We Have Got A Bit Of Love Hate escrita por Debby


Capítulo 1
Lodres é legal só que... Não


Notas iniciais do capítulo

Deem uma chance pra fic ok? *u*



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Londres? Lugar bonito, coisa e tal. Mas falando serio? Eu não vou nunca, nunquinha, gostar desse lugar. Não que eu não ache esse lugar maravilhoso, porque, é tudo perfeito! As pessoas, os carros, as ruas, até os cachorros daqui são perfeitos, mas...

Eu não sou do tipo que gosta de perfeição... Então...

Minha mãe sempre morou aqui, meu pai e eu morávamos na Itália – Sim, eu morava na Itália – Mas eu nasci mesmo foi no Brasil, lugar onde meus pais se conheceram, se apaixonaram, me fizeram, e... Bem, se separaram. É. Mas não ligo muito para isso, a vida é deles, não tenho nada a ver com o fato deles se odiarem agora... Quero dizer, eu não tinha nada a ver com isso, porque comecei a fazer parte dessa palhaçada no momento em que minha mãe resolveu me tirar da minha vida feliz lá Milão e me trouce pra cá, assim, do nada.

Daora mesmo mãe.

No aeroporto minha mãe agiu como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse ficado um ano sem me ligar ou se comunicar comigo, como se não tivesse destruído minha vida. Maravilhoso, serio.

Pior de tudo foi meu pai, que em vez de reclamar, pareceu ficar feliz pela chance que eu estava tendo de vir para cá. Como assim pai? Fala serio, eu morava em Milão, Milão! Milão é Milão, não tenho de vir para Londres pra ser feliz! Tirando que antes eu tinha amigos! E um quase namorado! Vai demorar dezenas de anos para achar algum ser humano legal nesse lugar, e mais um milhão de anos para eu me apaixonar...

Não, vai demorar dois milhões de anos para eu me apaixonar.

Eu não sou o tipo de menina que fica reclamando porque a unha quebrou que fica chorando porque a novela dela acabou, e falo sim palavrão, grito mesmo, e eu não ligo para isso. Prefiro viver em meu mundo cheio de palavrões verdadeiros, do que no mundo de muitas por ai, que só tem palavras bonitas, porem, falsas.

E eu não sou o tipo de pessoa que faz amizade facilmente. Eu quero dizer, não sou um monstro, que é malvado com todo mundo. Eu sou meiga sim, dou risada, falo coisas fofas. Mas isso quando eu realmente amo alguém. E olha lá, porque o meu eu te amo é um foda-se sua vadia.

- Filha, você se mudou há pouco tempo, e bom, nos nem nos falamos, não de verdade, nos últimos quatro anos. – A encarei por um tempo. Como se isso fosse minha culpa – Vamos conversar filha... Como ia sua vida?

- Minha vida ia muito bem. – Só falei isso, ela pareceu entender que eu não estava no clima de conversar e ficou quieta. Fazia dois dias que eu chegará a Londres, o primeiro dia foi lamentável, já que eu fiquei discutindo com a minha mãe. Coisas que foram de eu te amo mãe até você tirou minha vida. O segundo dia ambas ficamos quietas, nos ignoramos, e agora estamos aqui.

Decidi uma coisa. Sentir raiva dela não vai mudar nada, e ela é minha mãe, então...

- Mãe, eu não estou com raiva de você. Só me de um tempo para entender tudo oque está acontecendo, ok? – Ela me olhou com lagrimas nos olhos. Meu deus, essa mulher chora por tudo! – O meu deus, você está chorando!

- Só estou feliz – E essa foi minha única resposta. Ela me abraçou e mandou eu ir me arrumar. Eu teria aula hoje, e sim, eu sei que acabei de chegar, mas eu me mudei em setembro, então estamos tendo aula ainda... Mas que delicinha.

Subi para meu quarto e coloquei uma saia preta de renda, uma blusa nudi, e botas. Olhei-me no espelho, eu estava parecendo um zumbi, passei um delineador, continuava horrível. Ah, to pouco me fudendo. Fiz minha higiene pessoal e desci.

- Vamos mãe! – Gritei já abrindo a porta. A minha mãe é meio parecida comigo, só que ela é mais bonita. Ambas temos olhos verdes, nos quais os dela são brilhantes e os meus é um verde feio, parecido com musgo, e ambas temos cabelo pretos e somos baixas.

- Filha, você vai sozinha amor, a escola é ... – Ela falou um monte de coisa e eu só entendi “perto da praça que tem ali”. Peguei as chaves do carro e fui sozinha, mesmo tendo certeza que iria me perder, já que eu sempre me perco, em qualquer lugar.

Em menos de dois minutos eu tinha certeza que estava perdida. Eu passei por umas duas praças, e adivinha? Não tinha droga de escola nenhuma perto delas. Minha vontade agora e de ir pra algum lugar deserto, ficar lá olhando pro céu, pensando em nada, e perder a aula. Ah, isso seria realmente legal.

Estava indo pra onde a vida me levar até que um idiota bateu no meu carro. O cara veio do nada, de uma rua estreita, em alta velocidade, e bateu em mim.

Filho de uma */@*!_(#

- Qual seu problema idiota? – Perguntei gritando, depois de sair do carro e ficar encarnado o babaca.

- Me desculpe, eu não te vi e – O interrompi gritando de novo:

- Talvez exista alguém precisando comprar óculos? Eu só acho! – Ele me olhou e toda a serenidade que estava eu seu olhar desapareceu.

- Olha aqui! Eu perdi desculpas, posso até pagar pra arrumar a droga do carro, mas você não é ninguém pra gritar comigo! Entendeu? – Ah, que carinha mais folgado! Ele era alto, e tinha um cabelo castanho claro, meio grande, meio curto. Ele era fofo, do tipo de cara que passa e as meninas ficam pensando pornografia.

- Ah, me desculpe, não entendi não... Pode me explicar de novo? – Ele me olhou com raiva e ficamos discutindo durante uns 10 minutos. No final das contas ele deu o numero dele e pediu o meu, para podermos ver quem arruma cada coisa depois.

- Eu tenho mais oque fazer, já que tem pessoas que não são completamente inúteis – Ele falou entrando no carro. Eu estava pouco me importando com aquele arranhão no carro, mas quando eu vi a cara dele me deu vontade de fazê-lo pagar em dobro do que fez no meu – da minha mãe – carro.

Acabei entrando em uma rua estranha, e com a ajuda de alguns estranhos cheguei a escola sã – um pouco – e salva.

~

Aula disso, aula daquilo, almoço, aula, aula de novo, aula, e aula, e ai deixa eu ver... Aula. E finalmente eu pude sair daquele inferno. Todos na escola pareceram notar minha presença, as meninas me olhavam com desprezo, os meninos – tirando alguns – me olhavam com cara de eu comia. Enfim, o dia a dia de uma escola normal.

Preciso dizer que demorei setenta anos pra chegar a minha casa? Mas no fim das contas perguntei a umas pessoas e... Lar doce lar!

- Boa tarde querida! – Mamãe sorriu – Conheceu alguém interessante?

Pensei sobre isso e simplesmente fiz um jogar de ombros. Ela tentou disfarçar mas ficou um pouco triste, já que ela queria que conversássemos...

Meu coração amoleceu e disse – Só conheci um idiota que bateu no meu carro, ficamos discutindo durante 10 minutos, e no fim ele vai me ligar pra falar como que vai fazer pra arrumar o carro...

- Ai meu deus! Aconteceu algo com você? E o carro? – Ela estava desesperada. Sorri e balancei a cabeça negativamente.

- Só um arranhão, mas perdi meu tempo falando com o menino mais ridículo do mundo. Isso é ruim. – Falamos mais um pouco, e subi.

Deitei na cama. Mas que dia mais chato, deuses. Tirei as roupas pra colocar algo mais confortável... Levantei e coloquei uma camisa de Jack – Meu quase namorado.

Preciso de café.

Meu virei para ir fazer café e percebi que a janela estava aberta...

E tinha um menino me encarando...

O meu vizinho.

Ele estava de boca aberta...


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Notas finais do capítulo

reviews pessoal, criticas etc. Gostaram ? *u*