Sexy Biology escrita por Flavia Horan Styles


Capítulo 8
Capítulo 8




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- Nem bom dia ele dá – Mellody comentou, medindo-o de cima a baixo quando ele já tinha passado por nós – Dá pra entender totalmente por que você o odeia tanto.
- Eu odiá-lo tanto tá beleza, agora ele me odiar também é péssimo pra minha nota – bufei, fazendo uma careta – Mas eu não ligo, prefiro ir mal a ter qualquer tipo de simpatia com esse crápula.
- Fala, Styles – ouvi uma voz conhecida dizer, e vi o sr. Tomlinson surgir do nada com a srta. Keaton.
- Oi, Lou – o sr. Styles resmungou, parecendo indisposto. Provavelmente tinha comido alguma aluna do primeiro ano e como ela não devia saber nem beijar, não foi bom e ele ficou de mau humor. Idiota, quem ele pensava que era pra chamá-lo de Lou ? Ele não merecia aquela intimidade toda!
- Não esqueceu o futebol com o terceiro ano depois da aula, né? – Lou (se o Styles podia, eu também podia) perguntou, como se já previsse a careta que o amigo fez.
- Totalmente – ele respondeu, batendo com a palma da mão na própria testa – Se bem que eu não ia jogar de qualquer jeito, não dormi nada essa noite.

Os dois entraram na sala dos professores rindo, e não deu pra ouvir mais nada. O sinal tocou, e logo eu e Mellody subimos, ainda comentando sobre o belo físico do professor Tomlinson. Bem que eu quis contar tudo pra ela, mas fiquei com medo e achei melhor as coisas se firmarem um pouco mais. Por mim, eu casava com ele sem pensar duas vezes, mas eu acho que uma proposta de casamento seria um pouco assustadora pra ele.
As duas primeiras aulas se arrastaram lentamente, sem muitas novidades. Dei graças a Deus quando a professora de física saiu da classe. Aulas duplas me entediavam demais, fato. Nosso professor de história logo chegou e como era dia de prova, já foi entregando as avaliações para os alunos. Beleza, só questões de múltipla escolha, ia ser fácil. O legal do sr. Turner era que ele facilitava as coisas no primeiro bimestre e ia dificultando conforme o tempo passava, nos dando a oportunidade de já passarmos de ano sem precisarmos estudar muito a parte mais difícil da matéria. Afinal, quem em sã consciência leva os estudos a sério no quarto bimestre se já fechou no terceiro? É, até que o sr. Turner era legalzinho, se não usasse tantas palavras difíceis e transpirasse menos. Em menos de dez minutos eu terminei a prova, com a certeza de que tinha ido bem. Todo mundo ia bem nas provas dele, porque ele praticamente colocava as respostas no enunciado da pergunta. Sem a mínima vontade de ficar sentada por mais de meia hora naquela classe, pedi pra ir ao banheiro, pra ver se o tempo passava mais rápido, e o professor apenas assentiu pra mim, atento aos alunos do fundo que não se cansavam de pedir e passar cola. Bando de burros, francamente.
Caminhei lentamente pelo corredor na direção do banheiro, soltando um bocejo e me espreguiçando preguiçosamente. Passei pela classe de Mel, que estava com a porta fechada, e pela classe ao lado da dela, que estava aberta, mas vazia.

- Ei, Sherllock – ouvi alguém sussurrar assim que entrei no banheiro, e coloquei a cabeça pra fora pra ver quem era. Uma coisa branco com listras e sexy parada na porta do banheiro masculino, que ficava logo ao lado do feminino, sorria pra mim, fazendo meu coração acelerar. Homens como o sr. Tomlinson não podiam aparecer assim de repente, era beleza demais pra se assimilar tão depressa.
- Oi, professor – sorri de volta, tentando parecer menos promíscua do que eu realmente era quando o cara em questão era ele.
- Tem um minutinho? – Lou murmurou, com um sorriso perfeito no rosto. Ele devia entrar no Guinness Book como o sorriso mais charmoso do mundo, dica. Assenti, olhando pros lados pra ver se alguém estava vindo, mas o corredor estava realmente deserto. Lou me puxou pela mão até a sala vazia, e fechou a porta atrás de nós. Quando ele se virou pra mim e me encarou, tudo que eu pensava em dizer simplesmente sumiu. Eu sempre ficava meio retardada quando ele me olhava, ainda mais agora que seu olhar parecia muito mais íntimo do que das outras vezes.
- Eu te chamei aqui porque queria conversar sobre ontem – ele falou, se aproximando com as mãos nos bolsos da calça jeans larga e uma expressão misteriosa – Mas eu mudei de idéia.
Me assustei com o que ele disse. Mudou de idéia? O que ele quis dizer com aquilo? Eu beijava tão mal pra fazê-lo desistir de mim em um dia?
- C-como assim? – gaguejei, numa tentativa desesperada de disfarçar meu pânico. Totalmente em vão, claro, meu pavor tava na cara.
O sr. Tomlinson não disse nada, apenas continuou se aproximando cada vez mais. Quando ele já estava bastante próximo, envolveu meu rosto com suas mãos, e parou com o corpo bem pertinho do meu. Se ele não estivesse segurando meu rosto, acho que teria desmaiado assim que seu perfume encheu meus pulmões.

- Eu descobri que te beijar é muito melhor que qualquer conversa – ele murmurou, abrindo um sorriso lindo, e tudo que tive tempo de fazer foi também sorrir, aliviada, antes de sentir seus lábios nos meus. Deslizei minhas mãos pelos ombros dele, gravando cada toque na minha memória pra jamais esquecer, e o abracei pelo pescoço, puxando-o pra mais perto. Lou embrenhou uma mão em meus cabelos e escorregou a outra até meu quadril, fazendo qualquer espaço que ainda houvesse entre nós sumir. Nossas línguas se acariciavam numa sintonia perfeita, como se já fôssemos íntimos há muito tempo, fazendo meu corpo inteiro formigar.
Aquele sem dúvida foi o melhor beijo da minha vida, com o homem mais perfeito do mundo. Ele conseguia ser firme e delicado ao mesmo tempo, me segurando perto dele e me provocando sensações novas com o mais sutil dos toques, como nunca ninguém havia conseguido. Fomos intensificando cada vez mais o beijo a cada segundo, até meus lábios ficarem dormentes e meu fôlego acabar. Mesmo ofegante, continuei beijando-o com a mesma avidez, sem querer desgrudar dele nunca mais.
Lou me abraçou pela cintura e me levantou do chão. Acho que ele fazia isso porque eu era relativamente baixinha perto dele, e quando ele me levantava as coisas ficavam mais fáceis pro seu lado. Sem pensar direito, envolvi sua cintura com minhas pernas, e ele pareceu gostar da idéia. Cambaleando um pouco enquanto eu bagunçava seu cabelo, ele me sentou sobre a mesa onde os professores colocavam seu material, me fazendo ficar da sua altura. Tirei minhas pernas de sua cintura, mas logo senti suas mãos apertarem minhas coxas num pedido mudo pra que eu as colocasse de volta. Fiz o que ele pediu, ficando perigosamente sem ar, mas sem ligar pra uma besteira como oxigênio numa hora daquelas. Lou segurava minha cintura com força, me prensando contra seu tronco sem ousar romper o beijo. Acho que todo aquele desejo reprimido durante três anos estava se revelando ali, e não era só da minha parte.
Sem conseguir mais resistir, passei discretamente minhas mãos por debaixo da barra de sua camiseta, tocando a pele quente de sua barriga. Seus músculos se contraíam a cada toque, assim como os meus reagiram aos toques dele em meus quadris por debaixo do uniforme. Como se procurasse fôlego naquele beijo, ele me puxou pra mais perto ainda, e eu fiz o mesmo com minhas pernas, sentindo um volume assustador mais embaixo. Olha só, o homem que já era perfeito tinha acabado de me mostrar a única qualidade que faltava comprovar.


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