“Me joguei do lado dele e entrei em baixo das cobertas. Me virei de costas para ele e ele me abraçou. Ficamos deitados de conchinha. Suspirei fundo e relaxei em seus braços. Agora eu sentia sua respiração profundo na minha nuca e sua mão na minha barriga. Fechei os olhos e caí na inconsciência.”

Acordei com o despertador tocando e vi que dormimos por mais 10 minutos. Levantei da cama rápido e Edward bufou. Demorei uns dois minutos para fazer Edward acordar. Ele finalmente levantou da cama e foi para o banheiro. Fui para o closet e me vesti. Coloquei um shorts jeans escuro de cintura alta uma blusa branca e por cima um cardigan cinza. Peguei minha bota cano curto estilo cowboy e desci com ela nas mãos. Cheguei na sala e sentei no sofá e a calçei. Me olhei no espelho e meu cabelo estava um desastre. Prendi ele em um rabo de cavalo alto e pronto. Fui para a cozinha e meu pai estava tomando café na mesa com a minha mãe.

–Bom dia, Bells. –os dois disseram juntos e ambos riram.

–Bom dia. –eu disse me sentando na mesa.

–Onde está o Eddie? –minha mãe perguntou me servindo café na minha caneca.

–Acabou de acordar. Deve estar pra descer. –eu dei um gole no café e mordi uma torrada.

–Ainda bem que dessa vez não ouvi barulhos. Aprendeu a se controlar, Bella? –engasguei com o café e minha mãe segurou a minha mão. Olhei para Charlie e ele estava branco.

–Mãe... podemos parar de falar sobre isso? Por favor. –eu disse afastando a mão dela da minha e olhei para Charlie. –Pai, você está bem?

–Estou... eu acho. –ele deu um um gole longo no café e olhou para a porta da cozinha.

–Bom dia, Eddie. –minha mãe disse se levantando indo em direção ao armário. Ela voltou com uma canena e entregou para Edward. –Tome alguma coisa antes de sair... Dormiu bem?

Meu pai engasgou e minha mãe bateu em suas costas. Pulei para a cadeira do meu lado e Edward se sentou ao meu lado. Ele sorriu para mim e beijou a minha testa.

–Bom dia, princesa.

–Bom dia. –eu sorri e dei um breve selinho nele.

–Então... você dormiu bem? –minha mãe perguntou novamente para Edward. Eu olhei pra minha mãe e ela sorriu com malícia.

–Dormi como um anjo... –Edward disse sorrindo para minha mãe.

–AAAAAAAH.... –olhei para meu pai e ele tampava os ouvidos com as mãos. –Não quero ouvir detalhes.

Ele se levantou da mesa e foi para a sala, ainda com as mãos no ouvido.

–O que deu nele? –Edward perguntou olhando para mim com um sorriso torto.

–Mãe... eu realmente estou te odiando agora. –eu disse olhando para minha mãe e ela riu.

–Qual é, Bella. Seu pai é muito “old” ele não entende a garotada, eu, com absoluta certeza, entendo.

–Ok, Sra Irada. –eu disse mostrando a língua pra ela. Levantei-me e puxei Edward pela mão. –Vamos. Não precisamos ouvir mais as merdas que a minha mãe fala.

–Hey, moçinha. –ela me olhou como se minhas palavras realmente a magoaram. –Você vai ficar de castigo.

–Tchau, mãe.

–HOJE AGENTE CONVERSA, BELLS. –ela gritou assim que eu cruzei a porta principal com Edward. Entramos na garagem e fomos no carro dele. Depois do colégio ele iria me deixar em casa.

...

–Sua mãe me dá medo as vezes. –o silêncio que se formou no carro foi interrompido pelo comentário do Edward.

–É. Mas ela vai se acostumar... Ela nunca achou que eu namoraria sério. –eu disse olhando para as minhas mãos.

–Por que? –ele perguntou olhando para mim depois voltou a olhar para a estrada.

–Como se não soubesse. –eu disse baixinho. Lembrar do meu passado antes de namorar Edward não era agradável.

Eu aceitava ser uma das garotas mais bonitas e desejadas do colégio, mas sabia que, no fundo, eu não queria tanta atenção. Andar pelas ruas e perceber que todos olhavam pra mim me dava raiva. Não podia usar roupas curtas que já me chamava de puta ou chegavam em mim tentando me tocar. Nunca namorei. Só fiquei. E fiquei com amigos do Edward, a maioria do time de basquete do colégio. Foi quando conheci Emmett. Ele tinha 17, era legal, e parecia gostar de mim e sempre ficávamos. Eu tinha 15, faltava um mês para completar 16. Eu me achava madura o suficiente. Tinha um corpo bonito, então achei que estava pronta para a segunda fase. Não me lembro como aconteceu. Só lembro de acordar deitada na cama de um motel e os lençois estavam manchados de sangue. Meu sangue. Emmett não estava mais ao meu lado. Ele deixou um dinheiro para eu poder ir de taxi até a minha casa. Edward, na época, me levava até o colégio pois ele já tinha 16 e ganhara um carro dos pais. Ele notou que naquela manhã eu estava muito feliz. Eu realmente estava feliz.

Chegando no colégio eu encontrei Alice e contei tudo que eu lembrei da noite. Tinha lembrado que ficamos nos beijando no carro e ele começou a passar a mão em mim. Como eu tinha decidido que queria transar com ele, ele me levou pra um motel. Ele não foi gentil, ele foi um ogro. Ele não se preocupou com a minha dor, meus gemidos não eram de prazer, mas sim de dor. Dor. Foi tudo que eu senti naquela noite.

Mesmo assim eu estava feliz. Eu achava que, depois de me entregar à ele, ele iria me pedir em namoro e ficaríamos juntos. Mas foi quando eu vi ele beijando uma menina no corredor do colégio eu desabei. Ver os dois no maior amasso partiu o meu coração. Eu realmente achei que ele me amava, achei que ele me amaria mais por eu ter me entregado a ele. Ele me olhou, provavelmente eu estava chorando, e começou a rir. Ele veio até mim e Alice e se aproximou de mim, a menina que ele estava beijando veio logo em seguida atrás dele. Ele me olhou dos pés à cabeça e suspirou. “Não me odeie, Bella. Você sabe que eu e você não temos nada. Foi só uma noite. Aprenda.” . Ele piscou pra mim e saiu de mãos dadas com a menina. “Otária”. Foi a única palavra que a menina disse.

Otária.

Eu realmente fui uma otária.

Eu me deixei levar. Achei que ele me amasse. Eu fui estuprada. Eu me sentia estuprada. Mas eu estava errada. Eu aceitei transar com ele. Eu não fui estuprada, mas me sentia como se fosse. Eu sentia nojo de mim mesma. Nojo do que eu fiz. No que eu deixei ele fazer comigo.

Naquela mesmo dia eu disse para mim mesma que não deixaria que aquilo me afetasse. Eu queria que ele se arrependesse daquilo. Queria ver ele implorar por perdão. Então tive a ideia de aproveitar o que eu tinha. Meu corpo.

Não foi dificil por a minha ideia em ação. Alice não gostou muito da ideia mas me ajudou, ela queria ver a cara de Emmett quando eu dissese não para ele. Dividi meu plano em 3 partes. Primeira parte era usar roupas que valorizassem meu corpo. Renovei meu guarda roupa. Essa parte Alice me ajudou e gostou muito. Não comprei nada vulgar, só me arrumeu mais e aprendi a gostar mais de moda. Eu gostei dessa fase do meu plano.

A segunda parte era começar a chamar a atenção dos meninos do colégio. Não foi tão difícil. Eles já me notavam, mas quando eu começei a me vestir diferente eles já partiam pra cima querendo me chamar pra sair ou coisas do tipo. Essa parte do plano me deixou meio nervosa e mais tímida. Alice me lembrava toda vez que se eu queria me vingar do Emmett eu tinha que me focar. Então me foquei. Sai com quase todos os meninos do colégio. Apesar que sair não era tudo o que eu fazia. Eu me sentia uma puta. Sair com todos aqueles meninos me fez sentir nojo de mim mesma. Mas ao mesmo tempo meu plano estava funcionando.

Todos eles começaram a falar que eu era a melhor que eles já comeram. As meninas passaram a me odiar. Eu não liguei. Naquela altura do jogo eu já tinha me tornado a garota mais popular do colégio e nada mais me importava. Todos os meninos olhavam para mim com desejo. Até Edward. Como ele era amigo de Emmett eu não contei pra ele meu plano. Mas contei, em uma festa que Alice deu, que eu tinha ficado com Emmett e ele não foi nada gentil no sexo. Na festa ele bateu no Emmett, que teve que ficar uma semana no hospital de repouso.

Quando Emmett voltou para o colégio vi que tinha que entrar na terceira parte do meu plano.

Essa parte foi a que eu mais gostei. Emmett já me olhava com desejo e sempre me chamava pra sair mais eu dava de ombros. Ele estava insistindo, ele queria muito transar comigo de novo. Quado ele estava implorando pra me ter de novo eu disse não. Eu simplismente disse não e sai com um menino da sala dele. Depois que eu disse não todo o colégio soube que eu recusei ele e eles ficaram zoando ele por muito tempo.

Meu plano deu certo.

Emmett se mudou para o Alasca com a família e o colégio nem falava mais dele. Assim que eu soube que ele se mudou tudo parecia estar em seu devido lugar. Eu não precisava mais chamar a atenção dele, não precisava mais sair com tantos meninos.

Muitos meninos ainda me olhavam. Alice era uma das meninas mais populares do colégio e eu também. Quando Alice foi expulsa do colégio por ter sido encontrada transando com Jasper na sala do diretor – ela realmente queria ser expulsa pois não aguentava os pais colocando pressão nela – ela ficou feliz mas também ficou arrasada. Ela não tinha pensando em mim e em Jasper. Jasper foi expulso junto com ela e eu fiquei sozinha. Não literalmente, pois tinha Edward. Quando eu estava colocando meu plano em ação todos os dias na escola Edward estava viajando. A família dele gostava de viajar para Londres quando o tempo estava bom. Edward não sabia que eu tinha feito todo aquela merda. Quando ele chegou ele ficou sabedo de tudo mas eu estava com as líderes de torcida e depois voltei a andar com ele. Ele não falava muito sobre o ocorrido na festa – que ele bateu em Emmett – e também não falava sobre o meu plano.

Mas ele sempre esteve do meu lado.

Me arrependo até hoje do que eu fiz, Eu não queria ter criado essa imagem para mim. Eu era chamada de puta por algumas meninas. Eu era um objeto para os meninos. Mas eu tenho que aceitar isso. Eu usei eles. Eu usei cada um deles para poder me vingar de Emmett. Mas eu não queria essa imagem de puta para mim. Não queria.

–Ah. –Edward disse baixo como se concluísse todos os meus pensamentos. Olhei para a janela e já havíamos chegado no colégio.

Não reparei que meus olhos estavam lacrimejando e deixei uma gota de lágrima espacar e cair lentamente na minha bochecha. Edward notou e, depois de estacionar o carro na vaga, ele me abraçou. Eu me aconcheguei em seus braços e deixei minhas lágrimas cairem.

–Você não precisa lembrar de tudo aquilo. –ele disse acariciando minha cabeça. –Eu estou aqui, ok?

Eu apenas assenti com a cabeça e chorei mais ainda. Nunca achei que iria chorar daquele jeito por lembrar de tudo o que eu fiz. Eu não queria lembrar. Até minha mãe achava que eu nunca namoraria alguém.

Ele saiu do carro e abriu a porta para mim. Eu ainda chorava mas ele me abraçou pelo ombro e eu me agarrei em sua cintura enquanto nós íamos até a nossa primeira aula. Entramos na sala e quase ninguém olhou.

As aulas passaram rápido. Já estava no estacionamento esperando Edward sair da última aula dele. Quando ele saiu, ele me viu e veio até mim correndo. Ele me abraçou e me deu um breve selinho

–Está melhor? Não chorou mais? –ele realmente estava preocupado. Pude notar pelo tom de sua voz.

–Estou bem. Vamos para casa? –eu puxei ele e entramos no carro.

O caminho para a minha casa foi rápido e silencioso. Edward não gostava de lembrar do meu passado. Ele sempre dizia que queria poder estado presente quando eu precisei dele, ele queria ter batido mais do Emmett. Ele queria ter mudado minha ideia idiota. Minha ideia foi idiota.

–Bella. Não quero que você fique lembrando daquilo, ok? –seu tom de voz agora era seco.

–É mais difícil pra mim do que pra você. –eu disse no mesmo tom que ele.

–Olha. –ele soltou o meu cinto e me fez ficar de lado para olhar pra ele. Ele segurou meu rosto e olhei em seus olhos. –Não gosto de ver você sofrendo por algo que já foi. Sei que você se arrepende por ter feito tudo aquilo para poder satisfazer esse seu desejo de vingança mas isso já passou, ok? Não quero ver você chorando de novo por esse motivo. Não quero. Eu estou aqui. Não vou deixar ninguém te magoar de novo. Você sabe que eu nunca vou te deixar.

Esse era meu medo.

Que tudo aquilo se repitisse. Que ele me largasse por outra. Que no fundo ele percebesse que me namorar não vale a pena.

–Não vou te magoar. Eu sei que seu medo é que tudo aquilo se repita... Eu não vou fazer isso. Eu só vou te deixar quando você não me quiser mais. –ele disse calmo como se concluíse tudo o que eu tinha pensado.

Eu olhei em seus olhos e beijei ele calmamente. Seus lábios pareciam se moldar nos meus. Eu queria poder passar tudo o que eu sentia por ele naquele beijo.

Suas mãos já estavam subindo e descendo pelas minhas costas e eu acariciava sua nuca. Ele separou nossos lábios e eu olhei pra ele confusa.

–Sua mãe está em casa? –ele perguntou ofegante.

–Não. Ela vai chegar mais... –fui interrompida pelos seus lábios. Nossas línguas não estavam calmas. Pareciam querer lutar por espaço. Ele se separou de novo e saiu do carro. Ele correu e abriu a porta para mim. Fomos abraçados até a entrada da minha casa e entramos em casa. Quando fechei a porta fui atacada novamente.

Ele me prensou contra a parede e agora beijava meu pescoço. Sem nenhuma dificuldade em me ergui e laçei minhas pernas em sua cintura. Ele me carregou e me levou até o meu quarto. Ele me jogou na cama e trancou a porta do quarto.

Ele veio até mim e se deitou em cima de mim me beijando. Em menos de 1 minuto nós já estávamos sem nossas roupas. Ele já estava me deixando louca. Suas mãos passando pelo meu corpo me faziam tremer, cada beijo que ele dava na minha pele. Ele foi depositando beijos até chegar na minha intimidade. Ele deu leves beijos e depois colocou um dedo.

–Oh... –eu gemi e começei a rebolar em seu dedo. –Mais....

Ele colocou mais um dedo e aumentou a velocidade. Seus dedos entravam e saíam rápido e ele acariciava meus peitos com uma mão.

–Bella? Você está ai? –olhei para Edward e depois olhei para a porta. Meu pai chegou? Mas que merda. Tentei afastar Edward mas ele continuou. Agora ele estava me chupando.

­–Oh... –eu gemi baixo e Edward continuou me chupando. –Oi, pai.

–Você está bem? Edward está ai?

–S-sim... –eu gaguejei e Edward riu baixinho.. –Ele está a-aqui.... Oh Deus.

–Tem certeza que está bem?

–Estou ó-o-otima.... –minhas palavras saiam todas entre gemidos.

–Ok... vou indo. Tchau. –Charlie disse e ouvi ele descer as escadas. Edward continuou me chupando e eu gemi baixo com medo que meu pai ainda estivesse ouvindo.

Ouvi o carro ser ligado e cantar pneu. Meu pai se foi.

Olhei para Edward e ele estava concentrado no que estava fazendo. Ele começou a me chupar com vontade. Minha mão direita segurava o cabelo do Edward e minha mão esquerda agarrava meu lençol com força. Meu corpo estava arqueado a cada movimento que sua língua fazia comigo.

–Oh Deus... E-eu vou... –eu disse ofegante. Antes mesmo de terminar eu gozei. Edward limpou com a boca e depois me abraçou. Ele se jogou do lado de mim na cama e depois se esticou para alcaçar o criado-mudo. Ele tirou uma camisinha da gaveta e abriu. Ele colocou a camisinha e depois voltou para cima de mim. Eu segurei seu membro e guiei até a minha entrada.

Ser preenchida por ele, sentir cada espaço ser preenchido pelo membro dele. Pra mim era maravilhoso. Cada movimento que ele fazia me deixava louca.

Eu nunca senti prazer com outros. Edward é o único que me fez sentir prazer. Cada movimento, cada toque, cada beijo me fazia ficar quente, querendo mais, querendo ele dentro de mim. Eu precisava dele todos os dias. Nunca ficava satisfeita, eu queria poder explorar tudo nele. Queria fazer todas as posições do kama sutra, queria dar pra ele todo o prazer que ele me dava, sentia que era necessário eu retribuir, eu queria ser a melhor de todas para ele. Ele sempre teve várias garotas, eu queria ser a única que lhe daria o verdadeiro prazer.

Inverti as posições. Agora eu estava cavalgando em seu membro. Suas mãos estavam na minha cintura. Nossos corpos se chocavam com força, só ouviamos os nossos gemidos e o choque de nossos corpos. Eu espalmava seu peito. Arranhei seu peito, querendo marcá-lo, queria marcá-lo como meu.

Por algum motivo ele começou a me apertar com força. Sabia que, como sou branca demais, ficaria roxo em algumas partes. Partes que seriam cobertas pelas minhas roupas. Me curvei e beijei ele, suas mãos agora estavam me abraçando, me envolvendo. Eu me levantei de novo e me movi com mais força, sentindo que logo alcançaria meu clímax.

Não demorou muito e eu gozei e Edward também. Me joguei em cima dele respirando com dificuldade. Ele acariciou minha cabeça e depois se levantou da cama e jogou a camisinha usada no lixo. Ele voltou para a cama e me abraçou.

–Não quero ver você chorando. Não gosto de ver você triste. Entenda... Eu nunca vou te deixar, nunca vou te magoar. Eu te amo. Ouviu? Amo. Quero você pra sempre. Minha melhor amiga. Só minha. –ele beijou a minha testa e depois beijou meu nariz. –Eu te amo, Isabella Swan.