A Filha Mais Nova De Dionísio escrita por Beatriz_14_


Capítulo 44
Ganhei uma cúpida e não sabia.


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei. Mas eu tenho um capitulo maior do que os outros pra compensar.
Espero que gostem!!!!!!!!



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Pov. Isa

Então depois que minha mãe foi embora. Queria dizer que a gente seguiu a missão. Andando em direção à montanha. E que deu tudo certo. Mas isso seria uma bela mentira. Você não quer que eu minta pra você, certo? Na verdade nos estamos andando em círculos. Ou seja, estamos perdidos!!! Fudeu!!!

-- Fala serio nos já passamos por essa arvore três vezes!!!! – falei indignada. – E meus pés já estão doendo!!!

-- Esta tudo sob controle. – Polux disse nervoso. 

-- Já é a quinta vez que você fala isso!!! – falou Carter de mal humor. Mas Carter esta sempre de mal humor. Então não faz muita diferença.

-- Polux, pode admitir nos estamos perdidos. – falei.

-- Nos NÃO estamos perdidos!!! Esta tudo sob controle!! – gritou Polux. Ah, quale engole esse orgulho e admita logo que estamos perdidos!!!

-- Aham... – Carter murmurou.

-- Esta duvidando do meu senso de direção? – perguntou indignado Polux. Que senso de direção? Você não tem nenhum que eu saiba.

-- Qual? Aquele que não existe? – perguntou divertido
Carter.

-- Eu sei o que estou fazendo. – falou hesitante Polux.

-- Eu duvido que você saiba. – falei.

-- Alguém trouxe um mapa? – Carter perguntou.

-- Nos não precisamos de mapa. Vocês tem a mim qu... – Polux foi interrompido por mim.

-- Nem vem Polux nos todos sabemos muito bem que você não sabe o que esta fazendo.

-- Mas...

-- Polux você não é obrigado a saber o caminho de cor ate a montanha. Você nunca esteve la!!! – falou Carter.

-- Você também não.

-- Mas eu não to fazendo ninguém andar em círculos. – contra atacou divertido Carter.

-- E ai alguém trouxe um mapa? – perguntei.

-- Nop. – respondeu Carter.

-- Você colocou um mapa na minha mala, Polux?

-- Porque esta me perguntando isso? Você não deveria saber?

 -- Não. Quando eu tava arrumando a mala eu só tinha colocado os meus brinquedos. Mas ai você reclamou e arrumou sozinho a minha mala.

-- Ah... Entendi. Você se aproveitou de mim pra eu arrumar sua mala sozinho. Safada!!! – falou Polux. Eu só dei o meu sorrisinho de vitoria.  

-- Tanto faz. Mas você colocou? 

-- Vocês tem sorte que eu trouxe o meu mapa. – falou Polux rolando os olhos. Ganhou mais um tapa. Mas serio de novo ele só lembrou agora que ele tem o mapa. E nos fez andar por uma hora no mínimo. Ou mais. Fala serio.

-- Acho que a nossa família tem um serio problema de
memória. – falei.

-- Porque acha isso? – perguntou Polux massageando o braço. Porque será, né?

-- Simples. Você esqueceu que podia beliscar o Carter pra ele parar com as alucinações dele. E você esqueceu de novo que você tinha o mapa aqui o tempo todo e nos fez andar em círculos que nem uma barata tonta. E eu me esqueci da minha arma secreta pra fazer você contar quem é a garota sortuda que você esta apaixonado.

-- Você não sabe tudo sobre ela.

-- Não? – falei com uma sobrancelha levantada. Ahhh... Então pode ir me contando o que eu não sei.

-- Não. Você não sabe o nome dela.

-- Qual é Poluxxx? – falei. Dessa vez não me esqueci da
minha arma secreta. Não sou tão esquecida assim. =p

-- Já te contei praticamente tudo. O nome dela é Melissa. – falou indiferente. Ahh assim não tem graça!!! Tem graça quando ele fica coradinho!!!

-- Então quando você vai se declarar pra ela? – perguntei indiferente. Ahh agora sim. Ele ficou vermelhinho.

-- E-eu não consigo. – falou nervoso.

É tão difícil assim se declarar pra alguém? Acho que não. É só ir ate ela e falar os seus sentimentos por ela. Mas parece que quando esta apaixonado tem alguma coisa que o impede de falar com a pessoa. Acho que isso que acontece com Polux. Não sei que coisa é que impede.

 Que nem em um filme que eu vi que tem um sujeito que é apaixonado por uma garota. Mas não tem coragem de falar com ela sobre seus sentimentos. Seria medo? Mas de que? Tenho que perguntar pra meu maninho.  Mas e ai no fim do filme depois dele fazer o impossível por ela. Ele descobre que ela já era apaixonada por ele. Era mais fácil só falar os seus sentimentos pra ela. A pessoa complica. Mas quem sou eu pra falar disso. Não entendo. Vai ver quando eu crescer eu entenda. Sei la. Parece que quando se cresce a pessoa fica besta.

Enfim já que meu irmão não tem coragem nem pra falar com ela. Quem dirá pra falar sobre seus sentimentos? Eu vou ter que dar uma de cúpida. Primeiro tenho que pensar em um plano. Ainda junto esses dois. Em breve vai ter um novo casal no ar. Ah se vai.

[...]

Ficou um silencio desconfortável no ar.

-- Err... Eu não sou esquecido. Nem todos da família têm falta de memória. – falou Carter mudando de assunto e consequentemente quebrando a tensão no ar.

-- Tem razão. Você é pior tem medo de altura. Problema de memória é só anotar pra não esquecer. – falou divertido Polux. Dando risada.

-- Ha-Há. Muito engraçado, Polux!!! – falou Carter irônico.

-- Obrigado. Obrigado. Obrigado. – falou Polux se curvando em agradecimento. Bobo esse menino.

-- Então e o mapa? – perguntei. Polux olhou para o céu. O sol já tava indo embora. Logo ia escurecer.

-- Acho melhor a gente acampar aqui.  É perigoso andar a noite.

[...]

Depois de montar as barracas e fazer uma fogueira, nos
reunimos em volta da fogueira.

-- Tem chance de acontecer à mesma coisa que aconteceu no aeroporto? – Que? To com medo que aconteça de novo. Se acontecesse de novo a gente não teria a mesma sorte.

-- De um monte de monstros nos atacarem?

-- É.

-- Não vai acontecer isso. Deve ter acontecido alguma coisa pra aparecer tantos monstros. Isso não é normal. – Não é?

-- Geralmente só aparecem alguns monstros.

-- E como eles aparecem de repente. – São ninjas?

-- Pelo cheiro de semideus. – Agente tem cheiro? Como será cheiro de semideus? Perguntas bestas? Com certeza. Mas to curiosa.

-- Mesmo se estiver bem longe?

-- Sim. – Nossa!!! Eles têm um bom olfato!!! São fodas. Mas são feios pra caramba.

-- Você pode me ensinar a lutar?

-- Claro. Quando a gente voltar eu te ensino. – Ah... Não isso demora demais!!!

-- Porque não pode ser amanha? – Eu quero amanha!!!

-- Mas a gente tem que seguir viagem.

-- Só o básico.

-- Porque não pode ser depois que voltarmos? – Porque eu não quero!!!

-- Para não me sentir inútil na hora da ação.  – falei com biquinho. Ah... E eu também quero bater na bunda de alguns bichos feios.

-- Okay. Só o básico. – Consegui!!! Sou craque em convencer o Polux!!!

[...]

-- Vocês não estranharam a minha mãe olhando para os dois lados o tempo todo? – perguntei.

-- Ela tava estranha mesmo. – falou Carter.

-- Porque será que ela ficava olhando para os dois lados? Não faz sentido. – perguntou Polux.

-- Sei la. Talvez porque a qualquer hora ela podia ser
atacada por animais selvagens ou pior monstros. A qualquer momento um monstro podia pular nela e mata-la. Não é pra menos que ela tava olhando para os dois lados. – falou Carter com uma voz sinistra.

Ahh... Não. Não minha mãe não foi atacada. Carter só ta falando isso pra me assustar. Só isso. Ele ta mentindo. Não posso perder a minha mãe!!! Nãoooo!!!! Calma. Ele ta mentindo. Só pode.

-- Coitada. Nem tinha como se defender.

-- Para com isso, Carter!!!

-- Com o que?

-- De assustar a Isa.

-- Mas é uma possibilidade.  

-- Carter faz um favor?

-- Qualquer coisa pelo meu mano.

-- Cala boca.

Em seguida Carter fez cara de taxo, virou pro outro lado e dormiu.

Deitei na minha barraca e fechei os olhos. Mas eu só fiquei girando de um lado pro outro. Não to conseguindo dormir. Droga!!!! Carter colocou essa ideia da minha mãe ser atacada por monstros na minha cabeça. E agora eu não consigo dormir. Preocupada com a minha mãe. Tipo a ideia do Carter faz sentido. Acho que pode acontecer. Mas... Eu não sei.  

Pov. Polux

Fui pra minha barraca, me deitei, mas quando estava quase dormindo alguém me chamou.

-- Polux. – Pude ver Isa com uma cara de assustada e abraçada a um ursinho na mão.

-- O que? – falei sem me levantar.

-- To com medo?

-- Do que?

-- Que o Carter esteja certo sobre a minha mãe. – Ah... Não ela acreditou no que aquela mane falou.

-- Ela não foi atacada. –falei querendo acabar logo com
isso.

-- Como pode ter certeza?

-- Eu acho meio improvável os monstros atacarem ela. Os monstros são atraídos pelo cheiro de semideus. Ou se alguém convoca-los. Mas quem iria convoca-los pra atacar sua mãe? – falei sentado olhando para seus olhos. Como ela ficou em silencio eu respondi por ela.

-- Ninguém. Agora dorme que amanha vai ser um longo dia.

-- Posso dormir com você? – falou com uma vozinha fofa e com biquinho. Fala serio. Quem resiste?

Nos deitamos e cobri ela com meu cobertor. E de novo quando tava quase dormindo ela me chamou.

-- Polux.

-- O que?

-- Porque você não consegue falar com a garota que você ama?

-- Você não sabe se eu a amo.

-- Você a ama?

-- Sim. Eu a amo muito.

-- Desde quando?

-- Já faz dois anos.

-- Você não acha que já passou do tempo de você falar o que sente por ela? – perguntou. Pior que ela esta certa. Eu já enrolei demais com isso. Mas fazer o que quando toda vez que eu me aproximo dela eu travo?

-- Verdade.

-- Mas não é só ir nela e falar que a ama? – perguntou. Como se fosse tão simples assim. O que eu ia falar pra ela? “Oi, eu te amo já faz dois anos.” Nãoooo. Isso seria ridículo.

-- Meio complicado.

-- Não é!!! Você que complica!!! – falou indignada.

-- Mas eu não consigo!!! – falei indignado. 

-- Porque você não consegue falar com ela? – falou doce de novo.

-- Por que... Eu tenho medo. – falei hesitante.

-- Do que?

-- De ela me rejeitar.

-- E porque ela te rejeitaria?

-- Sei la. Ela é linda, talentosa e simpática. Maravilhosa. E eu... Bem sou apenas eu. Não tenho nada de especial.

-- Que? Você é amoroso, protetor, dedicado, simpático, bobo, lindo e inteligente. Ta legal você pode não ser o mais inteligente ou o mais talentoso do acampamento. Mas você é único. E sabe o que eu acho? – falou indignada. Nossa!!! Eu nunca me descreveria assim. Nunca mesmo.  

-- O que você acha?

-- Eu acho que você deveria parar com essa sua insegurança boba!!! – falou convicta. Eu sei que ela ta certa. Mas eu acho que eu não consigo para com minha insegurança.

-- Como se desse.

-- Claro que da. Você é meu irmão. Você consegue!!!

-- E o que tem haver o fato de eu ser seu irmão com eu me declarar pra ela?

-- Não é obvio? Meu irmão não é medroso. Você tem que lutar contra sua insegurança. – falou. Não é que ela esta certa?

-- Mas...

-- Mas nada, Polux. Ou você luta contra ela. Ou você não vai conseguir a garota.

-- Eu não sei se eu consigo.

-- Eu te ajudo.

-- Como?

-- Eu não sei ainda. AINDA. Mas quando eu souber, eu te conto meu plano. Eu vou ser sua cúpida. – falou. Cúpida?

-- Já se denominou cúpida?

-- Claro. Se você não consegue sozinho. Eu te ajudo. – Ganhei uma cúpida e não sabia. Interessante.  

-- Só você pequena. – falei divertido. Olhei para o lado e ela já estava dormindo.

Em seguida dormi com um sorriso no rosto. Sonhando com lindos olhos verdes que habitam os meus sonhos por tantos anos. Quem sabe num futuro próximo eu consiga me declarar pra garota dos meus sonhos?  


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Notas finais do capítulo

Mereço uma recomendaçao? Nao. Okay.
Gostaram???
Espero que sim!!!!!
bjs