Thought Of You. escrita por lebieberswag


Capítulo 4
quarto 666


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS SFF.



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Guadalupe

Ninguém merece, eu não mereço. Podem aparecer as camaras por favor, digam-me que esta merda é para o punk’d e que eu não vou ter mesmo de passar três meses a aturar este imbecil. E é claro que eu não vou cumprir com o que disse, e é claro que eu não vou ficar longe dele. Eu vou-me manter perto, bem perto. Vou arruinar-lhe todos os planos possíveis, vou ser uma sombra malévola dele. Justin, justin já devias de saber de que é que a tua querida prima é feita. Se se metem comigo, levam por tabela. Apanham o dobro e eu não descanso – mas não descanso mesmo – até ver o filho da mãe que me tentou pisar, estendido no chão como se lhe tivesse passado um camião por cima.

- Pattie, Scooter – virei-me para eles assim que Justin desapareceu do meu campo de vista – há quanto tempo, já sentia tantas saudades!

- Nós também já sentia-mos muitas saudades querida. Já devias de saber que sem ti aqui e sem as tuas palhaçadas não é a mesma coisa – disse a Tia Pattie, abraçando-me. Definitivamente o filho não era nada como a mãe, ela era tão doce e tão querida e ele era tão (…) imprestável.

- Baixinha, nota-se logo que não cresceste – disse Scooter tirando uma com a minha cara, e esfregando a mão nos meus cabelos, fazendo com que eles ficassem bagunçados enquanto ria.

- Scooter, está quieto. Arg, para. Sabes que odeio que me façam isso – resmunguei.

- Vá Scooter, larga a rapariga – disse Tia Pattie, enquanto ria – bom, imagino que vocês estejam cansadas depois de uma viagem como a que tiveram e depois do que se passou no aeroporto que já me chegou aos ouvidos, então acredito que queiram ir finalmente para o quarto e descansar – assenti com a cabeça juntamente com a minha mãe, e suspirei ao lembrar-me da cena no aeroporto, e Tia Pattie continuou – então muito bem, podem-me acompanhar.

Sorriu e chamou-nos com a cabeça. Apenas peguei nas minhas malas e seguia em direção ao elevador. Enquanto os 3 conversavam sobre o que a minha mãe teria de fazer durante a turné, e o que cada pessoa na Team fazia, eu apenas fazia de conta que prestava atenção mas na verdade estava a pensar na primeira coisa que poderia fazer para irritar o Bieber, e logo tive uma ideia. Sabem quando nos filmes aparecem aquelas lâmpadas que acendem na cabeça das pessoas e demonstram que tiveram uma ideia? Pois foi praticamente isso que aconteceu, e ao olhar para o meu reflexo no espelho do elevador vi um sorriso a formar-se na minha cara. Um sorriso de deboche, um sorriso de vingança. E ao pensar que agora tudo ia correr bem para o meu lado, eis que ouço outra péssima noticia. Mas ninguém se cansa de arruinar o meu dia porra?

- Guadalupe querida, desculpa-me mas já deves saber que a informação sobre o Justin estar hospedado neste hotel espalhou-se por todo o lado. Nós ainda tentamos evitar que isto acontecesse mas a tua mãe só nos deu a certeza ontem á noite e quando fomos a pedir um quarto para as duas, já estava tudo ocupado – lancei a cabeça para trás, á espera do que estava para vir que eu já suspeitava o que era – então desculpa-me mas a única forma de resolver isto tudo foi a tua mãe ficar no meu quarto e tu na suite com o teu primo.

Fechei os olhos com toda a força do mundo e tentei in teorizar o que acabara de ouvir, mandei eu própria ter calma mentalmente não sei quantas vezes. Cada vez fechava mais os olhos e tentava amenizar tudo senão eu iria explodir, e Tia Pattie não tem culpa que a informação vazasse. Tombei a cabeça para trás e suspirei alto, abrindo os olhos ao mesmo tempo. Quando olhei para Pattie, vi que a mesma ia dizer algo mas interrompi:

- Tudo bem tia, não se preocupe eu sei que tu não tens culpa. Eu fico com o Justin lá na suite, DESDE que ele não me chateie e muito menos que me dirija sequer a palavra porque eu juro que se o ouvir a dizer o meu nome, ou outra coisa qualquer, que lhe corto o instrumento fora – disse e minha mãe arregalou os olhos juntamente com todos os presentes ali – bom, qual é o número do quarto? Estou cansada, quero dormir um pouco.

Pattie que me olhava de olhos arregalados, olhou para minha mãe e depois para Scooter que deu de ombros e assentiu, fazendo com que ela se virasse novamente para mim e mesmo gaguejando, disse-se: - Quarto 666.

Assenti e encostei a minha cabeça ao vidro do elevador, fechei os olhos e esperei que aquilo acabasse de subir para eu finalmente puder deitar-me numa cama e esquecer de tudo por alguns minutos e assim que abriu, nem foi preciso procurar muito pelo quarto já que estávamos no topo daquele enorme hotel, e só tinha uma porta – enorme – em que dizia “Room 666”. Peguei nas minhas malas e em passos lentos caminhei para aquela porta e sem bater, entrei em disparada naquele quarto. Era tudo tão [..] grande! Tinha jogos por todo o lado, uma cozinha, uma sala, uma pista de dança? Bom, definitivamente aquilo era tudo menos um simples quarto de hotel.

Bati a porta com força o que fez com que o meu querido primo desse um salto da cama em que estava deitado e que ficasse sentado a olhar de olhos arregalados e a tentar perceber o que aconteceu. Fiz de conta que nem o vi, e caminhei em passos lentos até á cama. Sentia o olhar dele sobre mim, mas não fiz questão de olhar e comecei a desfazer a minha mala até que sinto um puxão no meu braço que fez com que eu ficasse frente a frente com ele e então, olhasse nos olhos dele.

- O que é que estás aqui a fazer? – perguntou. E então eu reparei que do olhar dele só transbordava raiva, desgosto, fúrias e o meu não estava diferente. E seria a partir dali, seria naquele momento que o meu jogo ia começar – Eu vou repetir, o que estás aqui a fazer?

Olhei para ele com o melhor sorriso de deboche que eu poderia dar, retirei o meu braço da sua mão e respondi: - Eu vou dormir aqui, priminho.

- Só podes estar a brincar comigo Guadalupe. Olha eu não estou para me irritar contigo, então põe-te daqui para fora antes que arranjemos confusão. – ele disse.

Respirei fundo e já estava a ficar irritada. Larguei a roupa que estava na minha mão em cima da cama, e virei-me para ele. O seu olhar ainda demonstrava raiva, mas não tanta como antes. Respirei fundo mais uma vez, e larguei tudo como se fosse uma bomba.

- Eu não estou aqui para te ouvir e que fique bem claro que apenas estou nesta porcaria de quarto contigo porque a informação de que estás aqui hospedado espalhou-se por tudo o que é canto em Londres e está tudo ocupado, tudo. Achas mesmo que eu ficaria aqui se tivesse outro quarto neste hotel? – gargalhei irónica – Eu nunca mais na minha vida vou querer estar perto de ti nem que seja por segundos, estou aqui pela Pattie que é um doce ao contrário da grande bosta que tu saíste. Eu quero-te longe de mim, o mais longe possível. Não achas que já estragas-te a minha vida que chegue? Não achas que eu já não gosto de ti que chegue? Então não venhas mandar em mim como se tivesses algum direito para isso, porque já o perdeste á 2 anos atrás, e nem tentes acabar com o meu verão que já começou mal pelo simples facto de ter de ir contigo para todo o lado. E só vou repetir mais uma vida: Eu quero-te longe de mim, longe.

Inalei a maior quantidade possível de ar já que quase não respirei, e voltei a olhar para ele e o olhar dele, quase me fez fraquejar.

Justin.

Eu quero-te longe de mim. Eu quero-te longe de mim. Eu quero-te longe de mim. Eu quero-te longe de mim.

Aquelas palavras passeavam pela minha cabeça e faziam com que a mesma doesse. Eu nunca pensei ouvir aquilo sair da boca de ninguém, eu nunca pensei sequer um dia ouvir aquilo e veio logo da pessoa que eu menos queria, dela. Da pessoa que eu menos distância queria. O meu coração doía, dói só de pensar na probabilidade de tê-la longe de mim, ainda mais longe do que está. Isso significaria que eu a iria perder e não, não, não, eu não vou perdê-la. Mas aquelas palavras, aquilo doeu tanto ao ouvir, aquilo dói tanto ao pensar, e a dor passeia pelo meu corpo todo e parece que arde no coração. Até posso parecer um gay a falar, mas ela sempre será a minha menina embora isto tudo, e eu nunca vou permitir que ela fique mais longe de mim e eu vou fazer com que ela se volte a aproximar de mim ou não me chamo Justin Drew Bieber.

Toda a raiva que eu tinha no meu olhar por ela estar no meu quarto desapareceu e deu lugar a um olhar e ela reparou, eu tenho a certeza que reparou porque a expressão que ela tinha antes mudou repentinamente. O sorriso de deboche desapareceu aos poucos, ela ficou muda, ela ficou fraca. Tal como eu. Era o nosso problema, nós sempre ficamos fracos perto um do outro e não há que negar isso.

- Eu, hum, eu … o-ok. – Eu disse, com dificuldade em falar – Eu vou s-s-sair ..

Peguei nas chaves do meu carro e virei-lhe costas. Andei em passos largos até á porta e nem sequer olhei para trás, afinal eu ia fraquejar ainda mais e quem sabe até chorar á frente dela. Pelo corredor a minha mãe parou-me e perguntou o que se passava mas eu não respondia, eu não parei de andar. Só parei, quando cheguei ao subterrâneo e entrei dentro do carro e logo que estava dentro dele arranquei mesmo não sabendo para onde é que ia.

O caminho todo eu não deixava de pensar naquela frase. Eu sabia que nada iria mudar agora, que a merda estava feita e que não haveria volta atrás ou talvez seja assim que toda a gente pensa, mas eu não sou toda a gente. Eu lembrava-me de todos os pequenos detalhes daquela rapariga, principalmente do facto de que ela tinha um amor incontrolável por praias, e por campos cheios de flores e com aquelas folhas todas verdes. E foi ao lembrar-me assim disso, que me dei conta que estava num dos parques mais bonitos de londres. Não faço ideia de quantas horas eu passei ali, dentro do meu carro a observar todo aquele parque e a pensar nas coisas mais aleias, mas só despertei quando o meu telemóvel tocou.

- Estou? – atendi.

- Amor, estou aqui no teu hotel mas a tua mãe diz que não sabe de ti – era Selena, bufei – Onde é que estás bebé? Combinamos de nos ver-mos aqui.

- Hum, sim. Eu vou já. Vim só dar uma volta. – disse.

- Tudo bem – respondeu – Até já então, amo-te.

- Até já – desliguei.

Atirei o telemóvel para o banco de passageiro, encostei-me no banco, passei as mãos pelos cabelos e suspirei. Eu sabia que iria ter de fazer algo, mas agora eu tinha de voltar. Eu ia encará-la como se nada se passasse, como se aquilo não doesse aqui dentro e como se aquelas mensagens não me tivessem afetado.

Cheguei no hotel e cumprimentei algumas pessoas que estavam á entrada. Entrei no elevador e apertei o botão do último andar. Enquanto não chegava lá a cima, lembrei-me de quando consegui ultrapassar o meu medo de elevadores. A Guadalupe obrigou-me a entrar num, agarrou-me a mão e disse-me “Sempre, mas sempre mesmo, faz de conta que estou a teu lado e a segurar a tua mão.” E é sempre assim, sinto o toque dela na minha mão e um formigueiro lá sempre que me recordo.

Quando as portas do elevador se abriram fui em direção ao quarto da minha mãe, porque já sabia que a mesma estaria lá. Bati á porta e assim que entrei avistei as duas sentadas num sofá a conversarem.

- Desculpa mãe, mas vou ter de roubar um bocadinho a minha namorada – disse e sorri para Selena que se levantou, veio-me dar um beijo e logo depois sorriu.

A minha mãe olhou para nós e sorriu. Mas eu conhecia aquele sorriso e sempre soube que a minha relação nunca a agradou muito.

- Estava a ver que nunca mais vinhas amor. Onde estavas? – perguntou Selena sorrindo para mim.

- Fui só dar uma volta princesa, sabes como é ás vezes precisamos – sorri e dei-lhe um beijo na testa o que a fez sorrir.

- Bom meninos eu vou deixar-vos sozinhos então – disse minha mãe.

- Não mãe, não é preciso – olhei para Selena e ela encarava-me confusa – Nós vamos para o meu quarto!

A minha mãe olhou para mim de olhos arregalados, e mesmo que me tivesse tentado impedir eu interrompi-a.

- Vamos Sel? – entrelacei as nossas mãos e caminhei para fora do quarto.

Enquanto caminhávamos até ao meu quarto, Selena tagarelava ao meu lado. Eu tentava prestar atenção mas confesso que os meus pensamentos estavam tão longe, desde aquela porcaria. De tão aéreo que eu estava a conversa, só acordei quando ouvi novamente a Selena e notei que estava em frente á porta.

- Não achas amor? – perguntou Selena olhando para mim.

- Hum, sim amor. Acho, claro. – eu não fazia ideia do que ela estava a falar.

Em volta em risos meus e da Selena abri a porta do quarto e entrei.

- Justin eu … - olhei para a frente e cessei logo o riso, assim como Selena. Guadalupe olhou para mim e para Selena e parecia não acreditar – O que… o que ela está aqui a fazer?

Os nossos olhos não desprendiam um segundo uns dos outros. Eu sei que a Selena estava a olhar para mim e que a cara dela não era das melhores, mas nada era pior do que ver os olhos de Guadalupe marejados, parecia que… ela estava prestes a chorar. Não, não, não. 


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Notas finais do capítulo

em primeiro lugar peço imensa desculpa por não ter postado antes, mas eu estive tão atarefada nestes últimos dias. contando que aqui em portugal, e na cidade onde vivo há várias festas que se organizam para a população e eu não dormi em casa e contando que não correram como esperaram.
em segundo, O JUSTIN VEM A PORTUGAL. OMG OMG OMG OMG, DIA 11 DE MARÇO DE 2013. É A PRIMEIRA VEZ QUE ELE VEM AQUI, EU VOU VE-LO. FINALLY. AND GUESS WHAT? EU TENHO BILHETES PARA AS FILAS DA FRENTE, NAO ACREDITO. BULISQUEM-ME OMG OMG OMG.
bom, e é só isso xD mais uma vez peço desculpa e espero que gostem :)