Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 17
Cap. XVI - Volto para o mundo real, por enquanto.


Notas iniciais do capítulo

Tá ai, e não me batam! Já tenho um prontinho para amanhã! :)
Espero que gostem, e se preparem para o próximo, não me odeiem e nem julguem a Nora. Beijos. ;*
Ah, e qualquer semelhança com o sonho na Sookie na 4° temporada de True Blood não é pura coincidência! -q



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Definitivamente aquilo era um sonho.

Primeiro porque eu nunca usaria uma roupa igual aquela, e outra porque tudo estava estranhamente embaçado e em preto e branco.

Estava vestida com uma lingerie preta com renda, só o que verdadeiramente cobria meu corpo era uma espécie de vestido feito de renda que ia até um pouco acima de meu joelho. Um salto rosa enorme estava em meus pés e só ai fui notar que estava deitada. Para o meu espanto, na mesa de minha cozinha. Levantei-me rapidamente e quando botei um pé no chão a campainha tocou. O leve e doce som ecoou pela casa e eu coloquei a cabeça para fora da cozinha afim de espiar a sala de estar. Tudo estava em seu lugar, em perfeita ordem e eu me sentia....Sexy? Não sei muito bem se essa era a palavra certa, mas sabia que eu estava confiante e feliz, apesar de tudo que tinha acontecido na noite anterior.

Fui em direção á porta já sentindo quem estaria atrás dela. Eu abri e o vampiro loiro estava parado do outro lado. Com sua jaqueta preta, suas botas de motoqueiro e uma de suas típicas camisas gola V. Abri a boca para perguntar o que diabos ele estava fazendo ali, no meu sonho, mas ele foi mais rápido que eu, em dois passos me puxou para ele.

Com uma mão em meu pescoço e outra em minha cintura, ele me beijou. E eu retribui esse beijo com o mesmo entusiasmo que ele, nos dois estávamos famintos por mais até que senti um alguém colocar o os dedos em meu ombro. Virei-me e dei de cara com Patch, eu sentiria vergonha e ódio de mim mesma por ter feito aquilo com ele, mas minha eu do sonho só sorriu e pegou a mão dos dois guiando-os até o sofá da sala onde os jogou contra ele fazendo-os sentar ao lado um do outro, deixando um mínimo espaço entre eles.

Eu definitivamente não estava em sã consciência naquele sonho, primeiro porque eu não beijaria Eric e segundo, o que diabos eu estava fazendo agora?!

Vi-me ajoelhando no espaço mínimo entre eles no sofá e sorrindo, puxando-os pelo pescoço e fazendo um convite silencioso para que se aproximassem. Patch e Eric tinham uma expressão de admiração e desejo, quase como se não notassem que o outro estava logo ali ao lado fazendo a mesma cara.

Dei uma risada cheia de prazer ao ver o olhar dos dois.

– Eu estou apaixonada por vocês dois. – Disse em alto e bom som. Os pareceram ter notado a presença um do outro e se olharam como se eu fosse louca.

Eu queria me matar ali e agora, não era como no primeiro sonho que eu tive, eu parecia observar tudo de fora e não como se estivesse dentro de mim. É, eu definitivamente não tomaria mais o sangue de Eric.

– O que foi? – Perguntei quase ofendida, puxei o rosto dos dois para mais perto do meu. – Por que só homens tem o direito de amar duas mulheres? Por que eu não poderia amar vocês dois?

Me sentia uma puta. Tinha vontade de avançar em mim mesma e me estapear até aquela outra eu tomar juízo.

– Eu desejo vocês dois. – Sussurrei no ouvido dos dois. Para minha surpresa, logo depois disso estava beijando Patch. E depois Eric.

Os dois olhavam para mim/para minha outra eu, que seja, com um ar de surpresa, mas logo Patch avançou novamente para minha boca, enquanto Eric se ocupava em morder meu pescoço. Os dois passando as mãos pelo meu corpo freneticamente.

Filetes de sangue escorreram pelo meu pescoço e Eric parecia satisfeito em espalhá-lo pelo meu busto. A mão dos dois pareciam revezar para percorrer minhas coxas.

Gemi enquanto jogava a cabeça para trás como que se quisesse apreciar mais.

Acordei toda suada e com os lençóis negros da cama todos num bolo confuso. A cama era macia, eu desejava secretamente ficar ali para sempre. Adormecer e acordar ao lado de Patch todos os dias não me parecia má idéia, mas não podia me dar ao luxo de ficar ali por muito mais tempo, eu tinha várias coisas importantes para fazer lá fora, cuidar do enterro de minha mãe, conferir se Eric não tinha matado nenhum policial durante a noite...

Eric.

Lá estava ele. O fato de eu pensar nele o tempo todo não é nada demais, não é? Quero dizer, Eric é meu amigo, ou pelo menos um vampiro que se importa se estou viva ou morta.

Dei um longo suspiro e levantei-me da cama, Patch parecia ter saído de lá há tempos. Ouvi barulhos no cômodo ao lado e segui para lá.

Meu namorado estava recheando os armários de diversos tipos de comida, umas vinte sacolas de papel amontoadas em cima de mesa.

– Hey. – Cumprimentei e estiquei meus braços a fim de acordar um pouco.

Ele não abriu a boca, só se virou para mim e deu um sorriso daqueles que não chegavam aos seus olhos.

– Fez compras? – Segui até um dos banquinhos do balcão e sentei-me balançando as pernas.

– Já que você vai ficar aqui por um tempo... – Patch deu os ombros e jogou a ultima lata de pêssegos para dentro do armário preto.

– Eu vou? – Limpei a garganta, minha voz saiu frágil demais. Não queria que ele passasse o resto da vida bancando a babá.

– Até as coisas melhorarem. Dificilmente os vampiros vão te achar aqui.

– Ainda estão atrás de mim?

– Eles não desistem tão facilmente, Nora. – Disse ele com certa delicadeza.

Eu não ia viver o resto da minha vida me escondendo de vampiros.

– Preciso pegar algumas roupas... – Mal terminei a frase e ele estava apontando para uma mochila no chão ao lado da geladeira.

– Não, não precisa.

– Tenho que cuidar do enterro de minha mãe. – Tentei de novo e Patch deu os ombros de novo, essa indiferença toda estava me irritando.

– Seu amigo, Eric, já cuidou disso. – Agora ele estava passando manteiga de amendoim num pão integral.

Não disse mais nada, Patch me entregou meu café da manhã improvisado e apoiou suas mesas no balcão.

– Não vai ter um enterro.

Quase engasguei com o pedaço que tinha acabado de abocanhar.

– Como assim?!

– Eric cuidou para que todos pensem que ela está apenas viajando, limpou a casa... Ninguém vai desconfiar de nada.

– Você está falando da minha mãe, Patch! Eu preciso pelo menos me despedir dela!

– Estava chegando nessa parte... Eric já a enterrou.

Pulei do banco e joguei os braços para cima.

– De jeito nenhum! – Fui para o lado dele virando-o pelo braço. – Vocês não têm o direito de fazer isso!

– Prefere enfrentar meses de investigação? A policia em sua casa todo dia? Fazer sozinha um enterro? Acredite, Nora, eu sei quanto você ama sua mãe, mas eu não vou deixar você fazer tudo isso. – Patch quase gritou, sua voz rouca.

Me encolhi toda e comecei a chorar novamente, sabia que meus olhos estavam inchados e vermelhos, mas só piorei a situação quase esfreguei minha mão e meu rosto tentando parar de chorar. Ele pareceu se arrepender de ter dito aquilo tão alto e foi em minha direção tentando me abraçar. Desviei rapidamente e cambaleei para trás.

Era a primeira vez que negava as caricias de Patch, mas eu estava com tanta raiva dele! De Eric! Do mundo, em resumo.

– Acho melhor você tomar banho. – Murmurou e me entregou a mochila que estava no chão. – Vou ter que me encontrar com Rixon, ele quer saber de tudo. Está louco por uma briga...

– E vai me deixar trancada aqui? – Cortei Patch e coloquei a mochila nos ombros indo em direção ao único banheiro.

– Vou te deixar com Vee. Desde que prometa não contar nada. Isso é muito importante, Nora, não estamos brincando.

– Que seja. – Fechei a porta na cara dele e dei uma boa olhada no banheiro atrás de mim. Tudo preto, para variar.

Sai apenas alguns minutos depois pela insistência de Patch em bater na porta de 5 em 5 segundos. Mesmo estando irritada com os dois por terem feito as coisas pelas minhas costas, minha cabeça ainda estava naquele sonho. Eu tinha praticamente virado uma prostituta, mas eu ainda via a cena de Eric me mordendo, me beijando...

– Você gosta dele. – Patch disse como se estivesse lendo meus pensamentos.

Balançei a cabeça para que aquilo saia de minha mente.

– Gosto de quem? – Fiz uma de mal entendida e virei para trás enquanto colocava as peças intimas que ele tinha escolhido.

– Eric. – Disse ele com calma e delicadeza. Patch estava na cama observando meu corpo, mas não do jeito de sempre, ele olhava como se tivesse perdido algo, com tristeza.

– Não, não gosto. – Murmurei enquanto colocava um leve vestido preto.

– Não minta para si mesma, Nora. – Virei finalmente enquanto calçava as sapatilhas roxas, que era por sinal, o único calçado que estava na mochila.

– Eu não gosto de Eric Northman. Feliz?

– Ainda não. – Patch se levantou e andou em minha direção e do mesmo jeito que Eric me beijava no sonho, ele me beijou. Com uma mão em minha nuca para me puxar para mais perto.

Eric, lá estava ele de novo. Pensar nele logo enquanto estava beijando Patch não era nada bom.

Afastei-me um pouco, como se quisesse respirar e ajeitei a mochila em meu ombro.

– Você tem que falar com Rixon, me deixe na casa de Vee...

Patch encostou sua testa na minha por um breve segundo e depois confirmou com um aceno.

– Certo.

Fizemos todo o caminho para fora do parque de novo, nos misturamos com um grupo de turistas que passava por perto da montanha russa e seguimos para os portões entreabertos.

O carro de Patch estava intacto no mesmo lugar em que ele o deixou ontem. Uma parte de mim estava feliz por poder me separar um pouco de Patch, ter um tempo para pensar, sair um pouco dessa loucura. Só eu e Vee. Mas por outro lado me doía vê-lo ir, eu precisava dele mais que tudo agora.

Ele dirigia igual um louco, bem mais rápido que o normal, então, num piscar de olhos estávamos em frente a casa de Vee. Ela saiu correndo de dentro da casa e pulou em frente á porta do carona. Virei-me para Patch antes de abrir.

– Quando estávamos na sua casa... Você disse que Rixon queria participar da briga. Que briga? – Pousei minha mão em cima da sua no painel de carro para impedir que seus dedos batessem, impacientes.

– Ainda não sei ao certo. – Ele disse num tom mais arrogante.

– Volte logo. – Murmurei antes de abrir a porta do carro, mas num impulso voltei rapidamente e dei um selinho em Patch. Ele não pode evitar abrir um sorriso antes de sair com o carro.

Agora Vee pulava em minha frente. Ela continuava a mesma, Jeans apertados, blusa decotada, salto alto e tinha prendido seus cabelos num rabo de cavalo alto.

– Que saudades! – Vee disse antes de pular em mim e quase me derrubar no asfalto.

– Também senti saudades. – Dei tapinhas em suas costas e ela me soltou. Olhei para ela de cima a baixo e perguntei, com medo de saber a resposta. – Aonde você vai?

– Aonde nós vamos, querida, aonde nós vamos. – Minha amiga disse antes de abrir o gloss labial e passar em sua boca.




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Notas finais do capítulo

Reviews? Reviews? Também estou aceitando recomendações, sabe. q



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