Pov. Carter

Já não estava mais no mundo dos vivos. Na verdade eu estou ainda na caverna observando de longe o que aconteceu repetidas vezes. Fico pensando eu fiz a escolha certa? O que você disse, Carter? Claro que eu fiz a escolha certa. Mesmo doendo deixando essa aportunidade pra trás. Será que quando eu voltar meu pai vai dar mais atenção em mim (e Polux)?

De repente os meus pensamentos foram interrompidos por alguém gritando:

-- Como eu não posso ver o meu filho!!! – Espera um pouco quem ta gritando é o meu pai? Ele se importa? Sorri instenamente. Talvez as coisas mudem por aqui.

-- Não pode entrar aqui, Sr. D. – falou algum filho de Apolo, eu acho. Ouvi ele bufando e passos... Perai aonde eu estou? Se eu consigui ouvi-los eu não morri então. Ahn... Dã.

Abri os meus olhos lentamente. Olhando ao redor. Estou na enfermaria do acampamento? Como cheguei aqui? Eu estava na Pennsylvania como cheguei no acampamento?

Tentei levantar, mas não consegui minha cabeça doia. Coloquei minha mão na cabeça automaticamente. Minha cabeça esta toda enfaixada. Olhei para o meu corpo ele esta cheio de hematomas e a minha barriga também estava enfaixada.

-- Foi por pouco, hein? – me assustei com a voz. Ufa!!! É só o Quiron.

-- O que foi por pouco?

-- Quase que você morreu. – falou preocupado. O.O

-- Mas não morri. – falei divertido. Ele rolou os olhos com o que eu disse.

-- Isso é sério, criança!!! Você teve sorte que os deuses te trouxerem aqui rápido. E o próprio Apolo cuidou de você. – Nossa!!! Os deuses me ajudaram. Ainda não consigo acreditar. Até que faz sentido eu ajudei eles a salvar o mundo. Modestia a parte. E ele me ajudaram. Me salvando.

Então acho que tenho que agradecer. Obrigado.

-- Então quando eu posso sair daqui?

-- Antes eu tenho que falar com você... -  Acredite você não quer saber o que ele tava falando. Ele ficou me dando sermão por horas de como é errado arrircar o mundo por um desejo próprio. Sinceramente eu não prestei atenção em nada. Só fiquei acenando nas horas certas. Eu já tinha aprendido a minha lição. Não precisava que ninguém repetisse as mesmas coisas pra mim. Apenas ouvi a parte que fiquei desacordado por duas semanas e que eu tive sorte por não ter acertado nenhum órgão importante.

-- Então posso ir embora? – falei entediado.

-- Por acaso você ouviu alguma coisa que eu disse? – Ahm... Não.  

-- Acho melhor você não saber a verdade.  – falei divertido. Ele apenas bufou. 

-- Vai aproveitar sua liberdade, criança. – falou divertido.

Sai correndo da enfermaria. Finalmente livre. Não achei o meu pai, mas em  compensação
tem um monte de campistas me enchendo de perguntas. Tipo: como foi lutar com Penteu? Sinceramente eu acho essa pergunta estupida. Eu quase fui morto. O que você acha, criatura? Foi muito legal quase ser morto!!! E faz o favor de ler isso com sarcasmo. E varias perguntas estupidas ou chatas. Sinceramente repeti a mesma reposta é uma porcaria. Enche o saco. Então vamos pular essa parte, okay? Okay.

Fugi pro meu chale. Joguei-me na minha cama. Alguém lembra daquela foto que eu trouxe na missão? Então... Eu peguei ela da minha mala. É uma foto do meu pai me segurando no colo quando eu tinha apenas sete anos. Nós dois estavamos sorrindo. Hey, eu lembro do dia que nós tiramos essa foto.

Flashback on:

Meu pai e eu estavamos jogando beisebol. Vocês já assistiram em um daqueles filmes americanos do pai joga a bola de beisebol e o filho com a luva pega? Então é isso que nós estavamos fazendo.

-- Pai você acha que algum dia eu posso ser jogador profissional de beisebol?

-- Claro. Você é meu filho. Você vai ser. É só praticar bastante que você chega la.

-- Serio? Porque Mark (um colega de classe idiota) falou que eu nunca ia chegar la e que o meu sonho era idiota.

-- Primeiro ignora o que esse tal de Mark disse. Não deixe as opniões dos outros impedi-lo de alcançar o seu sonho. Para você alcançar o seu sonho é só dar o seu melhor. Treinar todos os dias. Ficando melhor a cada dia. – falou. Eu sorri.

E continuamos a treinar...

Flashback off

Guardei a fotografia embaixo do meu travesseiro para ninguém ver. Apenas eu mesmo.

Peguei minha luva, meu taco e minha bola de beisebol e caminhei em direção ao campo de morangos para convidar alguns filhos de Demeter para jogar comigo. Estava perto da casa grande e percebi que tinha alguma movimentação na entrada do lugar. Me aproximei alguns metros, mas eles ainda não conseguiam me ver. Eu conseguia ver e ouvir meu pai, Isa e Polux perfeitamente.

-- Me prometa que não vai mais fazer isso. – falou meu pai sério. – WTF?

-- Eu prometo, pai. – falou Isa sem jeito e de cabeça baixa.

-- Ótimo! Você esta de castigo. Você vai ficar no seu quarto por uma semana só podera sair pra fazer as atividades do dia. Cansei de você ficar mexendo nas minhas coisas. – No que ela mexeu pra deixar o meu pai assim?

-- Mas...

-- Nada de mas!!

-- Paieee...

-- Não adianta. Já decidi. Você esta de castigo e ponto final.

-- Ta bom... Qual é a sua cor favorita? – Okay... Essa conversa já esta me entendiando. Vou ir embora.

-- Vinho. – falou entediado.

-- Que nem da bebida. Como não pensei nisso. – Rolei os olhos enquanto estava me afastando – Qual é o seu filho favorito? – Parei onde estava. Até posso imaginar a resposta. Claro que é a caçula do papai!! Isa...  

E tudo volta ao normal. Até parece que a cena que eu vi de o meu pai tentando entrar na enfermaria foi uma ilusão. Passou horas que eu sai da enfermaria e nada. Vai vê foi só um sonho.

Eu que não fico mais aqui. Sai correndo para o meu chale. De repente perdi a vontade de jogar beisebol. Vai saber porque.