e acabar de abotoar sua camisa. Alice decidiu levantar também e aproveitar o restante da companhia de seu marido.

Quando foram para a cozinha, Milena já havia preparado um café da manhã dos sonhos. Neste momento já havia alguém que já estava revirando na cama tentando dormir novamente, mas que não obtinha resultado nenhum.

- Olha quem acordou. – Jasper parou de tomar seu café para ir pegar Nicolas no colo. O garoto sorriu com o ato do pai, mas logo foram para a mesa. – O que meu campeão quer comer? – Nicolas olhou para a mesa avistou um jarro de suco e outro com leite, algumas torradas e geléia logo ao lado, biscoitos, pão fresco, queijo e presunto, mas o que ele queria mesmo não estava ali.

- Cereal. – Ele disse vagamente, Jasper olhou sobre a mesa e não encontrou a caixa de cereal. Ele não sabia no que aquelas crianças tanto adoravam nos cereais, ele nunca gostou desde pequeno, afinal Jasper era exceção ele nunca gostava do que as pessoas gostavam, ele era do contra.

- Vou pegar para você. – Jasper disse se levantando e colocando Nicolas em outra cadeira. Ele olhou para a mãe e sorriu e Alice ficou feliz ao receber aquele gesto do filho.

Logo Jasper voltou com a tigela preferida de Nicolas e sua caixa de cereal. Despejou o cereal na tigela e em seguida colocou um pouco de leite. Nicolas logo comeu claro que às vezes causava algumas bagunças e outras não propositais.

Quando chegou na hora de Jasper ir embora ele se despediu de Alice e em seguida de Nicolas. Nisso Alice foi para sala seguida por Nicolas que lhe encarava com um olhar pidão. Alice parou por um tempo e encarou o filho, mas logo sabia o que ele queria.

- Vem aqui. – Ela apalpou o sofá para que ele fosse para o lado dela. Ele deu um pulo no sofá em seguida sendo abraçado por Alice que encheu o filho de beijos. – Você quer ver TV?

- O menino apenas afirmou com a cabeça e Alice pegou o controle da TV, indo diretamente nos canais pagos, onde passava alguns desenhos bons para crianças da idade de Nicolas. Os dois deitaram-se abraçados no sofá enquanto assistiam ao desenho educativo. Era nesses momentos que ela sentia falta de Katherine, naquele apartamento nunca havia sido tão quieto, os dois viviam brincando acordavam cedo para poderem se divertir antes de terem que ir arrumar para irem à escola. Nicolas nunca foi tão apegado a mãe, gostava de ficar mais com o pai e quando o pai não estava se mostrava ser independente, fazendo birra para tentar tomar seu banho sozinho, mas agora vivia perto da mãe.

Não era um garotinho que gostava de ficar horas em frente à TV, mas obviamente ele estava sentindo falta de algo e, evidentemente, era de sua irmã.

***

Katherine estava ainda na cama, se podia ainda chamar um pedaço de colchão velho de cama. Ela ainda dormia pesadamente, estava cansada e pelo visto também não estava muito bem. Desta vez quem foi lhe acordar era Victória, que abriu a porta causando um estrondo que assustou a menina.

- Vamos levante-se. – Katherine olhou para Victoria com olhar de piedade. A garotinha estava com frio e nem ao menos tinha um cobertor descente para se cobrir.

Victoria sem muita paciência pegou a menina pelo braço a levantando bruscamente e levando-a para fora do quarto, ela havia percebido que a temperatura da menina estava alta, encostou a mão na testa de Katherine e percebeu que ela realmente estava com febre.

- James ela está com febre.

- Dê um banho de água fria nela. – Ele disse sem voltar à atenção para ela. Victória ficou meio enfurecida. James apenas levou Katherine para casa para dar mais trabalho para ela, como se ela não tivesse mais o que fazer.

Ela pegou algumas roupas que conseguiram para Katherine e levou para o banheiro, ligou o chuveiro na água fria e despiu a menina, assim que ela colocou Katherine debaixo da água, ela reclamou baixo, tentou sair, mas Victoria lhe chamou a atenção.

- Se você quer ficar boa tem que tomar o banho. – Victoria disse ajudando a menina se lavar.

Depois que o banho terminou e Katherine já estava vestida Victoria percebeu que James já não estava em casa, isso lhe causou ainda mais raiva, levou a menina para seu quarto e lá pegou um termômetro e mediu sua temperatura. Estava ainda com febre, mas com certeza estava mais baixa.

Katherine estava deitada na cama, e Victoria já cansada deitou-se ao seu lado, Katherine a encarou com aqueles belos pares de olhos verdes claros. Ultimamente Victoria vinha percebendo que a menina não dizia tantas coisas assim, respondia sim ou não acenando.

- Você sente falta da sua mãe? – Victoria perguntou deixando se levar pelo o encanto de seu olhar. Katherine fez um gesto com a cabeça dizendo que sim. Victoria desviou seu olhar do dela antes que estragasse tudo e acabasse morta nisso, mas para sua surpresa Katherine se aproximou dela, aninhou-se nela como fazia com sua mãe quando estava com medo. Victoria a principio ficou assustada, mas passou um de seus braços em volta da menina já que seu outro braço escorava sua cabeça, acariciou as costas de Katherine fazendo com que a menina fechasse os olhos e dormisse, pelo o que sabia de James nessa altura voltaria somente de noite ou no dia seguinte de manhã e ainda por cima bêbado.

***

Maria chegava mais uma vez na delegacia, já sabia que algo havia dado errado, mas não descansaria, não seria presa por causa de uma besteira.

- Srt. Rodriguez quanto tempo. – Suzana lhe cumprimentou de um jeito ironicamente educado e Maria logicamente não gostou. – Bom, espero que tenha dado tempo para que você ter elaborado outro álibi para você, pois aquele já foi descartado para sua defesa e colocado contra você.

Maria se martirizou mentalmente por não ter dado conta de fazer uma coisa bem feita desta vez. Mas ela se manteve calada não diria nada para provocar a delegada, queria se safar desta sem correr nenhum risco.

- Não irá dizer nada? – Suzana dizia andando de um lado para o outro naquela sala.

- Delegada Donatto, por favor, controle-se ou a tirarei da sala e até do caso.

- Quem decide isso é o supervisor e não você. Então como íamos começando Srt. Rodriguez um de seus vizinhos alega ter visto a Srt. Saindo de seu apartamento uma hora antes do acontecido.

- Ah claro, agora me lembrei, havia saído para comprar algo para comer.

- As câmeras filmaram a sua volta e estava marcado somente as dez da noite.

- Bem eu... – Desta vez ela havia sido pega de surpresa, as câmeras de segurança, havia esquecido completamente disso. – Eu não seqüestrei a filha de Alice, eu não estou com a menina vocês sabem disso.

- Você pode até não ter seqüestrado, mas suas mentiras fazem-nos pensar que você seja a mandante disso tudo.

- Como? Vocês não tem provas e isso é um absurdo, eu vou ir embora. – Maria havia se levantado e saído da sala antes que qualquer um dissesse alguma coisa, um policial que estava ali havia feito menção de ir atrás dela, mas Suzana não havia deixado.

- Preste atenção, quero você e mais um homem de olho nesta mulher, qualquer ato suspeito sigam-na e se ela tentar sair da cidade detenham-na e me avise. – O policial fez um sinal positivo e foi seguir Maria, sem alarmá-la em nenhum momento.

***

Já era no horário do almoço e Victoria havia deixado Katherine dormir em seu quarto pensava no que estava acontecendo com ela se todo aquele pesadelo estava voltando novamente, todos aqueles acontecimentos e correria.

Ela preparava algo que era rotina em sua alimentação, não tinha luxo naquela casa e muito menos direito de comer o que queria. Tinha que se contentar com o pouco que James insistia em lhe dar.

Ela estava distraída pensando em seu passado e se assustou em ver dois pares de olhos lhe encarando perto do hall da porta, ela respirou tranquilamente depois de ver que era Katherine.

- Oi você me assustou... Já está com fome? – Katherine olhou para ela e em seguida desviando para a mesa, ela ficou na pontinha do pé e fez um sinal de sim.

Victoria colocou um pouco de comida no prato iria ajudar Katherine a comer primeiro e depois ela comeria. Sentou-se em uma cadeira e em seguida colocou Kath em seu colo, colocava algumas colheradas da sopa em sua boca depois de esfriar.

Em seguida ela deixou a menina ali sentada enquanto lavava as louças do almoço e acabava de arrumar a casa. Ela sempre dava algumas olhadas para Katherine para vê-la. Ela estava quieta apenas observando Victoria trabalhando, seus grandes olhos verdes e seus cabelos longos loiros, faziam que sua aparência se parecesse com a de um lindo anjo.

Enquanto isso Victoria estava em um grande conflito dentro de si, se deveria ou não ajudar Katherine, se ajudasse correria o risco de morrer e se não, bem ela poderia cuidar de Katherine ajudaria a menina, mas e seus estudos? Teria que fazer algo.

Mas enquanto isso a noite já havia encoberto o céu, Katherine estava dormindo e Victoria também. James não havia aparecido desde então, mas estava próximo a casa.

Quando estava entrando na casa ele tropeçou em alguns móveis deixando algumas coisas caírem ao chão e quebrarem. Esse barulho fez com que Victoria acordasse, ela se assustou olhando para o outro lado da cama e já sabendo que seria James voltando bêbado para casa.

Ele entrou no quarto empurrando a porta com força fazendo com que ela causasse um barulho estrondoso.

- Oi meu amor... – James disse deixando transparecer seu ar bêbado. Seu cheiro também era perceptível. Ele estava com um olhar violento e Victoria já sabia o que iria acontecer.

- James...

- Está com medo de mim? – Ele cambaleou, mas caiu em cima da cama, ela tentou sair dali, mas ele a puxou de volta, ele tentou beijá-la, mas ela desviou e então ele começou a enforcá-la. – Você é minha mulher, tem que fazer o que eu quero.

Ele era forte, mas sua coordenação não estava lhe ajudando muito. Victoria conseguiu escapar, mas ele foi atrás lhe jogando de encontro ao chão.

– Você não vai fugir de mim.

– James, por favor.

- Vamos fazer como sempre fazemos Victoria, mas você não quis então vou lhe castigar meu amor. – Ele beijou seu pescoço e em seguida lhe bateu novamente e era isso que se resumia a vida de Victoria, havia se casado com um homem e que certo momento se tornou outro completamente diferente e agressivo. Tinha medo do marido e não podia fazer nada a não ser ficar trancada dentro de casa sem poder sair para nada.

Ele chutava e batia forte, marcas avermelhadas e roxas já estavam evidentes em seu corpo. Victoria deixava suas lágrimas descerem ao relembrar da vida que seus pais lhe ofereciam de bom grado, era uma garota de classe média e feliz e por causa de uma paixão sua vida acabou em todos os sentidos.

- Agora... Eu vou me livrar daquele encosto que Maria nos deu. – Ele disse largando-a no chão, gemendo de dor. Foi até a cozinha pegando uma faca e em seguida a chave do quarto no qual Katherine ficava.

Quando ele ascendeu à luz Katherine se assustou, já estava acordada devido aos gritos, mas ao ver James ali com aquela mesma cara de raiva que ele estava da ultima vez que lhe bateu ela sabia que algo não muito bom iria acontecer.

- Olá garotinha. – Ele disse cambaleando e quase caindo, Victoria tentava se levantar para impedir o pior, ela sabia do que James era capaz. – Que tal você... Você fazer uma viagem? Mas... Ela vai ser só de ida. – Ele sorriu mostrando a faca para Kath que estava encolhida no canto da parede, ele apreciava o objeto como se fosse uma grande arma, valiosa e muito bonita para seus olhos agressivos.

- J- James. – Victoria tentava o chamar atenção. Mas ele pouco se importava com ela, queria porque queria acabar com a vida de Katherine ali e agora, para poder se livrar como ele sempre dizia do “peso” que ela lhe proporcionava, mas ele não se tocava que o errado ali era sempre ele. – James não faça nenhuma besteira.

- Que besteira meu amor? Estou te livrando de um fardo pesado que é uma criança, como da ultima vez se lembra? – Ele riu vanglorioso, mas Victoria se lembrava de cada detalhe daquele momento de sua vida que mais lhe parecia um inferno.

Depois de viver um ano com James ele começou a beber e a gastar todo seu dinheiro para jogos e bebidas que ele quisesse, acabaram empobrecendo e seu pai estando muito doente ela não teve coragem de lhe pedir ajuda. Tiveram que se mudar para este fim de mundo, onde ele a maltratava sempre que voltava de madrugada dos bares bêbado ao extremo, abusava da própria mulher, pois Victoria não queria mais entregar seu corpo para aquele homem asqueroso. Depois de um certo tempo, vendo que as suspeitas eram verdadeiras Victoria descobriu estar grávida e movida pela emoção achando que James mudaria depois da notícia, contou para o homem da nova noticia.

Ele não gostara nada daquilo e não esperaria o bebê nascer, não tinha dinheiro para ele mesmo e muito menos para uma criança recém nascida que lhe daria muito trabalho.

Falou mil vezes para Victoria que ela abortaria aquela criança ela querendo ou não, em certo dia ele voltou para casa bêbado como sempre, perdendo o controle novamente, Victoria havia esquecido de fechar a porta com a chave como fazia todas as noites com medo de seu marido. Ele entrou no quarto já agressivo e dizendo para que ela se preparasse.

Começou a lhe bater sem pensar nas conseqüências, poderia perder a criança e sua esposa juntamente, mas ele pouco se importava, para ele mulheres tinha em qualquer lugar e arrumaria outra caso Victoria não lhe agüentasse. E como previsto depois daquela surra que ele lhe deu Victoria perdeu o bebê foi difícil convencer aos médicos que aquilo não havia sido culpa dele, havia ameaçado a mulher que se caso ela contasse algo para os policias enquanto estivesse no hospital ele a mataria lentamente.

Ela teve que mentir contou a seguinte historia que James havia criado, ela estava em casa e resolveu sair para comprar algo para o jantar, nisso um marginal lhe atacou no meio da rua onde não passava ninguém naquele momento. Com esse álibi e sua cara de bom marido preocupado com sua esposa eles conseguiram passar pelos policiais. Mas Victoria iria viver para sempre naquele pesadelo.

Ela se lembrou de cada momento desse dia, sabia que não poderia deixar uma criança pagar pelo erro dela, de ter deixado um criminoso à solta.

Criando forças ela conseguiu se levantar, pegou algo pesado que estava em sua frente sem ao menos saber o que era. Sabia que era algo pesado pois custava a carregar, ou talvez seu corpo estava fraco demais para conseguir levantar este tal objeto. Ela se escorou na parede vendo James se aproximar de Katherine devagar e sorrindo cada vez mais, fazendo a menina chorar de medo, Victoria respirou fundo e foi até James tacando na cabeça dele aquele objeto que ela percebera ser o cinzeiro dele de vidro, o objeto chegou a quebrar e James cambaleou caindo em seguida ao chão.

- Kath venha rápido. – Victoria lhe chamava se aproximando dela para pegá-la, Katherine caminhou até ela rapidamente pegando em sua mão, Victoria percebeu que James pegava a faca no chão prestes a se levantar, elas correram até o quarto dela, ela bateu a porta trancou com a chave e escorou a porta com a cômoda que tinha ali perto.

Ela não podia negar sempre tivera medo de James e agora teria que criar coragens já que demonstrou que estava disposta a proteger Katherine como não pôde proteger seu filho.

Ela caminhou até a cama onde Katherine já estava lá deitada com as mãos em ambos ouvidos. Ela a abraçou fortemente, vendo que a menina estava com tanto medo que tremia. Ela passava a mão em suas costas, tentando acalmá-la, como sua mãe lhe fazia depois de cada pesadelo. Katherine se sentiu mais segura perto dela, mas seu choro não cessava, os soluços altos chamavam a atenção de James no lado de fora do quarto, ele esmurrava e socava a porta como podia, mas o nível de álcool que estava não lhe permitia ser tão ágil quanto queria.

- Não adianta escondê-la Victoria, eu vou matá-la, como eu fiz com nosso filho. – Isso foi a ultima coisa que ele disse, antes de algumas coisas da casa serem quebradas.

- Fique calma, nada irá acontecer com você, eu lhe prometo. – Victoria disse beijando o topo da cabeça de Kath.


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Notas finais do capítulo

Acho que vocês ficaram mais aliviadas não?! Espero que não queiram me esganar por isso eu apenas queria colocar um pouco de lenha na fogueira...
Mas enfim... Espero que tenham gostado
Comentem, critiquem, recomendem mas nunca deixem de expressar suas opiniões sobre a fic OK?
Bjinhos até o próximo capítulo....



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