The Boy With The Thorn In His Side escrita por KingTrick


Capítulo 12
Capítulo 11




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Acabei dormindo em algum momento. Acordei com o barulho alto da porta se fechando. Sentei-me na cama a tempo de ver Brendon praticamente cair nela, o cheiro do álcool forte no ambiente. Já eram vinte pras cinco. 

No início, ele não se moveu, mas depois conseguiu se sentar ao meu lado. Ele tinha um sorriso bobo - mas lindo - no rosto e o cabelo bagunçado. Os lábios grossos estavam manchados de vermelho: Vinho tinto. 

- Brendon, você bebeu?

- Só-só um pouquinho - Soluço - Só isso.

- Aonde você e o Pete foram? 

- Pete - Ele começou a rir descontroladamente, deitando de novo na cama - Petey... Petey...

- O quê? - Parecia que ele nem estava me ouvindo. De uma hora pra outra, ele agarrou meu braço e me puxou com força, fazendo-me cair em cima dele e tentou me beijar - Bren... Brendon, para!

- Não faz isso comigo, Ryan...

- Não faz isso comigo. Agora, me solta e vai tomar um banho.

Consegui me soltar dele e empurrá-lo para o banheiro. Ele lutou comigo quando tentei tirar sua camisa, mas cedeu e acabou tomando o banho sozinho. O tempo inteiro, ele ficou cantando e rindo como um idiota. Eu queria sair dali e perguntar à Patrick, mas sentia que deixar Brendon sozinho no quarto não era uma boa opção.

Depois do banho, levei Brendon para o quarto e peguei a mesma camisa dos Kings do fundo do guarda-roupa. Ele teve um pouco de dificuldade com ela, mas conseguiu vesti-la. Poucos minutos depois, ele apagou. 

Deixei Brendon no quarto e fui procurar Patrick. Ele e Pete estavam na sala, sentados lado a lado, Pete coberto por um cobertor. Aproximei-me devagar e logo estava no campo de visão dos dois.

- Oi.

- Cadê o Brendon? - O rosto de Patrick estava vermelho e ele respirava pesado.

- Dormindo...

- Ótimo. 

- O que aconteceu? - Sentei-me no sofá ao lado de Pete, que virou para me olhar. Sua bochecha estava inchada e provavelmente vermelha, oculta pela pele bronzeada. 

- Hm, estávamos no bar e- Hm, chegou um cara. Ele ficou falando de vocês... E-eu perdi o controle - Ele encarou o chão o tempo inteiro, envergonhado.

- Mas, agora está tudo bem, não é? Você só bateu nele. Não foi nada de mais.

- É...

- É? Como assim?

- Eles seguiram os dois até aqui. Eles sabem onde a gente mora agora. 

- Sempre podemos nos mudar, Patrick.

- Não é tão simples assim.

- E o que vamos fazer?

Patrick pensou, pensou e pensou. Por fim, apenas disse:

- É melhor deixar tudo como está. Não acho que vão ameaçar mais - Ele se levantou e puxou Pete pela mão - Agora, vamos Petey. Você precisa dormir. Hm, vai querer jantar, Ryan?

- Não, obrigado. Vou pro quarto.

- Leve Boris com você. Ele sente sua falta.

Os dois saíram e eu peguei Boris, que cochilava tranquilo no chão, levando-o para o quarto no colo. Brendon ainda dormia um sono pesado quando chegamos. Deixei o pug na cama e fui tomar banho. Quarenta minutos depois, voltei ao quarto, já de pijama, e deitei ao lado de Bendon, cobrindo-nos com o lençol. Boris esperou e fez sua cama entre nós.

Demorei para dormir. Não conseguia me acostumar com as novas circunstâncias. O medo invadia o meu cérebro, deixando-me alerta boa parte da noite.

                                   --

Não dormi, por isso, não tive problema em desligar o despertador de manhã. Brendon gemeu de dor pelo barulho e Boris foi para o chão. 

- Bom dia.

- Hm...

- Quer um remédio?

- Seria hm, muito gentil da sua parte.

Levantei e fui até a cozinha pegar um copo d'água. Quando voltei, Brendon já estava sentado na cama, as mãos no rosto. Ele pegou o copo e eu lhe dei dois comprimidos de dentro da caixa no fundo do guarda-roupa. Ele tomou os dois de uma vez só e voltou a deitar. Coloquei Boris na cama e Brendon ficou brincando com ele. 

Aproveitei o momemto e decidi ligar para Janick e colocar Patrick como ilustrador. Ele tinha participado de todas as minhas publicações, não tinha por quê dessa vez ser diferente. John me atendeu no primeiro toque e concordou imediatamente. O prazo de envio dos desenhos era de duas semanas. A feira de Detroit seria daqui a doze semanas. Estávamos correndo contra o tempo.

Desliguei o telefone e liguei o computador. Brendon ainda estava meio grogue; me abraçou pela cintura e apoiou a cabeça em meu ombro. Passei todos os arquivos do livro para o e-mail de Patrick e enviei. Seria bem mais simples falar para ele antes, mas eu não estava nem um pouco a fim de quebrar o momento aqui.


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