( Ponto de Vista Geral ) 

A semana passou depressa e sem mais surpresas. É claro que Sam e Freddie não pensavam desse modo, já que eles estavam ansiosos para o sábado à noite e queriam que a semana passasse ainda mais rapido. A amizade entre Amy e Dylan crescia e se fortalecia mais a cada dia. Eles raramente se desentendiam, menos quando Dylan implicava com Amy, por ela ser muito estudiosa, o que ele não entendia, pois a garota não precisava estudar tanto quanto estudava. Ele a achava muito inteligente. A menina passou a ajudá-lo nos trabalhos escolares e a estudar para alguns testes. Dylan na maioria das vezes, não prestava atenção em nada, ele nem queria estar ali, mas a companhia de Amy, mudava completamente o seu dia. As garotas sentiam inveja de Amy, por sua beleza e por sua vasta sabedoria.

Os professores à adoravam e isso deixava todos ainda mais irritados. Os garotos estavam sempre atrás dela, despertando ciúmes em Dylan. Porém, nenhum deles tinha a mínima chance com a garota, que sempre sabia como dispensá-los, sem magoá-los. Isso fazia com que os garotos gostassem ainda mais dela, outro motivo para as patricinhas à odiarem. 

Ninguém entendia como ambos eram tão amigos, sendo tão diferentes e em tão poucos dias... estavam sempre juntos nas aulas e nos intervalos. A presença da morena deixava o jovem Puckett  menos rebelde, menos irritado e com muito bom humor, o que por sinal, não passou despercebido por sua mãe. A loira notou durante a semana, que o garoto estava mais calmo, sorridente e o que a surpreendeu de verdade foi que ele não havia se metido em encrencas. O que era um record, considerando os ultimos meses em que ela fora chamada à diretoria por pelo menos 5 vezes ao mês. 

Era sexta-feira, e estavam na escola. O professor de História chegou na classe, mandando os alunos se sentarem. Ele fez a chamada e logo depois, pediu à todos que entregassem seus trabalhos. Dylan entrou em pânico, havia esquecido completamente o trabalho que o professor havia passado. Ele geralmente não se importava com isso, mas o professor já havia o alertado sobre suas notas e não poderia deixar de entregar esse trabalho. Ele pensou em uma boa desculpa, mas não sabia o que inventar. O garoto observava seus colegas de classe circulando pela sala, enquanto entregavam seus trabalhos e ele não sabia o que fazer. Sua mãe o mataria se ele por acaso repetisse o ano por causa de uma matéria tão boba como História. Amy pareceu notar o olhar preocupado do garoto e chegou a conclusão que ele havia esquecido de fazer seu trabalho. 

Sr. Stone: Dylan Puckett? Cadê seu trabalho? - Perguntou o homem, ao perceber que ele não tinha entregado ainda. 

Dylan: É... eu...ahn...- Ele gaguejava, tentando encontrar uma explicação, mas não sabia o que dizer. Ele teria que contar a verdade ao professor. 

Amy: Está aqui, professor. - Disse a menina. Sua voz alta fez com que todos olhassem para ela. 

Sr. Stone: Como disse, Srta. Benson? 

Amy: O trabalho dele está comigo. Ele deixou em minha casa ontem. - Ela disse com um jeito inocente. 

Sr. Stone: Porque? - Perguntou o homem um pouco desconfiado. 

Amy: Acontece que Dylan me pediu ajuda para fazer o trabalho, então ficamos até tarde escrevendo esse artigo aqui, na minha casa. 

Sr. Stone: Mas só tem um trabalho aqui. 

Amy: Isso mesmo, eu pensei que não haveria problema de entregar somente um trabalho, com o nome dos dois. 

Sr. Stone: Mas... acontece que não é um trabalho em dupla, como vou saber que notar dar à vocês? 

Amy: Dê a mesma nota para ambos. Posso garantir que nós dois escrevemos esse trabalho. Pode ver que a letra da segunda página é bem diferente da primeira. - Ela falou apontando para o papel que o homem tinha em mãos. O Sr. Stone, deu uma examinada em todo o trabalho e percebeu que de fato haviam duas letras diferentes. Olhou mais uma vez para a garota á sua frente, lançando-lhe um olhar desconfiado. 

Sr. Stone: Sr. Puckett.. aproxime-se. - Chamou ele. 

Dylan: Sim, senhor. - Ele falou, chegando perto da mesa dele. 

Sr. Stone: É verdade o que a Srta. Benson, me disse? Escreveu mesmo esse trabalho com ela? - Ele perguntou. Encarava o garoto, procurando por qualquer sinal de nervosismo, pois não acreditava que o menino pudesse ter feito algo. Sempre fora muito preguiçoso e disperso em suas aulas. 

Dylan: Claro... trabalhamos até tarde, ontem à noite. - Ele disse calmo. Para sua sorte, o garoto sabia mentir muito bem... aprendeu com sua mãe. Não que ele mentisse com frequência, mas as vezes era necessário. Amy sorriu satisfeita. 

Sr. Stone: Bom, se é assim. Então eu aceito. Mas dá próxima vez, quero dois trabalhos... mesmo que trabalhem juntos. - Ele disse sério. 

Amy: Claro... obrigada professor. - Ela disse com um sorriso doce. O professor retribuiu o sorriso. Os professores sempre gostavam dela e ficavam felizes por ver que ela se tornou amiga de Dylan, pois sabia que a garota era uma boa influencia na vida dele. 

Dylan: Obrigado professor. - Ele disse, voltando para o seu lugar, acompanhado de Amy. O professor começou com a sua aula normalmente. Amy começava a anotar tudo o que ele passasse na lousa, enquanto Dylan não parava de pensar no que aconteceu. 

Amy: O que foi? 

Dylan: Nada...Obrigado! Você salvou a minha vida. - Ele sussurrou. 

Amy: Deixa de ser exagerado. - Ela riu. 

Dylan: É sério... minha mãe me mata se eu não passar de ano, ainda mais em História. 

Amy: Entendo... 

Dylan: Como sabia que eu não tinha feito o trabalho? 

Amy: Não sabia... acontece que ontem à noite, enquanto eu escrevia o trabalho, eu me lembrei que sempre fazia os trabalhos de um amigo meu, porque digamos que ele é bem parecido com você nesses aspectos, sabe. Então como os professores reconheciam a letra dele e a minha, eu aprendi a falsificar a letra dele. - Ela explicou. - Então ontem à noite, eu me lembrei dele e resolvi escrever a segunda página do trabalho, com a letra dele... e bom, ainda bem que fiz isso né. Quando vi que você não tinha feito o trabalho, eu pensei em ajudar na hora. - Ela falou calmamente. 

Dylan: Entendi... Obrigado. - Ele sorriu. Estava aliviado por não ter que ficar de detenção ou por não precisar fazer um trabalho ainda maior pra compensar esse. As três primeiras aulas se passaram rapidamente. Os alunos estavam eufóricos com a chegada do fim de semana, o que era um grande problema para os professores que tinha trabalho dobrado para mantê-los calmos. 

Na hora do intervalo todos saem as pressas, deixando seus professores falando sozinhos. Dylan e Amy, estavam em frente aos armários, conversando. O garoto comia um saquinho de bacon, enquanto Amy comia uma pequena barra de chocolate. Alguns garotos da classe deles, se aproximaram do casal, observando e conversando entre si. Dylan percebeu e os encarou com cara de poucos amigos. Não gostava deles, pois eram arrogantes, nerds e metidos. Amy não percebeu a raiva de Dylan, porém notou a presença dos garotos e sorriu amigavelmente. 

Amy: Olá... posso ajudar? - Ela perguntou aos meninos que praticamente a engoliam com os olhos. Um deles se aproximou dela. Dylan sabia muito bem quem ele era, e não gostava nada dele. 

Max: Sabe...eu não pude deixar de notar no quão linda você é... - Ele falou de modo inocente.

Amy: Awn... obrigada! 

Max: Estava pensando... quer ir ao cinema comigo, no sábado? - Ele perguntou rapidamente, assustando a garota. Dylan que estava bem atrás dela, sentiu seu sangue ferver. Sentiu ciúmes e tinha vontade de bater em Max. Respirou fundo, contando mentalmente até 10, antes de arrumar uma briga e ficar em detenção. Olhou para Amy que parecia pensar na pergunta do garoto. 

Amy: Olha... você é realmente muito fofo... mas não estou interessada. - Ela disse educadamente, supreendendo à todos. Especialmente Dylan, que jurava que a menina aceitaria, já que ele é o tipo de todas as garotas daquele colégio. Max ficou um pouco decepcionado com a rejeição, pois não estava acostumado à ser rejeitado assim logo de cara. Mas isso não o fez desistir. 

Max: Ahn... tudo bem, então. Aceitaria então estudar em minha casa? - Perguntou ele fingindo desinteresse. Amy podia ver que apesar do jeito inocente dele, seu olhar era malicioso e um pouco frio. O tipo de cara que sai com milhares de garotas, apenas para fazer coleção. E ela com certeza não queria estar nela. 

Amy: Desculpe, mas prometi que estudaria com o Dylan. - Falou ela com um sorriso. Dylan não pode evitar sorrir diante disso. Ela deixou claro que preferia estudar com ele, do que com o Max. E isso não passou despercebido, Max pareceu mudar... sua expressão inocente e inofensiva desapareceu, dando lugar à uma raiva e uma risada debochada. 

Max: Vai me dispensar para estudar com ele? - Ele perguntou com ironia. 

Amy: Sim... - Ela disse, parecendo não perceber o tom arrogante de sua voz. 

Max: Fala sério... ele é um idiota. Tem péssimo comportamento, vive pregando peças nos outros... é uma vergonha para a escola. - Ele cuspiu as palavras irritado. Não acreditava que tinha sido dispensado por Dylan. Este por sua vez, estava a ponto de explodir de ódio. Não sabia de onde havia arranjado forças para ficar quieto. Não era de seu feitio ouvir insultos e ficar calado, mas ele aguentou. Não queria brigar... principalmente na frente de Amy. 

Amy: Não fale assim dele. Ele é meu amigo. Não permito que fale dele assim. - Ela disse brava. Odiava quando as pessoas ofendiam seus amigos. Ela mesmo com seu jeito meigo e pacífico, comprava briga com qualquer pessoa que afrontasse seus amigos. 

Max: Não acredito que prefere estudar com ele, do que comigo. Você merece coisa melhor. - Ele disse nervoso. Ele olhava com desprezo e ódio para Dylan, que por sinal estava do mesmo modo. 

Dylan: E VOCÊ MERECE UMA SURRA, SEU IDIOTA. - Ele gritou indo pra cima dele, acertando-lhe um soco no nariz.

Amy: DYLAN! PORQUE FEZ ISSO? 

Dylan: Não vou ficar aguentando insultos de um nerd metido à riquinho. - Ele gritou. Amy ficou assustada e não sabia o que fazer. Max levantou e socou Dylan no olho. Amy gritou apavorada, enquanto vários alunos já formavam uma rodinha, incentivando a briga. 

Logo o diretor chegou e com a ajuda de alguns professores, conseguiu separar os garotos. Eles foram levados à enfermaria e depois receberiam detenções. Amy acompanhou Dylan e cuidou de seus ferimentos. 

Enquanto isso, no restaurante, Sam já havia errado o ponto de uma torta pelo menos 3 vezes, e salgou o molho branco de sua lasanha. A loira andava no mundo da lua, entretidas com seus pensamentos. Não prestava atenção em nada do que estava fazendo e isso a deixava irritada. Era hora do almoço e Sam não havia começado à fazer o arroz... o local estava lotado e os pedidos chegavam a cada minuto. Ela grunhia e bufava tentando prestar atenção no que fazia.

Seus colegas de trabalho estavam achando estranho o comportamento dela, mas ninguém tinha a ousadia de perguntar o que se passava, pois conheciam o jeito de ser dela. 

Kevin: Ahn... Sam? - Ele chamou se aproximando dela. 

Sam: Que foi? - Ela perguntou meio grosseira.

Kevin: Você está bem? 

Sam: Porque eu não estaria? 

Kevin: Não sei... é que você parece meio distante... e se me permite dizer, não está fazendo nada direito hoje. - Ele disse meio receoso. A loira o encarou por um momento e vários palavrões lhe passaram pela cabeça, porém ela não podia negar... ele estava certo. Tudo estava dando errado aquela manhã... ela só conseguia pensar em seu encontro na noite seguinte e isso estava lhe tirando toda a atenção. 

Sam: Você tem razão... eu não consigo focar em nada. - Ela disse bufando. 

Kevin: Olha... se quiser, eu assumo aqui... pode servir as mesas hoje, ou ficar no bar, assim você não precisa pensar tanto. - Ele disse com um pequeno sorriso. A idéia não era má e com certeza deixaria Sam mais calma e sem preocupações. 

Sam: Ok... eu vou. Se precisar, é só chamar. - Ela disse tirando seu avental. A loira saiu da cozinha aliviada e foi para o bar ajudar Avan à servir os clientes. 

Avan: O que faz aqui, Sam? - Ele perguntou enquanto procurava por um whisky. 

Sam: Meu dia não está muito bom... e nem a minha comida, então achei melhor descansar. 

Avan: E achou que aqui fora é melhor do que lá dentro? - Ele perguntou com um riso irônico. 

Sam: Bom... pelo menos eu não corro o risco de ser processada por intoxicação alimentar, né. - Ela disse rindo. 

Avan: Ah.. que isso. Não podia estar tão ruim assim. - Ele falou. 

Sam: Não consegui fazer as tortas que estavam encomendadas, o molho da lasanha ficou tão salgado que mataria até uma pessoa sem problemas de pressão... e nem consegui fazer o arroz. - Ela disse triste. 

Avan: Nossa... hoje não está sendo um bom dia, para a Dona Puckett. - Ele disse bagunçando seus cachos loiros. - Mas poderia ser pior... - Ele continuou dando de ombros. 

Sam: Eu duvido. - Ela falou apoiando o rosto entre as mãos. Ficou um tempo apenas observando o movimento, enquanto seu amigo e colega de trabalho Avan, fazia todo o serviço. 

De repente tudo ao redor de si, parecia não existir mais, apenas ele. Freddie acabara de entrar no restaurante acompanhado de uma bela moça alta, morena e muito bem vestida. Sentaram em uma mesa mais afastada e começaram a conversar. A loira não fazia idéia de quem era a mulher, mas não gostava dela. Queria saber quem era ela, mas não queria que Freddie a visse ali. 

Avan: Está tudo bem? - Ele perguntou, tirando-a de seus pensamentos. 

Sam: Sim, porque? 

Avan: Porque está com um olhar assassino para o casal daquela mesa. - Ele falou meio assustado. 

Sam: ELES NÃO SÃO UM CASAL. - Ela berrou, arrependendo-se logo depois. Algumas pessoas mais próximas a encaravam assustada, como se ela fosse algum tipo de louca. Mas para sua sorte, Freddie e sua acompanhante pareceram não prestar atenção no grito da loira. 

Avan: Ok... eu já entendi. - Ele falou baixo. A loira respirou fundo, pensando no que fazer. Ficou meio escondida para que ninguém a visse por ali. Avan continou servindo aos clientes, e observando o estranho comportamento da amiga. 

Após pensar por alguns minutos, lhe surgiu uma idéia à mente. Sorriu maliciosa, procurando alguém que pudesse colocar o plano em prática. 

Sam: Avan... você poderia me fazer um favor? - Ela perguntou sorrindo. Aquele sorriso maldoso que deixava Avan com calafrios. Conhecia Sam Puckett desde a faculdade e sabia que quando ela pedia um favor, coisas ruins aconteciam com as pessoas. 

Avan: Depende... vou ter que matar alguém? 

Sam: Não.... apenas quero que você jogue... ah, sei lá... um copo d'água naquela moça ali. - Ela falou. Avan arregalou os olhos. 

Avan: Porque? O que ela fez pra você? 

Sam: Nada... ainda... mas eu já não gosto dela. 

Avan: Ficou doida? Não vou arriscar perder o emprego, só porque você está com ciúmes. 

Sam: Quem disse que é ciúmes? 

Avan: Eu te conheço, Puckett. Você não é de implicar com alguém se ela não está te deixando com raiva ou ciúmes. - Ele falou sério. - E bom, olhando para o cara que está com ela, com certeza você está com ciúmes. Ele tem cara de nerd... e você provavelmente gosta dele. 

Sam: Não gosto nada... 

Avan: Você gosta de nerds, sim. 

Sam: Arrgh!! Que seja... você vai fazer ou não? 

Avan: Claro que não. 

Sam: Arrrghh!! Você é um idiota. - Ela disse brava. - Vou arranjar alguém que faça por mim.  - Disse ela, saindo dali á procura dos garçons.

Avan fitou a loira caminhando pelo restaurante, enquanto olhava para os garçons. Ele rezava em silêncio para que a loira não fizesse nada de errado, entretanto tinha a leve sensação de que isso não ia acontecer. O rapaz vê Samantha conversando com um dos novos funcionários, que servia uma das mesas.

Ele pareceu surpreso, mas logo notou o sorriso nos lábios da loira e concluira que Zac aceitara o pedido da loira. Segundos depois, Sam volta ao bar com um sorriso enorme e malicioso, deixando Avan com medo do que estava por vir. 

Avan: Sam... eu tenho medo desse seu sorriso. Me diga que não vai aprontar nada com aquela moça, por favor. - Ele quase implorou. 

Sam: Ah, será apenas uma brincadeirinha... agora assista, baby. - Ela falou batendo nas costas do amigo e indo em direção à mesa do casal. Ela havia dado instruções à Zac, de que ao seu sinal era para ele chegar e esbarrar na cadeira da moça, derrubando-lhe um copo d'água.

A loira se aproxima da mesa com um bloco e uma caneta, para anotar os pedidos. Freddie fica surpreso ao ver a loira ali e abre um enorme sorriso. 

Freddie: Sam!? O que faz aqui? - Ele perguntou inocente, mesmo já tendo uma idéia de que era ali que ela trabalhava. 

Sam: Eu trabalho aqui, Benson! - Ela disse. - E você? O que faz aqui? - Ela perguntou fuzilando a moça com o olhar, que por sorte, não percebera. 

Freddie: Ah sim... Sra. Caroline, essa é minha amiga de infância, Samantha... - Ele disse apontando Sam à moça. - Sam... essa é a esposa do meu chefe, Sra. Caroline Stewart. - Ele falou. Sam arregalou os olhos, surpresa. 

Sam: Esposa do seu chefe?? - Ela perguntou não acreditando no que estava acontecendo.

Caroline: Sim... meu marido não pode vir, então me mandou no lugar dele. - Ela explicou gentilmente. Sam sorriu meio nervosa. Olhou para trás, procurando por Zac, ela ia desistir de seu plano maluco, pois nada era como ela havia pensado. 

Sam: Bom, fiquem à vontade... já escolheram o que vão pedir? - Ela falou, sem prestar muita atenção. Ela avistou Zac de longe e ele trazia consigo, uma grande bandeja com alguns pratos e um copo com água. Sam entrou em desespero, tentou fazer sinal para ele, porém Zac não a viu. 

Freddie: Então... eu vou deixar para que a Sra. Caroline faça o pedido. - Ele falou. A mulher sorriu.

Caroline: Bom... vejamos, meu marido e eu sempre jantamos aqui... e gostamos do filé grelhado daqui. - Ela disse sorrindo. Sam anotova o pedido, enquanto escolhiam a bebida. 

A loira olhou novamente para Zac, que servia uma das muitas mesas ali e logo se virou para ela, com um sorriso no rosto, carregando apenas a bandeja com o copo. Sam fez um sinal, para que ele abortasse a missão, porém ele não entendeu e rapidamente se aproximou deles. Sam quase implorava com o olhar, fazia gestos para que o rapaz não fizesse nada, mas ele não compreendera.

A loira só teve tempo de se afastar um pouco da mesa, fechando os olhos para não ver a tragédia que estava para acontecer. Zac fingiu sutilmente tropeçar em uma cadeira próxima e esbarrou na mulher, derrubando toda a água que havia no copo em cima de sua cabeça. Mas toda a tentativa de Zac de não chamar a atenção, foi em vão quando a moça deu um grito. Freddie pareceu chocado e rapidamente ofereceu ajuda, Sam olhava a cena e se sentia culpada. Caroline estava ensopada... sua blusa azul claro, colava ao corpo a deixando numa situação constrangedora e seus cabelos que antes estavam perfeitamente cacheados e arrumados, agora estava um desastre. Zac se ofereceu para ajudá-la, porém ela recusou e correu para o banheiro. Sam se aproximou de Freddie um pouco envergonhada com o que acabara de acontecer. 

Sam: Eu sinto muito por isso.. - Ela disse.

Freddie: Está tudo bem... não foi culpa sua. Foi um acidente. - Ele disse calmo. As palavras do moreno só a fizera se sentir ainda pior. 

Sam: Eu sei... mas eu espero que ela não fique brava. 

Freddie: É.. eu também. - Ele disse.

O silêncio se instalou no local e ambos não sabiam o que dizer. O moreno ainda estava chocado pelo ocorrido e Sam estava com vergonha de si mesma e com raiva por ter tido um ataque de ciúmes. Minutos depois a Sra. Stewart apareceu não muito diferente de quando entrou no banheiro, seus cabelos pingavam, porém sua blusa não estava mais tão encharcada. Sam:

Me desculpe por isso. - Disse a loira sincera. Ela realmente lamentava por seu comportamento idiota. 

Caroline: Ah, sim.. tudo bem. Acidentes acontecem, né. - Ela disse com um sorrisinho.

Freddie: Coloque isso... - Ele disse pegando o seu paletó e entregando à ela. - Eu levo a senhora pra casa. - Ele falou. 

Caroline: Ah, obrigada... mas não é necessário...meu carro está lá fora. 

Freddie: Bom, então é melhor irmos. 

Caroline: Ok. Foi um prazer conhecer você, Sam. - Disse a moça. Sam sorriu. 

Sam: Igualmente, Sra. Stewart. - Ela respondeu. A moça saiu, deixando Freddie para trás.

Freddie: Nosso jantar está de pé amanhã né? - Perguntou com um meio sorriso que fazia Samantha delirar. 

Sam: Claro... 

Freddie: Tchau. - Ele disse depositando um beijo no rosto da loira. 

Sam: Tchau, Freddie. - Ela disse. O moreno foi embora, deixando Sam explodindo de alegria e se sentindo mais culpada do que nunca. Ela voltou para o bar, encontrando Avan com um semblante sério. 

Avan: Isso foi ridículo, sabia? 

Sam: Eu sei... estou arrependida. - Ela confessou. 

Avan: Sabia que a chefe viu a cena e chamou o Zac na sala dela? - Questionou o moreno.

 Sam: Não... não sabia. 

Avan: Pois é... ele está encrencado e por sua culpa. - Ele falou, fazendo a loira se sentir mal. 

Sam: Eu vou ajudá-lo. Já volto. - Ela falou rápido. Sam saiu correndo pelo restaurante e subiu a pequena escada para chegar ao escritório de sua chefe.

A sala era no final do corredor e ela corria com seu salto alto por ele, fazendo um barulho quase imperceptível no andar debaixo, porém estrondoso no de cima. Ela nem mesmo bateu na porta, apenas empurrou-a com força, entrando abruptamente. 

Sam: Kriss!! Ele.... não fez... nada! - Ela disse alto e ofegante. 

Kristen: Samantha... isso são modos de adentrar o meu escritório? - Ela perguntou de modo formal. Apesar de serem amigas desde a faculdade, Kristen sempre fora muito séria no local de trabalho e não gostava que tivessem liberdades com ela. Exceto Sam e Avan, que foram seus companheiros de faculdade. 

Sam: Esqueça as formalidades, Kris. - Ela disse sentando-se na cadeira ao lado de Zac. 

Kristen: Posso saber o que faz aqui? Estou numa conversa importante aqui. - Ela disse apontando para o rapaz que parecia triste. 

Sam: É... eu sei. Aliás... Zac, poderia nos dar licença, por favor... prometo que você não vai se encrencar. - Ela falou. Ele olhou para Kristen e ela acenou com a cabeça liberando sua saída. Ele levantou-se e rapidamente saiu dali. Kristen suspirou fundo, sentando-se e encarando a loira.

 Kristen: Ok... agora que me fez passar de boba na frente do meu funcionário... pode me dizer o que houve? - Ela disse meio nervosa. 

Sam: Olha... não fique brava com o Zac... ele só fez o que eu pedi. - Ela disse diminuindo o tom de voz, enquanto observava as pupilas de sua amiga dilatarem. 

Kristen: Como disse? - Ela questionou confusa. Ou apenas não queria acreditar no que ouvia. 

Sam: É que... lembra do cara que falei que reencontrei? 

Kristen: O tal nerd... Freddie. O que tem ele? 

Sam: Ele apareceu no restaurante com uma mulher muito chique... e eu fiquei com ciúmes. - Ela disse, sussurrando a ultima parte. Kristen franziu a testa.

Kristen: Você o que? 

Sam: EU FIQUEI COM CIÚMES, OK? - Ela berrou ameaçando levantar-se. Kris segurou o riso e tentou ficar séria. 

Kristen: Sei... e onde entra o Zac nessa história? 

Sam: Eu pedi ao Avan para me ajudar, só que o Sr. Certinho não quis me ajudar, então pedi ao Zac para '' acidentalmente '' derrubar um copo d'água na tal mulher. - Contou ela, nitidamente arrependida. - Só que aí eu descobri que a mulher era praticamente chefe do Freddie e não tinha nada a ver... e eu tentei impedir que o Zac fizesse algo, mas foi tarde demais. E agora eu me sinto uma idiota por ter feito isso. - Ela falou bufando. Kristen tinha uma expressão indecífravel no rosto. Um misto de emoções: choque, raiva, ironia, indignação. E Sam não sabia qual dessas emoções ela deixaria transparecer primeiro. 

Kristen: Você ficou maluca, Samantha??? Não pode sair por aí aprontando só porque ficou com ciúmes. - Ela disse brava. - Imagina se tivesse algum fotógrafo por aqui e registrasse isso? Não quero que meu restaurante saia na capa da revista, dizendo que temos o pior atendimento. - Ela disse alto, enquanto caminhava pela sala. Sam continuava sentada, ouvindo o sermão da amiga. Ela estava certa... o que fizera não tinha desculpas. Ela podia ter prejudicado o restaurante de sua amiga, por algo tão bobo. 

Sam: Desculpa... eu sei que agi mal. - Ela disse triste. Kristen suspirou pesadamente. - Eu me arrependo muito disso, por favor me desculpa amiga. - Ela pediu e Kris sabia que a loira estava sendo sincera. 

Kristen: Argh... tudo bem, Sammy. - Ela disse abraçando-a. - Mas que isso nunca mais se repita, heim. - Ela a alertou. Sam acenou com a cabeça e retribuiu o abraço. 

Sam: Obrigada por compreender. Eu sou uma boba, né. - Ela disse encarando a amiga. 

Kristen: Sim, você é. Como pode achar que um cara que mesmo depois de 17 anos, te chama pra sair... poderia ter algo com outra? - Ela falou como se fosse óbvio. 

Sam: Não sei... o tempo passou. 

Kristen: E ele continua te amando... tenho certeza. Assim como você ainda o ama. 

Sam: Você acha?

 Kristen: Bom... não foi por acaso que ele apareceu, né. - Ela disse rindo. 

Sam: Ai... você e essas suas coisas de destino. Sabe que não acredito nisso. 

Kristen: Pois deveria.. e sei que seu destino é ficar com esse tal Freddie. - Ela disse com um ar de sabe tudo. Sam revirou os olhos e riu. Tinha esperanças de que sua amiga estivesse certa. - Bom... agora eu acho melhor a senhorita ir para casa. Já causou bastante alvoroço por aqui hoje. 

Sam: Ok... obrigada amiga. - Ela disse dando-lhe mais um abraço. 

Kristen: De nada, Puckett. Descansa bem, heim. 

Sam: Pode deixar... até mais. - Disse a loira saindo calmamente da sala de Kristen. A loira desceu as escadas e sem se despedir, saiu do restaurante direto para seu carro. Só o que ela queria, era esquecer aquele dia terrível e poder descansar muito para o seu encontro no dia seguinte. 

CONTINUA...