The Art Of Subconscious Illusion escrita por gleysefuckinglais


Capítulo 8
Remenissions


Notas iniciais do capítulo

Sup guys?
Demorei mesmo, me desculpem, a vida tá uma correria, tenho que gravar 2 filmes como trabalho! Mas enfim, eu fiz esse capitulo grande para compensar o/ vai esclarecer muita coisa. Muita mesmo. Tá bipolar como sempre hahahaha
Bem vindos ao novos leitores s2
E... PORRA! chatiada com os pouquissimos reviews do cap passado! Faz favor ne...
Boa leitura.



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POV Synyster

Ela estava muito puta, começou a distribuir tapas em meus braços. Pelo canto do olho vi o Zacky sair de fininho e o olhei com reprovação.

– Você é bem lerdinha Mee, como percebeu? - zoei e a abracei enquanto ela se debatia nos meus braços.

– Seus panacas, eu só lembrei por causa do seu cabelo - me afastei um pouco e a encarei confuso - ele assim pra trás, fica engraçado - concluiu passando a mão nos meu cabelos e sorriu.

– Engraçado, tipo feio? - ela afundou o rosto no meu pescoço - Retire o que disse. - ela riu abafado e resmungou um não risonho.

Abaixei, agarrei suas pernas e a levantei no colo.

– Não, não, não Syn, você é um cara bonitinho. Não me leva pra agua não! - ela pedia desesperada enquando eu andava em direção ao mar.

– Vish fudeu - algum dos caras falou.

– BONITINHO?! Resposta errada - fui mais pro fundo enquanto ela esperniava e soltei ela na água. Ela deu um mergulho e depois subiu retomando o fôlego. - Agora seu cabelo também está pra trás, qual é a graça nisso?

– Ah, mas eu sou linda de qualquer jeito - disse convencida dando de ombros. Ela foi esperta, porque saiu correndo de perto de mim. Alcancei-a e começamos uma lutinha estupida dentro da água.



POV Frances

– Porque ela tá batendo no Syn? - a loira do meu lado perguntava com a boca aberta num perfeito "O" enquanto eu deitava na areia de tanto rir.

– Ela, descobriu... Hahaha lerda demais! - falei entre o riso, deixando a Gena mais confusa ainda.

– Ah, eu quero rir também! - Aí você está apelando loira. E lá vai eu explicar para ela a historia do quase incidente. A expressão séria dela não me pareceu muito contente, acho que os meninos não tinham contado. Quase me senti arrependida - quase -, mas ela se permitiu um sorriso quando viu o Synyster carregando uma Aimee desesperada mar adentro. Relaxei.

Os meninos viam em nossa direção, e a Gena já foi se levantando e puxando o Zacky pra um lugar mais afastado.

– Que careta é essa Frances? - Matt perguntou sentando ao meu lado.

– Ah acho que não deveria ter contado pra loira sobre sexta-feira.

– O que teve sexta-feira? - Johnny perguntou lezado e todo mundo protestou a falta de inteligencia do mesmo.

– Cara, acho que o Zacky não contou pra ela - Arin ignorou a pergunta do Johnny continuando o assunto.

– Ele esqueceu ou não quis contar? - Matt perguntou pensativo. Dei de ombros - Bom, não tem importancia, eles se acertam.

Continuamos ali jogando conversa fora, os meninos bebendo e tudo mais. Logo a Mee e o Syn chegaram.

– Fran, me passa o protetor?

- Qual? - perguntei mostrando os dois, e ela pegou o mais forte.

– Que horror, tenho que parar de vim pra praia, minha taguagens vão ficar verdes - resmungou colocando uma quantidade exagerada do produto.

– Calm your teats, o inverno está chegando. - pisquei divertida pra ela. Depois de se banhar com o protetor, ela arrumou o bikini rapidamente escondendo a tatuagem abaixo do seio, e olhou pra mim numa pergunta muda se tinha coberto ou não; apenas assenti e virei o rosto pra ela. "Mais segredos" pensei comigo mesma.

– É foda essa tattoo, mas porque Panther se o desenho é de oncinha? - Johnny falou do nada. Por um instante ela congelou, pensando que eles tinham visto a tattoo.

– Aff gnomo, panteras tem a mesma estampa de onça, a unica diferença é que a pantera é preta. - Arin falou rolando os olhos. Eu e a Mee continuavamos com a expressão confusa.

– MAS A TATUAGEM NÃO É PRETA, vareta do caralho , É ONÇA! - Johnny gritou indiginado levantando até a Aimee, virando-a e apontando a tatuagem na costela - Não pode chamar ela de Panther!

Matt e Syn estavam vermelho com os olhos arregalados, e enquanto Zacky se aproximava com uma feliz Gena ao seu lado - pelo jeito resolveram as coisas - os outros dois continuavam discutindo sobre a tatuagem da minha amiga.

– Sai de mim! Como assim me chamar de Panther? - ela falou meia louca sacudindo o baixinho com uma expressão exagerada.Silencio.

O Zacky ficou assustado, deu meia volta, fugindo e levou a Gena consigo.

– Ahn... - Syn começou (depois de ter lançado um olhar reprovador ao outro guitarrista) mas depois ficou quieto de novo.

Silencio.



POV Aimee

Depois do desespero dos meninos para tentarem me explicar o porque do apelidinho escroto, eu tentava sustentar uma cara de seria e tudo mais, mas não deu. Eu e a Fran caimos na gargalhada.

– O que...? - os meninos todos confusos com a minha reação estavam encarando nós duas que estavamos rindo feito hienas.

– Serio, não me chamem assim, é zuado - fui me controlando - É tipo Portões Sinistros– Falei em português zuando com a Fran.

Nem preciso dizer que rimos mais ainda, né?

Depois do nosso ataque, os meninos deram de ombros e o Johnny comentou algo sobre estar chatiado com a zoeira toda. Zacky estava voltando com a Gena, muito desconfiado, com garrafas de cerveja. Me observou e ofereceu uma cerveja. Encarei ele furiosamente e estalei os dedos, ameaçadoramente.

– Não, obrigada, amanhã eu trabalho. - sorri quase angelicamente, se não fosse pelo meu olhar demoniaco. Os outros fizeram careta pra cena.


***


Todos devem estar curiosos sobre hoje de manhã, certo? Onde a Frances dormiu e tudo mais. Bom, em certo momento arrastei ela pra dar uma volta.

– Então vadia, desenrola. Onde passou a noite? - perguntei enquanto caminhavamos na areia.

– No mesmo lugar que você - sorriu de lado zuando comigo.

– Ah, ontem foi legal, conversamos bastante, implicamos muito um com o outro, discutimos qual musica ouvir - ela falava olhando pra cima pensativa, e sorriu na ultima parte - e quando eu decidi ir embora, você estava dormindo abraçadinha com o Gates - levantou uma sobrancelha e eu rolei os olhos - depois ele me levou para um quarto e...

– Puta! Ele é casado! - dei um grito, sorrindo e fingindo indignação.

– Cala a boca man, ele me deixou num quarto de hospedes e saiu, louca. - falou rindo e chutando areia em minhas pernas.

– Sei...

– Desde quando você liga pra isso? Quer dizer, não é como se nunca tivessemos saido com caras casados... - lançou-me um olhar sapeca.

– Yeah, faz um bom tempo... - virei o rosto na direção oposta dela e do mar.

– E aí está seus segredos de novo! Porra Mee, a gente nunca fez isso, sabe, de esconder coisas uma da outra. Qual é, sempre aprontamos juntas! Lembra? Todos os shows que curtimos juntas, os backstages, as noites em hotéis com todas as bandas que a gente conheceu...

– Eu sei Fran...

– Então porque tantos segredos? Você se arrepende de ter vivido? Olha onde nós estamos agora! A gente reencontra os caras depois de tantos anos, você vai passar maior tempo com os caras...

- Porra, eu sei velho! - paramos de caminhar e eu a segurei pelos braços virando-a pra mim. – Eu não me arrependo de nada, de jeito nenhum! É só que, tem coisas que você não entende, ninguém entende. Eu vou contar tudo pra você, no tempo certo eu vou, eu preciso fazer isso, eu só... Não estou preparada ainda. - desviei o olhar dela e encarei meus pés.

– "Não está preparada ainda"? Quanto tempo faz que a gente não faz mais esse tipo de rolê? O que, dois anos? Você ficou mais de um ano sem vim pra cá... - sacudiu os braços tirando minhas mãos.

– Cala a porra da boca. - desviei dela e sai aindando na frente. Lágrimas embassavam minha visão.

–Aimee! - ela correu até mim me puxando e me abraçou. Aguentei fime, engolindo o choro, e me rendendo ao abraço da minha melhor amiga.

– Eu sei que isso tá machucando você Fran, mas está me matando.

– Hey, shiii, eu te entendo ok. Vai ficar tudo bem, eu estou aqui para o que der e vier.– falou em português com um sotaque engraçado, me arrancando um sorriso - Bem melhor assim - apontou pro meu sorriso e eu mordi o dedo dela.

– Ryan me ligou ontem - mudei drasticamente de assunto quando voltamos a andar.

– Eaí, como ele tá? - perguntou animada.

– Tá bem, ele volta em dois meses. Perguntou de você... - ela sorriu - E vocês dois hum?

– Não sei. Vamos ver como vai ficar. Faz um tempo que a gente, sabe, estamos enrolados.

– Yeah, eu sei...

Ryan, meu irmão por parte de pai, estava em NYC fazendo sua pós graduação. A ultima vez que nos vimos foi, bem, no velório do papai. Ele e Fran sempre tiveram esse relacionamento complicado, sabe, ela ficou uma temporada na França fazendo Fotografia, e ele em NYC por anos seguidos para a graduação em Ciencias Economicas, encontravam-se casualmente. Talvez dessa vez as coisas dê certo entre eles.

– Hey derp, acho que devemos voltar. - comentei olhando ao redor.

– Vamos embora?

– Vamos.


Quando voltamos, estava apenas Johnny na areia, sentado todo fofinho, de óculos de sol, olhando para o mar na direção dos outros que também estavam voltando.

– Fazendo o que? - me joquei ao lado dele.

– Assistindo o pôr-do-sol... - comentou num sussuro, olhando o horizonte bem concentrado. - E olhando as coisas de vocês. - virou pra mim e abaixou o óculos.

– Aw Jojo seu fofo! - agarrei-o num abraço de urso. Ele riu.


Depois que nos despedimos de todo mundo, inclusive da Gena, entramos no meu carro e dei partida sentindo a aceleração grave do carro por poucos metros, lembrei de algo e, rapidamente, engatei a ré e voltei rápido até onde eles estavam.

– Tá louca? - Frances perguntou espantada e eu apenas olhei para ela com uma cara de 'Sério mesmo?'.

– O que aconteceu? - perguntou o Matt agachando-se assim que eu parei o carro e abaixei o vidro escuro.

– Ah, desculpa caras, eu esqueci de perguntar: alguém vai querer carona?

– Aff sua cavala, quase atropelou o Johnny - a Fran encheu o saco do meu lado.

– TÁ INTEIRO JOJO? - gritei colocando a cabeça pra fora. Ele saiu de trás do carro jogando as mãos para cima gritando algo indecifrável.

– Na verdade, ele nasceu pela metade - ela resmungou alto o bastante para todos ouvirem.

– HEY! - o Johnny reclamou enquanto todos caíam na risada.

– Mano, cala a boca - falei com a Frances e ela mostrou o dedo do meio pra mim - E então, a carona?

– Fica tranquila, não precisa - Matt falou pacifico.

– Yeah, eu estou de carro, a gente se divide aqui - Zacky piscou pra mim.

– Hmm, tá. Beleza então. Até mais, pessoas. - acelerei bastante o carro e retornei passando por eles em alta velocidade. Ainda pude ouvir eles zoando com as mãos para cima gritando "AEEEEEW". Panacas.


***


Deixei as chaves do Camaro em cima da lareira da sala principal e segui para a cozinha. Mary já tinha ido embora. Estava sozinha naquela mansão e senti mais uma vez o vazio enorme no meu peito. Sentei no balcão de granito escuro no cômodo, pegando um cacho se uvas que tinha sobre o mesmo. Pouco tempo depois, segui pro andar de cima e naquele dia decidir tomar banho no quarto do meu pai.

Era raro eu entrar ali, mas eu estava precisando de um pouco de paz. Estava tudo do mesmo jeito que eu lembrava, a mesma decoração barroca moderna, o lustre á carater, e o perfume acolhedor do meu pai ainda estava presente, me causando a estranha sensação de preenchimento e vazio ao mesmo tempo. Após um suspiro caminhei até o banheiro da suite. Tirei minha roupa e me peguei observando a mim mesma no espelho. Meus seios estavam hilariamente brancos e umidos por causa do bikini molhado, e marcados por causa do piercing; as tatuagens aleatórias no meu corpo, a cruz preta logo abaixo entre meus dois seios, mas a minha visão pairou sobre uma tattoo especifica, embaixo do meu seio esquerdo, que eu me preocupava em esconder, ainda mais naquele dia na praia com os meninos da banda.


Flashback

"Estou aqui fora."

Eram 8:15pm quando meu celular vibrou em cima da pia. Eu estava saindo do banho, e quando vi a sms fui correndo colocar o short e a camisa xadrez, saindo de havaianas mesmo. Meu pai havia saido com a esposa e Ryan estava provavelmente dentro do estudio. Caminhei até o jardim do condominio, onde esse alguém estava me esperando.

– Hey o que você tá fazendo aqui? - perguntei e ele logo me envolveu num abraço, colando os nossos lábios.

– Porque você demorou, Aimee? Hm, tá cheirosa... - passou os dedos pela minha nuca e depois separou-nos do abraço, me puxando pela mão em direção ao portão do condominio. Eu rolei os olhos.

– Estava no banho. Uh, para onde estamos indo? - continuei seguindo-o, e saimos dali.

– Vamos fazer uma tatuagem. - respondeu simplismente, me guiando até o seu carro do dia.

– Vamos? Quer dizer, assim desse jeito? Eu estou de havaianas sabia? - protestei enquanto ele me emprenssava entre o carro prata e seu corpo. Ele deu risada.

– Yeah, você sabe, aqui nos EUA esse chinelo é um luxo. - chutou meu pé de leve e ergueu meu rosto pelo queixo com o polegar, fazendo-me encontrar seus olhos hipnotizadores enquanto ele fitava minha boca com luxúria.

– Você é louco sabia? - inclinei minha cabeça para o lado, procurando por mais contato com suas mãos.

– Do jeito que você gosta. - sorriu por miseros segundos e depois atacou minha boca, levantando meu corpo para cima do capo do carro. Minhas pernas entrelaçaram sua cintura, e enquanto minhas mãos passeavam pelos seus braços subindo para o pescoço e parando em sua nuca, ele desceu as mãos pela minha cintura parando em meu bumbum, apertando a carne dali por cima do jeans do meu short. Segurei seu rosto com uma de minhas mãos, separando-nos ofegantes, e um gemido baixo escapou pelos meus labios, fazendo-o sorrir.

– Vai ficar tarde - falei olhando rapidamente para os lados conferindo a rua vazia, e depois voltei, encontrando seu olhar que continha uma expressão de desejo, parecendo brilhar mais que o normal.

– Vem! - me desceu dali, abrindo a porta do carro como um verdadeiro gentleman, brincalhão. Encenei uma lady e entrei no carro, e ele fechou a porta, rodeando o carro e entrando do outro lado deu partida no carro.


As luzes da cidade iam passando rapidamente pela janela do carro, eu as observava distraida, quando vi o carro parar em frente a um grande prédio roxo, com luzes em neon: o estudio de tattoo. Saimos do carro e seguimos conversando e sorrindo - como na maior parte do tempo, com ele nunca teve tempo ruim - e aquele lugar estava estranhamente cheio para uma noite de primavera de quinta feira. Ele era reconhecido ali, e ele me segurava possesivamente pela cintura confome iamos passando e éramos observados.

Logo estavamos dentro de uma das salas, o som de rock pesado ecoava alto pelo local, e ele tirando a camisa deitou na cadeira, e eu lhe lancei um olhar sapeca enquanto ele deitava.

– Você não vai querer fazer isso aqui... - ele falou divertido enquanto meu olhar percorria seu corpo esguio.

– Mas eu não estou fazendo nada! - fingi inocencia enquanto levantava minhas mão espalmadas em gesto de rendição.

Um homem super tatuado que aprentava uns 40 anos, entrou na sala e eles começaram a conversar sobre a tattoo. Eu sentei ao lado dele, pegando seu celular e mexendo enquanto conversavamos e eu observava tudo curiosa.


***


– Eai, o que você vai tatuar? - me perguntou enquanto eu contornava a sua tatuagem com os dedos, por cima do plastico.

– Isso é... Sem noção. - zoei e ele fingiu me dar tapa no rosto de leve.

– Hey! Todas essas tattos tem significado pra mim, ta? Até a abobora... - falou apontando para a tatuagem no antebraço - ... Significa o halloween! - levantou os braços divertido gargalhando junto comigo - E que eu sempre prefiro travessuras.

– Você não existe... - falei ficando na ponta dos pés para alcançar seu rosto e o beijei.

– E essa - apontou para a mais recente tatuagem - Essa é tão... nós! Quer dizer, o que estamos vivendo? Parece um filme! - Falou sorrindo e acariciou minha nuca.

Meus olhos com certeza deveriam estar brilhando de tanta felicidade. Desabotoei minha camisa deixando meu busto coberto, deixando livre a pele embaixo do seio esquerdo, onde faria a tattoo. Ele apertou os olhos com uma expressão de "que porra você está fazendo?"

– Então vou fazer igual para selar essa porra!

– Essa é minha garota! - deu uma gargalhada gostosa.

Então, acabei escrevendo a mesma palavra embaixo no meu seio esquerdo, e, como ele mesmo disse: com essa tatuagem tinhamos selado nosso destino. Era a nossa marca, pertenciamos um ao outro, para sempre.


A good friend once told me you are our memory

Without them we equal nothing

And all I can see is the place I wanna be

Suddenly my life was so free...


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Notas finais do capítulo

Quem vocês acham que é o tal???!
Tá bem na cara lol
Mas enfim, gente, comentem! Caralho. Expressem suas opniões! É muito importante!
Até o prox Cap!
Xero :*