Uma História Para Se Contar Aos Filhos escrita por Jereffer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa daqui surgiu de uma sugestão no tumblr, e com uma leve inspiração vinda de um episódio de Bones



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Jellal sorriu, sentindo a brisa marítima do resort no qual eles decidiriam comemorar o primeiro ano de casados, enquanto observava sua amada e imensamente grávida esposa gritar com Natsu qualquer coisa sobre ele quase devorar um vendedor vestido de cachorro-quente.


Ele justificava que achou que era um cachorro-quente gigante caminhante.


“Você pode se afastar por algumas semanas da Fairy Tail” pensou ele sorrindo “Mas não consegue afastar a Fairy Tail de você” ele também apreciou uma chance de sair da clandestinidade. Aquele local pertencia a um amigo fabulosamente rico, então os funcionários simplesmente fingiam não ver tatuagem em seu rosto que lhe entregava a identidade de “cara que destruiu o conselho mágico uma vez e ainda fugiu da prisão”.


Ele achou que Erza não devia ficar fazendo tanto esforço enquanto sua barriga estava parecendo prestes a explodir a qualquer instante, mas no quesito conselhos, a cabeça de Erza era tão dura quanto uma armadura.


Ele também protestara contra os riscos de eles estarem em uma pequena e agradável ilha, muito longe de qualquer ser humano. Isso ignorando a equipe dela.


Cada um teve uma desculpa inteligente: Gray estava comemorando seu noivado, Lucy aproveitando a tranqüilidade para concluir o seu novo romance, Natsu... bom, ele apenas estava ali para o lugar não ficar completamente tranqüilo.


Depois de terminar a sua bronca, ela voltou bamboleando devido a barriga até a espreguiçadeira.


– O dia esquentou - comentou ela com casualidade, fazendo ele rir.


– Principalmente para você que está andando para lá e para cá no sol - comentou ele divertido, fazendo ela bufar.


– Eu estou aproveitando o clima, ao contrário do senhor “eu-prefiro-ficar-na-sombra” - disse ela rindo - Agora seja um bom marido e me traga um suco. Morango, espessura média, dois cubos de gelo, guarda-chuvinha cor ameixa. Ou pode ser verde-limão, eu não sou muito exigente.


Jellal suspirou. Pode ser que ele tenha ficado um pouquinho grudento e super-protetor quando descobriu que ela estava grávida, e agora essas piadas não terminavam.


Depois de pegar o maldito suco na deserta quitanda, ele voltou a sua fresca sombra de seu guarda-sol. Ele pode ter fechado os olhos por alguns instantes, mas a voz de Erza o acordou, estranhamente tensa.


– Jell, está vazando! - disse ela.


– Use o suporte de copos, querida - disse ele, imaginando como aqueles robustos copos plásticos poderia furar.


– A bolsa d’água, Jell, eu estou FALANDO DA BOLSA D’ÁGUA! - aquilo o colocou de pé em um pulo.


Seus olhos deveriam estar do tamanho de ovos, pois ela deu-lhe um sorriso tranqüilizador.


– Relaxe, e lembre-se do curso... mas que diabos, não era para você estar me falando isso? - disse Erza subitamente.


– OH MEUS DEUS, O BEBÊ! OH MEUS DEUS, O BEBÊ! OH... - o seu frenesi nervoso foi interrompido por um soco na cabeça.


– Controle-se - disse Gray, atraído até ali pelos gritos - Erza, você está bem?


– Tem um bebê querendo sair de mim!


– Ok, pergunta estúpida - disse Gray balançando - Jellal, aja como um homem para dar uma variada e a leve até ao quarto, eu vou contatar um médico.


Ele assentiu, respirando profundamente.


A caminhada curta até os quartos foi uma confusão dês rosnidos, suor, liquido com placenta e os músculos de Jellal gritando em protesto enquanto ele carregava com a delicadeza que carregaria um pergaminho se desfazendo.


Ele encontrou a porta trancada.


– A chave - disse ele tranqüilamente, enquanto tateava os bolsos - AS chaves...ONDE DIABOS ESTÃO AS MALDITAS CHAVES?!


Enquanto ele procurava em pânico pelo pequeno objeto de metal, Erza fez um aceno vago.


– Jell meu amor, deixe isso comigo - disse ela suavemente - Deixe isso comigo.


Um selo mpágico surgiu em sua mão, se com um raivoso golpe de espada junto um grito de “Arrrrg”, ela fez a porta em pedaços.


– Prontinho - disse ela sorrindo, antes de colocar a mão na barriga - Contrações, são uma coisinhas incomodas.


Logo a equipe inteira estava ali, salvo de Gray. Que ainda estava procurando assistência médica.


– Respire querida, devagar e com longas golfadas - disse ele tranqüilizador.


– Eu ainda me lembro com respirar - disse ela ofegante, as mãos torcendo o lençol - ONDE PELO INFERNO SE ENFIOU O GRAY?


Happy assistia tudo com expectativa.


– A Erza vai por um ovo? - perguntou ele para Natsu, que fez um sinal de “não sei” com as mãos.


Gray entrou em rompante pela porta.


– Devido a uma tempestade na costa de Fiore, nenhum barco está partindo - disse ele ofegante - Ninguém virá por dinheiro nenhum.


– E se nós tentarmos levar ela até algum posto médico? - sugeriu Lucy sem convicção - As forças marinhas tem dezenas desses pelo mar.


– O mais próximo fica a duas horas daqui - disse Natsu - Foi naquele em que o Happy quis parar para comprar peixe.


Erza soltou um grito estrangulado.


– Ela não vai esperar duas horas - disse Jellal agarrando a cabeça em uma tentativa de pensar - Plano C. Crime Sorcerer.


Apanhou seu orbe de comunicação de cima do criado mudo.


– Chamando CS - disse ele, e viu uma luz se ascender indicando que alguém estava do outro lado - Quem está aí?


– Fique calmo Jellal, sou eu - ele ouviu a voz de Ultear - O que aconteceu?


– Você conhece alguém que entenda de partos? - perguntou ele, sabendo o quão estranho aquilo devia soar.


Para o seu terror, ele a ouviuela gritar “pirralho” e o som de afastar do comunicador.


Uma voz divertida veio através do lacrima redondo.


– Jelly-chan, me explique melhor essa história - e as piadas começavam logo com o nome - Ao que parece, a Ul disse que você está parindo algo.


– Não sou eu - disse ele exasperado - O que você sabe de partos?


– Já fiz um, serve?


Erza estava fazendo exercícios de respiração e quase quebrando a mão de Lucy ao segurá-la, ele não podia ser dar ao luxo de demorar.


– Quando?


– É uma longa e divertida história, eu conto para você algum dia - respondeu o mago - Eu posso chegar aí em 20 minutos, eu estou do outro lado do mundo.


– Que boa noticia - disse Jellal entre os dentes - Não temos vinte minutos!


– Eu estou indo para aí mais rápido que uma Acnologia, então escute com atenção as minhas instruções - todos aprimoram mais os ouvidos - Primeiro temos que saber se não é um alarme falso. Ela está com contrações?


– Querida?


Erza soltou um largo e sonoro grito como resposta.


– Das fortes - disse Jellal.


– Está com inconstâncias de humor? - Jellal afastou a orbe e ficou junto a ela na beirada da cama.


– Amor, o que você está sentindo? - perguntou ele docemente.


– Dói, mas é tudo tão lindo...POR QUE DIABOS VOCÊ FEZ ISSO COMIGO!


Do orbe, uma gargalhada foi claramente mal abafada.


– Com certeza ela está em trabalho de parto - confirmou ele - Passe para a loira peituda.


Jella franziu as sobrancelhas, mas passou o orbe para Lucy.


– Hey Lucy, eu preciso que me faça um favor - disse o mago enquanto começava uma lista de itens - Corra até o almoxarifado e depois até a cozinha, e traga enxaguante bucal, toalhas, uma bacia, um galão de água, uma tesoura bem afiada, algum tipo de óleo, creme ou lubrificante, e molho de pimenta bem picante.


– Molho de pimenta? - perguntou ela confusa.


– Bem picante - concordou ele em um tom conclusivo - Passe o orbe para a Erza.


Lucy saiu em alta velocidade pela porta, atirando o orbe para Natsu, que o entregou para Erza.


– Erza-san, eu não vou perguntar como você está se sentindo, então vamos perguntar de uma maneira diferente: grite de acordo as contrações - pediu ele, logo depois se arrependendo.


Jellal, tentando evitar que os tímpanos explodissem, recuperou o comunicador;


– Agora você entende o meu pânico? - disse ele para o mago do outro lado.


– Pânico por quê? Não vai ser você a expelir uma criatura do tamanho de uma melancia por um espaço do tamanho de um limão. Sem querer te assustar, Erza.


Uma veia pulsou na testa de Jellal, mas ele não teve tempo, pois Lucy retornara com os objetos.


– Jellal, você pode precisar de espaço e isso não é um circo, coloque todo mundo inútil para fora - depois de ouvir o mago expulsar Gray e Natsu dali, ele continuou - Desinfete as mãos com o enxaguante bucal.


Jellal jogou o liquido laranja pelas mãos, antes de ser assaltado subitamente por um terrível presságio.


– E-espera, eu não vou ter que tocar em nada, certo?


– Você precisou tocar para fazer o demoniozinho que está querendo vir ao mundo, então sim - repreendeu o outro - Não leve duramente demais as minhas palavras, você é um maldito sortudo por ter o feito.


– Ok, e o que agora?


– Dá uma olhada e vê se a cabeça já está apontando - disse seu consultor em partos, para o total terror do mago.


– COMO ASSIM?


– Vá até a sua esposa, abra-lhe as pernas, e veja se a maldita cabeça está apontando pela vagina! - o outro mago gritou.


Lentamente, como se fosse levar uma mordida, Jellal desatou a parte inferior do biquíni que Erza ainda usava...


– OH MEU DE...


e desmaiou para trás.


Lucy soltou a mão de Erza e foi apanhar o lacrima caído.


– Ele desmaiou - disse ela com uma gota de suor escorrendo na parte traseira da sua cabeça.


– Eu sabia que ele ia fazer isso - riu o outro - Pegue o molho de pimenta bem picante e jogue-lhe alguns gostas na boca.


O resultado foi imediato, e Jellal acordou tossindo.


– Eu estou de volta - disse ele pegando o lacrima de Lucy - Está apontando, E AGORA?


– Eu estou chegando, mas você vai ter que começar isso - disse o mago com um suspiro - Passe a substancia escorregadia envolta da área de saída, se é que você me entende...


– Sim, e o que mais?


– Peça para a Lucy massagear a barriga da Erza e mande a sua querida e perigosa esposa fazer força como se quisesse...parir algo! Depois disso, pegue a cabeça com as duas mãos, mas como MUITO CUIDADO!


Tremendo igual a um escudeiro antes da guerra, Jellal fez o que foi lhe descrito.


Sua expressão devia ter sido impagável enquanto a primeira criaturinha rechonchuda deslizava para fora...até ver a segunda.


E aí ele apagou de novo, vendo vagamente de esguelha seu amigo atravessar a porta que nem um furação, a capa rodopiando e a armadura estralando.



E quando ele acordou de novo, foi com uma pequena gorducha mão agarrando seus cabelos.


– Diga oi para o seu pimpolho Jellal - sugeriu o mago rindo, enquanto se sentava em uma poltrona com um ar cansado e coberto de placenta, depois de deixar o recém-nascido no peito do récem-acordado mago - E a sua furiosa esposa por você ter quase derrubado a garotinha ao ver o gêmeo.


Ele não sabia qual perspectiva era mais intimidante.




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Notas finais do capítulo

Na falta de amigo troll adequado no universo de FT, eu usei um inventado e não nomeado aqui, mas enfim... Comentários?